O Cerco à Cidade.
Em uma região marcada por constantes guerras, havia uma cidade fortificada, morada de muitos povos. Suas muralhas eram altas, seus portões fortes, e dentro dela habitavam famílias, trabalhadores, anciãos e crianças. Ao redor da cidade, espalhavam-se campos férteis, lavouras bem cuidadas por camponeses e agricultores.
Havia também uma cidade vizinha, onde os moradores daquela cidade fortificada buscavam alimento. Por muitos anos, a vida seguia assim: a cidade vivia de portas abertas, e o povo entrava e saía livremente, trazendo alimento e suprimentos de fora.
Mas um dia, um reino inimigo se levantou. Sem aviso, sem misericórdia, esse exército cruel cercou toda a cidade. As portas foram fechadas. As estradas foram bloqueadas. Nenhum alimento mais entrava. Nenhum homem podia sair.
O tempo passou. Os celeiros esvaziaram. Os grãos acabaram. A água foi racionada. O cheiro de desespero começou a preencher as ruas. E então veio a fome.
A fome se espalhou como uma praga invisível. Trazia fraqueza ao corpo e tormento à mente. As mães não tinham leite para os filhos. Os idosos tombavam pelas calçadas. Os bebês morriam sem entender a dor que os consumia.
E, no auge do desespero, alguns passaram a comer aquilo que nunca imaginaram: baratas, ratos... e, com o tempo, os corpos dos que morriam eram ocultamente cozidos e repartidos, porque o estômago já gritava mais alto que a consciência.
Lá fora, havia alimento em abundância. Os campos verdes ainda floresciam. As árvores frutificavam. Mas tudo estava além das muralhas... e além do cerco do inimigo.
Então, entre aqueles poucos que começaram a refletir, um disse:
"Não podemos continuar morrendo aqui. Precisamos buscar a vida, custe o que custar. Precisamos buscar o alimento que nos dará vida."
E assim, uniram seus corações e traçaram uma estratégia. Sabiam que o inimigo vigiava de dia e de noite, mas à noite os exércitos dormiam — apenas os sentinelas se mantinham atentos.
Escolheram uma noite escura, em que o céu estava coberto de nuvens, e a lua não iluminava as muralhas. Usaram cordas. Buscaram uma parte esquecida do muro, onde os tijolos estavam gastos, e ali abriram uma fresta, suficientemente larga para que passassem um a um.
Cobriram seus corpos com folhas, barro e tecidos escuros, para se confundirem com o ambiente. Agachados, rastejando, sem fazer barulho, deixaram a cidade. Cada passo era um risco, mas maior era o risco de permanecer.
Atravessaram os campos, evitaram as tochas dos vigias, esconderam-se nas sombras. E então, chegaram às terras vizinhas. Alguns encontraram camponeses, que os acolheram e lhes deram pão, água e vinho. Outros chegaram à cidade vizinha, onde havia abundância — e ali comeram, se fortaleceram e recobraram a vida.
Mas os que ficaram, aqueles que insistiram em esperar dentro da cidade cercada, todos pereceram. Morrendo lentamente, dia após dia, esperando por uma salvação que jamais viria entre aquelas paredes cercadas pelo inimigo.
Mas aqueles que decidiram permanecer na cidade — os que insistiram em esperar, em confiar que talvez algo mudasse sem que precisassem agir — todos pereceram. Eles não perceberam que sair da cidade era a única forma de encontrar vida. Continuaram acreditando que podiam sobreviver com o pouco que restava: baratas, ratos, restos de cadáveres. Sua mente já estava tão corrompida e entorpecida pela fome que não conseguiam mais discernir o fim iminente.
Eles não entendiam que aquela falsa alimentação, além de escassa, era doente — trazia pestes, enfermidades, febres e delírios. Era um tipo de alimento que, em vez de sustentar, acelerava a morte. Mesmo assim, preferiam aquilo ao risco de buscar a verdadeira vida fora dos muros.
E assim, morreram todos. Porque não creram que havia um caminho. Porque não compreenderam que o alimento que estavam consumindo era parte do veneno do próprio cativeiro.
Aqueles que conseguiram refletir e entender que precisavam deixar a cidade começaram uma nova vida. Tornaram-se habitantes de uma nova terra — alguns se tornaram agricultores, outros ajudaram nas aldeias vizinhas. Viviam agora longe da morte e da comida estragada. Tinham alimento verdadeiro, puro, e este alimento sustentava suas vidas com força, saúde e alegria.
Simbologia da Parábola
A cidade e as pessoas que nela viviam representam a humanidade e o mundo, o sistema de vida fora dos padrões de Deus — um estilo de vida dominado pelo pecado, pela cegueira espiritual e pela ausência do verdadeiro alimento.
O exército inimigo simboliza o diabo e seus anjos, que cercam espiritualmente o mundo com o objetivo de destruir, matar e levar as pessoas ao inferno. Eles são inimigos da verdade e da vida, e trabalham constantemente para manter as pessoas presas e longe de Deus.
A cidade vizinha e os agricultores representam Deus, a vida eterna e a sua Palavra. Ali está a verdadeira fonte de alimento espiritual, a presença de Deus e o caminho para a salvação.
A cidade e as pessoas que lá viviam — representam a humanidade e o mundo, o sistema de vida fora dos padrões de Deus.
O exército inimigo — representa o diabo e seus anjos, que querem matar, destruir e levar as pessoas ao inferno.
O cerco feito à cidade — simboliza a ação do inimigo para impedir que as pessoas saiam do mundo. Através do cerco, a mente das pessoas foi cegada, e elas não conseguiam refletir. Aquele cerco impedia que houvesse entendimento, pois o diabo cega o entendimento dos incrédulos.
A cidade vizinha e os agricultores — representam Deus, a vida eterna e a sua Palavra.
A alimentação da cidade cercada — os ratos, baratas e cadáveres simbolizam a alimentação do mundo: falsas doutrinas, tradições humanas e futilidades.
As pessoas que permaneceram na cidade — representam aqueles que continuam no mundo e no pecado, alimentando-se daquilo que os mata espiritualmente.
Os que saíram da cidade — significam aqueles que abandonaram o mundo e o pecado, entendendo através da reflexão que essa é a única forma de alcançarem a vida eterna.
Entendimento da Parábola
O Mundo e o pecado.
A humanidade nasceu em uma cidade cercada pelo inimigo. Isso representa que todos nós nascemos pecadores, mortos espiritualmente e condenados à morte eterna, afastados de Deus. A cidade murada cercada simboliza o mundo e o pecado, onde o diabo e seus anjos mantêm as pessoas presas e impedidas de refletirem sobre sua real condição. A mente delas está cega, e o entendimento bloqueado pela ação maligna.
Na cidade, não há alimento verdadeiro. O que se consome ali são falsas doutrinas, tradições humanas, futilidades sociais e heresias religiosas — tudo aquilo que não gera vida espiritual, mas mantém o homem preso à morte eterna. E assim, as pessoas não percebem que já estão mortas espiritualmente. A morte física pode chegar a qualquer momento, e encontrará essas pessoas já mortas espiritualmente, o que significa a condenação eterna, a derrota total.
A Reflexão
A reflexão é o despertar para o entendimento da realidade. Ela é impedida pelo próprio sistema do mundo. As pessoas vivem tão envolvidas com os desejos da carne, com suas necessidades humanas, preocupações diárias, rotinas e prazeres passageiros, que não conseguem parar para pensar na sua real condição espiritual. A atenção está voltada totalmente para si mesmas e para o presente. Assim, não refletem sobre Deus, sobre a eternidade, nem sobre a morte que pode chegar a qualquer momento. Vão vivendo como se a vida fosse apenas o agora, e o tempo vai passando. E enquanto isso, permanece o cerco, permanece a cegueira, e muitas seguem sem conseguir enxergar a verdade, sem alcançar a conclusão mais importante: a necessidade de salvação, de deixar o mundo e o pecado, e de buscar a vida que só Jesus pode dar.
Aqueles que conseguiram refletir, compreenderam que estavam presos no mundo e no pecado, e que a única forma de terem vida era sair da cidade. Eles chegaram ao verdadeiro evangelho, à mensagem da salvação. Entenderam que precisavam abandonar o pecado e o sistema do mundo, e receber o alimento que dá vida.
O Alimento
A alimentação do mundo é aquilo que mantém o homem afastado da verdadeira alimentação, que é o verdadeiro Evangelho. As tradições religiosas, as doutrinas humanas, as falsas religiões, conceito próprio de ética e moralidade que o homem cria segundo seus próprios padrões, tudo o que o homem cria e segue para tentar encontrar a paz e a satisfação sem a verdade de Cristo, tudo isso mantém o homem afastado da salvação genuína,
Caso o homem não saia da cidade, ou seja, não abandone o mundo e o pecado, ele continuará se alimentando de ilusões, de coisas que não podem sustentar sua vida verdadeira, como os que permaneciam na cidade cercada, se alimentando de restos e coisas podres, que não trazem vida, mas apenas mantêm a ilusão de que há algo que os sustenta. O Engano é as ilusões, será o alimento daqueles que não abandonarem definitivamente o mundo e o pecado.
O alimento é Jesus, que morreu na cruz pelos nossos pecados, para nos tirar do mundo e do pecado e nos dar vida eterna. A reflexão leva o homem a essa decisão: abandonar o mundo e o pecado, reconhecer o sacrifício de Cristo e receber a Palavra de Deus, os ensinos que estão nas Escrituras, a biblia, que revelam Jesus. Esse é o único caminho que pode dar vida ao homem.
Mas aqueles que permanecem no mundo e no pecado, não conseguem refletir, pois estão cegos espiritualmente, presos pelo cerco do inimigo, alimentando-se daquilo que mata. E se não despertarem, a morte os encontrará mortos espiritualmente, e não haverá mais tempo para a salvação. A morte os alcançará assim como aos moradores da cidade que lá permaneceram.
Conclusão Final:
Deus está falando claramente com você, através desta parábola, que se você não abandonar o mundo e o pecado, você será enganado, será iludido. E, no final, a derrota da morte eterna chegará até você. Portanto, reflita, porque se você não refletir, jamais chegará à verdadeira conclusão de que precisa se alimentar de Deus, da palavra de Deus, que é a Bíblia. E, para receber esta alimentação, você terá que abandonar o mundo e o pecado. Precisará ter coragem para tomar essa decisão. Mas, quando você entender que essa decisão é a única que pode te livrar da derrota eterna, que é o inferno, você a tomará. Portanto, reflita e decida-se: abandone o mundo e o pecado, seja fiel a Jesus, se alimente da palavra de Deus e seja fiel a ela, custe o que custar.
Textos Bíblicos que Fundamentam a Mensagem:
"Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se falo de mim mesmo."— João 7:17
* Para não ser enganado e se alimentar de Ilusão é preciso de uma aliança de fidelidade a Jesus que é a Palavra de Deus.
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."— João 8:32
* A verdade que o pecado leva ao inferno faz o homem abandona-lo definitivamente.
"Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus."— 2 Coríntios 4:4
* O Diabo que é o príncipe do mundo, impede que as pessoas venham ouvir, refletir e decidir receber a mensagem que Jesus receber Jesus como Senhor e Salvador é abandonar o pecado e viver para conhecer e fazer a vontade de Deus revelada na Bíblia.
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o pão da vida; quem vem a mim nunca terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede."— João 6:35
* Os ensinos de Jesus que estão na biblia alimenta , dando vida eterna.
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo."— João 6:51
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."— 1 João 2:15-17
* O mundo é o sistema de vida que não se molda ao reino de Deus. Só quem faz a vontade de Deus tem a vida eterna.
"De maneira nenhuma! Como viveremos ainda no pecado, nós que para ele morremos?"— Romanos 6:2
* É preciso morrer para o pecado, ou seja, precisamos praticar tudo que a Bíblia nos ensina em absoluta fidelidade.
Só JESUS nos propociona vida eterna e feliz . A palavra de Deus nos fala: que a função do diabo é matar , roubar e destruir, mas JESUS veio para nos dá vida, e vida com abundância. João 10:10.
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