quinta-feira, 1 de maio de 2025

Os dois enganos que desviam da vida eterna


 Os dois enganos que desviam da vida eterna


Introdução:


Nesta mensagem, vamos falar sobre dois enganos que o inimigo tem usado desde o princípio para desviar o homem da vida eterna. Dois enganos que, se não forem discernidos à luz da Palavra, se tornam um impedimento para a salvação e a vida eterna.


O primeiro engano está lá no princípio, quando Deus declara claramente: 

“.. no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:17). 

Ou seja, a desobediência — simbolizada pelo ato de comer do fruto — traz a morte. E essa morte não é apenas física, mas espiritual e eterna: é a separação do homem com Deus. No entanto, o diabo diz exatamente o contrário: 

... certamente não morrereis”. (Gênesis 3:4).

 Ele contradiz a Palavra de Deus, dizendo que o pecado não tem consequência de morte (condenação), que o homem pode desobedecer e mesmo assim viver.


O segundo engano vem depois da entrada do pecado no mundo. Hoje, o diabo continua dizendo: “Isso não é pecado. Não tem nada de mais.” Ele encobre o pecado, distorce a verdade, e faz com que o próprio homem já não consiga discernir entre o que agrada e o que desagrada a Deus. Ele continua praticando o que ofende a Deus, mas acredita que está tudo bem. Como a biblia diz:

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” 1 João 1:8. 


Então, quando o homem não reconhece o pecado, impede o arrependimento. E se ele não se arrepende, não há salvação. E os motivos que levam o homem a ser enganado, a estar nesses dois enganos, é o orgulho. E o texto vai trazer à tona estes enganos, para que você possa encontrar, alcançar a vida eterna.


Pontos 


1. O engano de que o pecado não leva à condenação eterna


Neste ponto, há dois tipos de engano que o inimigo tem semeado no coração das pessoas.


O primeiro é que muitas pessoas acreditam que todo mundo peca e que o pecado faz parte da vida do ser humano. E que ninguém vai para o inferno porque peca. Elas desconhecem a mensagem da salvação.


O segundo é que alguns distorcem a mensagem da salvação, na medida em que acreditam que Jesus Cristo morreu na cruz pelos pecados, e por isso, quando o homem peca, ele tem o perdão dos pecados. Por isso, o ser humano não abandona definitivamente o pecado, ele não morre para o pecado, ele continua pecando. Aí pede perdão, mas esse perdão não é o perdão correto, o perdão que salva, o perdão do verdadeiro arrependimento, que é o abandono definitivo do pecado.


Porque se alguém peca e se arrepende, peca e se arrepende, na verdade, ele não se arrependeu de pecar — ele se arrependeu de um ato que fez. Porém, isso não tem força, isso não representa o arrependimento que a Bíblia ensina. Esse arrependimento que a Bíblia fala é o arrependimento de pecar, ou seja, é odiar o pecado, é deixar definitivamente o pecado.

Quando a pessoa pede perdão pelos pecados, sem que esse perdão seja definitivo, ela está declarando que continua pecando. E assim é a vida daquele que se diz cristão, mas continua pedindo perdão a Deus pelos pecados. Se alguém tem esta prática de pedir a Deus perdão pelos pecados, é óbvio que ele continua pecando. Ele se mantém pecador, independente da frequência ou do tipo de pecados, o que na verdade não existe, pois o pecado é um estado da alma. 


Fundamentação Bíblica


1. “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” 1 Joao 3:8

Comentário: Aquele que comete pecado é do diabo, não importa se conhece ou não a doutrina cristã. Jesus se manifestou para desfazer as obras do diabo, ou seja, libertar o homem completamente do pecado.

O uso do artigo definido singular — “o pecado” — revela que não estamos falando de um ato isolado, mas de um estado contínuo de desobediência e infidelidade a Deus. Esse estado faz com que tudo o que a pessoa faz seja pecado, pois sua alma está separada de Deus.

Mesmo que ela acredite estar cometendo apenas um pecado, na realidade, ela está completamente em pecado, porque todas as suas ações são contaminadas por esse estado de infidelidade.

Aqueles que ainda não reconheceram o sacrifício de Cristo, não se arrependeram de verdade e não decidiram viver como verdadeiros cristãos, estão perdidos. Este texto fala dos que não são cristãos, mesmo que digam que são.

Tito 1:15: “Todas as coisas são puras para os puros, mas para os impuros e descrentes nada é puro; até a mente e a consciência deles estão contaminadas.”

Comentario: Neste versículo, Paulo mostra uma distinção clara entre dois grupos:

1.1 Os impuros e descrentes:

São aqueles que ainda pecam, ou seja, o pecado ainda está em suas vidas, e por isso são considerados imundos diante de Deus. O pecado é, segundo as Escrituras, a imundícia da alma.

Além disso, são chamados de descrentes, porque não creem no verdadeiro evangelho — aquele que declara que Jesus veio para tirar o pecado (João 1:29). Podem até acreditar num evangelho distorcido que tolera o pecado, mas não crer que o sangue de Jesus tem poder para libertar totalmente do pecado é ser incrédulo no evangelho genuíno. Por isso, tudo o que fazem é impuro.


1.2. Os puros:

São aqueles que creram na verdade do evangelho, abandonaram o pecado e vivem agora em obediência. Para esses, todas as coisas são puras, porque não vivem mais na desobediência. Ainda que cometam erros em certas ações por falta de entendimento — ou seja, por ainda não terem recebido revelação completa da Palavra em determinadas áreas — não estão em pecado, pois não estão mais em estado de rebelião contra Deus.


Quando a verdade se manifestar plenamente a essas pessoas, ela continuará transformando suas vidas no processo de santificação, porque agora estão na luz e na fidelidade ao Senhor.



2. “De maneira nenhuma! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Romanos 6:2

Comentário: Este versículo afirma com clareza que quem está em Cristo está morto para o pecado. Ou seja, não volta a cometê-lo, pois tem e mantem uma aliança de fidelidade a Cristo. 

Morrer para o pecado significa não cometê-lo mais, de forma alguma. Assim como um morto não pode reagir, quem morreu para o pecado não comete mais pecado. Isso é uma separação total e definitiva. Não existe “de vez em quando”, nem exceção. Quem está morto para o pecado não volta a cometê-lo. Se peca é porque ainda está vivo ou reviveu para o pecado. 


3. “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29


Comentario: Análise da expressão “tira o pecado do mundo”:


A palavra “tira” no grego é “airō” (αἴρω), que significa literalmente:

levantar, remover, carregar para fora, levar embora, eliminar.


Esse verbo mostra que Jesus não veio apenas para perdoar o pecado, mas para removê-lo por completo. Ele tira o pecado, ou seja, arranca-o da vida da pessoa, eliminando sua presença. É uma separação total, uma remoção verdadeira e definitiva.


Aquele que ainda peca é porque o pecado não foi tirado, e isso mostra que o sacrifício de Jesus não está presente em sua vida. Portanto, essa pessoa não é salva, pois ainda está debaixo do domínio do pecado, e não morreu para ele.


2 – O Engano de Dizer: “Isso Não É Pecado”


Este segundo ponto está diretamente ligado ao primeiro. Aqueles que ainda não tiveram o pecado verdadeiramente arrancado pelo sangue de Cristo não conseguem compreender nem praticar a vontade de Deus. Permanecem no pecado — e o pecado cega o entendimento (2 Coríntios 4:4), impedindo-os de discernir a verdade.


É por isso que muitos afirmam que certas atitudes “não são pecado”. Eles julgam segundo a própria vontade, desejos e sentimentos, e não pela Palavra. Estão cegos e enganados, mesmo quando demonstram certo arrependimento.


Isso porque podem até se arrepender de alguns pecados, mas esse arrependimento é enganador , não é o verdadeiro arrependimento. O verdadeiro arrependimento elimina o pecado e consequentemente os arrependimentos de pecados oriundos do estado de pecado. Em outras palavras ele corta a arvore que produz maus frutos. Como continuam no pecado — ou seja, no estado de desobediência — tal arrependimento não é fruto da luz, mas faz parte do engano do diabo. Eles se arrependem de ações isoladas, mas permanecem cegos quanto à raiz do pecado em sua vida. Esse arrependimento os engana ainda mais, porque lhes dá a falsa sensação de estarem no caminho certo.


Esse é o grande engano: achar que está bem diante de Deus por se arrepender de pecados pontuais, quando, na verdade, ainda vive na condição de impureza e incredulidade (Tito 1:15). Isso os impede de crer na verdadeira mensagem do evangelho — que é o poder de Deus para tirar completamente o pecado da vida do homem.


0Nesse sentido, o texto de Apocalipse 22:11 — “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda” — confirma e fundamenta o que estamos expondo: aquele que não se arrepende verdadeiramente, que não morre para o pecado e não se compromete com a fidelidade a Deus, não deve buscar um arrependimento pontual, pois tal arrependimento apenas o manterá ainda mais preso ao engano. É preferível que ele continue no seu caminho de sujeira, até que tenha plena consciência do seu estado e, então, possa ser confrontado pela luz da verdade. Porque o que mais distancia o homem de Deus não é o pecado visível, mas o engano religioso, onde o homem crê estar no caminho certo enquanto permanece nas trevas. O sujo que reconhece sua sujeira pode, um dia, ver a necessidade de purificação; já o enganado pelo falso evangelho permanece convicto na mentira, e seu arrependimento pontual apenas reforça sua cegueira. 

Ou se arrepende de pecar, morrendo para o pecado, ou continue pecando cada vez mais. “Quem está sujo, suje-se ainda” (Apocalipse 22:11).


Fundamentação Bíblica


1. Disse-lhes Pedro: Arrependam-se e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados. E vocês receberão o dom do Espírito Santo. "Atos 2:38 (NVI)

Comentario: 

Análise gramatical: No versículo de Atos 2:38, o verbo "arrependam-se" vem do grego μετανοήσατε (metanoēsate), que é o imperativo aoristo de μετανοέω (metanoeō).


Significado: O verbo μετανοέω (metanoeō) significa mudar de mente, transformar o pensamento, e implica uma mudança profunda de direção. Não se trata de um simples remorso ou arrependimento passageiro, mas de uma transformação radical e permanente.


Imperativo aoristo: O uso do imperativo aoristo indica que o arrependimento é uma decisão definitiva e completa, não algo que ocorre de forma contínua ou em etapas. Ele exige uma ação decisiva, onde o arrependente abandona o pecado de forma final e não retorna a ele.


Consequência do arrependimento: O arrependimento aqui é seguido pela obediência (o batismo) e a promessa do perdão dos pecados e do Espírito Santo, o que completa o processo de regeneração.


2. "Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo por mim mesmo." João 7:17 (NVI)


Comentario: Este versículo revela uma verdade crucial: o conhecimento verdadeiro da doutrina de Deus só vem quando alguém quer fazer completamente a vontade de Deus. No entanto, é importante compreender que fazer a vontade de Deus parcialmente não é o mesmo que fazer Sua vontade integralmente.


Obedecer a Deus parcialmente é aceitar obedecer a Ele somente em certas áreas da vida, mas não de forma total e incondicional. Essa obediência parcial pode ser vista como um consentimento em seguir a vontade de Deus apenas onde é conveniente ou confortável, mas, quem realmente aceita Jesus como Senhor da sua vida, se compromete com uma obediência total e irrestrita.


Assim, quem peca não quer fazer a vontade de Deus no sentido pleno, pois o pecado é a desobediência total à vontade divina. A verdadeira aceitação de Jesus implica em uma renúncia total ao pecado e uma submissão completa à Sua vontade, o que significa morrer para o pecado e viver para Deus. Quem se permite praticar o pecado, ainda não assumiu o compromisso de fidelidade total a Deus e, por isso, erra na doutrina, negando a realidade do pecado e do compromisso com a verdade.


 3. "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós".   1 João 1.8-10



Comentário:  Este texto trata daqueles que afirmam ser de Deus, mas não andam segundo a Sua Palavra.

O pecado se manifesta quando a Palavra de Deus é revelada, mas não é recebida. João está exortando esses indivíduos a reconhecerem que estão em pecado e que necessitam de arrependimento.


Há pessoas que vivem em relações amorosas condenadas pela Palavra, mas se recusam a reconhecer o erro.

Há mulheres que insistem em exercer o ministério pastoral, mesmo quando a Escritura não autoriza tal prática.

Outros mantêm comportamentos e costumes mundanos, mesmo após serem advertidos com clareza sobre o que a Bíblia ensina.


Esses exemplos demonstram o que João está dizendo: essas pessoas pecam, mas negam que estão em pecado.

Fazem Deus mentiroso, porque rejeitam o testemunho da Palavra.

Não são purificados, porque não reconhecem que estão sujos.

Não são perdoados, porque não se arrependem.

Andam nas trevas, embora digam que estão na luz, como João também afirma:


> “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” (1 João 1:6)




Conclusão


A Bíblia fala de um arrependimento radical, não um arrependimento pontual. É o arrependimento de deixar o pecado e viver em total fidelidade a Deus. Esse arrependimento é essencial para a salvação.


Muitas pessoas, mesmo frequentando a igreja, orando, lendo a Bíblia e pregando o Evangelho, não compreendem o verdadeiro Evangelho. Elas ainda se opõem à mensagem de que o pecado precisa ser eliminado. O orgulho impede que elas reconheçam a necessidade de um arrependimento genuíno.


Esse arrependimento verdadeiro exige que se destrua toda a estrutura de vida construída sobre fundamentos falsos. É como alguém que construiu um grande edifício e precisa derrubá-lo para construir algo novo. Para isso acontecer, só um grande milagre de Deus pode remover o engano e permitir que a pessoa abra mão do falso evangelho e abrace a verdadeira salvação.


Nicodemus era um líder religioso, conhecedor da lei, ensinava as pessoas. Mas Jesus lhe mostrou que ele precisava nascer de novo. Ou seja, precisava abandonar tudo o que construiu: seu status, seu conhecimento, sua estrutura, para começar de novo. Jesus revelou que ele não entendia a palavra de Deus. Nicodemus, então, abraçou a humildade e pôde assim entender que aquela palavra era a palavra de Deus para a vida dele. E ele abraçou o verdadeiro Evangelho.


Portanto, exclua da sua vida dois enganos:


1. O engano de achar que ainda pode pecar, ainda que se arrependendo pontualmente. Este entendimento te levará à condenação eterna. O pecado precisa ser eliminado da sua vida, custe o que custar.



2. O engano de não se comprometer com a santificação e a transformação que Deus exige. Determine-se a viver para conhecer e fazer a vontade de Deus, abraçando a correção e a palavra de Deus. O pecado leva à morte, e ao compreender isso, você passará a entender que precisa abandonar o pecado, custe o que custar. Isso será o início do processo de santificação.


Esta é a única verdade que pode levar você à vida eterna. Ignorar e não escolher essa verdade é enganar-se e condenar-se eternamente.


Portanto, faça a escolha certa, enquanto ainda há tempo. Receba a verdade de Deus para a salvação da sua alma.


2 comentários:

  1. Se dissemos que somos de Cristo, mas não removemos o pecado da nossa vida de uma vez por toda, somos mentirosos e vamos para o inferno, pois que é verdadeiramente de CRISTO, não peça! 1 JOÃO 3:9.

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  2. A justiça de Deus é perfeita a demora não é dele a demora e sua.... há tempo.

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