quinta-feira, 12 de junho de 2025

Narrativas de Sanidade: Quem disse que você está bem?

 


Narrativas de Sanidade: Quem disse que você está bem?


Introdução


O que é uma narrativa?


Narrativa é aquilo que foi dito, afirmado, ou acreditado, mas que nem sempre tem fundamento na verdade. São formas de pensar, ideias ou entendimentos que são repetidos, ensinados e aceitos como se fossem certos, sem terem passado pelo crivo da verdade.


É quando alguém diz algo — sobre a vida, sobre Deus, sobre o ser humano, sobre o que é certo ou errado — e aquilo se espalha, ganha forma, se torna popular... mas não foi examinado à luz da verdade. Isso é uma narrativa.


E assim, muitas pessoas vivem. Acreditando em narrativas. Repetindo ideias que ouviram, mas que não conferiram. Agindo com base em pensamentos que não foram medidos pela verdade de Deus. A mente absorve essas narrativas, e começa a chamar de certo o que é errado, de saudável o que é doente, de normal o que é insano.


A narrativa que vamos tratar aqui é a narrativa da sanidade humana — a ideia amplamente aceita de que o ser humano está bem, de que é normal, equilibrado, racional, e que tem total domínio de suas decisões e pensamentos. Mas será mesmo?


Será que todos estão bem como pensam estar?


É necessário entender que sem reflexão, ninguém encontra a verdade. O hábito de aceitar tudo como está, a pressa de viver sem pensar, a preguiça mental e a ideia de que não é preciso analisar nada — tudo isso impede o homem de chegar à verdade. Por isso, o primeiro ponto que precisamos considerar é que o verdadeiro louco é aquele que não se dá à reflexão. Aquele que não questiona, não examina, não para para medir o que acredita. E esse é o começo da loucura: viver sem pensar.


PONTOS 


1. O louco é aquele que não é dado à reflexão


Vivemos num tempo em que pensar parece desnecessário. A vida virou um amontoado de rotinas, distrações, frases prontas e opiniões copiadas. Poucos param para refletir. E, quando alguém se propõe a pensar, logo é interrompido pelas vozes da pressa, do entretenimento ou da falsa certeza: “Você já sabe o suficiente, não precisa pensar mais.”


Mas a loucura começa justamente aí: na ausência de reflexão.


O simples, o louco, é aquele que não pensa, que não mede, que não avalia. Ele caminha pela vida achando que está tudo bem, sem se questionar, sem se examinar, sem buscar a verdade. Vive uma vida baseada em narrativas — ideias repetidas que nunca foram confrontadas com a verdade.


A ausência de reflexão é um sinal de loucura, porque é pela reflexão que a verdade pode entrar. É no pensamento honesto, profundo, sincero, que o coração começa a entender o que é certo e o que é errado, o que é verdade e o que é mentira, o que é vida e o que é perdição.


Por isso, o primeiro passo para sair da loucura é parar. Pensar. Raciocinar. Perguntar a si mesmo:

“Será que o que acredito é mesmo verdade?”

“Será que estou vivendo de acordo com o que é certo?”

“Será que estou bem, ou só estou repetindo o que disseram que é estar bem?”


O louco não se faz essas perguntas. O homem sábio, sim. E só quem pensa pode encontrar o caminho de volta à sanidade.


Deus compara o homem sem entendimento com animais irracionais, porque, mesmo tendo uma mente capaz de conhecer a verdade, ele recusa o exercício da razão. Ele vive por instinto, por impulso, por emoção, sem o mínimo esforço de parar para pensar. A reflexão é um caminho de cura para a mente, mas o louco foge dela. E foge por escolha.

A ausência de reflexão é um sinal de irracionalidade. Por isso, a Escritura diz:


 “Mas estes, como animais irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falam mal daquilo que não entendem e perecerão na sua própria corrupção.” (2 Pedro 2:12)


A reflexão está diretamente relacionada àquilo que o coração busca. Se a alma deseja a verdade, ela se inclina à reflexão. Mas se deseja preservar o próprio orgulho, a própria vontade, então evita pensar, pois refletir o exporia à luz.



2. A origem da loucura -- A escolha que conduz à loucura


A ausência de reflexão não é apenas um sintoma, mas uma escolha.


Pense comigo. Reflita.

Olhe para o mundo. Veja como ele está. Isso parece normal para você?

Você pode até pensar: “Eu sou diferente do mundo.”

Será mesmo?

Será que todo mundo está errado… e só você está certo? Ou será que você também está perdido — sem perceber?


Quando Deus criou o homem, deu-lhe uma mente sã, uma alma íntegra e um espírito vivo. O homem foi feito para viver segundo a razão — e a razão é Deus, o fundamento de todas as coisas.


Mas no Éden, o homem foi confrontado com uma escolha: glorificar a Deus ou a si mesmo. A serpente ofereceu uma narrativa: "Sereis como Deus." E o homem optou por si. Ao escolher a si mesmo, abriu mão da verdade. Trocou o Criador pela criatura. Trocou a razão divina pela vaidade de sua própria vontade.


Essa escolha trouxe a loucura. O pecado é loucura porque rompe com a razão de todas as coisas. Desde então, o homem passou a viver desconectado da Verdade, buscando sentido em si, quando o sentido está em Deus.


Essa separação produziu uma degeneração total:


O espírito morreu, perdendo a comunhão com Deus.


A alma adoeceu, perdendo sua capacidade plena de raciocinar segundo a Verdade.


E o corpo começou a morrer, como consequência final da rerebelião.


A mente humana, sem Deus, passa a operar não pela verdade, mas por desejos. E o desejo do coração é enganoso. A razão foi trocada pela emoção, pela vaidade, pela vontade de preservar-se acima de tudo. E a reflexão se torna uma ameaça para quem escolheu fugir da verdade.


Por isso o homem não reflete: porque refletir o confronta com a verdade que ele já rejeitou.

O mundo foi criado perfeito. Havia harmonia entre o homem e a razão de todas as coisas: Deus. Mas diante da escolha — obedecer a Deus ou seguir a própria vontade — o homem optou pelo orgulho. Esse orgulho, que o levou a buscar sua própria glória em vez da glória de Deus, desencadeou o pecado. O pecado é a quebra com a razão de todas as coisas, que é Deus. E, portanto, o pecado é a loucura, que é a rejeição da verdade. O pecado é a negação de quem Deus é, porque se recusa a reconhecê-Lo como aquele que deve ser obedecido e honrado acima de tudo.



3. O preço da loucura


Quando o homem rejeitou a Deus e escolheu seguir a sua própria vontade, a loucura entrou no mundo. Essa escolha destruiu a ligação com a verdade, que é Deus. O mundo foi transformado e passou a estar sob o domínio do maligno. A Bíblia afirma claramente:


> “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”  1 João 5:19


E quem é o maligno? Jesus disse:


 “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44


E Apocalipse revela:

 “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”  Apocalipse 12:9


O resultado dessa ruptura com Deus foi a condenação. A verdade é que Deus é santo, e o pecado, que é o afastamento da verdade, não pode permanecer diante Dele. Portanto, a consequência natural da loucura é a separação eterna de Deus — o inferno, o lugar dos que rejeitam a verdade.


Mas Deus, em sua misericórdia, providenciou uma saída. Através do sacrifício de Jesus Cristo, é possível o perdão dos pecados e a restauração daquilo que foi perdido: a verdade, a razão e a comunhão com Deus. O sacrifício de Jesus pagou o preço da loucura e abriu um caminho para o retorno à sanidade.


O homem, que estava condenado, agora pode ser regenerado. Não apenas perdoado, mas transformado. De alguém sem entendimento, passa a ser alguém que conhece e ama a verdade. A decisão que o afastou de Deus agora pode ser revertida por uma nova decisão: a de se submeter à verdade e viver para Deus.



4. A nova escolha: o arrependimento como caminho para a razão


Quando Jesus disse:


> “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” João 3:3


Ele afirmou que ninguém entra no Reino de Deus sem um novo nascimento.

Mas, para alguém nascer de novo, primeiro precisa morrer.

E ninguém morre para si mesmo se não reconhecer que está em uma condição errada. Ou seja, só nasce de novo quem reconhece que precisa morrer.

Logo, só pode haver novo nascimento quando há arrependimento.


O arrependimento é o primeiro passo para sair da loucura e retornar à verdade. É reconhecer a própria condição de engano, de afastamento de Deus, de oposição à razão de todas as coisas.


Todos nascem no mundo em estado de loucura, em meio a narrativas falsas, afastados da verdade. Portanto, todos precisam nascer de novo. Mas isso só acontece com aqueles que reconhecem sua necessidade de mudança, que confessam sua loucura e se arrependem.


O arrependimento é racional. É a resposta lógica de quem compreende que está errado e deseja voltar à luz. Quem não se arrepende permanece na mentira.

Mas quem se arrepende, morre para a velha vida — a vida de engano — e nasce para a verdade, que é Jesus.


Assim, nova escolha é clara: reconhecer a loucura, arrepender-se e aceitar a verdade. É isso que restaura a sanidade e reconcilia o homem com Deus.

O arrependimento verdadeiro é uma mudança de natureza.

E o que define a natureza de alguém é o pecado ou a ausência dele.


Portanto, não existe arrependimento verdadeiro enquanto o pecado continua presente na vida da pessoa.

O verdadeiro arrependimento não é um processo cíclico de pecar e se arrepender.

Isso apenas revela que a raiz ainda está viva.


Como uma árvore:

Se os frutos são maus, cortar os galhos não adianta.

É preciso cortar a raiz.

Quando a raiz é eliminada, os frutos ruins deixam de existir.


Assim também, quem peca e se arrepende, peca e se arrepende, ainda não cortou a raiz do pecado.

Não houve mudança de natureza.

Continua sendo o mesmo homem, vivendo a mesma loucura.


A Palavra de Deus afirma:


> “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?”

Romanos 6:1-2


O verdadeiro arrependimento é morte para o pecado.

É a substituição de uma natureza por outra. E isso é definitivo.

Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo.


> “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”

João 1:29

A palavra grega usada para "tira" nesse versículo é αἴρω (airō).

O significado principal desse termo é: remover, levantar, levar embora, eliminar, exterminar.

Ou seja, Jesus não cobre o pecado — Ele o elimina completamente. Quando o pecado é tirado, ele não existe mais.

Logo, aquele que verdadeiramente nasceu de novo e se arrependeu:

Morreu para o pecado.

Não continua em ciclos de recaída.

Vive uma vida de fidelidade contínua a Deus.


O arrependimento, portanto, é o corte da raiz da loucura, e o início de uma vida racional, santa e fiel.

“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.”

1 Coríntios 1:18


5. O Orgulho: a raiz da perdição


O orgulho foi a porta de entrada do pecado no mundo.

Ele foi o motor da escolha errada de Adão e Eva no princípio, e continua sendo o impedimento principal para que o homem reconheça sua condição de perdido.


O orgulho cega, engana e endurece o coração.

Ele leva o homem a pensar que está tudo bem com ele, mesmo estando em rebelião contra Deus.

O homem, tomado por orgulho, não se humilha, não aceita correção, não reconhece sua culpa, e, por isso, jamais se arrependerá verdadeiramente.

E sem arrependimento, não há salvação.


“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”  Tiago 4:6


Enquanto o homem estiver agarrado ao seu orgulho, ele não permitirá que a verdade o liberte.

E se não reconhecer que está perdido, jamais será salvo.

No inferno, ele saberá que esteve errado, mas será tarde demais.

Saberá que a verdade lhe foi oferecida, mas o orgulho o impediu de aceitá-la.


E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” 

2 Tessalonicenses 2:10

O Orgulho te impede de entender a verdade. 

Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo por mim mesmo.”

João 7:17


O orgulho te mantém nas narrativas, no engano, no pecado, sob o domínio do diabo, enganado por ele e condenado ao inferno. Vivendo para a sua própria vontade. 


Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

Lucas 12:20


Você que vive para si mesmo — vive para agradar a si mesmo, para realizar os seus próprios desejos, para ser reconhecido, exaltado, elogiado, aplaudido — Deus está falando com você.


Você é louco.

Sim, louco! Porque está vivendo como se fosse dono da sua alma.

Mas esta noite o diabo pode pedir a sua alma, e Deus permitirá que ele a leve.

Porque você viveu para si mesmo, e não para Deus.


E tudo o que você construiu, tudo o que você preparou, tudo o que você buscou nesta vida — para quem será?

Não foi para Deus. Foi para você. Então não será nada diante d’Ele. Voce não serviu a Deus, mas a você. 


O orgulho é viver para si, e não para Deus. LOUCO, o orgulho te lançará no inferno. 



ConclusãoO Chamado à Reflexão e ao Compromisso com a Verdade


Você está sendo chamado a refletir.

Mas só refletirá verdadeiramente aquele que optar pela verdade.

E a verdade não é um conceito — a verdade é uma Pessoa: Jesus Cristo.


> “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

João 14:6



Portanto, amar a verdade é amar Jesus.

E quem ama Jesus não rejeita Suas palavras.

Deus quer inserir essa verdade viva na sua vida, e essa verdade está revelada nas palavras de Jesus, registradas nas Escrituras Sagradas.

Logo, não se pode continuar vivendo contra a verdade, ou seja, contra a Bíblia.


Essa é a escolha que cada um precisa fazer:

Ou viver a verdade — obedecer aos ensinos de Jesus revelados na Bíblia — ou continuar seguindo a mentira do mundo, a mesma que originou a queda de Adão e Eva.


 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” João 17:17


O que determina a condição da mente é o pecado.

Enquanto houver pecado, haverá engano.

E onde há engano, permanecem as narrativas falsas, a alienação, a cegueira espiritual.


Mas quando há fidelidade a Deus, a verdade começa a brotar, germinar e crescer no coração.

E essa verdade renova a mente, transforma o caráter e alinha toda a vida à vontade de Deus.


E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Romanos 12:2


Essa é a realidade diante de você:


A verdade é Jesus.


A verdade está na Bíblia.


Viver a verdade é viver os ensinos de Jesus.


E para isso, você precisa escolher: morrer para si mesmo e viver para Deus.


 “A palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.”  1 Coríntios 1:18


Essa escolha é pessoal, intransferível e urgente.


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