O Refúgio e a Caminhada
Num canto distante da galáxia existia um planeta chamado Terra Algures.
Era um mundo belo, altamente desenvolvido, dominado pela era robótica.
Máquinas inteligentes faziam quase tudo.
A tecnologia havia alcançado níveis impressionantes.
Tudo funcionava com perfeição — menos o coração das pessoas.
Com tanto avanço, esqueceram-se do Criador.
Viviam como se fossem eternos.
Construíram cidades imensas,
edifícios flutuantes,
inteligências artificiais conscientes,
mas perderam a verdade.
Foi então que começaram os sinais.
Clarões nos céus. Raios que atravessavam continentes.
Tempestades de fogo magnético.
Tremores. Vozes no vento.
Os cientistas não sabiam explicar.
Os líderes diziam:
— Não se preocupem. Isso é passageiro.
Mas muitos sentiam no espírito: algo estava prestes a acontecer.
Logo veio o anúncio:
Explosões solares atingiriam o planeta em dias.
Ondas de energia varreriam tudo.
Nada sobreviveria na superfície.
Então surgiram rumores de um lugar escondido.
Uma antiga cidade subterrânea, construída por um povo misterioso,
escondida sob a Montanha da Névoa.
Protegida por camadas de rocha e escudos naturais.
Era a única esperança.
OS GUIAS DO CAMINHO
Com o anúncio da destruição iminente, muitos começaram a buscar o caminho até a cidade subterrânea.
Alguns se diziam conhecedores do caminho, mas cobravam altos valores.
Eram falsos profetas.
Prometiam segurança, mas levavam à perdição.
Outros realmente conheciam, mas poucos estavam dispostos a deixar suas comodidades.
Preferiram continuar em suas rotinas, como se nada estivesse para acontecer.
Mas havia também um homem que conhecia o verdadeiro caminho.
Seu nome era Expedito dos Santos.
Ele não cobrava nada.
Sua missão era apenas conduzir os que cressem até o lugar seguro.
Muitos deram ouvidos à voz de Expedito dos Santos. Estes se enganavam acreditando que não precisavam de salvação
E muitos o seguiram.
✨ – A JORNADA COMEÇA
Expedito dos Santos reuniu o grupo que se dispôs a seguir o caminho.
Ele os preparou para a jornada e explicou:
> “A cidade subterrânea de segurança realmente existe. Mas sua construção custou um alto preço. Houve um grande sacrifício feito por um homem chamado Emmanuel. Tudo o que temos hoje se deve a Ele.”
Expedito então apresentou um dispositivo:
Era o Biblionix.
Um aparelho desenvolvido nos tempos mais avançados da Era Robótica.
Compacto, mas extremamente poderoso, o Biblionix continha mapas ocultos, códigos de direção e mensagens registradas pelo próprio Emmanuel.
Sem ele, era impossível não se perder no caminho.
Expedito prosseguiu:
> “A caminhada será dura e perigosa. Enfrentaremos lugares desertos, zonas instáveis, áreas corrompidas. Vocês precisarão estar atentos às minhas orientações.
Sigam com fé e disciplina. Não se afastem do caminho.”
Após ouvirem as palavras de Expedito dos Santos, muitos tomaram a decisão. Abandonaram suas casas, seus aparelhos eletrônicos, suas rotinas, seus prazeres. Deixaram para trás tudo o que conheciam, em busca da salvação.
Antes de partir, passaram pela Imersão de Luz Viva, uma espécie de banho em águas combinadas com partículas energéticas daquele mundo avançado. Era um processo real, mas também simbólico: representava o fim da velha existência. Ali morria a vida antiga, e nascia uma nova. Esse batismo era indispensável
A jornada exigiria coragem. A partir dali, não haveria mais retorno. Era uma vida de esforço, vigilância, fé e obediência. Eles entravam num caminho onde precisariam viver por princípios firmes e inegociáveis: verdade, renúncia, disciplina, comunhão e fidelidade.
Tinham deixado uma cidade — e seguiam rumo a outra. Uma cidade de refúgio, construída ao custo de grande sacrifício. A partir dali, tudo era novo. Tudo era diferente.
E partiram.
Partiram para a caminhada.
Eram poucos, comparados aos que ficaram na cidade, mas ainda assim, um grupo considerável.
Logo no início da jornada, alguns voltaram.
Sentiram falta dos parentes, dos amigos, das festas, das comidas e bebidas, e de tudo o que deixaram para trás.
Acreditaram que aquela não era vida para eles.
Mas, ao pensarem assim, esqueceram-se de algo fundamental:
não estavam diante de uma escolha entre modos de vida, mas entre a vida e a morte.
Não era uma questão de conforto ou bem-estar.
Era questão de salvação.
E a salvação exigia aquele caminho.
O caminho proposto por Expedito dos Santos —
o único caminho.
A primeira queda
A caminhada seguia com dificuldade, mas com esperança. O grupo avançava pelas trilhas desenhadas entre vales, pequenas elevações e paisagens antes nunca vistas. Era tudo novo.
Mas não demorou muito até que chegassem a uma região montanhosa.
Expedito dos Santos, atento a cada detalhe da jornada, logo reuniu todos e os advertiu:
— Precisamos redobrar o cuidado. À frente há uma travessia perigosa. É uma área alta, com pedras escorregadias. As chuvas recentes deixaram o solo instável. E há um precipício profundo — disse com firmeza. — Sigam atentos, cada passo é importante.
Eles o chamavam de Abismo do Vento Orgulhoso, por causa das rajadas de vento que sopravam por entre os rochedos e confundiam a noção de equilíbrio. Era uma passagem estreita, com a borda lisa e traiçoeira.
Alguns passaram com cautela, olhos fixos no caminho, atentos às instruções.
Mas nem todos.
Um dos caminhantes, um rapaz forte, mas apressado, tentou ajudar outra companheira a andar mais rápido.
— Vamos! Isso aqui não é tudo isso! — disse, dando passos largos.
Mal acabou a frase, escorregou. Bateu os braços tentando se firmar, gritou:
— Socorro! Segurem!
Houve correria, tentaram alcançá-lo, mas não conseguiram. O corpo desapareceu entre as pedras.
Outros, tomados pelo susto, tentaram voltar para ajudar, mas também perderam o equilíbrio.
Ali, naquele trecho, o grupo perdeu alguns dos seus.
Foi um momento silencioso. Todos pararam. Ninguém falava.
Alguns choravam.
Expedito, com voz baixa, disse:
— Esse é o preço do orgulho. Aqui não podemos nos achar fortes. Quem não vigiar… cai.
E seguiram, mais unidos, mais sóbrios, mais conscientes do que estavam enfrentando.
O FRUTO ESTRELAR
Pouco depois, avistaram ao longe uma árvore solitária, de copa larga e repleta de frutos. Era o Fruto Estrelar, conhecido de todos. Antes da jornada, ele era comum na cidade. Todos já haviam se alimentado dele. Era saboroso, desejável e sustentava.
— Olha lá! — disse um deles. — Um Fruto Estrelar! Deus é bom! A provisão continua.
— Não está no caminho — respondeu Expedito dos Santos, com o Biblionics na mão. — Essa árvore está fora da rota. O Biblionics não registra esse ponto.
— Mas é alimento! — insistiram. — Nós precisamos comer. Se está ali, é porque faz parte!
Expedito foi claro:
— Nós já fomos batizados no Fruto da Água. O alimento agora é outro. O que antes era permitido, agora mata. Esse fruto fora do caminho é letal.
Mesmo assim, alguns desviaram. Chegaram até a árvore. Comeram. Depois voltaram ao grupo como se nada tivesse acontecido.
No dia seguinte, desviaram de novo. Comeram. Voltaram.
— Nós só saímos um pouco — diziam. — É só um desvio pequeno. Depois a gente volta. A caminhada continua.
Mas com o tempo, seus olhos foram escurecendo. A voz perdeu firmeza. As pernas tremiam. E um por um, caíram. Mortos.
Foi quando Expedito reuniu o grupo que restava e explicou:
— Eles não perceberam. Mas toda vez que saíam do caminho para comer do Fruto Estrelar, já estavam mortos. Não era só o fruto. Era o desvio. Era a infidelidade. O caminho não permite volta com contaminação. Comeram fora do plano. Foram corrompidos. E o fim veio.
Silêncio. Só o som do vento sobre as folhas.
E ninguém mais olhou para a árvore.
O Rio e a Distração dos Viajantes
O som da água correndo ao lado do caminho chamou a atenção de alguns viajantes. Entre as árvores, um rio sereno deslizava por entre as pedras. A brisa ali era fresca, o ambiente agradável. Parecia um lugar ideal para descansar.
— Vamos só lavar os pés, molhar o rosto — disseram alguns. — Não vamos nos demorar.
Expedito dos Santos, atento ao ritmo da jornada, advertiu:
— Sigamos firmes. O tempo não espera. Na Cidade de Refúgio haverá água em abundância, alegria e descanso. Lá, sim, poderemos nos banhar com segurança. Aqui, não. Aqui é só passagem.
Mas nem todos ouviram. Alguns se afastaram do grupo. Lavaram os pés, molharam o rosto, e logo voltaram — porém, atrasados. Correram para alcançar os demais e, embora cansados, conseguiram se reunir ao grupo.
Outros, porém, permaneceram por mais tempo. Sentaram-se nas pedras, deixaram-se levar pelo som da correnteza, pelo conforto da sombra. Quando enfim saíram da água, o grupo já havia seguido adiante.
Tentaram retomar o caminho, mas já não sabiam a direção exata. O trilho parecia menos claro. E quanto mais procuravam reencontrar os outros, mais se afastavam. Acabaram se perdendo.
Expedito comentou com pesar:
— A distração não parecia grande coisa. Mas foi suficiente para tirá-los do ritmo da jornada. Alguns conseguiram voltar. Outros, não. O que parecia apenas um momento de alívio, custou-lhes o caminho
A Bifurcação e o Guia Sartanes
Durante a caminhada, o grupo de Expedito dos Santos avistou ao longe outro grupo de viajantes. Quando se aproximaram, cumprimentaram-se com cordialidade.
O líder do outro grupo se apresentou:
— Me chamo Sartanes. Estamos também a caminho da Cidade de Refúgio.
Expedito dos Santos os observou atentamente. Desde o primeiro olhar, percebeu que algo não estava em ordem. O grupo de Sartanes não trazia o mesmo brilho no olhar, nem a mesma leveza de quem seguia pela fé no Biblionix. Ainda assim, com sabedoria e serenidade, Expedito permitiu que caminhassem juntos por um tempo.
— Vamos seguir — disse ele. — A estrada revelará o caminho verdadeiro.
A jornada prosseguiu até que chegaram a uma bifurcação. Duas trilhas seguiam em direções diferentes. E ali veio a prova.
— Qual o caminho que o Biblionix indica? — perguntou um dos viajantes.
Sartanes respondeu com prontidão:
— Temos o Biblionix conosco. Mas também usamos outros equipamentos que nos ajudam a interpretar suas orientações com mais clareza.
Expedito permaneceu calado por um instante. O grupo o olhou, aguardando sua resposta. Então ele falou:
— O Biblionix é suficiente. Ele foi feito para guiar com precisão. Tudo o que se junta a ele para “ajudá-lo” acaba por tirar o viajante do verdadeiro caminho.
Alguns entre os seus hesitaram. O grupo de Sartanes parecia bem equipado, moderno, seguro de si. E, aparentemente, também liam o Biblionix. Mas, na prática, seguiam outra direção.
Sartanes indicou que seguiriam pela trilha da esquerda. Expedito olhou para o seu próprio grupo e, com firmeza, apontou à direita:
— Quem confia no Biblionix, apenas nele, vem comigo.
Foi então que a separação aconteceu. Alguns, encantados pelos recursos de Sartanes, desviaram-se. Outros permaneceram com Expedito.
E ele os conduziu em paz, pois já sabia desde o início quem era Sartanes, e que a prova da bifurcação era inevitável.
A Chegada
E assim, diante da calamidade que se abatia sobre aquela terra, muitos decidiram buscar salvação. Ouviram sobre uma cidade de refúgio, escondida aos olhos comuns, cuja entrada se dava por uma caverna estreita e silenciosa, mas que conduzia a um lugar seguro e eterno.
Seguiram então com a expedição liderada por Expedito dos Santos, aquele que confiava plenamente no Biblionix e guiava com firmeza e discernimento. A jornada, porém, foi longa e cheia de desafios. Muitos se distraíram, outros se encantaram com atalhos e propostas sedutoras, e outros simplesmente desistiram no meio do caminho.
Aqueles que permaneceram firmes, enfrentando cansaço, perdas e provações, finalmente encontraram a caverna estreita que dava acesso à cidade de refúgio.
E ali, ao entrarem, seus olhos se maravilharam.
Era um lugar de beleza indescritível. Havia rios puros nos quais podiam banhar-se sem temor. Havia alimento de todo tipo, e nenhum padecia de fome. Não havia doenças, nem enfermidades, nem conflitos. A paz reinava ali, pois era um lugar preparado para os fiéis — um refúgio eterno.
Poucos chegaram até lá. Mas os que chegaram, encontraram descanso.
Reflexão
O Juízo, o Pecado e o Caminho da Salvação
Um grupo de pessoas abandonou a cidade, reconhecendo que o juízo viria sobre ela. Eles decidiram deixar aquele lugar, que representava uma vida de perdição, para seguir um novo caminho — um caminho difícil, de esforço, de luta, e de renúncia. Essa jornada seria completamente diferente da forma de vida que levavam.
Eles passaram a ser guiados por Expedito dos Santos, que representa o Espírito Santo, e pelo Biblionics, instrumento que representa a Palavra de Deus. E seguiram o caminho em direção à cidade de refúgio, criada por Emmanuel, que é Cristo, o Criador da salvação através do seu sacrifício.
A partir dessa decisão, iniciaram uma nova vida, marcada pela fidelidade, esforço e direção segura vinda de Deus.
Essa história nos ensina uma verdade espiritual muito profunda.
A Bíblia mostra que o mundo inteiro está sob juízo por causa do pecado.
> “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”
Romanos 5:12
Mas há uma saída: a salvação que está em Cristo Jesus.
> “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
João 14:6
O arrependimento é o primeiro passo dessa jornada.
É a decisão de abandonar o mundo, representado pela cidade, e iniciar uma vida completamente nova — de esforço, renúncia e fidelidade, guiada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus.
> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
2 Coríntios 5:17
> “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”
João 3:3
> “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”
2 Timóteo 3:16
> “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”
João 16:13
Aqueles que Voltaram e o Orgulho que Mata
Na jornada rumo à cidade de refúgio, alguns não perseveraram. Voltar atrás parecia mais fácil do que permanecer no caminho estreito. Esses retornaram à cidade antiga, à vida da qual haviam saído, esquecendo o juízo que viria.
Faltou-lhes perseverança.
> “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)
“Aquele que lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus.” (Lucas 9:62)
“Lembrai-vos da mulher de Ló.” (Lucas 17:32)
Outros, mesmo caminhando, caíram no precipício do orgulho, desejando glória para si, e não para Deus. Buscaram ser exaltados, esqueceram que tudo deve ser para a glória do Senhor.
> “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31)
O orgulho os cegou. O orgulho os matou.
Só vive quem vive exclusivamente para glorificar a Deus.
A Distração e o Desvio
Na caminhada, muitos foram desviados pela distração.
O inimigo usa pequenas distrações — desejos, preocupações, vaidades — para tirar os olhos do verdadeiro propósito: seguir a Cristo até o fim.
> “Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da fé.” (Hebreus 12:2)
A distração é o laço invisível que afasta da verdade. É por isso que é necessário vigiar e manter os olhos fixos no Senhor.
Mas há ainda algo mais sutil e perigoso: o desvio da verdade da Bíblia.
Vivemos dias em que a igreja se desvia, trocando a verdade pela tradição, e reinterpretando a Palavra para agradar os homens.
Mas a Bíblia não muda. Ela é a Palavra viva de Deus.
> “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça.” (2 Timóteo 3:16)
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Salmo 119:105)
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)
Quem não se firma na Palavra, se perde no desvio.
Mas quem permanece na verdade, não será confundido.
Apelo
Você já reconheceu que nasceu pecador e que precisa de salvação — salvação que está exclusivamente em Cristo Jesus?
Você já decidiu se arrepender dos seus pecados, abandonar o mundo do pecado, onde o pecado prevalece, para então morrer para o pecado e viver em fidelidade a Cristo, guiado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo?
Deus está falando com você.
Você precisa decidir.
Essas verdades não mudarão.
Quando você morrer, ou estará entre aqueles que chegaram à Cidade de Emmanuel, onde há vida eterna com Deus,
ou estará no inferno, se lamentando por não ter crido naquilo que o Deus da Bíblia disse com tanta clareza.
> “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (Hebreus 3:15)
Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus.
A Caminhada é difícil ...mas depois da caminhada você e feliz .Jesus é o caminho a verdade é vida... Mirtes..
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