quarta-feira, 7 de maio de 2025

Os amigos do tempo de Faculdade e o Mistério Desvendado


Os amigos do tempo de Faculdade e o Mistério Desvendado


Certo dia, André, ao mexer no telefone sem muito propósito, avistou um número antigo em sua lista de contatos. Era de Flávio Guitão, seu velho amigo dos tempos de faculdade no exterior. Um impulso de saudade o moveu, e ele tocou no número.


— Alô?

— Flávio?

— André! Rapaz, quanto tempo! Como é que você tá?

— Tô bem demais! Bora marcar uma pizza pra gente conversar?

— Bora! Tô dentro!


Naquela noite, encontraram-se numa pizzaria simples e acolhedora, com cheiro de forno à lenha e o barulho tranquilo de pessoas conversando. Pediram uma pizza grande — metade portuguesa, metade calabresa — e começaram a falar da vida.


— E a família do Henrique, você soube de alguma coisa?

— Ah, rapaz, fiquei sabendo que se mudaram pra Canadá, tão bem, graças a Deus.


E logo as memórias começaram a vir à tona.


— Você lembra da nossa faculdade? Que tempo bom, hein? As aulas, os lanches depois...

— E aquelas festas? Toda sexta a gente inventava uma desculpa pra se reunir!

— Os professores... lembra do professor Nicolau?

— Nossa, aquele era bravo, mas ensinava demais!


Riram, lembraram, suspiraram.


— E lembra do João Xavier? — perguntou André.

— João Xavier? Claro! Era muito engraçado. Fazia piada com tudo. A turma morria de rir com ele. Ele era moreno, gordão, forte... devia ter uns 120 quilos!

— Não, não, você tá confundindo — disse Flávio. — João Xavier era baixinho, magrinho, usava uns óculos grandes... até meio calado, às vezes.

— Você tem certeza?

— Absoluta.

— Rapaz... então será que a gente tá falando de pessoas diferentes?

— Sei lá. Vai ver a gente esqueceu como ele era de verdade.

— Pode ser.


Deixaram a dúvida de lado e continuaram a conversa. Foi quando, de repente, um rapaz parou ao lado da mesa. Era alto, magro, cabelo baixo e olhar sereno. Usava uma camisa simples, calça escura e um sorriso meio contido, como quem reconhece algo familiar.


— Boa noite — disse o rapaz. — Desculpem interromper, mas... vocês são André e Flávio Guitão, certo?


Eles se olharam, surpresos.


— Sim... somos nós.

— Vocês não estão me reconhecendo?

— Rapaz... não tô lembrando, não.

— Nós estudamos juntos. Lá na faculdade.


André arregalou os olhos.

— É mesmo? Que coincidência!

Flávio riu:

— Eu e o André nos encontramos hoje por acaso e resolvemos sair pra conversar!


— Puxa uma cadeira aí, senta com a gente — disse André.

— Isso, chega mais! — completou Flávio.


O rapaz puxou a cadeira, sentou-se e sorriu.


— Então... quem é você mesmo?

Ele olhou nos olhos dos dois e disse:

— Eu sou o João Xavier.


Silêncio. Os dois se entreolharam, sem acreditar.


— Você? Você é o João Xavier?

— Sou eu.


André coçou a cabeça.

— A gente tava lembrando de você agora mesmo... mas nos confundimos.

Flávio completou:

— Agora entendemos. A verdade foi revelada pra nós.


E ali ficaram os três, conversando por muitas horas, rindo, relembrando histórias e marcando de convidar outros amigos da faculdade para um novo encontro.




Reflexão 


Essa história nos traz o entendimento de que o tempo passa. Assim como aqueles rapazes, que eram jovens e, de repente, já estavam bem mais velhos, com a vida completamente mudada. Alguns dos antigos amigos morreram, outros permanecem vivos, cada um com a sua história, suas lutas e conquistas. Mas o que é verdade, é que o tempo passa. Daqui a alguns anos, aqueles mesmos dois amigos que se reencontraram poderão novamente se separar: talvez um parta deste mundo, talvez outro esteja bem mais envelhecido — e assim é a vida.


Nem sempre percebemos como os anos passaram. A juventude nos faz esquecer que somos passageiros. A memória falha, se confunde, se apaga com o tempo. E com o passar dos anos, nossa lembrança se torna nebulosa. Foi exatamente o que aconteceu com André e Flávio Guitão: suas mentes criaram uma ideia errônea sobre quem era o João Xavier. Eles se lembravam dele, mas não da forma certa. A imagem que tinham dele não correspondia à realidade.


E assim como o João Xavier, que era real, mas não quem pensavam que fosse, muitos também fazem o mesmo com alguém infinitamente mais importante: Deus.


Criam uma imagem errada dEle — uma figura distorcida pelas lembranças falhas, pelas ideias erradas absorvidas ao longo da vida, pelas experiências humanas limitadas. Mas Deus não muda. Ele é quem sempre foi. E assim como os amigos se surpreenderam ao reconhecer o verdadeiro João Xavier, muitos um dia se surpreenderão ao conhecer o verdadeiro Deus. Que não sejamos pegos de surpresa por termos criado um deus que não existe, em vez de buscarmos conhecer aquele que sempre esteve ali, esperando ser reconhecido.

O que Deus quer lhe falar, através dessa mensagem, é que você precisa conhecê-lo verdadeiramente — e conhecer também a sua vontade.

Você não pode fazer uma imagem a respeito de Deus, assim como André e Flávio Guitão fizeram a respeito de João Xavier. Você precisa conhecer Deus e a sua vontade, porque o tempo passa — como passou para aqueles jovens — e acaba. E você não pode partir deste mundo sem conhecer verdadeiramente a Deus e a sua vontade.

O que levou os amigos a conhecerem verdadeiramente João Xavier foi o contato pessoal com ele. João se manifestou, revelou quem era. Assim também é com Deus: Ele quer se manifestar a você. E assim como aqueles amigos convidaram João Xavier a se sentar e a se revelar a eles, assim você deve fazer em relação a Deus. Você deve buscá-Lo, convidá-Lo, chamar e clamar para que Ele se manifeste na sua vida — para que você O conheça de verdade e faça a sua vontade.

João Xavier estava em pé, ali, ao lado dos dois, olhava para eles, sabia quem eles eram. Assim é Deus. Deus vê tudo, sabe de tudo . Deus sabe de tudo o que você faz. Deus conhece os seus pensamentos. Nada fica escondido aos olhos de Deus. Você não pode enganar Deus. Você não pode achar que Deus não está vendo. Ele te conhece, e Ele está te vendo.

Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. Hebreus 4.13

E Ele estava ali, e Ele se revelou aos seus amigos. E Ele foi convidado para sentar à sua mesa. A Bíblia diz — Jesus diz: 

"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo." Apocalipse 3:20. 


Você precisa convidar a Deus para fazer parte da sua vida, para ser seu amigo. Mas, para isso, você precisa, em primeiro lugar, reconhecer e saber que Deus é Deus. Você precisa saber que Deus é santo, e que Deus não aceita o pecado. Deus não aceita o mal.


"Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar, nem surdo o seu ouvido para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, para que não vos ouça." (Isaías 59:1-2)

Deus se revela na pessoa de Jesus. Jesus disse: "Quem vê a mim vê o Pai." (João 14:9)


Ele também declarou:

 "Eu e o Pai somos um." (João 10:30)


E a Bíblia revela Jesus. Ele mesmo afirmou: 

"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam." (João 5:39)


A vontade de Deus está na Bíblia.

"Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça." (2 Timóteo 3:16)


Você precisa ter uma relação pessoal com Deus. Precisa buscar a Deus, buscar conhecê-lo e conhecer a sua vontade para realizá-la, custe o que custar. Esse é o propósito da sua vida passageira, que passa como um sopro e acaba.


O seu destino eterno será definido pela vida que você viveu — se você viveu para conhecer e fazer a vontade de Deus, ou se viveu criando uma imagem errada a respeito de quem Deus é.


Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder.”

(2 Tessalonicenses 1:8-9)


Não permita que o pecado separe Deus de você. 

Não mantenha uma ilusão a respeito de Deus.

Conheça Deus através da Sua Palavra. E mantenha Deus presente na sua vida, através do abandono definitivo do pecado e uma submissão completa à Sua vontade revelada na Bíblia.


Não deixe para amanhã, porque a vida passa, e você não pode partir sem conhecer verdadeiramente a Deus e viver sem comunhão com Ele, separado pelo pecado. Caso contrário, um futuro terrível o espera. Deus é como na Bíblia Ele se revela, não dando margem para diferentes interpretações a respeito de sua pessoa e vontade. Mantenha-se morto para o pecado, e Deus estará presente em sua vida, se revelando mais e mais a cada dia como Ele é e qual é a sua vontade.

Caso contrário, se o pecado estiver na sua vida e você não morrer para ele, você formará uma imagem a respeito de Deus, terá uma ilusão sobre quem Ele é e qual é a sua vontade. E assim se perderá no engano.

Quando as pessoas erram em relação à doutrina sobre quem Deus é e qual é a sua vontade, é porque Deus ainda não se faz verdadeiramente presente. Isso acontece porque elas ainda não morreram para o pecado.

Ouça a Deus falando com você e viva para conhecê-Lo e fazer a sua vontade. E assim, herde a vida eterna.


2 comentários:

  1. Mirtes.... tudo passa só Deus não passa só Deus basta..
    Nada se oculta aos olhos de Deus.

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