terça-feira, 29 de abril de 2025

A Ignorância, o Engano a Respeito de Deus e Sua Consequência

 


A Ignorância, o Engano a Respeito de Deus e Sua Consequência


Muitas vezes, a falta de conhecimento — e, consequentemente, o engano — nos traz grandes prejuízos na vida. Em diversas áreas, a ignorância pode ser extremamente danosa. Por exemplo, um casamento iniciado sem o devido conhecimento, ou fundamentado em enganos, pode gerar sofrimento profundo e marcas que permanecerão por toda a vida. Um erro médico, causado pela falta de conhecimento ou diagnóstico errado, pode custar a vida de um paciente. Negócios mal avaliados, decisões financeiras precipitadas e inúmeras outras situações da vida demonstram o quanto a falta de entendimento pode trazer prejuízos que variam desde transtornos leves até consequências fatais.



1. A ignorância e o engano a respeito de Deus leva a uma vida contrária à vontade de Deus


Mas há uma ignorância que é mais grave do que todas essas: a ignorância a respeito de Deus, do Criador. E é justamente sobre essa que o texto que vamos estudar trata. Veremos como essa ignorância leva ao engano, e o quanto esse engano traz consequências terríveis e eternas.


Essas pessoas oram a Deus. Cantam louvores a Deus. Frequentam igrejas. Muitas são batizadas. Algumas até pregam a outras pessoas, e outras ainda assumem posições de liderança em suas congregações. Mas, mesmo assim, estão enganadas a respeito de Deus. A fé delas está baseada em uma ideia distorcida de quem Deus é, e isso as leva a um fim de decepção.


Jesus advertiu claramente sobre isso:

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:21-23)


Ninguém vive acreditando que está indo para o inferno. As pessoas só descobrirão isso na morte, quando os demônios vierem buscá-las.


2. As amarras do engano. 


A grande questão é: se uma pessoa acredita, se ela está convicta de que a vida que leva é boa e que não a levará ao inferno — muito pelo contrário, ela crê que está bem com Deus —, como alguém com tamanha convicção pode ser movido desse engano?


Porque quem crê, crê com sinceridade, com força. Ela não finge acreditar — ela realmente está segura de que está no caminho certo. Mas então, o que leva uma pessoa a cair nesse engano? Como esse engano se forma? O que pode quebrar esse encanto diabólico e transformar completamente a vida dessa pessoa?


E se a mente dessa pessoa está cegada pelo diabo? O que fazer? Como ela pode ser liberta desse poder enganoso? O que fazer?

 

“O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Coríntios 4:4). 

 “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12).

“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

Apocalipse 12:9

Portanto, o ser humano está a caminho de um precipício, à beira do inferno. É como um homem que está se casando, feliz da vida, com perspectivas de um futuro maravilhoso, mas enganado, sem saber que aquela mulher trará desgraça e sofrimento permanente para a sua vida.

"Porém, o engano a respeito do casamento, das finanças, a respeito de um procedimento médico pode lhe trazer até a morte, pode lhe trazer a desgraça e o sofrimento na vida, pode lhe trazer um prejuízo e deixá-lo na miséria. Porém, o engano a respeito de Deus e de sua vontade é infinitamente pior, porque lhe trará a condenação eterna no inferno, que não há comparação a nenhum outro sofrimento e nenhuma outra desgraça, é algo incomensuravelmente terrível e não há palavras que possam definir o quão terrível é o inferno." 

Se há um assunto que você não pode, se enganar, errar ou desconhecer, é a respeito de Deus e de sua vontade.



3. A batalha entre a luz da verdade e as trevas do engano


No início, o homem foi criado na luz. Ele estava na luz. Porém, por uma decisão própria, passou para as trevas — e as trevas alcançaram toda a raça humana. A única decisão que pode tirar o homem do engano, das trevas, é a decisão pelo amor à verdade, e esse amor deve estar acima dos seus próprios interesses, acima da sua própria vida.


Adão e Eva rejeitaram a verdade de Deus porque estavam mais interessados em si mesmos — mais interessados em suas próprias vidas e no ganho, do que em colocar Deus em primeiro lugar. E esse sentimento de orgulho os cegou para a luz da verdade. Eles ficaram cegos. Ou seja, entraram nas trevas.

O diabo falou para Eva, e indiretamente também para Adão, que eles poderiam viver voltados para si próprios, que não haveria condenação para eles, ou seja, que nao morreriam. Mas Deus disse a sua vontade, que deveria estar acima da vontade deles, se eles se voltassem exclusivamente para a vontade de Deus e permanecessem mortos para as suas próprias vontades, escapariam do pecado e do engano. 

Quando a serpente lhes ofereceu algo que, para eles, parecia vantajoso, eles optaram por se desconectar do sentimento de colocar Deus acima deles próprios, da vontade de Deus acima da sua própria vontade. E, ao fazerem essa escolha, pecaram e foram enganados.

O problema é que as pessoas mantêm a decisão de Adão e Eva, que é de estarem mais voltadas para si próprias do que para Deus, mais voltadas para suas vontades do que para a vontade de Deus. E isso é a opção pelo pecado e pelo engano. E esta opção não se pode tirar delas. E assim, elas se condenam a si próprias. E sem saberem que eestão a caminho do inferno, enganadas como Adão e Eva.  

Deus falou: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17).


Mas a serpente disse à mulher: "Certamente não morrereis" (Gênesis 3:4).

E ainda acrescentou: "Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:5).


E mais adiante, está escrito:

"A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" (João 3:19).

A estratégia do diabo


O diabo mantém até hoje a mesma estratégia que usou no princípio: 1. mantém a mesma mentira de que o pecado não traz a morte 2. ele alimenta a vontade das pessoas, o ego,

Jesus, porém, veio ao mundo e morreu na cruz pelos pecados do homem para que o homem não fosse mais condenado, mas tivesse a oportunidade de abandonar o pecado. Ele pagou pelo pecado, e agora o homem tem a oportunidade de não mais pecar e viver conforme a criação original — viver exclusivamente para a vontade de Deus e não para a sua própria.


Como está escrito:


> "E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."

— 2 Coríntios 5:15

Contudo, a estratégia do diabo é não conduzir o homem ao verdadeiro sentido do sacrifício de Jesus. Ele deturpa esse sacrifício, dizendo que, por causa dele, o pecado já não traz mais condenação — mantendo, assim, a mentira inicial de que “certamente não morrerás”.


Na verdade, o sacrifício de Jesus é para apagar o pecado escrito na vida do homem, mas não para manter o homem no pecado. O homem precisa morrer para o pecado, abandoná-lo de forma definitiva, não escrevê-lo mais em sua vida, para então receber o perdão através do sangue de Jesus.


E assim vive a humanidade, no mesmo engano inicial, acreditando que o pecado não leva à morte, crendo que Jesus Cristo morreu na cruz para que o homem pudesse pecar e se arrepender, pecar e se arrepender, pecar e se arrepender — sem abandonar definitivamente o pecado. Eles negam o valor do sangue de Jesus quando negam que o sangue de Jesus Cristo liberta do pecado, tira o pecado.


> “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17)


O amor de Deus, que deveria ser santo e transformador, é distorcido. Ao dizerem que “Deus ama o homem”, usam esse amor como justificativa para que Deus seja complacente com o pecado. Apresentam um “amor” que faz de Deus um servo do homem, alguém que existe para atender suas vontades, seus sonhos, suas carências emocionais, e não como o Deus Santo que exige arrependimento, obediência e santidade.


Esse falso evangelho nega a cruz, a santidade e a soberania de Deus. O centro deixou de ser a glória de Deus, a fidelidade à Sua vontade e a santidade, para se tornar um sistema religioso que alimenta o ego do homem e mascara a verdade com um discurso de autoajuda espiritual.


Mesmo quando alguém se torna cristão, encontra uma igreja, frequenta cultos e crê que está com Deus — se essa pessoa mantém o olhar voltado para si mesma, alimentando o orgulho de se considerar boa, ela dificilmente aceitará a verdade. Porque se essa verdade for colocada diante dela, isso a leva à humilhação. A luz revela as trevas, revela a maldade, revela o orgulho — e essa pessoa deseja manter, para si, um status de alguém bom. Mas esse desejo nasce do orgulho, pois sua vida ainda está voltada para si, e não para Deus.

O diabo usa estratégias diferentes para cada pessoa. Há aqueles que ele afasta completamente de tudo o que diz respeito a Deus — pessoas que nem conseguem ouvir falar de Deus, e vivem mergulhadas numa vida de indiferença e rebeldia aberta.


Mas com aqueles que desejam um status de “pessoa de Deus”, que estão voltados para o ego religioso, a estratégia é outra. Para esses, o diabo alimenta o orgulho através da falsa religião cristã. Eles se envolvem em práticas religiosas, frequentam igrejas, usam a linguagem do cristianismo, mas vivem distantes da verdade do evangelho.


Quanto mais são alimentados por essa falsa religiosidade, mais se afastam da salvação. Pois se consideram justos, santos e aprovados por Deus, quando na verdade estão enganados. Como está escrito: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda” (Apocalipse 22:11).


A falsa religião é o engano mais sutil e destrutivo, porque oferece ao homem um sentimento de salvação sem conversão, um status espiritual sem arrependimento verdadeiro, e uma aparência de piedade sem o poder que transforma.

É muitas vezes mais fácil a conversão daquele que está no fundo do poço, mergulhado no lamaçal do pecado — nas drogas, no alcoolismo, na idolatria, na feitiçaria, na macumba — do que daquele que está dentro da igreja, envolvido com a religião, mas sem conversão verdadeira. Porque o que está no pecado explícito, muitas vezes reconhece sua miséria e tem consciência de que precisa de libertação. Mas o religioso, aquele que vive dentro da estrutura religiosa sem nascer de novo, está cego pelo orgulho espiritual. Ele acredita que está salvo, que está com Deus, que é uma pessoa boa — e por isso rejeita a luz que revela seu verdadeiro estado. Foi exatamente isso que aconteceu com os fariseus: estavam tão seguros de sua posição religiosa, que rejeitaram o próprio Cristo, a verdade encarnada.


Portanto, antes de discipular alguém, de levar mensagens cristãs a uma pessoa, certifique-se antes de que ela já abandonou definitivamente o pecado e reconheceu, de fato, o valor do sacrifício de Jesus. Que ela compreendeu a mensagem da cruz e entendeu o que é salvação — libertação do pecado, transformação de vida, novo nascimento. Caso contrário, ao alimentar alguém que ainda vive no pecado, você não está ajudando, mas contribuindo para o engano. Está afastando ainda mais essa alma da verdade, cooperando — enganado — com a estratégia do diabo, que é manter o homem preso à aparência de piedade, mas sem a salvação. 


"Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja destruído, a fim de que não sirvamos o pecado como escravos." Romanos 6:6

A conversão implica na morte do velho homem, simbolizando o abandono do pecado.


“Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.” Apocalipse 22:11


Conclusão


É hora de despertar. O mundo vive hoje mergulhado no mesmo engano inicial: acreditar que o pecado não leva à morte. Essa mentira tem sido perpetuada ao longo dos séculos, conduzindo multidões à perdição. Muitos vivem enganados, acreditando que podem pecar e se arrepender continuamente, sem jamais abandonar o pecado de forma definitiva. Essa mentalidade anula o valor do sacrifício de Jesus, despreza o poder libertador do sangue de Cristo e transforma o evangelho em um instrumento de justificação da própria vontade humana.


O segundo grande engano está em viver para si mesmo — centrado em seus próprios interesses, em suas vontades, desejos, necessidades e sonhos — e não para Deus. O homem moderno, inclusive dentro das igrejas, construiu um evangelho onde Deus é servo de seus planos, e não o contrário. Louvores, mensagens e práticas estão cada vez mais voltadas para o homem, e não para a glória de Deus. O amor é distorcido, usado como desculpa para tornar Deus conivente com o pecado.

E a você — pastor, líder, evangelista — e também a você que se diz cristão, que frequenta uma igreja e carrega consigo o status de salvo: você já abandonou definitivamente o pecado? Você morreu para a sua própria vontade e vive exclusivamente para a glória de Deus? Ou ainda vive para si mesmo, buscando os seus próprios interesses — e assim, enganado?

Você precisa, com urgência, abraçar o verdadeiro Evangelho — o Evangelho do abandono, da cruz, da morte para o pecado. Ainda que isso te custe toda a sua história de crente, de cristão, de salvo. Ainda que isso te humilhe diante dos homens, e revele que até aqui você viveu um engano. É melhor perder esse status hoje e ser verdadeiramente salvo, do que mantê-lo e perder a sua alma por toda a eternidade.

Arrependei-vos e crede no verdadeiro evangelho. 

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