terça-feira, 22 de abril de 2025

A Importância da Sua Casa





A Importância da Sua Casa



Havia um homem chamado Elias, que tinha três filhos: Rubem, Daniel e Eduardo.

Rubem era um rapaz totalmente voltado para os prazeres da vida. Gostava de festas, do conforto, do descanso e dos deleites deste mundo. Não era trabalhador, nem comprometido com responsabilidades. Vivia sem direção, sem metas e não demonstrava o menor interesse em formar uma família, se estabelecer, casar ou construir uma casa para morar. Sua vida era fútil, descompromissada e passageira.

Daniel, por sua vez, era um homem sensato, que já estava noivo e pensava seriamente em seu futuro. Ele sonhava em construir um lar firme, seguro e duradouro, onde pudesse viver em paz com sua esposa. Com esse objetivo, Daniel tomou a decisão de construir sua casa. Ele contratou os melhores profissionais, que possuíam experiência no ofício, e garantiu que a obra fosse feita com materiais de excelente qualidade. Ele fez a fundação corretamente, calculou a estrutura de forma precisa, escolheu os melhores materiais disponíveis no mercado e se certificou de que tudo fosse feito com perfeição.

A casa de Daniel ficou bonita, sólida e segura, um verdadeiro lar, preparado para resistir ao tempo e aos desafios. Ele cuidou de todos os detalhes da construção, fez uma execução impecável e manteve a obra em perfeito estado durante todo o processo. Quando terminou, estava satisfeito, pois sabia que a casa estava pronta para oferecer segurança e estabilidade para sua família.

Eduardo também desejava construir sua casa. Ele sonhava com um lar firme, seguro e duradouro, onde pudesse viver em paz, assim como seu irmão Daniel. Porém, ao contrário de Daniel, Eduardo foi descuidado e negligente na escolha dos seus funcionários. Embora acreditasse que aqueles trabalhadores fossem bons profissionais — e, de fato, tinham aparência de experiência e conhecimento no ofício —, Eduardo não teve o zelo necessário para se certificar da honestidade e competência deles.  Eduardo contratou alguns empregados experientes para realizar a obra. Esses empregados, conhecendo bem o área de trabalho que atuavam, indicaram uma loja de materiais de construção bem confiável, onde se vendiam materiais de primeira qualidade. "Lá você encontrará tudo o que é necessário para uma ótima construção.  


Os empregados também mencionaram quais eram as melhores marcas — o melhor cimento, o melhor ferro, os tijolos mais resistentes e todos os materiais essenciais para uma estrutura sólida.

Eduardo, além de receber as orientações dos empregados em relação às melhores marcas, também sabia por si mesmo que aquelas marcas citadas eram, de fato, as melhores que existiam no mercado. Então, foi até a loja indicada e comprou os materiais certos, de excelente qualidade. E, ao retornarem, deixaram todo o material no canteiro de obras, pronto para ser usado na construção.

Eduardo, além de confiar na indicação, também sabia, por experiência própria, que aqueles materiais eram realmente os melhores disponíveis no mercado: tijolos bem queimados e resistentes, cimento forte, aço de excelente qualidade e todos os outros elementos essenciais para uma construção sólida.

Então, ele foi até a loja indicada, comprou tudo conforme o recomendado, e deixou o material no canteiro de obras, pronto para o uso.

Na verdade, aqueles funcionários não eram bons profissionais. Pelo contrário, eram corruptos e viviam de aplicar golpes em pessoas desatentas. Eles trocaram o material de excelente qualidade, deixado por Eduardo no canteiro de obras, por materiais de péssima qualidade. Substituíram o concreto forte por uma mistura fraca e quebradiça, o aço de primeira por vergalhões enferrujados e frágeis, tijolos bem queimados por tijolos mal feitos, esfarelados e ocos. Tudo o que havia de bom foi trocado por aquilo que não prestava — o pior tipo de material possível para uma construção.

Com o tempo, a casa de Eduardo foi sendo construída, mas com materiais que ele não sabia que haviam sido trocados. A aparência até parecia boa por fora, mas a estrutura estava comprometida. E quando vieram os ventos, as chuvas e os abalos, aquela casa desmoronou completamente. 

Dentre os três filhos de Elias, somente Daniel foi verdadeiramente bem sucedido e pode obter o seu lar permanente e seguro e habitar em paz. 


Reflexão da Parábola

Rubem, Daniel e Eduardo representam os três tipos de pessoas que podemos encontrar no mundo.


Rubem 

Rubem representa aqueles que não se preocupam com a necessidade de garantir um lar eterno — símbolo da salvação em Cristo Jesus e da vida eterna com Deus. Assim como Rubem adiou indefinidamente a construção de sua casa, muitos vivem sem refletir seriamente sobre sua alma e o destino eterno.

Essas pessoas vivem preocupadas com o agora, com os planos terrenos, e estão sempre envolvidas em situações que as distraem daquilo que é mais importante: refletir sobre a necessidade de salvação. Não se voltam para Deus, não buscam viver segundo a Sua vontade e ignoram o sacrifício de Jesus, que é o único caminho para a vida eterna.

Dessa forma, seguem uma vida afastada da verdade, sem a garantia da salvação. E então, quando a morte chega, estão sem o lar eterno — e serão lançadas no afastamento eterno de Deus.

Texto bíblico:
"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração."
(Eclesiastes 7:2)


Eduardo 

Eduardo representa aqueles que pensam na vida eterna. Eles querem ir para o céu, e buscam viver a sua vida de forma a alcançar essa vida eterna, que é simbolizada pela construção de sua casa. Eles começam o trabalho, têm o material e os funcionários, o que representa o fato de estarem buscando viver segundo os princípios de Deus. 

Na mente deles, existe a perspectiva, a esperança; existe o entendimento de que precisam viver de modo a alcançar a vida eterna. São pessoas cristãs. São cristãos que frequentam a igreja, oram, leem a Bíblia, falam de Deus, até pregam. Abandonam determinados comportamentos e buscam viver de maneira ética, de maneira moral adequada, segundo o seu entendimento daquilo que aprendem em suas religiões, em suas igrejas, em suas denominações. São pessoas que seguem um evangelho — de acordo com a religião em que foram criadas e a denominação que frequentam, ou ainda a o entendimento que mais lhe agradam. 

Essas pessoas acreditam, com convicção, que estão construindo uma casa sólida e segura, com boa fundação. Elas estão vivendo uma vida que, ao seu ver, não as compromete e acreditam que, de alguma forma, isso lhes garantirá um lar celestial. 

Assim como Eduardo também acreditava, essas pessoas vivem acreditando que estão construindo uma casa segura, com boa fundação. Elas creem que estão vivendo uma vida suficiente, que não as compromete, e que, de alguma forma, garantirão sua casa celestial. Porém, estão enganadas pelo diabo, e no último dia, sofrerão uma grande decepção. Reconhecerão que foram enganadas.

Assim como os empregados de Eduardo trocaram o bom material de construção por um material de péssima qualidade, o diabo também engana as pessoas. Ele troca o verdadeiro evangelho por um falso evangelho. E as pessoas constroem as suas vidas com fundamento falso. Esse falso evangelho, no final da construção — ou seja, no final da vida — trará prejuízo, trará decepção. Ou seja, a condenação eterna.

O material falso oferecido pelo diabo representa os ensinamentos trocados pelas ideias dos homens, tanto por doutrinas humanas quanto pelo desvio do verdadeiro entendimento bíblico por parte de pessoas que não têm fidelidade a Deus. Ou seja, esse material falso pode vir até mesmo do próprio coração humano. Somente o fundamento que vem da Palavra de Deus é verdadeiro. Somente esse é o material seguro para a construção da nossa vida eterna.

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”
Provérbios 14:12


Por que Eduardo foi enganado pelos seus funcionários?

Os funcionários de Eduardo representam aqueles que trocam o Evangelho — como já foi dito: o diabo, a mente humana e os falsos profetas. Eduardo queria construir essa casa, porém, ele não tinha no seu coração o mesmo sentimento que teve Daniel. Ele negligenciou a construção, ou seja, a sua vida espiritual, pois o seu coração não era um coração perfeito para Deus como era o coração de Daniel.

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo...”. Hebreus 11.4.


O Coração Perfeito para com Deus

Ter um coração perfeito para com Deus não significa uma vida sem falhas humanas, mas sim uma vida sem pecado. Isso porque todos nós viemos do mundo, carregando marcas e deformações do mundo, mas somos transformados pelo conhecimento da Palavra de Deus. À medida que essa Palavra é revelada, e o coração deseja ardentemente conhecê-la, começa então um processo de santificação — uma determinação da alma em obedecer, ou seja, um compromisso de fidelidade a Deus, custe o que custar.

Esse coração perfeito é um coração fiel que abandona definitivamente o pecado por reconhecer de forma verdadeira o sacrifício de Jesus Cristo. Quem realmente entende a cruz, entende que não pode mais pecar. O pecado o afasta de Deus e foi o material de construção da vida humana escolhida por Adão e Eva, enganados pelo diabo.

Nem todo o que diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas somente aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, dirão: Senhor, Senhor! não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi claramente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mateus 7.21-23 — ARA


Daniel: 
O que construiu com o material correto

Daniel foi diferente. Desde o princípio, ele entendeu o valor da casa que desejava construir — a vida eterna, o lar com Deus. Ele não apenas quis essa casa, mas colocou ela acima de tudo. Seu coração era reto diante de Deus, e isso se manifestava em um desejo ardente de obedecer, custe o que custar. Ele sabia que muitos viriam tentar enganá-lo, oferecendo materiais falsos para a construção — o pecado, disfarçado de sabedoria humana, desejo próprio, tradições do mundo ou até palavras doces dos falsos profetas.

Mas Daniel não permitiu que esses “empregados” trocassem o material. Ele vigiava, examinava, comparava tudo com a palavra de Deus. O que o protegia do engano era a fidelidade do seu coração. Ele não era levado pela aparência, pela emoção ou pela influência dos outros. Ele sabia que o material errado, o pecado, podia até parecer prático ou aceitável, mas era engano — e vinha do diabo, do mundo e da própria inclinação do coração humano.

Daniel construiu com o material certo porque tinha um compromisso com Deus, e por isso guardava seu coração e sua mente. Ele não aceitava o erro, nem negociava a verdade. Por isso, a casa dele ficou firme, verdadeira, e estará de pé no dia do Senhor.

Todo aquele que constrói a sua vida com esse mesmo zelo, não deixando o pecado entrar como material da construção, verá sua casa ser aceita por Deus — porque é o coração fiel que determina a eternidade.


Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.”
Mateus 7:24-25 (ARA)

"Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste."
(Mateus 5:48 - ARA)


Conclusão e apelo:

Você consegue entender a importância da sua casa? A casa representa onde você vai passar a eternidade. Estamos falando da vida eterna, do lar eterno com Deus. E a pergunta que fica é: como você está construindo essa casa? Que tipo de vida você está levando? Quais materiais você tem usado para edificar sua história, sua alma?

Você vai viver como Rubem, que não deu valor à construção da sua casa, que se preocupou com tantas outras coisas da vida, mas não dedicou tempo nem esforço à edificação de uma vida espiritual, que leva à vida eterna?

Ou vai viver como Eduardo, que até se preocupou com a casa, que desejava estar com Deus, mas não vigiou, não teve um coração fiel, e permitiu que materiais errados — o pecado — fossem usados em sua construção? Ele se deixou enganar, e a sua casa não resistirá.

Ou você vai escolher viver como Daniel, que compreendeu o valor da eternidade, teve um coração reto, e com um desejo ardente por Deus, construiu com fidelidade. Daniel não permitiu que o pecado fizesse parte da sua vida, não se deixou enganar, e sua casa está firme, edificada para permanecer diante de Deus.

Tome a decisão agora.

Porque o tempo de construção da sua vida está passando, e pode acabar a qualquer instante. E então?

Se você tiver construído sua casa com o material errado — o pecado —, ela não permanecerá. E assim, você não terá um lar junto de Deus, mas, pelo contrário, perambulará eternamente pelas ruas do inferno, sem descanso, sem abrigo, sem paz, longe do Deus que hoje te chama à fidelidade.

Esta não é uma mensagem religiosa. É Deus falando com você.

2 comentários:

  1. Com certeza, quero ser como Daniel, que com sabedoria escolheu os melhores materiais e o melhor tereno para dedicação da sua casa. Os materiais celestiais e o terreno da santificação, sem dúvidas é o que nos levará para a vida eterna.

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  2. obrigado senhor .era dessas palavras qui eu precisava,e dessa escolha obrigada

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