A História de Paulo e Tânia
Paulo e Tânia viviam uma vida que, aos olhos do mundo, parecia exemplar. Ele, com seus 58 anos, era um homem respeitado, de fala mansa, cuidadoso com sua saúde e atento aos detalhes da vida. Tânia, aos 50, carregava uma vitalidade admirável. Ainda que o tempo marcasse suavemente sua pele, seus olhos tinham brilho de juventude. Estavam juntos desde a juventude, unidos em um só casamento, que atravessara décadas.
Tinham filhos e netos. A casa deles era cheia de vida, de risos nos almoços de domingo, de memórias sendo construídas ano após ano. Era uma família que se amava de verdade. E, como muitos, cada geração seguiu caminhos diferentes. Os filhos de Paulo e Tânia haviam passado a seguir a fé evangélica. Tornaram-se cristãos com práticas diferentes dos pais, com outra forma de ver e viver a fé. Honravam os pais, amavam-nos sinceramente — mas havia algo que, por vezes, trazia tensão: a religião.
Paulo e Tânia eram católicos praticantes. Não de aparência, mas de convicção. Iam às missas, participavam das celebrações, mantinham firme o que aprenderam desde a infância. Não admitiam que lhes dissessem que poderiam estar errando. Quando os filhos, com boa intenção, tentavam apresentar a fé evangélica que haviam abraçado, a reação era sempre a mesma: uma resistência firme, embora respeitosa. “Cada um com sua fé”, diziam. Amavam os filhos, os netos, e nada quebrava a convivência familiar — exceto quando sentiam que alguém queria mudar sua forma de crer.
Mesmo assim, as reuniões de família eram cheias de afeto. Os netos corriam pela casa, Tânia preparava os pratos preferidos de cada um, e Paulo contava histórias da juventude. Eram unidos, e ninguém poderia dizer o contrário.
Naquele ano, a neta mais velha completaria 15 anos. A comemoração estava sendo preparada com carinho. Era um marco na família. Paulo e Tânia não esconderam a alegria ao receber o convite. Planejaram a viagem com entusiasmo: roupa nova, presente comprado com antecedência, hotel reservado, tudo nos conformes. A estrada era longa, mas o tempo parecia favorável. Saíram de casa cedo, com o sol ainda se espreguiçando por trás das montanhas.
Durante a viagem, conversavam sobre a neta, sobre a festa, sobre como o tempo passava rápido. Fizeram pausas para o almoço, tomaram café juntos, como sempre faziam. Iam com cautela, sem pressa. Era um dia feliz.
Até que a tragédia veio, sem aviso.
Numa curva estreita e traiçoeira, um caminhão desgovernado surgiu diante deles. Paulo tentou reagir, mas do lado direito havia apenas o vazio da ribanceira. Não havia saída. Tânia gritou. Paulo apertou o volante. E no último segundo, ambos exclamaram juntos, quase num reflexo da alma:
— Nossa Senhora!
Quando viram que o caminhão não desviaria, que vinha desgovernado em direção a eles e que o impacto seria inevitável, num último clamor por socorro, eles gritaram:
— Nossa Senhora!
Aquela expressão saiu de seus lábios de forma instantânea, como um reflexo inevitável. Mas não foi algo apenas repentino. Estava cravada em suas mentes, enraizada ao longo de uma vida inteira. Era o que viviam. Era o que conheciam. A devoção que tinham estava alicerçada por anos de tradição, e por isso, naquele momento extremo, foi esse nome que brotou. Em muitos momentos da convivência familiar, quando usavam expressões como “Ave Maria”, “Nossa Senhora” ou “Santa Mãe de Deus”, seus filhos os alertavam e os repreendiam. Mas Paulo e Tânia não aceitavam aquilo, achavam exagero, e isso acabava gerando conflitos.
Mas foi essa expressão — Nossa Senhora — que usaram quando a tragédia lhes sobreveio. Foi esse o nome que clamaram.
O impacto foi imediato. O caminhão os atingiu em cheio. O carro ficou irreconhecível. A morte foi instantânea.
A notícia chegou como um raio sobre a família. A festa, que estava prestes a começar, foi suspensa. O salão decorado, o vestido novo da neta, o bolo, as fotos — tudo silenciou. O que seria um dia de celebração virou um dia de luto. Lágrimas tomaram o lugar dos risos. Os corações estavam quebrados.
Mas em que condições morreram Paulo e Tânia? Por que não foram socorridos? Por que morreram naquele momento? O que clamaram? E por que clamaram aquilo?
Essas perguntas têm respostas. E as respostas não estão nos sentimentos, nas tradições ou nas opiniões humanas.
As respostas estão na Bíblia.
E é sobre elas que passamos a tratar agora, na segunda parte desta mensagem, chamada: Relexão
Reflexão
Há duas maneiras de se viver a vida: crendo naquilo que se deseja crer, ou crendo em Deus.
Crer em Deus não é simplesmente acreditar que Ele existe — porque até o diabo sabe e crê que Deus existe. Crer em Deus é crer naquilo que Deus fala. É submeter a mente, o coração e o viver àquilo que procede da boca do Senhor.
Mas para que se possa crer no que Deus diz, é necessário que Ele fale, que haja revelação. E essa revelação nos foi dada por meio da palavra de Deus, que se manifestou ao mundo na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo.
As palavras de Deus chegaram até nós porque foram registradas. Não se perderam, não ficaram apenas na memória de homens, não foram confiadas à tradição dos séculos. Foram escritas, preservadas e entregues — e estão reunidas em um único livro: a Bíblia Sagrada.
É nesse livro, e apenas nele, que encontramos as respostas que realmente importam.
Quem eram, de fato, Paulo e Tânia?
Em quem eles realmente criam?
Qual é a relação entre a vida que viviam e a tragédia que os alcançou?
Qual é o destino eterno de alguém que vive assim?
Essas perguntas só podem ser respondidas com base no que Jesus Cristo disse — e é sobre isso que passamos agora a tratar.
Atestado pela Escritura
📖 João 5:39
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.”
📖 2 Timóteo 3:16-17
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
📖 2 Pedro 1:20-21
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”
📖 Hebreus 1:1-2
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.”
📖 Mateus 24:35
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”
Unidos como família, mas separados na fé
Paulo e Tânia tinham com seus filhos e netos um vínculo forte e sincero. Eram pais amorosos, participativos, presentes. A família os amava, respeitava, e havia entre todos eles um laço natural de carinho e unidade. No entanto, no que dizia respeito à fé, à espiritualidade e à compreensão da verdade de Deus, eles estavam separados.
Essa separação não era perceptível nos abraços, nos almoços, nas conversas comuns do dia a dia. Mas era absolutamente real e clara quando o assunto era Deus. Eles não criam da mesma forma, não seguiam o mesmo caminho, nem falavam as mesmas coisas sobre as Escrituras. Não podiam caminhar juntos na fé, porque o entendimento que tinham era diferente — e a Bíblia declara com firmeza:
📖 Amós 3:3
“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”
A Palavra de Deus mostra que não há comunhão onde há divergência espiritual, porque o Espírito de Deus não é autor de confusão, nem fala coisas opostas a pessoas diferentes.
A separação entre Paulo, Tânia e seus filhos era visível no momento em que o assunto era o culto a Deus, a adoração, o ensino da Bíblia. A conversa espiritual se tornava difícil, gerava atritos, e o motivo é claro: não estavam em unidade de fé.
📖 2 Coríntios 6:14
“Que comunhão tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
📖 1 Coríntios 14:33
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”
📖 Gálatas 5:20
“...inimizades, porfias, divisões, heresias...”
A Bíblia apresenta a divisão doutrinária como obra da carne, e não como fruto do Espírito. Por isso, quando há separação de fé, há também ruptura de comunhão diante de Deus, mesmo que continue havendo afeto humano.
E essa separação — ainda que muitos não a vejam — é uma realidade espiritual, declarada e ensinada pelas Escrituras.
Essa separação em relação à fé entre Paulo, Tânia e sua família revela algo incontestável: eles caminhavam em direções diferentes quanto ao destino eterno.
Se há um Deus, uma verdade, e um plano eterno revelado por Ele, então não é possível que pessoas que creem de forma diferente estejam trilhando o mesmo caminho. A lógica é simples: se dois seguem guias diferentes ou entendem de forma oposta a direção do único guia, estarão, inevitavelmente, indo para destinos diferentes.
É como se houvesse um único guia em uma trilha: ele aponta a direção. Mas um grupo insiste que o caminho é para um lado, e outro grupo entende que é para o lado oposto. Ambos não podem estar ouvindo o mesmo guia. Alguém está enganado — e isso define o destino final.
Embora houvesse entre eles laços de afeto, respeito e história familiar, Paulo, Tânia e os seus filhos não caminhavam na mesma direção espiritual.
E essa divergência no entendimento da fé já indicava, de forma inevitável, que o destino eterno de cada um também não era o mesmo.
Portanto, Paulo e Tânia caminhavam para um destino eterno diferente do resto da família.
Atestado pela Escritura
📖 1 João 1:7
“Se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
📖 2 Coríntios 6:14
“Não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
📖 Efésios 5:8
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.”
O Socorro
Na vida, há momentos que surgem repentinamente e nos confrontam com o imprevisto — situações que fogem ao controle, que desestruturam nossa segurança, que nos colocam diante da morte, da perda, da impotência. Nesses momentos, a alma humana, marcada pela limitação, reage: clama por socorro.
Com Paulo e Tânia não foi diferente. Naquele instante em que viram a tragédia inevitável se aproximando, eles clamaram por socorro. O problema não foi o clamor, mas a quem clamaram. A expressão “Nossa Senhora” saiu dos lábios como um reflexo automático, construído por uma vida inteira baseada em crenças e tradições aprendidas — mas que não estão fundamentadas na verdade revelada por Deus.
A Bíblia não deixa dúvidas: o verdadeiro socorro vem do Senhor. O único nome digno de confiança, o único que pode salvar, socorrer e agir sobrenaturalmente é o nome de Jesus Cristo.
Outros nomes, por mais religiosos ou respeitados que sejam, não carregam autoridade espiritual nem poder salvífico.
O que aconteceu com Paulo e Tânia é o que acontece com muitos: clamam por um socorro errado. E por que clamam errado? Porque foram ensinados assim. Porque construíram sua espiritualidade em cima de tradições humanas, herdadas, passadas, praticadas sem confronto com a verdade da Palavra.
Há ainda aqueles que, diante do perigo ou da tragédia, não clamam por nenhum nome, mas confiam em si mesmos. Depositam sua esperança na própria força, na habilidade pessoal, no dinheiro, na saúde, no preparo, ou até mesmo na sorte. Acreditam que, de alguma maneira, conseguirão escapar ou vencer por seus próprios meios. Mas a Bíblia é clara: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço.” Quando o verdadeiro socorro é necessário, nem a força humana, nem os recursos terrenos, nem o autocontrole são suficientes. Só há um socorro verdadeiro, eficaz, eterno: o Senhor.
Assim muitos vivem, até que um dia, sem que esperem, a desgraça lhes sobrevém, sem que escapem.
Mas isso não é tudo. Não é apenas uma questão de ignorância ou de falta de conhecimento. É também uma questão de resistência. Muitos rejeitam a verdade não porque não a conheçam, mas porque se recusam a aceitá-la. Por quê?
Porque a verdade, quando chega, derruba estruturas. Mostra que tudo aquilo que parecia firme e sólido era, na verdade, areia. A verdade confronta o ego, exige arrependimento, humilhação, renúncia. E nem todos estão dispostos a se render.
Para muitos, sua fé se tornou parte da sua identidade, um símbolo de moralidade e status espiritual. Desconstruir isso significaria admitir que estavam errados — e isso fere o orgulho. Seria reconhecer que precisam começar do zero. Que precisam de salvação. Que precisam ser resgatados. Que precisam se render a Cristo.
E essa rendição só é possível aos humildes e àqueles que amam a verdade. Porque a verdade não agrada ao ego, ela o desmonta. E só permanece nela quem ama mais a luz do que a sua própria imagem.
Atestado pela Escritura
📖 Salmo 121:1-2
> “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro?O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”
📖 Atos 4:12
> “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
📖 Jeremias 17:5
> “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor.”
📖 2 Tessalonicenses 2:10-12
“...porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na injustiça.”
📖 Provérbios 16:18
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.”
📖 Tiago 4:6
“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”
Há ainda aqueles que, diante do perigo ou da tragédia, não clamam por nenhum nome, mas confiam em si mesmos. Depositam sua esperança na própria força, na habilidade pessoal, no dinheiro, na saúde, no preparo, ou até mesmo na sorte. Acreditam que, de alguma maneira, conseguirão escapar ou vencer por seus próprios meios. Mas a Bíblia é clara: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço.” Quando o verdadeiro socorro é necessário, nem a força humana, nem os recursos terrenos, nem o autocontrole são suficientes. Só há um socorro verdadeiro, eficaz, eterno: o Senhor.
Assim muitos vivem, até que um dia, sem que esperem, a desgraça lhes sobrevém, sem que escapem.
Heresias – Divisões
O erro de Paulo e Tânia não foi meramente o de, impulsivamente, clamarem por um nome errado diante da morte. Aquilo foi apenas a expressão natural de uma condição interior, o reflexo de uma estrutura de fé que não estava fundamentada na verdade. Clamar corretamente, naquele momento, não mudaria o destino deles, pois o que determina o fim não é o impulso do desespero, mas a condição da alma e da vida diante de Deus.
A separação espiritual que existia entre eles e sua família não era superficial. Era profunda. Não era apenas uma divergência de opinião, mas uma evidência clara de que estavam em fundamentos diferentes, espíritos diferentes, e, portanto, destinos diferentes. A verdade é que diferenças doutrinárias revelam naturezas diferentes, e a verdadeira comunhão só existe entre os que têm o mesmo Espírito.
O Espírito Santo é o Espírito da Verdade, e Jesus declarou:
📖 “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:13).
Ora, se o Espírito Santo guia à verdade, como podem os que estão sob sua direção viverem em heresias? Se há contradição entre doutrinas, não é o mesmo Espírito. E onde há heresias, há divisão — e a Bíblia diz que as heresias são obras da carne, não do Espírito:
📖 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: [...] dissenções, heresias” (Gálatas 5:19-20).
Por isso, não bastaria corrigir Paulo e Tânia em um ponto doutrinário ou outro. O problema não era um erro isolado, mas sim a natureza que carregavam, o espírito que os conduzia. Sua fé não estava fundamentada no temor a Deus, mas na tradição, no orgulho, e na glória própria.
Mesmo quando alertados pelos filhos — que apresentavam com amor e clareza o que estava escrito na Palavra — eles não se humilhavam diante das Escrituras, não se quebrantavam diante da verdade, não consideravam: “E se estivermos errados?”. Não havia neles o temor que leva à obediência. Havia apego ao status religioso, ao conforto da posição que ocupavam como bons cidadãos, bons pais, bons religiosos. Mas diante de Deus, isso não substitui o quebrantamento e a submissão à verdade.
📖 “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento” (Provérbios 9:10).
Para exemplificar o que significa ter temor a Deus, olhamos para Abraão. Homem que andava com Deus, Abraão não hesitou em entregar o que tinha de mais precioso, quando Deus o provou pedindo seu filho Isaque. Ele não reteve sua glória, seu afeto, seu direito como pai. Ele temeu ao Senhor e rendeu tudo.
📖 “Agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, o teu único filho” (Gênesis 22:12).
Paulo e Tânia, ao contrário, recusaram-se a entregar aquilo que os exaltava. Não quiseram abrir mão do reconhecimento humano, da segurança emocional de sua religião, da falsa paz que sua tradição lhes oferecia. Não se humilharam, não permitiram que a verdade os confrontasse. E por isso, permaneceram nas heresias, e as heresias mantiveram a divisão, até o fim.
A raiz do impedimento: o orgulho
Paulo e Tânia não estavam apenas enganados por uma prática religiosa incorreta, mas presos por algo ainda mais profundo e destrutivo: o orgulho. Ao longo dos anos, haviam construído ao redor de si uma estrutura espiritual baseada em status e aceitação. Criaram, para si e diante dos outros, a imagem de pessoas boas, corretas, religiosas e salvas. E foi exatamente essa imagem que se tornou seu alicerce, seu orgulho, sua segurança.
O problema é que a verdade exige entrega. A verdade de Deus destrói toda glória humana. Ela revela que todos pecaram, que todos se desviaram, e que só há salvação na humilhação verdadeira diante de Deus. Mas para quem edificou sua vida numa estrutura de autoexaltação religiosa, abandonar tudo isso é como morrer. E é. É morrer para si mesmo.
Jesus Cristo, sendo Deus, se humilhou. Como está escrito:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”
(Filipenses 2:5–8)
Se o próprio Filho de Deus desceu, esvaziou-se, foi rejeitado e morreu, quem somos nós para resistirmos à verdade de Deus com base em orgulho e exaltação pessoal?
Havia um homem chamado Nicodemos, que era o líder dos religiosos e ensinava as pessoas. Ele conhecia profundamente a religião e era respeitado como mestre. No entanto, ao ouvir Jesus — e não pense que ouvir Jesus hoje significa vê-lo fisicamente ou escutá-lo audivelmente, pois Jesus continua falando por meio da Sua Palavra —, Nicodemos entendeu que tudo o que havia aprendido não o capacitava para ser salvo. Ele percebeu que, para alcançar a salvação, precisava começar do zero. Precisava nascer de novo. Ora, qual religioso hoje — seja ele católico, evangélico, espírita, livre pensador ou adepto de qualquer outra fé — está disposto a aceitar o que a Bíblia diz, se isso significar reconhecer que tudo o que sempre acreditou está errado? É muito difícil. É, na verdade, impossível para a grande maioria das pessoas. Foi o que aconteceu com Paulo e Tânia.
Porém, Jesus diz a você que o pecado separa o homem de Deus. É o pecado que impede que você seja guiado pelo Espírito Santo. Enquanto houver em você o domínio do ego, o apego ao próprio entendimento e a busca pela própria glória, o Espírito da Verdade não poderá conduzi-lo. Mas, se houver em seu coração um compromisso real de fidelidade a Deus, uma decisão de morrer para toda exaltação própria e viver exclusivamente para a glória de Deus, então o Espírito Santo virá habitar em você. E é Ele quem guiará você a toda verdade, porque foi para isso que Ele veio: para conduzir os humildes e os que amam a verdade ao pleno conhecimento da vontade de Deus.
Versículos que atestam:
📖 Atos 5:32
“E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”
📖 João 7:17
“Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.”
📖 João 3:36
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.”
📖 Isaías 59:1-2
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”
🛑 Conclusão e Apelo
Paulo e Tânia tomaram uma decisão ao longo de sua vida. Decidiram manter o discurso: "Eu estou certo. Eu sou de Deus. Eu sou salvo. Eu tenho Deus." Recusaram abrir mão do orgulho, rejeitaram a humildade e não abraçaram a verdade que os chamava ao arrependimento. Mantiveram o "eu sou", quando na verdade deveriam ter dito com sinceridade: "Eu nada sou. Preciso de arrependimento. Preciso de conserto."
Mas o orgulho os impediu. E o orgulho é a própria natureza do diabo.
Quando Moisés foi enviado por Deus ao Faraó, perguntou: "Quem direi que me enviou?" E Deus respondeu: “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3:14).
Ou seja, o "Eu Sou" pertence somente a Deus.
Nós, seres humanos, não somos nada.
Mas Paulo e Tânia quiseram manter o "eu sou", e isso os levou àquela morte — e às consequências eternas que ninguém poderá alterar.
Aquele que mantém o "eu sou", que não se humilha, que não se arrepende e não entrega toda a glória a Deus, está caminhando para uma eternidade sem Deus.
E, depois da morte, não há mais tempo.
As consequências são irreversíveis e terríveis.
Mas você ainda está vivo.
E Jesus está falando com você.
Não faça como Paulo e Tânia.
Faça como Nicodemos.
Nasça de novo. Comece a sua vida do zero — longe do pecado, fundamentado exclusivamente na vontade de Deus revelada na Bíblia Sagrada, morto para sua própria glória e vivendo unicamente para a glória de Deus.
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JESUS falou, Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim! JOÃO 14:6. Por tanto, não há outro caminho para Salvação da nossa alma, não existe atalhos,pois somente JESUS pode nos salvar
ResponderExcluirOu seja...Eu sou o que sou ....pertence somente a Deus. Nos seres humanos não somos nada... EXODO-_ 3_ 14.... MIRTES.
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