A Grande Cidade: Enganonópolis
Havia uma cidade encantadora chamada Enganópolis. Um povo, um lugar que acreditavam ser cheio de cor, sorriso, bondade e otimismo. As pessoas andavam pelas ruas com o abraço pronto, e acreditavam.
Eram pessoas boas. Pessoas maravilhosas. Gente de Deus.
A cidade tinha seus problemas, claro — doenças, brigas, corrupção, desigualdades, muitos mendingos, violencia etc. Mas ninguém se preocupava muito com isso. Diziam: “Faz parte da vida!” Outros completavam: “Não existe lugar perfeito.” E seguiam adiante, adaptando-se, acostumavam-se sorrindo, cantando suas músicas de esperança.
A cidade apesar dos seus problemas e conflitos, para eles era o melhor lugar do mundo, e a ideia de abandoná-la seria a morte para eles. Os problemas da cidade eram absolutamente normais, naturais, e a população se acostumava, se adaptavam e prosseguiam a vida como verdadeiros guerreiros.
O povo de Enganonópolis era profundamente religioso — mas cada um à sua maneira. Tinham fé em suas tradições, nos ensinamentos herdados, em filosofias antigas e novas. Uns diziam que não existia o mal espiritual. Outros admitiam que o mal existia, mas nenhum mal lhes atingiriam. Muitos criam que, no final, todos estariam bem — afinal, eram boas pessoas. Uns acreditavam que, ao morrer, iriam para um paraíso. Outros, que simplesmente deixariam de existir — e isso também era bom, pois nunca mais sofreriam.
Eles acreditavam naquilo que consideravam ser o melhor para eles.
Acreditavam que, quando morressem, iriam para um lugar maravilhoso, pois eram bons. Outros acreditavam que nem os maus iriam para um lugar ruim, apenas deixariam de existir, portanto, nada de mal lhes aconteceria — o máximo, deixarem de existir, e assim não sofrerem nunca mais.
Mas mesmo com suas diferenças, eles criam que cada pessoa tinha o direito de ter sua própria fé e que, de alguma forma, todos deveriam ser fiéis — ou não — à sua própria fé. A contradição é que os erros eram partes naturais de suas naturezas, e isso em nada era algo ruim, mas natural.
E assim vivia o povo da cidade Enganonópolis, disposto para a vida e a realização de tudo aquilo que os agradava.
Até que certo dia apareceu um homem na cidade. Ele se chamava Biblion de lá Verdad.
Ninguém sabia ao certo de onde ele viera. Não tinha aparência nobre, nem vestes caras. Andava com uma túnica simples, os olhos firmes e serenos, e uma voz que carregava autoridade — não a dos gritos, mas a da verdade.
Ele dizia àquelas pessoas que aquela cidade estava condenada. E ele queria levá-los para uma outra cidade. A cidade se chamava Cidade de Emmanuel. E exortava as pessoas a saírem de Enganonópolis.
O problema é que muitas pessoas já estavam completamente perdidas, porque não havia mais possibilidade, não havia mais no coração daquelas pessoas abertura para abandonar Enganópolis. Elas estavam apegadas de uma tal maneira que não havia mais possibilidade para elas.
Outras ainda ouviam a possibilidade de abandonar a cidade. Porém, o apego àquele tipo de vida que levavam os impedia de abandonar tudo e seguir para uma nova vida.
Alguns, porém, deram ouvidos e começaram a sair daquela cidade. Porém, ao ouvirem isso, os poderosos daquela cidade tentavam de todas as formas persuadir as pessoas a permanecerem em Enganonópolis. E se voltavam com fúria contra Biblion de lá Verdad.
A cidade que parecia ser deles, na verdade, era uma prisão. Era uma estrutura invisível, mas que aprisionava aqueles cujos olhos estavam acostumados com ela. Era uma prisão disfarçada de lar, de cultura, de tradição.
E os poderosos da cidade... atuavam. Não de forma aberta, mas sutil. Eles manipulavam o povo sem que percebessem, usando palavras bonitas, festas, promessas e até mesmo religião. Tudo isso servia para prendê-los ainda mais dentro da cidade, mantendo-os cegos, satisfeitos com a própria escravidão.
Mas quando as pessoas conheciam Biblion de lá Verdad, elas eram libertas daquela escravidão. Uma escravidão que, embora real, era invisível aos olhos dos enganados. Eles não compreendiam que estavam presos. Riam, cantavam, celebravam — mas estavam acorrentados.
Até que lá Verdad, como era chamado, se manifestava a eles. E então, uma luz brotava no coração. Uma inquietação. Um chamado. E a verdade começava a quebrar as correntes.
Algumas pessoas — aquelas que decidiram seguir Biblion de la Verdad — começaram a ser perseguidas, presas, torturadas, e algumas até mortas. E, por causa disso, muitos começaram a fugir de Biblion de la Verdad. Corriam dele, desviavam o olhar, saíam de perto.
Ele foi proibido. Proibido de falar nos grupos, nas praças, nos encontros, nas reuniões. Era persona non grata em todos os lugares. Tapavam os ouvidos quando ele falava, evitavam sua presença, porque sabiam: aquela voz os incomodaria profundamente. A voz de la Verdad traria confronto, e destruiria não só a reputação que construíram, mas também ameaçava derrubar a cidade de mentiras que tanto amavam.
Eles fugiam da verdade, fugiam de Biblion de la Verdad. Ele não podia mais se manifestar livremente. Era silenciado.
Mas ele não se calava.
Falava aos humildes, aos que estavam esquecidos, aos que viviam à margem — os que andavam pelas ruas e ainda tinham um fio de esperança no olhar. E, com zelo, Biblion buscava alcançar cada coração que ainda desejava liberdade — liberdade da dominação invisível, do sistema corrompido, do poder oculto que regia a cidade e prendia seus habitantes sem que percebessem.
Aqueles que eram alcançados por Biblion de la Verdad e pela liberdade que ele anunciava, passavam a ser forasteiros naquela cidade. Já não pertenciam mais a Enganonópolis. Seus corações estavam ligados a outra pátria. Eles agora tinham uma nova cidadania, pertenciam à Cidade de Emmanuel — uma cidade que ainda não viam com os olhos, mas que se tornava real dentro deles.
Entretanto, a destruição de Enganonópolis se aproximava. Uma destruição certa, total e irreversível, que atingiria todos os seus cidadãos. E, mesmo antes dessa destruição final, as pessoas continuavam a morrer em Enganonópolis, presas à sua cidadania antiga. Morrendo sem aceitar, sem reconhecer, sem abandonar aquela cidade que tanto amavam — e, por isso, morriam como cidadãos de Enganonópolis, e não como cidadãos da Cidade de Emmanuel.
E assim, a condenação da cidade também os atingia, mesmo depois da morte.
Muitos rejeitavam o convite para a nova cidade, porque sabiam que, a partir do momento em que aceitassem a cidadania da Cidade de Emmanuel, estariam comprometidos a se submeter a Emmanuel, que era o dono da cidade, e a cidade levava o Seu nome.
Na Cidade de Emmanuel, havia um Rei verdadeiro, justo e santo, e a vida ali era regida por sua vontade soberana e perfeita. E isso exigia dos cidadãos rendição e fidelidade.
Mas em Engamonópolis, cada um vivia como bem queria. Não havia rei. Eles se diziam livres, e pensavam que estavam no controle de suas próprias vidas.
Contudo, não sabiam que toda aquela forma de viver, todo o modo de pensar e agir, havia sido implantado neles pelos líderes ocultos da cidade: os Senhores das Sombras, a Confraria das Trevas, as Lideranças da Escuridão.
Esses poderosos operavam em segredo, manipulando a cidade inteira, mantendo o povo preso numa falsa liberdade, enquanto decidiam seus destinos nas sombras.
E quanto mais o tempo se passava, mais se aproximava a destruição da cidade. Os sinais de que a cidade seria destruída já se faziam visíveis. Estavam por toda parte. Mas, embora os habitantes de Enganonópolis os vissem, aquilo não entrava na mente deles. Era como se estivessem cegos por dentro. Continuavam querendo viver normalmente na cidade, como se tudo estivesse bem, mesmo estando condenada.
E também mais eram censurados e impedidos de circularem na cidade Biblion de la Verdad e seus seguidores. Eram vigiados, denunciados, atacados e expulsos dos espaços públicos. As praças, os salões, os grupos e até os becos estavam fechados para eles.
A cidade já não suportava mais ouvir Biblion de la Verdad e seus seguidores. Quanto mais a destruição se aproximava, mais se fortalecia a resistência contra eles.
O final dessa história é de alegria e felicidade para todos aqueles que um dia conheceram Biblion de la Verdad e abandonaram Enganonópolis. Porém, de amargura, de sofrimento eterno para aqueles que permaneceram naquela cidade.
Reflexão: A Realidade por Trás da História
Essa história é, na verdade, a realidade da vida de cada um de nós.
Todos nós nascemos em Enganonópolis. A nossa genealogia espiritual, segundo a Palavra de Deus, nos mostra como cidadãos dessa cidade enganosa. Nascer em Enganonópolis significa nascer no pecado, afastado de Deus, escravizado por uma estrutura invisível de engano, regida pelos “senhores das sombras”, como a Bíblia os define: o príncipe deste mundo, o diabo, o enganador de todo o mundo.
A Palavra de Deus diz:
> “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”
(Romanos 3:23)
> “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.”
(Efésios 2:1-2)
> “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”
(1 João 5:19)
> “O diabo... o enganador de todo o mundo.”
(Apocalipse 12:9)
Ou seja, o mundo em que nascemos é Enganonópolis, e todos nós, sem exceção, somos cidadãos dela — pecadores por natureza, enganados pelo inimigo.
Mas a história não termina aí.
> “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
A verdade é uma pessoa: Jesus Cristo.
> “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”
(João 14:6)
E onde encontramos essa verdade? Na Palavra de Deus — a Bíblia.
> “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”
(João 17:17)
Foi por isso que, na história, aquele homem era chamado de Biblion de la Verdad — porque ele representava a verdade que liberta. A verdade que denuncia o engano e aponta o caminho da salvação. Ouvir a voz da verdade, que é a voz de Jesus expressa na Bíblia, é o que tira uma pessoa da cidade condenada (o estado de pecado e rebelião contra Deus) e a conduz para a Cidade de Emmanuel — a cidade da vida eterna, da comunhão com Deus.
> “Emmanuel” significa “Deus conosco” (Mateus 1:23).
E essa cidade é onde habita o próprio Deus com seu povo.
Uma cidade onde não há mais trevas, nem morte, nem mentira.
A MUDANÇA DE CIDADANIA: UM PONTO CENTRAL E INEGOCIÁVEL
Há um ponto fundamental e central que ninguém pode ignorar:
Não se pode sair de Enganonópolis e entrar na cidade de Emanuel sem uma mudança de cidadania.
Essa mudança de cidadania não é apenas um título ou um nome — é uma mudança de natureza, de identidade, de coração.
> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
(2 Coríntios 5:17)
Para ser cidadão da cidade de Emanuel, é necessário submissão total ao dono da cidade, Jesus Cristo — o próprio Emanuel, que significa "Deus conosco".
Na cidade de Emanuel, não entra pecado. Lá, tudo é santo, tudo é luz, tudo é verdade.
> “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”
(Isaías 59:2)
Por isso, não há como viver em pecado e ao mesmo tempo ser cidadão da cidade de Emanuel. É impossível!
Sem plena submissão às palavras do dono da cidade — às palavras da Bíblia, que é a Verdade revelada — não há como entrar nem permanecer ali.
> “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.”
(1 João 3:8)
> “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
(Romanos 6:1-2)
É preciso morrer para o pecado. É preciso nascer de novo.
> “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”
(João 3:3)
Essa mudança de cidadania acontece no coração e na vida daquele que crê, se arrepende, se submete e passa a viver não mais como cidadão de Enganonópolis, mas como um peregrino nesta terra — um estrangeiro em meio à escuridão, aguardando o dia em que será levado de vez para a cidade eterna: a cidade de Emanuel.
> “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
(Filipenses 3:20)
A CIDADANIA DE ENGANO: O PECADO COMO IDENTIDADE
O pecado não é apenas um ato.
Ele é a natureza, a marca registrada, a identidade de quem nasceu e permanece como cidadão de Enganonópolis.
> “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.”
(João 8:34)
Ou seja, quem vive no pecado está preso à cidade do engano. É como alguém que vive algemado dentro de um sistema condenado, incapaz de sair por si mesmo.
Mas há esperança.
A verdade liberta!
> “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
Essa verdade libertadora é que Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados.
Ele não morreu para que continuássemos pecando, mas para que abandonássemos o pecado, morrêssemos para ele, e vivêssemos em obediência a Deus, como verdadeiros cidadãos da cidade de Emanuel.
> “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos.”
(Romanos 6:6)
> “Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.”
(Romanos 6:8)
Essa é a verdade que liberta:
Cristo morreu para nos tirar da escravidão do pecado e nos levar à vida de santidade, como peregrinos em Enganonópolis, mas cidadãos legítimos da cidade de Emanuel.
“Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
(Filipenses 3:20)
Aqueles que foram libertos pela Verdade — Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados —, agora não pertencem mais a Enganonópolis.
São peregrinos neste mundo, mas cidadãos dos céus, aguardando o dia glorioso em que entrarão, de forma plena e eterna, na cidade de Emanuel, a cidade de Deus, onde não há pecado, nem morte, nem engano.
📣 Apelo Final
Todos nós nascemos em Enganonópolis.
A cidade está condenada. E quem permanece nela será condenado com ela.
A salvação está em aceitar a verdade:
Jesus Cristo morreu para nos libertar do pecado.
Se você deseja viver na Cidade de Emanuel, é necessário abandonar o pecado e submeter-se totalmente a Cristo, o Senhor da nova cidade.
Sem essa decisão, você continuará cidadão de Enganonópolis, mesmo conhecendo a verdade.
Você vai permanecer ou vai sair?
Você vai receber a verdade e abandonar o pecado e o mundo, e viver como cidadão do céu, de acordo com os ensinos bíblicos, em fidelidade ao dono da cidade?
Você vai entender que no céu não entra pecado, e que você tem que abandoná-lo hoje, aqui e agora?
Morrer para o pecado, como diz Romanos 6:2:
“Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
Você vai tomar esta decisão agora... ou vai perecer enganado, como cidadão de Enganonópolis?
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