quarta-feira, 23 de abril de 2025

A História de Regor.




A História de Regor. 


Havia um homem comum, como tantos outros no mundo. Levava a vida dentro dos moldes que a maioria das pessoas consideram normais. Foi criado dentro de uma religião tradicional, dessas que moldam costumes mais do que despertam fé verdadeira. Trabalhava para o próprio sustento, buscava diversão nos finais de semana e se entregava aos prazeres que a vida lhe oferecia — futebol, festas, mulheres, bebida. Aos olhos de muitos, parecia alguém que apenas aproveitava a vida.


Mas por dentro, nem tudo era tão simples. O peso de decepções acumuladas, as frustrações que vinham sem aviso, os questionamentos existenciais que surgiam nos momentos de silêncio... tudo isso formava um vazio silencioso, difícil de preencher. A vida seguia, aparentemente normal — mas faltava algo. Algo que nem ele sabia explicar.


Entre os poucos que pareciam enxergar além da sua aparência estava um tio. Um homem que havia mudado de vida de maneira notável. Não era mais o mesmo. O tio falava com convicção, com brilho nos olhos, e sempre que tinham oportunidade de conversar, tentava apresentar-lhe algo mais profundo: falava de Deus.


Ele, no entanto, sempre desviava:

— Olha, tio, eu acho bonito tudo isso que o senhor fala... Deus, fé, mudança de vida... Mas eu tenho a minha vida. Gosto das minhas coisas. E sinceramente, não vejo mal nenhum nisso...


Mas havia algo nos olhos daquele homem que incomodava. Um incômodo bom — ou talvez desconfortável — como se cada palavra fosse uma provocação direta ao seu estilo de vida. Era como se, mesmo sem dizer diretamente, o tio estivesse apontando uma estrada diferente. Uma estrada que exigiria renúncias. E, num mundo difícil como o seu, renunciar ao pouco prazer que tinha parecia um fardo impossível.

Certo dia, foi surpreendido por um problema que o abateu com força. Não era algo que se resolvia com uma simples conversa ou distração. Era uma dor que se instalava de maneira silenciosa, mas devastadora. Um sofrimento que não só ocupava seus pensamentos, como distorcia sua percepção da realidade, o mergulhando em confusão, medo e tristeza. Sua mente processava tudo de forma pesada, tortuosa — e como se não bastasse, forças externas que ele até então desconhecia pareciam agravar tudo.


O que sentia era mais que angústia. Era um grito sufocado na alma, um clamor silencioso por socorro, que ele mesmo não sabia de onde vinha. Era como se, sem perceber, estivesse pedindo ajuda — não com palavras, mas com o coração cansado e impotente.

 

Foi ali, no meio do caos, que a primeira semente de fé foi lançada em seu coração.


Na verdade, naquele momento, as palavras de seu tio ressurgiram em sua memória — mas não como conselhos simples. Ele se lembrava das conversas, dos momentos em que seu tio falava sobre Deus, com seriedade e convicção. Mas, até então, sua mente não conseguia decifrar o que aquilo realmente queria dizer. Era como se as palavras não fizessem sentido completo, como se houvesse um código ali que ele não conseguia compreender.


Contudo, havia uma palavra que sempre lhe chamava atenção: Deus. Essa palavra, sozinha, carregava um peso diferente. Mesmo quando esquecia o conteúdo das conversas, mesmo quando os conselhos escapavam de sua memória, aquela palavra permanecia. Deus.


Ela trazia em si uma força, um poder inexplicável. Era como se aquela simples menção fosse suficiente para despertar algo dentro dele. E foi nesse momento de dor e desespero que ele entendeu — ou ao menos sentiu — que Deus poderia ser o seu socorro. Que talvez Ele fosse a ajuda que tanto precisava.


Pela primeira vez, Deus deixou de ser apenas um conceito distante ou uma ideia religiosa para se tornar, dentro dele, uma possibilidade real. Um caminho. Uma saída. Uma esperança.

Ele se lembrou que seu tio — o tio Arthur — era membro de uma igreja e dirigia uma pequena reunião de oração que acontecia todos os dias, das seis às oito da manhã. Era algo simples, pouco frequentado, mas constante. E, sem dúvida alguma, Régor decidiu ir até lá.


Jamais poderia imaginar que sairia de casa às seis da manhã para participar de uma reunião de oração. Aquilo era completamente incomum, fora da sua rotina, fora da sua normalidade. Mas uma inquietação o impulsionava — algo dentro dele que ele não conseguia ignorar.


Embora, anteriormente em sua vida, Régor já tivesse ido várias vezes à igreja tradicional de sua religião — de forma esporádica — e, movido pela necessidade interior da alma, muitas vezes ficasse olhando para uma imagem de escultura que representava a Deus na pessoa de Jesus Cristo, esperando, desejando, que aquela imagem piscasse os olhos ou se movimentasse de alguma forma como sinal da presença de Deus, nada acontecia. Era apenas silêncio e imobilidade. Ainda assim, ele ansiava.


Chegando à igreja, viu seu tio à frente, orando. A igreja parecia vazia à primeira vista. Mas, logo percebeu que havia outras pessoas ajoelhadas nos bancos de madeira, em oração. Não havia silêncio, mas um murmúrio suave de vozes orando. Régor também se ajoelhou.


Ele não tinha o hábito de orar, nem sabia exatamente como fazer. Mas, simplesmente, se ajoelhou. E foi naquele momento que algo aconteceu. Algo que não se pode explicar. Uma certeza tomou conta de seu ser: Deus estava ali. Mas não apenas ali. Ele não precisava ver Deus para saber que Deus estava ali. Era uma convicção profunda, total. Uma presença que não se limitava ao espaço físico da igreja. Ele experimentava a presença real de Deus em uma dimensão muito maior — era Deus presente em sua vida, em sua alma, em seu espírito. A presença de Deus envolvia todo o seu ser, transcendendo o ambiente e alcançando a essência da sua existência. Era a certeza plena de que Deus estava com ele. Em tudo. Para sempre.

Após as orações, houve um momento de louvor, em que cânticos simples, mas profundos, ecoaram pela igreja. Em seguida, o tio Arthur compartilhou uma breve palavra, falando sobre a graça e o amor de Deus. E, no encerramento, todos os presentes foram até a parte da frente da igreja, junto ao altar, e se reuniram ali em círculo. Foi então que o tio Arthur olhou para Régor e lhe perguntou com simplicidade, mas com profunda seriedade: “Você quer aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador?”

Quando seu tio Arthur convidou Régor, perguntou a Régor se ele queria aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador. A pergunta veio como um convite para permanecer naquilo que ele acabara de experimentar — e era a coisa mais maravilhosa do mundo. Aquele sim não era uma decisão racional, nem uma expectativa futura, mas uma resposta natural ao que já era realidade dentro dele. Ele havia encontrado a presença de Deus, e agora, dizer sim era como dizer: “Eu nunca mais quero viver sem isso.” Era uma entrega cheia de alegria, de certeza, de vida. Era o reconhecimento de que, dali em diante, tudo seria diferente — porque a presença do Todo-Poderoso agora habitava sua vida. Ele não apenas sabia que Deus existia. Ele conhecia Deus, tinha contato com Ele. E isso era tudo. Tudo que ele precisava, tudo que ele queria, tudo que dava sentido à sua existência.

Assim, ele continuou a frequentar aquela igreja, a participar de outras reuniões. E, numa dessas reuniões, uma mulher de oração, que não o conhecia, disse a ele: “Olha, Deus está me mostrando uma mudança de vida, da água para o vinho”. E era exatamente o que estava acontecendo na vida de Régor: uma mudança completa, total, que mudava a sua estrutura, que lhe trouxe agora uma vida espiritual que ele não tinha antes.


Régor continuou a viver sua vida normalmente — estudando, trabalhando, mantendo sua relação com a família. E, certo dia, andando pela rua, ele falava com Deus em sua mente. Conversava, caminhando, com Deus. Naquele momento que falava com Deus apenas em sua mente, onde só Deus poderia ouvir,  ele pedia a Deus uma resposta. Por que aquele problema ainda persistia. Mas agora de uma forma diferente. Aquilo não trazia mais a angústia, o sofrimento insuportável de antes. E, enquanto caminhava pela rua, falando com Deus em sua mente, ele disse: “Senhor, fala comigo. Me dá uma resposta para este problema.”

E, quando olhou para o chão, viu ali um pedaço de papel, de caderno, todo amassado, enrolado. E ele disse: “Senhor, me dá a resposta nesse pedaço de papel aqui.” E, no mesmo instante, veio uma ideia em sua mente, um pensamento que dizia: “Agora você passou a ser crente nessas coisas? Agora você passou a ser crente nesse tipo de vida? Você está ficando louco, maluco, querendo que Deus fale com você através de um papel velho no chão?”

Por um breve instante, ele pensou: Será mesmo que eu estou... Será que eu estou ficando maluco? Querendo que Deus fale comigo num papel amassado no chão?

Aí veio um outro pensamento em sua mente: “Mas você não crê que Deus pode falar contigo?” E ele, em sua mente, respondeu com aquela certeza absoluta e uma empolgação intensa: “Creio!” — “Sim, eu creio!”


Então, ele pegou aquele papel todo amassado do chão e o abriu. E ali estava escrito:

“Confia no teu Deus de todo o coração, que Ele ilumina o teu caminho.”


E ele ficou feliz da vida, alegre. Aquela era a resposta que ele precisava. E assim, Regor continuou a sua vida, vivendo agora na presença de Deus. Jesus agora estava com ele o tempo todo. Jesus era com quem ele falava, alguém que o ouvia e também falava com ele. Jesus era em quem ele sabia que podia confiar, que tinha todo o poder.

Era o início de uma vida em comunhão com Deus. A segurança e a certeza da presença de Deus em sua vida.



Reflexão 


Há dois tipos de vida. Uma é a vida natural, que a maioria das pessoas vive: guiada pelas tradições, pelas crenças herdadas, pelas experiências humanas e pela cultura deste mundo. É uma vida que se conforma com o que é passageiro, com aquilo que se aprendeu desde o nascimento, com a religião formal, com o senso comum. Mas essa é, na verdade, uma vida morta. É uma vida sem o conhecimento da verdade. É uma vida sem a presença real de Deus.


E há uma outra vida. Uma vida espiritual. Uma vida onde a presença de Deus é real, viva, constante. Uma vida em que se entende que a verdadeira existência está em Deus e na revelação que Ele nos dá. É uma vida que não vive mais para este mundo corrompido e passageiro, mas que é vivida na presença do Altíssimo, com o propósito de conhecê-lo cada vez mais e obedecer à sua vontade.

"É nessa vida espiritual que Deus nos revela a sua vontade, e Ele o faz por meio da Bíblia, que é a sua Palavra viva, a Palavra que se cumpre — espiritualmente e realmente — na vida daqueles que buscam a Deus com sinceridade."

"Hoje, Regor não precisa mais pedir a Deus que fale com ele por meio de um pedaço de papel amassado no chão, pois ele tem a certeza plena e absoluta de que a Bíblia é Deus falando diretamente com ele." 


É uma vida vivida na esperança do que está por vir — aguardando o dia em que o veremos face a face, e estaremos para sempre com Ele. Onde eestará com aqueles que, assim como ele, Regor, tiveram um encontro verdadeiro e caminharam com Deus o tempo todo, e juntos viverão eternamente na Sua presença, em um novo mundo onde o mal não existirá mais."


Essa é a vida que Deus quer que você viva. Que você creia em Jesus, conheça a verdade e receba a vida eterna.



Um comentário:

  1. Eu tenho a certeza que DEUS está sempre falando com seus filhos, pois essa é a manifestação da presença do Espírito Santo, pois os verdadeiros filhos são guiados pelo Espírito Santo de Deus. Romanos 8:14.

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