O Discurso, a Prática, e o Deus da Bíblia.
Introdução
Você pode compreender que não sabemos a hora em que vamos morrer, e que fazer ou não a vontade de Jesus determinará onde passaremos a eternidade?
Você conhece a verdade de que existe céu e inferno?
Você conhece Deus e a sua vontade, ou vive longe da realidade espiritual, alienado dela?
Você sabe que existem demônios, e que eles podem enganar e conduzir o ser humano para um lugar terrivelmente insuportável?
A pergunta é:
Você quer continuar na ignorância e no engano, ou quer refletir sobre o que Jesus diz?
Vamos então refletir sobre o que Jesus diz.
Lucas 6:46
"E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando?"
Mateus 7:21-23
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."
Refletindo
Considerar Jesus como Senhor — e consequentemente como Deus — significa, na prática, obedecer ao que Ele diz.
Do contrário, é loucura e contradição: dizer uma coisa com a boca e, ao mesmo tempo, negar com as atitudes.
A primeira coisa que precisamos entender é que para obedecer a Deus, é necessário conhecer a sua vontade.
Se Deus não revela quem Ele é e o que deseja, então Ele não existe — e acreditar que Deus não existe é irracionalidade, loucura, por razões óbvias.
Mas Deus existe, e por isso Ele prova sua existência implicando necessariamente na revelação da Sua vontade através da sua manifestação própria.
E se queremos verdadeiramente chamar Jesus de Senhor, precisamos conhecer a vontade de Deus — e fazer essa vontade.
A próxima pergunta é:
Onde está a revelação de Deus e da sua vontade, para que possamos obedecer?
A Bíblia é a revelação da vontade de Deus.
Não é um livro comum, nem uma criação humana. Ela mesma se prova verdadeira por fatos objetivos e incontestáveis:
Permanece viva e preservada há milhares de anos, mesmo com perseguições, tentativas de destruição e censura.
Transforma vidas de forma real e prática, levando pessoas de todo tipo ao arrependimento, à mudança de caráter e à obediência a Deus.
Contém profecias que foram escritas séculos antes e se cumpriram com exatidão, algo impossível de ser forjado por mãos humanas.
É completa, abrangendo desde a origem da criação até o fim de todas as coisas, revelando o plano de Deus com clareza e profundidade.
É racional e lógica: nenhuma outra suposta revelação se compara à coerência, profundidade, harmonia e autoridade que as Escrituras apresentam.
Além disso, a Bíblia foi escrita por cerca de 40 autores diferentes, ao longo de aproximadamente 1.500 anos, em línguas diferentes, culturas diferentes, situações diferentes — e todos escreveram a mesma mensagem central, com perfeita harmonia e unidade, como se fosse um único autor: Deus.
E mais, a Bíblia se declara toda inspirada por Deus. Se ela não fosse inspirada por Deus, ela seria um livro enganoso, sem fundamento, e portanto, sem credibilidade. A própria Escritura afirma em 2 Timóteo 3:16:
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a instrução na justiça."
Diante de qualquer outro tipo de revelação, pensamento humano ou tradição religiosa, a Bíblia é superior, absoluta e suficiente.
Se queremos fazer a vontade de Deus, é na Bíblia que devemos buscar, ouvir, crer e obedecer.
A decisão de obedecer a Deus e buscar conhecer a Sua vontade definirá nosso destino eterno.
A vontade de Deus é o bem, e a desobediência, que é o mal, tem um lugar próprio, pois é oposta ao bem e a Deus. Não obedecer a Deus é escolher o mal, e obedecer é escolher o bem.
O mal tem seu destino no Inferno, e o bem, no Céu, na eternidade com Deus.
Versículos:
João 5:28-29 – "Não vos admireis disto, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição da condenação."
João 3:36 – "Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele."
A Obediência Plena é a Vontade de Deus, Parcial é Desobediência
A desobediência a Deus, ou seja, o mal, entrou no mundo pelo livre-arbítrio do ser humano criado. Esta desobediência foi transmitida a todos os seres humanos que nasceram do homem, portanto, todos os seres humanos. O pecado gerou a morte, e assim, a morte se espalhou a todos. Contudo, Deus, no seu infinito amor, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz e pagar o preço do pecado, possibilitando ao ser humano uma nova opção: a de obediência.
A Decisão de Ser Fiel a Deus Transforma a Natureza Humana
A decisão de ser fiel a Deus, custe o que custar, transforma a natureza do ser humano. Acreditar que a natureza humana é incapaz de ser fiel (obedecer) é crer que a natureza pecadora prevalece, impossibilitando uma nova natureza, um novo nascimento, e invalidando o sacrifício de Jesus, que morreu para que o ser humano pudesse nascer de novo.
Romanos 6:6 – "Sabemos que nossa velha natureza foi crucificada com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sejamos mais escravos do pecado."
Esta realidade torna a salvação algo que exige esforço, luta, sofrimento e renúncia. Por isso, é rejeitada por muitos, mantendo-os no engano e na condenação.
1 Pedro 4:18 – "E, se é com dificuldade que o justo se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?"
A Obediência à Vontade de Deus na Prática
Você não pode deixar a sua mente lhe enganar, vivendo como se estivesse em conformidade com Deus sem realmente obedecer completamente à Sua vontade revelada. Dizer que Jesus é Senhor da sua vida enquanto não pratica inteiramente a vontade de Deus é um engano fatal. Ter Deus exige colocar toda a Sua vontade em prática.
O que é necessário fazer para estar verdadeiramente obedecendo a Deus?
Arrependimento _ batismo
Arrependimento é uma condição mental profunda, um sentimento forte de rejeição e repulsa pelas práticas do passado que, ao serem confrontadas com a vontade de Deus, provocam transformação. Arrepender-se, no sentido exato, é uma mudança completa de direção: sair do caminho da perdição para o da salvação, do pecado e, portanto, do domínio do diabo para Deus.
Esse arrependimento é essencial para a salvação, pois ninguém pode ser salvo se nunca reconheceu que esteve perdido. Sem um verdadeiro arrependimento, não há salvação.
E esse arrependimento é necessariamente acompanhado pelo batismo, que marca esse novo nascimento e compromisso com Deus.
Esse arrependimento precisa estar obrigatoriamente ligado ao batismo. O batismo é o selo visível dessa decisão. Se você não se arrependeu verdadeiramente e não desceu às águas do batismo conforme a Bíblia determina, você nunca foi salvo.
Se alguém persiste na rebeldia, na obstinação, na teimosia, e não coloca em prática os ensinamentos de Jesus, ainda que diga ter Deus, ainda que chame Jesus de Senhor, isso não terá valor algum. Essa pessoa estará apenas enganada, agindo como louca, sem entendimento, e morrerá com um destino eterno terrível.
Versículos:
Lucas 13:3 – "Não; eu vos digo, antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis."
Atos 3:19 – "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados."
2 Pedro 3:9 – "O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se."
Marcos 16:15-16 – "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
A Reunião com a Igreja
A vontade de Deus, conforme revelado na Escritura, é que os cristãos se reúnam como igreja para o culto a Deus, o estudo de Sua Palavra, orações. Tanto é que Deus coloca, insere em Sua Palavra a forma como a reunião da igreja deve ocorrer. Não cumprir essa ordem de Deus, não fazer a vontade de Deus, é uma óbvia declaração de rebelião contra Ele, insubordinação à Sua vontade.
"Não abandonando a nossa própria congregação, como é o costume de alguns, mas admoestando-nos uns aos outros." (Hebreus 10.25)
Apostasia e o Perigo da Heresia
A característica marcante da igreja nos últimos dias — que são os dias em que vivemos — é a apostasia, ou seja, o afastamento da verdadeira fé. A Palavra de Deus adverte que nesses tempos surgiriam muitos falsos profetas, que enganariam a muitos, e que as pessoas buscariam ouvir apenas aquilo que agradasse aos seus desejos, rejeitando a sã doutrina.
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Timóteo 4.3).
Portanto, não se pode participar de algo que contrarie a vontade de Deus. Estar junto a uma congregação que vive em apostasia ou heresia é colocar-se contra Deus. A Bíblia afirma claramente que o herege será condenado, pois a heresia é uma obra da carne e os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus (cf. Gálatas 5.20-21).
Além disso, a Escritura nos adverte com firmeza:
“Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis” (2 João 1.10).
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos temos anunciado, seja anátema.” (Gálatas 1.8)
(anátema, em outras traduções: maldito)
Síntese e Exortação Final
É indiscutível que a Bíblia é a Palavra de Deus, revelada para nos guiar na verdade, na nossa maneira de viver e para nos conduzir à vida eterna. Obedecer parcialmente à Palavra de Deus, ou seja, não totalmente, é estar em rebelião contra Deus. Pois o pecado separa o homem de Deus, e Deus orienta que sejamos perfeitos e íntegros. A obediência parcial nega o sacrifício de Jesus que veio tirar o pecado, pois aquele que permanece em desobediência permanece no pecado. Além disso, essa obediência incompleta invalida o novo nascimento, ou seja, a criação de uma nova pessoa em Cristo.
O verdadeiro fazer a vontade de Deus se dá na prática. Quando a Palavra de Deus é inserida na vida real, isso gera arrependimento verdadeiro, batismo nas águas como fruto desse arrependimento, e a reunião como Igreja — mas com a verdadeira Igreja, porque o que a distingue é a fidelidade doutrinária, que é a própria vontade de Deus e é o que nos conduzirá à vida eterna.
Portanto, decida-se por obedecer integralmente e fielmente à vontade de Deus revelada nas Escrituras. Por quê? Porque a vontade de Deus é o melhor para a sua vida, é a única forma de te conduzir à vida eterna com Ele. Porém, o engano e a rejeição dessa verdade te levarão a uma eternidade de sofrimento insuportável. O cumprimento parcial da vontade de Deus não é o cumprimento da Sua vontade — é engano, e resultará na Grande Decepção, no exato cumprimento do que está escrito em Mateus 7:21-23, onde muitos se decepcionarão grandemente ao ouvirem:
“Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”
Só o verdadeiro arrependimento nos justifica chamarmos meu Senhor, pois é só nos livrando do pecado, que chamamos a atenção do Pai. 2 crônicas 7:14.
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