terça-feira, 1 de julho de 2025

Campeonato Mundial: O Treinador Demitido

 



Campeonato Mundial: O Treinador Demitido

 

Era uma vez um clube de futebol muito respeitado, com uma história rica em títulos, conquistas e glórias. Um time que carregava no peito não só um escudo, mas o peso da tradição e da esperança de milhões de torcedores apaixonados.


Esse clube havia se classificado para o campeonato mais importante do planeta: o Campeonato Mundial de Clubes. Toda a diretoria estava envolvida, os patrocinadores haviam investido alto, a imprensa estava atenta, e o presidente do clube, um homem visionário e determinado, já havia deixado claro o que esperava daquele time.


— “Nós não viemos aqui para nos esconder. Nosso futebol é grande. Quero ver coragem, ousadia e busca por gols. É para frente que se joga!”, disse ele firmemente ao técnico, dias antes da estreia.


O técnico, porém, apesar de experiente, era um homem tomado pelo medo. Observou o adversário — um time já conhecido, veloz e habilidoso — e tremeu. Então, mesmo sabendo da orientação do presidente, optou por escalar o time com três volantes defensivos, dois laterais que quase não passavam do meio-campo e um único atacante isolado na frente. O jogo foi tenso, o time se retraiu, não arriscava, apenas se defendia.


No fim do segundo tempo, o inevitável aconteceu: um contra-ataque veloz do adversário, gol. Derrota. Eliminação. Prejuízo milionário. Frustração de torcedores. Vergonha internacional.


No dia seguinte, a notícia estampava todos os portais:


“Treinador é demitido após eliminação vexatória”

As opiniões se dividiram. Alguns diziam que o presidente foi duro demais, que não se pode julgar um treinador por um jogo só. Outros, porém, lembraram da ordem direta que foi dada, da confiança que o técnico recebeu, e de como ele simplesmente ignorou as instruções.


A verdade é que o técnico teve a chance. O presidente acreditou nele, deu-lhe estrutura, apoio, liberdade. Mas ele decidiu seguir sua própria estratégia, baseada no medo, e não na direção que lhe foi dada. No final, não restou alternativa: ele foi removido do cargo.


📖 Aplicação Espiritual — O Chamado à Obediência


O futebol hoje é uma paixão mundial e infelizmente tem se tornado uma forma de idolatria onde a paixão se sobrepõe a uma maneira correta de viver divergente com o propósito de vida em harmonia com a vontade do Criador.


O futebol, que deveria ocupar um lugar saudável como forma de lazer, tem assumido uma posição de centralidade na vida de muitas pessoas, substituindo princípios, valores e até a obediência a Deus. O que era apenas um jogo passou a influenciar decisões, comportamentos e estilos de vida. E esse apego exagerado revela como o coração humano pode se desviar facilmente do seu verdadeiro propósito: viver para agradar ao Criador.


A história do treinador demitido nos traz um ensinamento que revela uma verdade que todos nós precisamos saber. É o que esta reflexão nos levará ao conhecimento.


Os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.”

(Provérbios 1:7)


📌 1. A Hierarquia


A estrutura de um clube de futebol é fundamentada em uma hierarquia. Existe uma autoridade estabelecida, e no topo dessa estrutura está o presidente do clube, a quem pertence, de forma legítima e originária, a direção e o governo da instituição. Cabe a ele traçar os objetivos, definir as estratégias gerais e apontar o caminho que deve ser seguido por todos os membros subordinados da organização.


Essa estrutura hierárquica não é apenas formal: ela é essencial para o funcionamento do clube e o cumprimento dos objetivos que justificam sua existência — vencer, competir, crescer e manter sua identidade. A obediência e o alinhamento com essa estrutura são indispensáveis para que o clube funcione de maneira coerente, eficaz e focada no propósito.


Quando há desorganização, quebra de autoridade, ou desprezo pela ordem estabelecida, todo o sistema é afetado. A desconsideração desse planejamento e da funcionalidade proposta compromete diretamente os resultados. O que era para ser conquista, se transforma em fracasso. O que era para ser glória, se converte em vergonha.


Assim também é no Reino de Deus. Em toda a criação existe uma estrutura evidente, lógica e verdadeira, pois Deus é o Criador, o Arquiteto, o Dono e o Senhor de todas as coisas. Ele tem o direito e o poder absoluto de governar a criação que Ele mesmo formou. Toda a realidade está debaixo da Sua autoridade, e ignorar essa hierarquia divina é abrir as portas para o caos.


 “Pois dele, e por ele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém.”

(Romanos 11:36)


📌 2. O Erro do Treinador


O treinador, que outrora havia obtido êxito em uma partida anterior ao utilizar uma estratégia defensiva, carregava consigo essa experiência como um trunfo. Aquela ocasião específica — uma situação peculiar e extraordinária — reforçou em sua mente a ideia de que aquele estilo de jogo mais cauteloso era o caminho mais seguro a ser seguido. E foi justamente essa experiência anterior que o fez acreditar que a mesma abordagem deveria ser repetida, ainda que estivesse em desacordo com a direção e os propósitos claramente definidos pela autoridade superior, no caso, o presidente do clube.


O treinador, ao considerar válido um método que havia funcionado no passado, desconsiderou que aquele sucesso foi fruto de uma circunstância excepcional, e não de uma diretriz permanente. A experiência passada jamais deveria ter sido usada para anular ou substituir uma orientação atual e legítima, estabelecida como norma para o funcionamento do clube e o alcance dos seus objetivos.


Convencido de que sua própria leitura da situação era a mais acertada, o treinador se sentiu seguro para aplicar sua estratégia na importantíssima partida decisiva, ignorando que ali havia um peso muito maior em jogo: o prestígio do clube, a honra do time e os interesses de toda a instituição. Ele agiu segundo sua plena convicção, acreditando que fazia o certo, mas, na prática, ele desprezou o planejamento geral e desobedeceu à autoridade que o havia comissionado.


Além disso, ele não buscou conselhos, nem consultou aqueles a quem estava sujeito, pessoas que poderiam lhe oferecer uma análise mais ampla e equilibrada para aquele momento tão crucial e exigente. Não procurou conselho com prudência. Em vez disso, apoiou-se em sua própria autoridade e entendimento pessoal, conduzido por sua experiência isolada e por sua autoconfiança.


Mas o momento pedia zelo, discernimento e humildade. Pedia que ele reconhecesse que agir sozinho, com base apenas em sua própria convicção, sem se submeter à visão maior da organização, era um risco desnecessário — e desastroso.


A Autoconfiança que Rejeita a Verdade


No plano espiritual, o erro que vimos na figura do treinador se repete com frequência na vida de muitas pessoas. Em primeiro lugar, é importante entender que a revelação da verdade não se dá apenas pelo discurso, mas principalmente pela prática. É pela maneira como se vive, como se age no dia a dia, que se manifesta a realidade do coração e da fé. E é justamente essa prática que precisa ser examinada à luz da verdade, para que se perceba se há obediência ou apenas uma aparência de piedade.


Muitos têm erguido seu ponto de vista pessoal ao mais alto patamar, considerando a própria forma de pensar, agir e decidir como a medida de todas as coisas. São pessoas que não buscam conselhos, porque acreditam que já sabem o suficiente. Mas, no fundo, essa rejeição de orientação não nasce de sabedoria, e sim do orgulho de não querer ouvir aquilo que possa contrariar seus desejos e seu jeito de ser.


A Bíblia, porém, nos alerta:


Na multidão de conselheiros há sabedoria.”

(Provérbios 11:14)


Há pessoas que querem mandar em tudo. Desejam opinar sobre tudo, interferem em decisões que nem lhes cabem, porque têm a si mesmas em um patamar elevado, como se sua maneira de pensar fosse superior à de todos. Elas acreditam que sua opinião deve prevalecer, que a forma como enxergam a vida é a mais sensata, e que todos deveriam agir segundo o seu entendimento. Elas se veem como parâmetro de tudo, e por isso falam, julgam e orientam até sobre a vida alheia, sem humildade ou temor.


Essa postura é, na verdade, uma manifestação clara do orgulho, e é exatamente isso que as impede de ouvir conselhos ou de se submeter à direção de Deus. Essas pessoas, guardadas as devidas proporções, agem como se fossem um deus para si mesmas — o centro da razão, da decisão e da verdade.


Toda essa característica reflete a natureza do diabo, cuja essência é o orgulho. Foi o orgulho que o fez se rebelar contra Deus, e é esse mesmo orgulho que hoje domina aqueles que se recusam a se humilhar e reconhecer a autoridade divina.

 A Bíblia diz, em relação a Satanás:

Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por isso te lancei por terra.”

(Ezequiel 28:17)


📌 3. A Origem da Desarmonia: O Orgulho e a Falta de Submissão à Verdade


Todas as coisas devem estar fundamentadas naquilo que Deus diz. A única base segura para a vida, para as decisões e para as relações humanas é a Palavra de Deus, conduzida pela ação viva do Espírito Santo. Se todos estivessem unidos na mesma direção — a direção da Escritura e do Espírito —, haveria vida, paz, harmonia e unidade entre os homens.


Mas o que se vê no mundo é o contrário. A desarmonia, as guerras, as contendas, e até mesmo, entre os que se dizem cristãos, as diferenças doutrinárias e as divisões religiosas são consequência de uma realidade espiritual: a influência da natureza de Satanás, que é o orgulho.

As pessoas se apegam às suas próprias opiniões, filosofias, partidos religiosos, tradições e formas pessoais de crer, e rejeitam se humilhar diante de Deus, rejeitam submeter-se à verdade da Palavra e à direção do Espírito. Assim, cada um anda segundo o próprio caminho, o próprio raciocínio, e a vontade de Deus não é cumprida.


Se todos verdadeiramente se voltassem à luz da Palavra, haveria unidade, pois a vontade de Deus é uma só.


 “Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.”

(1 João 1:7)


Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”

(Salmo 133:1)


Mas o que se vê são inúmeras igrejas, divergências doutrinárias, heresias, e uma fragmentação que escandaliza. E tudo isso porque muitos colocam seus próprios interesses e interpretações acima da autoridade de Deus. Assim, a vontade do Senhor não é estabelecida, não porque Ele não tenha falado, mas porque os homens não se submetem.

Eles não se submetem por causa do orgulho, porque se colocam no centro de tudo. É uma estrutura interior deformada, onde o ser humano vive para si mesmo, buscando exaltação própria, desejando que sua vontade prevaleça. E é o orgulho que caracteriza essa atitude — a mesma essência que pertence à natureza de Satanás.

A sua própria vontade é o que querem ver prevalecer. E foi assim com Satanás, foi assim com Adão e Eva, quando preferiram seguir seu próprio querer em vez da vontade de Deus — e isso levou o mundo à perdição.

Mas quando alguém verdadeiramente se converte a Cristo, ele morre para sua própria vontade, e passa a viver para que a vontade de Deus prevaleça em todas as coisas.

Esse desejo de que tudo seja conforme a própria vontade é o que destrói casamentos, provoca contendas e gera divisões em todas as áreas da vida. É a raiz de muitos males, porque o homem insiste em viver para si. Mas quando alguém vive exclusivamente para a vontade de Deus, essa natureza do diabo é quebrada, e a paz, a unidade e a obediência começam a florescer, porque já não reina o ego, mas Cristo.


📌 4. A Decisão Correta


Na parábola, a decisão correta do técnico teria sido se submeter à autoridade do presidente do clube, reconhecendo a hierarquia legítima à qual estava sujeito. Ele deveria ter seguido fielmente o plano traçado, e, diante de qualquer dúvida, deveria buscar aconselhamento e se orientar com o próprio mandatário, o presidente, que lhe havia confiado a direção técnica do time. Mais que isso: era necessário reconhecer o valor e a grandeza daquele momento, entendendo que decisões pessoais não poderiam se sobrepor ao propósito coletivo.

Mas o treinador errou ao seguir sua própria convicção, e essa decisão o levou à queda, à perda e à exclusão.


Caro leitor, a decisão correta para a sua vida é se submeter plenamente à autoridade de Deus, revelada na Santa Palavra. É reconhecer o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, abandonar o pecado, que é desobediência, e morrer para sua própria vontade, para viver exclusivamente para a vontade de Deus.


Seus projetos pessoais, sua maneira de pensar, seu aprendizado, seus desejos — tudo isso precisa ser deixado para trás. Um novo projeto começa, um novo propósito nasce: conhecer a vontade de Deus, fazer a vontade de Deus e viver para servi-Lo, adorá-Lo e honrá-Lo.

Essa é a decisão correta.


 “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Quando você morrer para a sua própria vontade e decidir viver exclusivamente para a vontade de Deus, a Bíblia será seu alimento diário. Ela será sua bússola, seu guia, a direção da sua maneira de pensar, de falar e de agir.

Você vai ouvir mais e falar menos. Vai buscar compreender mais do que ser compreendido.

Não mais falará com base em sua opinião, mas proclamará aquilo que Deus diz.

Não mais dirá: “eu acho, eu penso...”, mas sim: “está escrito”.

Quando você tiver dúvidas, você deve buscar aconselhamento — orar a Deus, falar com aqueles que têm autoridade sobre você, como o presidente do clube na parábola. Você deve orar a Deus, se debruçar sobre a Bíblia, que é a Palavra de Deus, e buscar o entendimento claro da vontade do Senhor para a sua vida.

Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.”

(João 12:25)


Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim. E a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.”

(Gálatas 2:20)


E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”

(2 Coríntios 5:15)


Esses versículos confirmam que a decisão certa é morrer para si, abandonar a própria vontade, e viver inteiramente para Cristo — não mais segundo os próprios desejos, mas para aquele que nos amou e se entregou por nós.

Amigo leitor, você pode estar completamente convicto das suas ideias, da sua religião, da doutrina que segue, da forma como vive e age.

Mas é necessário entender que essa convicção pode ser fruto de um estado natural, de uma natureza com a qual você nasceu — uma natureza caída, voltada para si mesmo.


A verdade é que há um caminho que para o homem parece direito, parece sensato, parece até religioso...


Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”

(Provérbios 14:12)


Só há uma maneira para que as nossas decisões sejam verdadeiramente corretas:

É quando morremos para nós mesmos, para a nossa própria vontade, para a nossa própria maneira de viver, e passamos a viver exclusivamente para fazer a vontade de Deus.

Essa é a verdadeira conversão.

Essa é a morte definitiva para o pecado.

É uma vida com um propósito irreversível, inabalável, de fidelidade a Deus.

Somente assim, as nossas convicções, o nosso entendimento e nossas decisões estarão alinhados com a vontade de Deus — e, portanto, serão corretos.

Caso contrário, no final, muitos terão uma terrível decepção. Dirão:

“Senhor, Senhor...” — e Deus lhes dirá:

Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

(Mateus 7:23)


Por isso, tome esta decisão que o livrara

Viva exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus.

Morra para o seu ego, para o seu orgulho, para a sua vontade, e viva guiado unicamente pela Palavra de Deus, que é a Bíblia, e pelo Espírito de Deus, que só é recebido por aqueles que Lhe obedecem.


E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”

(Atos 5:32)


Tome a decisão que o livrará da condenação — a mesma que o técnico recebeu:

“Você está afastado.”

O técnico foi afastado, demitido, rejeitado por não cumprir aquilo que lhe foi ordenado.


Assim também será com todo aquele que não for fiel a Deus.

Naquele dia, ouvirá do próprio Senhor:

Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

(Mateus 7:23)



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