quinta-feira, 15 de maio de 2025

Vila Vidiana, o Lugar dos Pescadores.


 Vila Vidiana, o Lugar dos Pescadores. 


Vila Vidiana era vila costeira, onde o mar era a vida daquele lugar. Quase todas as famílias viviam da pesca, e cada pescador tinha seu barco pequeno, com o qual saía diariamente ao amanhecer para garantir o sustento de casa.


Havia tempos, porém, em que o mar se tornava perigoso. As chuvas vinham, os ventos mudavam, e as ondas pareciam montanhas agitadas. Nesses dias, ninguém ousava lançar-se ao mar, pois muitos já haviam sido engolidos pelas águas. O medo era real — e as perdas também.

Sr Emanuel, um fazendeiro da região, homem rico e justo, conhecia bem a luta daqueles pescadores. E movido por compaixão, decidiu ajudar. Vendeu parte de seus bens, gado, ferramentas, e com tudo o que juntou, comprou coletes salva-vidas para todos os pescadores da vila.


— Se vocês tiverem que enfrentar um mar mais difícil — dizia ele —, pelo menos poderão sobreviver, caso algo aconteça. Um colete pode salvar uma vida.


Os pescadores receberam os coletes. Alguns com alegria, outros com desprezo rejeitaram . Muitos deixaram os coletes guardados em casa, dizendo que só usariam “se realmente fosse preciso”. Alguns os levaram para os barcos, mas não tinham o hábito de usá-los. Afinal, achavam-se experientes demais.


Pouco tempo depois, uma época especial se aproximou: o tempo da pesca de alto-mar. Nessa estação, os pescadores uniam forças, deixavam seus barquinhos e usavam o grande barco da associação, que pertencera aos pais e avôs deles. Era um barco robusto, feito para o mar profundo, onde os grandes peixes habitavam.


Antes disso, porém, havia um comprador de peixes por nome João Sartanino, houve uma discussão com este homem que comprava os peixes. Ele era um comerciante ganancioso, que pagava pouco pelo pescado e explorava os pescadores. Alguns se revoltaram e discutiram com ele. Palavras duras foram ditas de ambos os lados. A relação ficou tensa.


Pouco sabiam eles que esse homem, tomado de raiva, planejou vingança. Ele sabia que o barco da associação seria usado em breve. Numa noite escura, foi até o cais e sabotou o fundo da embarcação. Fez um buraco pequeno, quase invisível, o suficiente para que a água entrasse devagar.


Dias depois, todos os pescadores partiram para o alto-mar. Levaram mantimentos, redes, equipamentos — e alguns, os coletes que haviam recebido. Outros, os deixaram para trás ou nem se lembraram deles.


Durante o dia, tudo correu bem. Mas, à noite, enquanto todos dormiam no convés, a água já se acumulava nos porões. Quando perceberam, o barco estava cheio d’água e já não havia mais como contê-la. O desespero tomou conta.


Precisaram abandonar o barco. Em meio às ondas revoltas, só restava uma coisa: o colete.


Aqueles que haviam levado o colete e acreditaram nele, vestiram-no e se lançaram ao mar. Foram poucos — muito poucos. Mas permaneceram à tona, agarrados à esperança, mesmo entre as ondas. Lutaram contra o frio, contra o cansaço, contra o medo. E esperaram.


Horas depois, um barco de resgate veio. E salvou todos os que estavam com o colete. Nenhum deles se perdeu.


Os outros, porém, mesmo que tivessem recebido o colete, não o usaram. Alguns o haviam deixado guardado. Outros, jogado num canto do barco. E quando tentaram sobreviver sem ele, afundaram. O mar não teve piedade.


O velho fazendeiro chorou amargamente ao saber da tragédia. Não por não ter feito sua parte, mas por ver que nem todos acreditaram no presente que havia dado.



Reflexão

 – O Barco, o Mar e a Verdade que Muitos Ignoram


Você já parou para pensar que é possível viver uma vida inteira acreditando que está seguro — até o momento em que a verdade prova o contrário?


Muitos são os fatores que levam o homem a crer que está seguro. Existem razões, pensamentos, crenças e sentimentos que constroem essa ideia de segurança que vamos comentar. No entanto, assim como aconteceu com aqueles pescadores que, em determinado dia, embarcaram confiantes para o alto mar, chegará o momento em que essa segurança será provada.


Esta história, esta parábola, tem por objetivo descortinar a realidade por trás daquilo que chamamos de “segurança”. Mostrar que há uma verdadeira segurança, mas também uma falsa, que engana, ilude e leva muitos à perdição. E esta reflexão é de grande importância, porque o dia em que essa segurança será provada pode chegar a qualquer momento — e somente os que estiverem preparado escaparão mo grande dia.


A parábola que lemos fala de um mar revolto, de um barco sabotado, e de homens que receberam, gratuitamente, um colete salva-vidas. É uma história forte. Mas ela fala diretamente com todos nós — porque o barco desta vida, mais cedo ou mais tarde, vai afundar. E quando isso acontecer, somente os que estiverem verdadeiramente preparados, com o colete salva-vidas, estarão seguros.


1. A segurança que muitos têm


Muitos vivem com uma sensação de segurança diante de Deus. Uma segurança construída sobre fundamentos falsos, mas que, para essas pessoas, parecem sólidos. Um dos pilares dessa falsa segurança é o entendimento de que a natureza humana é inclinada ao pecado — e nisso, de fato, há verdade. O homem, por natureza, está corrompido e não consegue, por si mesmo, ser plenamente justo. Porém, esse entendimento é somado a uma mentira: a de que Deus criou o homem assim, e que essa é sua condição natural e aceitável diante d'Ele.


Além disso, há uma ideia ainda mais enganosa: a de que quanto mais o homem reconhece sua imperfeição, mais exalta a grandeza de Deus. E com isso, muitos continuam em sua condição pecadora, acreditando que estão exaltando a Deus — quando, na verdade, estão debaixo de condenação. A natureza pecadora exige uma transformação real e necessária, e não pode jamais ser usada como justificativa para continuar na prática do pecado. O crente verdadeiro não é pecador — ele foi transformado.


Essa falsa segurança é ainda reforçada por outros elementos. Muitos se apoiam apenas na consciência de que Deus existe. Mas saber que Deus existe não é fé salvadora — é apenas uma evidência óbvia, pois negar a existência de Deus seria cair numa completa irracionalidade. Essa consciência, por si só, não tira ninguém da condenação.


Também há aqueles que julgam fazer coisas boas: ajudam alguém, praticam caridades, são educados e se comportam de forma aparentemente correta. Mas é apenas julgamento humano — pois sabemos que, fora de Cristo, tudo que o homem faz é mal. Ainda assim, esses pequenos gestos, aos olhos do próprio homem, vão somando uma falsa confiança.


E há, ainda, os religiosos. Muitos têm um comportamento ético, uma moral alinhada com os padrões humanos. Outros vivem fervorosamente suas crenças. Uns são apenas praticantes, outros chegam a se tornar líderes espirituais. Mas tudo isso, seja vivido isoladamente ou somado, continua sendo apenas a construção de uma falsa segurança — uma segurança dentro da condenação, e não uma aproximação de Deus.


2. A necessidade de salvação


O Senhor Emmanuel, aquele benfeitor dos pescadores, identificou que havia uma necessidade urgente: uma verdadeira proteção, algo que pudesse garantir a vida daqueles homens no mar. Ele se sacrificou para comprar coletes salva-vidas, entregando-os gratuitamente a todos. Era um gesto de amor e providência. Porém, nem todos aceitaram. Alguns recusaram, achando desnecessário. Outros até receberam, mas não usaram como deveriam. Alguns deixaram o colete no fundo do barco, ocupados com outras coisas, desprezando aquele presente tão vital. E houve ainda aqueles que, mesmo usando, não se prepararam corretamente para o momento em que precisariam dele.


O Senhor Emmanuel, nessa parábola, representa Jesus Cristo. Ele é o Salvador que deu sua vida para prover a salvação a todos os homens. Mas o ponto central é este: todos precisam de salvação. Não há exceções. E a salvação não é apenas um presente a ser recebido, mas uma realidade que exige mudança.


Aqueles pescadores estavam acostumados a navegar anos sem colete. O colete era algo novo. Exigia deles uma nova postura, uma mudança radical no modo de pescar. Assim também é a salvação em Cristo: ela exige de nós uma nova vida. Receber a salvação é reconhecer Jesus, o Senhor Emmanuel, como o único e suficiente Salvador, e estar disposto a abandonar a velha maneira de viver.


Aceitar essa salvação é mais do que um ato simbólico — é um compromisso com a verdade, com a obediência, com a transformação de vida. Sem isso, é como deixar o colete no fundo do barco: você até recebeu, mas na hora em que mais precisar, ele não estará te protegendo.


O barco vai afundar


Ninguém esperava que aquele barco fosse afundar. Os pescadores estavam ocupados com sua rotina, vivendo como sempre viveram. Mas algo estava acontecendo nos bastidores. O senhor João Sartan, um homem amargo e traiçoeiro, sabotou o casco do barco da associação. Silenciosamente, ele comprometeu a segurança de todos. E chegou o dia em que o barco começou a encher-se de água e afundar. Todos, sem exceção, passaram a precisar de salvação.


Mas poucos estão preparados. 


Alguns estavam verdadeiramente seguros com seus coletes bem ajustados. Outros, porém, tinham apenas a ilusão de segurança. Tinham recebido o colete, mas o colocaram no fundo do barco. Outros começaram a usar, mas tiraram depois, achando que não era mais necessário. Alguns se apegaram à forma antiga de viver — à tradição em que foram criados — e decidiram ir para o alto-mar sem proteção, como sempre fizeram. Mas agora, a realidade bateu à porta, e ficou claro: sem o colete, ninguém sobrevive.


Essa parte da história fala da nossa realidade espiritual. O barco da nossa vida vai afundar um dia. A Bíblia diz: "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27). O mundo está afundando por causa de uma sabotagem antiga. O diabo, através do engano no Éden, levou Adão e Eva ao pecado. E assim o pecado entrou no mundo, e passou a todos os homens, pois todos pecaram (Romanos 5:12). Agora todos, sem exceção, precisam de salvação.


Essa salvação foi provida pelo Senhor Emmanuel, Jesus Cristo. Mas a salvação exige mudança. Aqueles pescadores estavam acostumados a navegar sem colete. Era assim que tinham sido ensinados. Mas alguns decidiram mudar, ouviram Emmanuel, colocaram o colete e foram salvos. Outros se recusaram, e pereceram.


Você precisa reconhecer a necessidade da sua salvação.

Você precisa reconhecer que precisa colocar o colete. E o colete não é apenas uma crença religiosa, não é simplesmente frequentar uma igreja ou carregar um título. O colete representa uma vida nova. Representa uma transformação radical.


Se você continua vivendo da mesma forma que sempre viveu, se os seus desejos, os seus caminhos, as suas escolhas continuam sendo os mesmos de antes, então você não colocou o colete. Se a sua vida cristã não é marcada por arrependimento, santificação, separação do pecado e obediência ao Senhor Jesus, então você não está salvo.


Jesus foi muito claro: “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” (João 3:3). Isso significa que a mudança exigida é tão profunda, tão total, que só pode ser comparada a um novo nascimento. É preciso morrer para a velha vida. É preciso abandonar o pecado, renunciar ao mundo, crucificar o “eu”. Só então se pode dizer que o colete foi colocado de fato. 

Não se pode colocar o colete sem abandonar definitivamente o pecado.

E este abandono definitivo do pecado é que vai lhe trazer uma nova natureza.

E essa nova natureza representa uma nova vida, ou seja, o colete, a salvação.


Se você não morreu ainda, você não nasceu de novo.

Se você não nasceu de novo, você não colocou o colete.

E se o barco afundar hoje, você não está salvo.


Morrer é preciso. Quando Jesus disse que é preciso nascer de novo, Ele estava dizendo que é preciso morrer primeiro. E essa morte é para o pecado. Se você não morrer para o pecado, você não nasce verdadeiramente para a vida, a nova vida que Jesus se refere.


E você, já morreu para o pecado? Ou você se ilude, acreditando que é impossível viver sem pecar, que todos pecam, que o sangue de Jesus Cristo não tem poder para mudar essa natureza? Se você pensa assim, eu sinto muito, sinto uma tristeza profunda, mas você vai afundar nas profundezas do inferno.


2.  Os impedimentos para se usar o colete.


Infelizmente, o senhor Emmanuel não podia obrigar ninguém a usar o colete. Embora desejasse profundamente que todos fossem salvos, ele respeitava a decisão de cada um. Aqueles homens tinham famílias. Talvez sua esposa, ou um de seus filhos, dissesse: “Pai, marido, não vá sem o colete. Não entre no mar desta vida sem o colete.” Mas muitos daqueles homens estavam apegados às suas tradições. Diziam: “Vivemos sempre assim e vamos morrer assim. Foi assim que fomos criados.” Talvez não queriam se humilhar, aceitar que alguém lhes dissesse o que fazer. Pensavam: “Eu sei o que estou fazendo. Sou pescador desde a infância. Ninguém precisa me dizer como viver.” Eles não queriam se submeter a ninguém.


Meu amigo, minha amiga, não seja assim. Não se apegue a uma tradição religiosa em que você foi criado, não se apegue a uma denominação, não se apegue a esse orgulho de não querer mudar, de não reconhecer que está errado e precisa mudar de vida. Não faça isso em nome de Jesus, porque é a mais pura verdade, é um fato: seu barco vai afundar e pode afundar a qualquer momento e você vai perecer eternamente nas profundezas do inferno, assim como na figura da morte daqueles homens morreram afogados. 


Você precisa refletir: o que te impede de usar o colete? Que pecado tem te impedido de colocar o colete da salvação? Talvez seja o homossexualismo, o adultério, o sexo fora do casamento, o amor ao sexo, o apego ao dinheiro, o orgulho, a vaidade, o hedonismo. Talvez você esteja se apegando a enganos que dizem que você está seguro, que não precisa mudar, que não precisa de colete. Talvez seus próprios pecados estejam alimentando uma maneira de pensar que te faz acreditar que pode continuar vivendo assim e ainda estar salvo. 

Mas a verdade é que não há salvação sem mudança. A verdade é que o colete é Jesus, e Ele é absolutamente necessário na sua vida. Você vai perecer se não tiver um compromisso de fidelidade a Deus, abandonando o pecado e reconhecendo o sacrifício de Cristo por meio de uma nova vida. Não há como usar o colete sem abandonar o pecado. Não há como reconhecer verdadeiramente o sacrifício de Jesus e continuar pecando, porque o sacrifício de Jesus foi exatamente pelo pecado — e é necessário que o pecado seja deixado para trás.


Muitos aceitaram o colete. Muitos entenderam que o colete iria salvá-los. E achavam que estavam com o colete. Mas eles só estariam realmente com o colete se o colocassem sobre seus corpos, se usassem de fato. Você que pensa que está salvo, você que pensa que está seguro porque tem práticas religiosas, porque frequenta uma igreja, porque faz orações, porque acredita em Deus, porque canta, porque prega, porque sente algo diferente, você está enganado. Você precisa de um compromisso real. Você precisa abandonar o orgulho. Na verdade, você precisa de uma aliança de fidelidade com Deus. Você precisa abandonar o pecado em sua vida e seguir os ensinos de Jesus, que estão na Bíblia, com fidelidade.


A vida no mar simboliza a nossa vida. E assim como os pescadores não sabiam quando a tempestade viria, nós também não sabemos o dia nem a hora em que nossa vida terminará. Por isso, você precisa andar o tempo todo com o colete. Você precisa estar constantemente com a Palavra de Deus em sua mente, sendo fiel a ela. A fidelidade à Palavra de Deus é usar o colete. Quem vive fiel à Palavra, com um compromisso de santidade, verdade e obediência, está com o colete. Quem não vive assim, ainda está iludido.

O sangue de Jesus derramado na cruz é o colete. Mas esse colete só estará em você e só será eficaz quando tirar o seu pecado. Quando você morrer para o pecado e viver em fidelidade a Deus, então o sangue de Cristo terá cumprido o propósito pelo qual foi derramado. Caso contrário, será um colete que está com você, mas não em você. Ele estará na sua boca, mas não no seu coração. Estará no navio, na sua mão, ao seu lado, mas não dentro de você.


A Bíblia diz :


> “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” 

Atos 5.32



Conclusão e Apelo


Esta não é uma simples parábola. Essa é a mensagem de Deus, registrada na Bíblia. O dia que seu barco afundar, você saberá que através desta mensagem, Deus falou com você. Cabe a você colocar o colete por todos o dias de sua vida, antes que o barco afunde. 




Base Bíblica da Mensagem


1. O pecado entrou no mundo e a morte passou a todos os homens:

Romanos 5:12 – “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”


2. A salvação é pelo sangue de Jesus Cristo:

Efésios 1:7 – “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.”



3. É necessário morrer para o pecado:

Romans 6:2 – “De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”



4. A urgência de estar preparado:

Lucas 12:20 – “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”



5. Obediência é condição para receber Deus na pessoa do Espírito Santo:

Atos 5:32 – “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”


6. Sem nascer de novo, não se entra no Reino de Deus:

João 3:3 – “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”


João 3:5 – “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus."



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