A duas famílias.
Numa terra esquecida pelos mapas, mas viva nos livros celestiais, habitava uma mulher chamada Correção. Sua voz era firme, porém cheia de ternura, e suas mãos trabalhavam não para ferir, mas para restaurar. Correção era casada com Fiel, homem de passos retos e coração leal, cuja vida era moldada pela verdade. Juntos, caminhavam entre orações fervorosas e dias de perseverança.
Do ventre de Correção nasceu uma filha: Humildade. Cresceu entre abraços e ensinamentos, entre lágrimas de arrependimento e cantos de esperança. Humildade era bela — de uma beleza que não se desfazia com os anos. Forte como rocha, mas doce como o orvalho da manhã. Era amada, não por sua aparência, mas por sua essência. Em sua casa, havia simplicidade, mas também havia paz — daquelas que nem o ouro nem os palácios podem comprar.
Mas do outro lado da mesma região, em moradas opulentas e corações vazios, vivia um homem chamado Orgulho. Orgulho era altivo, andava com o nariz erguido, como se o mundo inteiro lhe devesse reverência. Tomou por esposa Rebelião, mulher que odiava o conselho e desprezava a disciplina. Dessa união nasceu Ego, criança mimada pela ausência de limites. Orgulho e Rebelião jamais lhe diziam "não". Satisfaziam todos os seus desejos, como se o mundo girasse ao redor de sua vontade. E Ego crescia, crescendo mais do que deveria, inchado de si mesmo.
As duas famílias viviam na mesma região, mas seus caminhos nunca se cruzavam em paz. Correção e Humildade não guardavam ódio, mas eram evitadas por Orgulho, Rebelião e Ego, que não suportavam sequer ouvir seus nomes.
A alimentação das famílias
A família de Orgulho e Rebelião alimentava-se todos os dias de tradições vazias, das palavras dos homens e de seus próprios pensamentos. Em sua mesa, servia-se vaidade temperada com soberba, pratos cheios de opiniões humanas e sobremesas moldadas por imaginações corrompidas. Era farta a mesa, mas nunca havia saciedade. Já na casa de Correção e Fiel, o que se via era o maná celestial, o pão da vida, e os frutos do Espírito — amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Eles se alimentavam da verdade, da palavra viva de Deus, e por isso, mesmo em simplicidade, eram fortalecidos a cada dia.
A forma de se vestirem
As vestes da família de Orgulho e Rebelião eram feitas para chamar atenção. Vestiam-se com sensualidade e lascívia, cobertos de joias, ouro, pedras preciosas e ornamentos chamativos. Seus trajes eram escolhidos para exaltar a vaidade e destacar a aparência exterior, com roupas provocantes, que expunham o corpo mais do que o cobriam. Já a família de Correção e Fiel se vestia com a brancura da santidade, com a pureza que agrada a Deus. Suas vestes refletiam modéstia, sobriedade e temor. A mulher se vestia com decência, modéstia e bom senso, conforme ensina a Palavra (1 Timóteo 2:9), não buscando atrair olhares, mas glorificar ao Senhor com seu testemunho visível até mesmo nas roupas.
As suas amizades
As amizades da família de Orgulho e Rebelião revelavam ainda mais o seu caráter. Caminhavam lado a lado com a Murmuração, davam risada com a Irritação, passavam longas horas com a Vaidade, e sempre estavam acompanhados por o Desespero. Também mantinham amizade com a Arrogância, a Impaciência e a Suspeita, além de se relacionarem frequentemente com a Fofoca, que alimentava sua sede de espalhar boatos e mentiras. Já a família de Correção e Fiel fazia amizade com o Esforço, caminhava com a Reflexão, sentava-se com a Sabedoria, buscava conselhos com a Paz, se alegrava com a Gratidão e honrava a Justiça, que sempre estava ao seu lado. Tinham comunhão com a Longanimidade, e aprendiam com a Obediência, que os acompanhava desde cedo. Eram amizades que edificavam, enquanto as outras destruíam.
E assim o tempo passou. Orgulho, Rebelião e Ego tinham riquezas, mas não tinham alegria. Viviam em constantes brigas, desconfianças, e o vazio lhes fazia companhia à mesa. Já Correção, Fiel e Humildade moravam em uma casa modesta, mas havia ali uma alegria serena, uma paz que atravessava as estações.
Até que o Rei daquela região, por questões estratégicas de segurança do seu reino, decidiu desabitar aquela terra. Era hora de recolher os habitantes e conduzi-los a dois destinos diferentes. A família de Fiel foi levada à Cidade Celestial, onde a luz não se apaga e onde reina a justiça. Já Orgulho, Rebelião e Ego foram enviados à Cidade da Condenação, onde cada um vive segundo os frutos do que plantou.
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração. Deus resiste os soberbos mas da graças aos humildes..... ........ ........miertes.
ResponderExcluirHumilhaivos, pois, de baixo da potente mãos de Deus, para que ao seu tempo vos exalte. 1 Pedro 5:6.
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