segunda-feira, 9 de junho de 2025

As Cinco Filhas de Zelofeate.



As Cinco Filhas de Zelofeate.  


Em meio à selva de pedra, onde arranha-céus tocavam o céu e o som dos carros jamais cessava, vivia um homem chamado Zelofeate. Era um homem simples, mas temente a Deus, que criara suas cinco filhas no temor do Senhor. Mas o mundo ao redor rugia como um leão faminto, e suas filhas, crescendo na metrópole que nunca dorme, tomaram rumos distintos — cada uma buscando o que achava ser liberdade, amor ou felicidade.


A Primeira Filha — Lía, a Iludida


Lía era a mais velha. Seus cabelos negros escorriam como rios de noite, seus olhos tinham um brilho rebelde, e sua presença era envolvente como o cheiro do jasmim na primavera. Era bela, livre e, como gostava de dizer, “dona de si”. Lía nunca quis se casar. Dizia que casamento era prisão, que o amor era vento, e que os homens eram bons para o momento, não para a vida.


Saltava de braços em braços, de paixões em paixões, de leito em leito. Às vezes ria alto, vestida de seda vermelha, nas festas da cidade. Mas à noite, quando o vinho cessava e as luzes se apagavam, sua alma a chamava ao espelho. E ela se olhava… e se perguntava o que estava construindo. Não havia lar. Não havia herança. Não havia filhos. Só lembranças que evaporavam como perfume barato. Ela dizia estar livre, mas era prisioneira de uma ilusão: a de que o prazer sem aliança preenche o vazio de uma mulher.


A Segunda Filha — Maara, a Separada


Maara era diferente. Seus cabelos eram dourados como trigo maduro, sua voz era serena, e seus modos, suaves. Casou-se jovem com um homem chamado Joel. Por um tempo, tudo parecia bom: a casa, os jantares, os planos. Mas Maara foi crescendo numa geração que não conhecia o temor...


Sem firmeza espiritual, sem direção bíblica, o casamento começou a ruir. Vieram as cobranças, a frieza, a distância. E, como é comum em uma sociedade que trata o casamento como algo descartável, Maara separou-se. Voltou à mesma condição da irmã: sem marido. Tinha liberdade, mas não plenitude. Vivia fora dos preceitos da Palavra. E sua vida sexual era livre — livre aos olhos do mundo, mas fora da aliança santa, sem propósito eterno, sem direção divina.



A Terceira Filha — Rute, a Recasada


Rute era a terceira. Casou-se, separou-se, e depois de algum tempo, passou a viver com outro homem. Acabou se casando novamente. Seu novo marido era um homem mais velho, estável financeiramente, e com certa influência no meio empresarial. Rute  tinha um ar elegante, cabelos castanhos sempre bem arrumados, e uma vaidade cultivada desde jovem.


Com seu segundo marido, ela também enfrentava problemas. Discussões constantes, frieza nos gestos, ausência de carinho verdadeiro. Mas, diferente da primeira vez, agora ela hesitava em se separar. Já havia rompido um casamento, e repetir isso soaria como fracasso duplo — algo que ela queria evitar a todo custo. Além disso, havia o conforto: o padrão de vida que levava, os restaurantes caros, as viagens planejadas, o apartamento bem localizado. Rute não queria abrir mão disso. A estabilidade financeira era um peso silencioso que a mantinha naquela relação sem amor.


Mesmo que seu coração já não se aquecesse mais com aquele homem, ela se mantinha ali — pela aparência, pelo medo da solidão, e por não querer descer do nível de vida que alcançara. Por fora, Rute sorria; por dentro, guardava uma inquietação constante, sufocada pelo som das taças brindando em jantares vazios.


A Quarta Filha — Elizama, a Fiel


Elizama era a quarta filha. Desde nova, era temente a Deus, uma mulher de oração, de Bíblia aberta e coração rendido ao Senhor. Tinha uma beleza serena, com olhos profundos que refletiam paz e um sorriso cheio de graça. Seu testemunho era conhecido entre todos. Ela se casou com seu primeiro e único namorado, um jovem igualmente piedoso, que não era pastor, mas exercia fielmente o chamado de evangelista. Ele trabalhava com as mãos durante o dia e com a alma durante a noite — pregava nas ruas, cantava louvores nas igrejas e levava palavras de consolo aos hospitais.


Juntos, Elizama e seu marido formavam um lar onde o nome de Deus era exaltado. Criaram seus filhos na doutrina do Senhor, ensinando-lhes desde cedo os caminhos da verdade. Era um casamento firme, edificado sobre a rocha. Não havia espaço para separação, pois ambos temiam a Deus e se amavam com amor genuíno.


Quando surgiam conflitos — como em toda casa — não deixavam o sol se pôr sobre a ira. Buscavam juntos na Escritura a direção, em oração e submissão à vontade de Deus. Elizama era submissa ao seu marido, como está escrito: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” (Efésios 5:22). E ele a amava com dedicação verdadeira, cumprindo também as Escrituras: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25).


Seu lar era uma fortaleza espiritual, um exemplo vivo de que o casamento, quando firmado na Palavra, é uma bênção e não um fardo.


A Quinta Filha — Hadassa, a Esperança


Hadassa era a caçula. Uma jovem de apenas dezesseis para dezessete anos, com os olhos brilhantes da juventude, o coração ainda em formação, mas já com sementes da fé plantadas em sua alma. Ela seguia a Bíblia, ia à igreja com frequência, gostava de ouvir louvores e tinha um coração voltado para Deus. Ainda assim, seu pai, Zelofeate homem experiente e marcado pela dor das escolhas erradas de três de suas filhas, vivia em constante oração e temor por ela.


Ele via em Hadassa o reflexo de uma promessa, mas também o risco de uma repetição. O mundo ao redor era como uma corrente forte, e ele sabia que, sem raízes profundas, até uma planta boa poderia ser levada. Por isso, seu coração se inquietava. A dor das filhas que haviam se afastado do propósito divino queimava em seu peito, e ele temia que Hadassa pudesse se desviar também — atraída pelas ilusões que tanto feriram suas irmãs.


Então, ele se voltava constantemente para Elizama — a quarta filha, a fiel, a mulher de Deus — e pedia:

— “Filha, fica perto da Hadassa. Não deixa ela seguir pelo mesmo caminho. Ensina a ela o que é viver debaixo da Palavra. Mostra a ela o valor de um casamento abençoado, como o teu. Acompanha ela, orienta, ora com ela... Eu não posso perder mais uma filha para o mundo.”


Elizama, sempre obediente ao pai e sensível ao Espírito, assumia esse papel com amor. Conversava com Hadassa, aconselhava, contava seu próprio testemunho — de como Deus a guiara em cada passo, inclusive na escolha do marido. Alertava sobre as armadilhas de um coração precipitado e a importância de buscar um varão segundo o coração de Deus. E dizia com firmeza, mas também com ternura:


— “Hadassa, não se iluda com as vozes do mundo. O amor verdadeiro começa em Cristo. Espera em Deus. Seja submissa à vontade d’Ele e Ele te honrará. O casamento é uma bênção, mas só quando é feito segundo a direção do Senhor.”


Hadassa ouvia, refletia, e muitas vezes chorava. Sabia que havia algo diferente em Elizama — um brilho, uma paz, uma firmeza — que ela mesma desejava. O coração dela ainda estava sendo moldado, mas ali havia esperança.


Esperança de que, pela graça de Deus, aquela filha não apenas manteria os passos no caminho estreito, mas traria honra ao nome do Senhor, assim como sua irmã Elizama.


E assim, Hadassa — a Daza, como era carinhosamente chamada pela família — tinha diante de si uma encruzilhada. À sua frente, abria-se o caminho de suas três irmãs mais velhas, marcadas por escolhas que as afastaram da perfeita vontade de Deus: a ilusão de uma vida livre sem compromisso, a dor de um casamento rompido, e a instabilidade de um segundo matrimônio sustentado por conveniências e não pelo temor do Senhor.


Mas também havia outra estrada: o caminho de Elisama, sua quarta irmã — mulher fiel, esposa submissa, mãe dedicada, temente a Deus, e sustentada pela Palavra. Uma vida completamente contrária aos padrões do mundo, mas plenamente firmada na verdade da Bíblia. Uma vida de paz, de propósito, de plenitude verdadeira.


Era essa a escolha que se erguia diante dela: a voz sedutora do mundo ou o chamado firme da Palavra.


Não sabemos ainda o fim dessa história.

Mas sabemos, pelo Espírito de Deus e pela Palavra de Deus, que o caminho que Daza deve seguir é o caminho de Cristo, dos Seus ensinos que estão na Bíblia: a fidelidade à Palavra de Deus e, consequentemente, um casamento, uma vida com o propósito divino — e com o destino à vida eterna.



REFLEXÃO 


Introdução


Esta história retrata o drama silencioso e cotidiano da vida de uma família composta por um pai e suas cinco filhas. É um retrato da realidade espiritual vivida por muitos nos dias de hoje, onde, em meio às escolhas do coração humano, alguns seguem a Cristo e guardam Sua Palavra, enquanto outros se desviam de Seus caminhos e abraçam os valores do mundo.


Dentre essas seis pessoas, três estavam firmadas em Cristo, buscando viver conforme a vontade de Deus. As outras três, embora criadas nos mesmos princípios, haviam se afastado da verdade, e colhiam os frutos amargos de suas escolhas. Nesta reflexão, vamos considerar cada uma dessas situações à luz da Bíblia, examinando o que Deus diz sobre os caminhos trilhados por cada uma delas.


A Primeira Filha: Lia


A vida de Lia era o reflexo da sua condição espiritual. Ela estava afastada de Deus. O pecado e o mundo haviam separado sua alma do Criador. E, como consequência disso, sua vida era desordenada, vazia e contrária à vontade divina — uma vida perdida.


Lia vivia em fornicação, ou seja, praticava relações sexuais fora do casamento, o que a Bíblia define claramente como pecado:


> “Fornicação” é o sexo fora da aliança do casamento.

É a prática de intimidade sexual sem o compromisso bíblico e espiritual do matrimônio.


> “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.”

(1 Coríntios 6:18)



> “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores... a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre.”

(Apocalipse 21:8)


> “Não erreis: nem os fornicadores... herdarão o Reino de Deus.”

(1 Coríntios 6:9-10)


 A Segunda Filha: Maara


A vida de Maara era o reflexo da sua condição espiritual: afastada de Deus e vivendo em pecado. O mundo e o pecado haviam separado sua alma do Senhor, e sua maneira de viver era consequência direta desse estado.


Ela havia se casado, mas não aplicou a Palavra de Deus no seu casamento. Rejeitou os princípios divinos — não se sujeitou ao marido, não reconheceu o papel estabelecido por Deus, e desprezou a instrução da mulher sábia que edifica o lar.


> "A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derruba."

(Provérbios 14:1)


> “As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja...”

(Efésios 5:22-23)


Ela voltou a ter relações com outro homem, mas isso não foi um pecado isolado: o adultério foi apenas mais um fruto da sua condição anterior — um estado de alma em pecado, separada de Deus. O afastamento de Deus já existia, e o adultério foi apenas a consequência natural de uma vida sem fidelidade à Palavra.



A Terceira Filha: Rute


Rute também estava afastada da verdade e da Palavra de Deus. Sua vida demonstrava que ela não havia compreendido verdadeiramente a mensagem da salvação — aquela que exige arrependimento genuíno e abandono definitivo do pecado. Ela não morreu para o pecado, e por isso os frutos de uma vida carnal continuaram se manifestando.


Assim como Maara, Rute também não foi submissa ao marido. O mesmo comportamento de rebeldia no lar a levou à separação. Mas, em vez de buscar restauração com Deus e com seu esposo, ela decidiu seguir o caminho da sua própria vontade, e entrou em um segundo casamento — o que, à luz da Palavra de Deus, é adultério.


> "Ora, àqueles que estão unidos por casamento, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher."

(1 Coríntios 7:10-11)


> "Qualquer que deixar sua mulher e casar com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também."

(Lucas 16:18)


Mais uma vez, o adultério aqui não é um pecado isolado, mas o fruto de uma vida sem aliança com Deus. Sua condição espiritual gerou decisões fora da vontade de Deus, e a consequência foi um segundo casamento ilícito aos olhos do Senhor — uma expressão visível de um coração distante da verdade.


A Quarta Filha: Elizama


Elizama foi a única entre as irmãs que verdadeiramente entendeu a mensagem da salvação. Ela compreendeu que Jesus Cristo morreu na cruz para perdoar os seus pecados e, por isso, decidiu abandonar o pecado e viver uma vida de fidelidade a Deus.


Elizama não escolheu segundo seus próprios desejos ou impulsos carnais, mas conforme a orientação da Palavra de Deus. Ela buscou um homem de Deus, alguém comprometido com Cristo, porque entendeu que a vontade de Deus é que a mulher esteja em aliança com a luz, e não com as trevas.


> "Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? [...] Que comunhão tem a luz com as trevas?"

(2 Coríntios 6:14-15)


Apesar das dificuldades naturais da vida conjugal, dos conflitos e desafios que existem em todo casamento, Elizama colocou Deus em primeiro lugar. A Palavra de Deus era a base de sua vida e de seu lar. Ela foi guiada pelo Espírito Santo e permaneceu firme na fé, mesmo diante das provações.


Sua fidelidade não somente resultou em um casamento abençoado, em uma família firmada sobre a rocha, mas também lhe garantiu a coroa da vida eterna, porque permaneceu fiel àquele que é o Senhor da sua vida.


E Elizama também cumpriu a missão de pregar o Evangelho. Ela não se calou diante da condição espiritual de suas irmãs. Pregou àquela que estava desviada, para que se arrependesse e recebesse a bênção de Deus, e também anunciou a verdade à irmã mais jovem, para que sua vida fosse guiada e guardada por Deus, e para que ambas também pudessem alcançar a vida eterna.


Elizama foi fiel à orientação de seu pai, que a ensinara a obediência ao mandamento do Senhor:


> "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."

(Marcos 16:15-16)


 A Quinta Filha: Hadassa


Hadassa era aquela que seguia os princípios e a fundamentação que seu pai lhe havia ensinado. Sua vida estava, até ali, alinhada com a verdade de Deus. Porém, ela se encontrava diante de uma encruzilhada: permanecer fiel à Palavra ou se desviar após o mundo.


Ela estava diante da decisão mais importante: seguir a Cristo em fidelidade, abandonando o pecado, para que sua vida produzisse frutos como os de sua irmã Elisama — e não como os frutos das outras irmãs, que se afastaram de Deus.


Porque a Bíblia mostra que a relação do cristão com Deus é comparada a um casamento: uma aliança de fidelidade, como a de uma esposa com seu marido.


> “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.”

(2 Coríntios 11:2)


> “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher; e serão dois numa só carne. Grande é este mistério; digo, porém, a respeito de Cristo e da igreja.”

(Efésios 5:31-32)


O chamado é para uma aliança de fidelidade com Cristo. Assim como uma esposa deve ser fiel ao seu marido, assim nós devemos ser fiéis a Cristo.


E agora você, leitor, deve fazer essa escolha:

Você vai escolher o pecado, a infidelidade, que tem por frutos os pecados?

Ou vai escolher a fidelidade, que tem por consequência os frutos do Espírito?


Lembre-se:

> a fidelidade leva à salvação, e a infidelidade leva à perdição.


Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 



2 comentários:

  1. A sabedoria está em Deus, em ama-Lo, respeita-Lo , viver seus ensinamentos, na sua Palavra Mirtes

    ResponderExcluir
  2. O salário do pecado é a morte, pois quando pecamos nos afastamos de Deus, mas aquele que se arrepende dos seus pecados serão salvo.

    ResponderExcluir

Nome opcional