Elias, a Luz da Discoteca, o Sinal o Fundo do Poço e a Caverna.
Era uma vez um homem cristão chamado Elias. Um homem que amava a Deus com sinceridade. Ele buscava a presença do Senhor, orava, jejuava, meditava na Palavra. Fazia o que era certo diante de Deus. Mas mesmo assim, sua vida era marcada por dores profundas e provações constantes.
Elias enfrentava muitas tribulações. Em sua vida pessoal, sentia-se sozinho, incompreendido, muitas vezes sem forças para continuar. Na vida sentimental, havia cicatrizes de rejeições e frustrações. Ele carregava no peito uma dor que parecia nunca encontrar repouso.
Na vida familiar, seu sofrimento era ainda maior, porque ele via os seus — aqueles que ele tanto amava — distantes do caminho de Deus. E isso doía profundamente no seu coração. Ele orava por eles, clamava por um despertar, por arrependimento, mas parecia que suas orações batiam no teto.
Na saúde, seu corpo sentia o peso do cansaço. Eram dores, enfermidades, fadiga constante. A alma adoecia junto com o corpo. Na vida profissional, vivia portas fechadas, desprezo, humilhações e a sensação de ser esquecido no canto. Onde quer que ele estivesse, parecia carregar um fardo invisível, mas insuportável.
E até mesmo na igreja, onde buscava consolo, o quadro era sombrio. Ele via doutrinas erradas sendo pregadas, ensinamentos distantes da verdade da Palavra. Via as pessoas como que mortas espiritualmente, sem vida, sem zelo, sem temor. Era como se pairasse uma névoa de morte sobre o povo. E ele se via de mãos atadas, sem poder fazer absolutamente nada. Seu espírito gemia por dentro, clamando por um avivamento, por um mover de Deus. Mas o silêncio continuava.
Elias estava no fundo do poço. O mais profundo. Um lugar escuro, sem saídas visíveis, onde a alma se arrasta e os olhos já não enxergam esperança. Ele chorava. Ele orava. Ele pedia socorro a Deus. E o socorro… não vinha.
Elias acabou tomando uma decisão radical. Uma decisão que não foi planejada com calma, mas brotou da dor, da angústia, do desespero da alma. Ele decidiu abandonar aquela cidade onde vivia, deixar o emprego e tudo para trás. Ele não queria exatamente um recomeço — ele queria enterrar aquele sofrimento, apagar da memória aquela realidade que o consumia por dentro.
Ele queria fugir daquela realidade amarga, fugir de tudo que o fazia sangrar por dentro. Ele buscava uma luz no fim do túnel, mesmo sem ter esperança real de encontrá-la. No fundo, ele sabia que aquilo não resolveria o seu problema, mas ele precisava fazer algo, qualquer coisa. Era como alguém que se afoga e, no desespero, agarra qualquer coisa que possa impedir que seja submergido de vez.
E assim, partiu. Pegou uma condução, um ônibus rumo a outra cidade, em outro estado. Sentou-se junto à janela. Era noite. O ônibus estava relativamente vazio. O assento ao seu lado permanecia desocupado. Ele olhava pela janela para a escuridão, mas por dentro estava ainda mais escuro.
Ele não mexia os lábios, mas falava com Deus em seu coração. Sua mente orava, clamava em silêncio. Questionava. Sentia que algo estava errado com ele, que havia falhado com Deus. Não compreendia por que o Senhor não lhe respondia, não lhe socorria. E então, ali, calado, em lágrimas silenciosas, ele pediu um sinal a Deus. Um simples sinal. Não queria explicações. Queria apenas saber se ainda havia esperança. Se Deus ainda o via. Se ainda o ouvia.
Elias estava ali, naquela poltrona do ônibus, a janela ao seu lado emoldurava a escuridão da noite. As luzes internas estavam apagadas, o veículo seguia em silêncio, cortando a estrada solitária. Lá fora, o céu negro se estendia como um véu, pontilhado por algumas poucas estrelas visíveis.
Sentado, imóvel, ele fitava aquele céu com os olhos marejados. Não havia palavras em seus lábios, mas o seu coração falava alto com Deus.
Ele não pedia solução para os seus problemas, não buscava alívio imediato das dores que carregava na alma. O que mais doía não era a situação, mas a dúvida: estaria Deus ainda com ele?
Essa era a pergunta que o consumia por dentro.
E então, no silêncio do seu pensamento, ele pediu um sinal dos céus.
"Se o Senhor realmente está comigo, mostra-me um sinal… um sinal do céu."
E logo lhe veio à mente o desejo:
"Quero ver uma estrela cadente rasgando o céu, de cima a baixo."
Mas, quase ao mesmo tempo, um pensamento mais profundo surgiu:
"Não... não pode ser isso. Pode acontecer por acaso. Pode ser só uma coincidência. Eu quero algo que não deixe a menor dúvida de que é o Senhor quem está falando comigo."
Então, Elias fez o seguinte pedido de sinal de Deus:
Não com os lábios, mas apenas em pensamento — uma conversa silenciosa, profunda, entre sua alma angustiada e Deus.
"Senhor… se Tu verdadeiramente estás comigo… se não me abandonaste, se ainda caminhas ao meu lado… então eu quero que a luz deste ônibus, que está completamente apagada, comece a piscar exatamente na hora em que eu fizer este pedido. Que ela comece a apagar e acender, apagar e acender, apagar e acender… como numa discoteca."
Discoteca, na década de 1980 a 1990, era como se chamavam as antigas casas de dança, parecidas com as boates. Um lugar onde as luzes piscavam continuamente, com intensidade e cores diferentes, criando um ambiente intermitente de claro e escuro.
"As discotecas, que marcaram fortemente as décadas de 70, 80 e 90, foram fortemente impulsionadas pela febre cultural criada pelo filme Os Embalos de Sábado à Noite, com o ator John Travolta, cuja dança e estilo influenciaram gerações e consolidaram a imagem da luz piscante como um símbolo daquele ambiente."
Elias usou essa imagem porque na sua adolescência, ele costumava frequentar discotecas e era algo muito específico, algo que não poderia ser confundido com uma coincidência comum.
Ele pensou: “Eu quero que essa luz, exatamente no momento em que eu terminar esse pedido em pensamento, comece a apagar e acender como numa discoteca. Assim saberei, sem sombra de dúvida, que o Senhor está comigo.”
E foi exatamente isso que aconteceu.
Na mesma hora em que terminou de fazer o pedido, as luzes do ônibus começaram a piscar.
Apagar e acender.
Apagar e acender.
Apagar e acender…
Exatamente como ele havia pedido. Exatamente como numa discoteca. Na mesma hora.
Ali, em meio à escuridão da estrada e da alma, Elias teve a certeza: Deus estava com ele.
Aquela resposta de Deus trouxe alívio ao coração de Elias. Uma paz silenciosa tomou conta de seu interior. Não que a dor tivesse desaparecido, não que o sofrimento tivesse deixado de existir — ele ainda carregava tudo aquilo no peito. Mas agora, algo havia mudado. Seu coração estava calmo. Ele estava tranquilo. Porque, acima de tudo, ele sabia: Deus estava com ele.
Mas havia algo que Elias não sabia. Algo que ele nem imaginava. A cidade para onde ele estava indo, o novo destino que parecia ser uma esperança, ainda escondia provas ainda mais duras. O que ele achava ser o fundo do poço, na verdade, não era o fim. O fundo era mais profundo do que ele pensava. Elias iria descobrir que aquela nova empreitada traria dores que ele jamais esperava enfrentar
O que sustentou Elias durante todo aquele tempo não foi força própria, nem esperança humana, mas a sua experiência com Deus. Foi o conhecimento da Palavra, foi a certeza inabalável de que, mesmo passando por tudo aquilo, Deus estava com ele. Essa convicção foi o que o fez permanecer firme. Foi isso que o ajudou a suportar, a enfrentar as batalhas, as humilhações, os dias de dor e de silêncio.
Elias sentiu o peso da luta, sentiu-se pressionado, esgotado e buscou refúgio. Ele se isolou por um tempo, afastando-se de tudo que o pressionava. Assim como o profeta Elias também se isolou numa caverna por causa da pressão que sofria. E saiu de lá quando Deus o tirou.
"E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9)
Conclusão
A história de Elias nos mostra o caminho duro daquele que segue a Cristo. Muitas pessoas pensam que seguir a Cristo é fácil, mas não é um mar de rosas. É preciso entender que há uma guerra, uma batalha constante, e não é simples. Jesus disse que a porta que leva ao Senhor é estreita.
“Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. Mateus 7:13-14
A Bíblia também diz:
“E, se é com dificuldade que o justo se salva, onde comparecerá o ímpio e o pecador?” (1 Pedro 4:18)
O diabo leva as pessoas à ilusão. Ele oferece uma vida sossegada, uma vida sem esforço, uma vida de exaltação, mas o fim é triste. Elias sofreu — um sofrimento que doía sua alma, que dilacerava seu coração. Mas lembre-se: Deus falava com Elias. Deus estava com Elias. E Deus estará para sempre com todo aquele que, apesar do sofrimento, da luta, das aflições, continua glorificando a Deus.
Aquele que decide, mesmo em meio à dor, abrir seus lábios para adorar, que decide passar pelas provas, pelas angústias, porque sabe que há uma recompensa aguardando por ele.
Que você não se iluda. Comece a treinar hoje mesmo para ser um soldado de Cristo. Enfrente as lutas, suporte a oposição do diabo e do sistema do mundo.
Elias queria acima de tudo a presença de Deus em sua vida, pois isso era o que realmente importava. A vida cristã verdadeira é de lutas e provações.
Tome a decisão de ser fiel a Deus e viver por amor a Cristo. Mesmo que venha o sofrimento, permaneça firme, pois vale a pena sofrer por aquele que se entregou na cruz para que pudessemos optar pela vida com Deus. Busque a sua presença com sinceridade, obedeça à sua vontade com fidelidade, e persevere até o fim. E assim, terá a vida eterna — porque no final, a vitória é certa.
A vida com CRISTO de fato e de verdade, não é fácil, mas com certeza, vale a pena servir a DEUS, pois como disse Jesus - No Mundo teres aflições, com tudo tenha bom ânimo , pois eu venci o mundo . João 16:33.
ResponderExcluirSomos provados assim como o ouro e a prata são provados pelo fogo 🔥. Os fiéis são provados também. MIRTES
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