Um homem, uma história
Essa é a história de um homem que amava a Deus e O servia. Mas, antes disso, sua vida era como a de qualquer outra pessoa no mundo. Ele vivia de acordo com a cultura em que fora criado, preso à religião que recebera desde pequeno e condicionado pelo tempo e pelo ambiente em que nascera.
Apesar de seguir sua rotina como todos, sentia-se infeliz e sofria, porque o mundo é mau. Dentro dele havia sempre um vazio.
Esse homem tinha um parente próximo que constantemente lhe falava de Jesus. Esse parente lhe apresentava o Deus vivo e o chamava para conhecê-Lo. No entanto, ele não conseguia compreender aquela mensagem em profundidade. Para ele, ouvir sobre Deus era algo bom, mas soava como religiosidade, como certo exagero. Ele até respeitava, achava interessante, mas não entendia realmente, porque só conhecia Deus pela tradição e nunca tivera uma experiência pessoal com Ele.
O tempo passou, até que um dia ele enfrentou uma crise muito grande, uma dificuldade profunda. Naquele momento de dor, lembrou-se das palavras do parente que sempre falava de Deus. Então, aflito, disse em seu coração: “Eu preciso que Deus me ajude, eu preciso da ajuda de Deus.”
Movido por esse clamor, decidiu ir à igreja. Era bem cedo, por volta das seis da manhã. Ao entrar, ouviu vozes em oração. Não conseguia ver quem estava orando, porque todos estavam ajoelhados nos bancos. Mas, ao se aproximar, reconheceu que lá na frente estava o seu parente, intercedendo em oração.
Ele também se ajoelhou. E, naquele momento, de forma inesperada, sentiu pela primeira vez a presença real de Deus.
Ele sentiu uma experiência que jamais havia experimentado em toda a sua vida. Uma convicção tomou conta do seu coração: a certeza de que Deus estava ali, presente, diante dele.
Aquele encontro foi decisivo. Uma mudança completa, radical, começou dentro dele. Pela primeira vez, experimentou a presença viva de Deus em sua vida.
Depois, quando as pessoas se reuniram à frente para orarem juntas, ele foi convidado a entregar sua vida a Jesus e recebê-Lo como Senhor e Salvador. Sem hesitar, aceitou prontamente. Fez a oração de entrega com imenso prazer, cheio de alegria em consagrar sua vida em compromisso e fidelidade a Deus.
A partir daquele dia, sua vida mudou da água para o vinho. Ele começou a buscar a Deus intensamente, vivendo experiências profundas com o Senhor. Foi batizado nas águas, conforme ensina a Palavra de Deus. Passou a participar das vigílias, das reuniões de oração, dos cultos, e dedicava tempo ao estudo sério e profundo da Bíblia.
Em sua caminhada, Deus o encheu ainda mais de Sua presença: ele foi batizado com o Espírito Santo, passou a orar em novas línguas e a viver dons espirituais. Por meio de suas orações, pessoas eram curadas. Ele expulsava demônios em nome de Jesus, e os sinais do poder de Deus se manifestavam em sua vida, conforme está escrito:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.”
(Marcos 16:15-18)
Ele pôde comprovar de maneira viva que Jesus é um Deus que cura, salva e liberta. Ele via as pessoas sendo curadas, via pessoas sendo libertas de demônios, pregava o Evangelho e muitas aceitavam a salvação em Cristo.
Mas a vida dele também era difícil. A partir do momento em que começou a seguir Jesus, a ser fiel a Deus e a fazer a obra do Senhor, passou a enfrentar as experiências que todo verdadeiro cristão enfrenta: humilhações, perseguições e provações. Tudo isso para provar que ele realmente perseveraria nesse caminho. Ele sofreu, mas perseverou, e sua vida começou a ser transformada e santificada. Ele enfrentou lutas conforme a Palavra de Deus diz:
“Todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”
(2 Timóteo 3:12)
Mas ele sempre se manteve fiel, porque sabia que Jesus era o único caminho. Ser fiel a Deus era o único caminho para a vida eterna, e ele não abria mão disso em hipótese alguma. Ele não se deixava enganar por nada, porque permanecia firme naquilo que Jesus Cristo ensinava. No seu coração ardia um desejo profundo: ser fiel a Deus, agradar a Deus e ser honesto diante d’Ele.
Mas aquele homem sentia tristeza ao ver as pessoas morrendo, perdidas, sem salvação. Ele via muitas rejeitando a mensagem que pregava: a mensagem de abandonar o pecado, de viver em fidelidade a Deus, de morrer para o ego e o orgulho, e viver em humildade, esforço, provações e sacrifício, abrindo mão do mundo e da vaidade.
As pessoas não aceitavam. Ele via muitos se apegando à religião como uma muleta, mantendo o que amavam: o orgulho, a vaidade, o ego, os próprios desejos, e vivendo de forma que não exigisse esforço, sacrifício ou sofrimento. Esse era um evangelho enganoso, não verdadeiro.
Ele sofria e se entristecia, porque amava as pessoas e desejava que fossem salvas e libertas do engano. Mas via o mundo se tornando cada vez mais terrível, e as pessoas rejeitando a Deus, rejeitando a verdadeira Palavra de Deus, tornando-se cada vez mais distantes do Senhor, conforme a Bíblia diz:
“Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirá tempos difíceis; pois o amor de muitos se esfriará.”
(2 Timóteo 3:1-2 e 4-5 – adaptado)
E ele sofria com a maldade do mundo, com a frieza do mundo, com o evangelho enganoso, o evangelho falso, e a multidão de falsos profetas e heresias. Tudo isso trazia uma dor e um sofrimento muito grande ao seu coração. Sua vontade era sair deste mundo e estar na glória com Deus, que seria a vitória completa.
Mas ele sentia que não podia partir, porque precisava pregar o evangelho, salvar as almas perdidas e estar neste mundo para levar luz às pessoas. Ele vivia nesse dilema: desejar partir para a glória e, ao mesmo tempo, permanecer neste mundo para cumprir a obra de Deus.
Como o apóstolo Paulo diz:
“Porque estou em aperto, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor; mas, por causa de vós, é necessário permanecer na carne.”
(Filipenses 1:23-24)
E ele, a cada dia, conhecia mais e mais a Deus e a Sua Palavra. Ele tinha revelação, clareza e entendimento do que era o céu e o inferno. Ele sabia que o céu era a coisa mais maravilhosa do mundo, a vitória completa, onde não existia dor, sofrimento ou mal algum, mas apenas alegria, paz, plenitude, amor, comunhão com Deus e tudo o que é bom e maravilhoso.
Ele compreendia que esta vida na Terra é apenas uma passagem rápida, e que as pessoas não deveriam se apegar a nada aqui, porque tudo é passageiro. O que importa é a vida eterna, estar com Deus e cumprir a vontade d’Ele, servindo a Deus fielmente.
Mas ele não queria apenas entender isso para si; ele desejava que as pessoas também entendessem. Queria mostrar a urgência de tomar uma posição de fidelidade a Deus, de ser fiel a Ele custe o que custar, pois a morte não marca hora. Ele via pessoas morrendo sem Deus, sem compromisso, sem aliança, e sabia o que as aguardava: o tormento eterno, dia e noite, em sofrimento incessante, pelos séculos, pelos séculos, infinitamente, que jamais teria fim. O inferno é como diz a Palavra: um lugar de castigo que não se acaba, onde não há descanso, nem paz, e a punição é eterna.
“E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”
(Mateus 25:46)
“O fogo é eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”
(Mateus 25:41)
Essa realidade era suficiente para que ele dedicasse toda a sua vida e todo o seu tempo a trabalhar para levar almas a Cristo.
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar.”
(João 14:2)
“E Deus enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”
(Apocalipse 21:4)
Ele sabia que o grande inimigo da vida das pessoas não era apenas o diabo, mas também o orgulho, a vaidade, o desejo de honra para si e o desejo de fazer as próprias vontades. Ele precisava quebrar e libertar essas pessoas desse engano, dessa prática, mostrando e fazendo com que elas morressem para a própria vontade.
Seu objetivo era que não se exaltassem, que matassem o ego, o orgulho e a vaidade, para que apenas Cristo vivesse nelas; que apenas a vontade de Cristo fosse feita na vida delas, e não a delas; que somente o Senhor fosse exaltado, e não elas próprias.
“Quem ama a sua vida a perderá, mas quem odeia a sua vida neste mundo a conservará para a vida eterna.”
(João 12:25)
“Quem se humilhar será exaltado, e quem se exaltar será humilhado.”
(Lucas 14:11)
Mas era uma luta difícil, porque as pessoas eram orgulhosas, e o orgulho é a natureza do diabo. Elas não queriam se humilhar; queriam se exaltar e não abriam mão da exaltação a si próprias. O diabo criou o mundo com esse sistema, onde as pessoas vivem para fazer suas próprias vontades, para se exaltar, serem admiradas e terem um alto conceito de si mesmas.
Era uma guerra difícil, porque somente quando a pessoa coloca Deus acima de tudo é que pode ser liberta desses enganos, dessa estrutura maligna que o mundo foi formado.
“Sabe disto: nos últimos dias virão tempos difíceis; pois haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes a pais e mães, ingratos, ímpios.”
(2 Timóteo 3:1-2)
A grande dificuldade estava nos religiosos. O diabo usa a religião para enganar, mantendo as pessoas presas a um evangelho de portas largas e distorcido. Muitos religiosos eram mais difíceis de alcançar do que prostitutas, drogados, homossexuais ou bêbados, porque o engano vinha de forma mais astuciosa.
A religião funcionava como uma bengala inútil: parecia ajudar, mas mantinha as pessoas em um evangelho sem sofrimento, sem luta, sem renúncia, sem cruz a carregar. Um evangelho que oferecia vida fácil, sem a aprovação de Deus, sem provações que moldassem o caráter e fortalecessem a fé.
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.”
(Mateus 7:15)
Apesar de todas essas dificuldades, ele permaneceu fiel até o fim, seguindo o exemplo daqueles que vieram antes dele, os que suportaram provações, sofrimentos e morte por amor à verdade.
“Pela fé, os que morreram receberam bom testemunho. Pela fé, enfrentaram tormentos, prisões, açoites, pedras, fome, nudez, perigo e morte; mantiveram-se firmes e receberam a promessa.”
(Hebreus 11:39-40 – adaptado)
E assim vivia este homem. Ele sofria, padecia, era humilhado e, muitas vezes, permanecia na solidão. Abriu mão de tudo neste mundo, mas tinha a presença de Deus em sua vida. Sua alma estava em paz, e ele não buscava agradar ao mundo, mas somente a Deus. Para o mundo, ele era considerado nada; para Deus, porém, era precioso.
Ele perdeu sua própria vida neste mundo, mas ganhou a eternidade maravilhosa na presença do Senhor. Sua sede era por almas, sua fome era ganhar pessoas para Cristo. Ele sabia que precisava fazer com que cada pessoa morresse para a própria vontade, para o pecado, para a própria exaltação. Somente ao colocar Deus acima de tudo — a Palavra de Deus e a vontade do Senhor — custe o que custar, é que verdadeiramente se alcançaria a salvação.
Ele jamais abria mão da verdade. Não apresentava às pessoas um evangelho distorcido ou confortável, que não glorificasse a Deus. Sua missão era clara: pregar um evangelho real, fiel à Palavra de Deus, que conduzisse à vida eterna e à verdadeira fidelidade ao Senhor.
E assim era a vida deste homem de Deus.
🌟 Reflexão
Amigo leitor, a história deste homem é Deus falando com você.
Sem uma aliança com Deus, não há casamento. Você não pode ter uma ligação real com Deus sem primeiro assumir uma aliança de fidelidade a Ele. Ponto.
A salvação implica arrependimento. Ninguém pode ser salvo se não reconheceu que esteve perdido. Este é o ponto fundamental: você nunca será salvo se não se humilhar, reconhecer os seus pecados e assumir um compromisso de fidelidade a Deus, custe o que custar.
Mesmo aqueles que nasceram em um lar cristão precisam, por conta própria, assumir essa aliança de fidelidade. Sem ela, não há salvação.
É esta aliança — morrer para o pecado e viver em fidelidade a Deus — que nos coloca no verdadeiro caminho da vida eterna.
E é exatamente esta aliança que aquele homem fez naquele dia, e se manteve fiel a ela, que o faz ser verdadeiramente um homem de Deus.
O resultado desta aliança na vida daquele homem trouxe o batismo nas águas, a reunião como igreja, a adoração, o culto a Deus e o aprendizado da Palavra de Deus, tornando-o um verdadeiro aprendiz da Palavra através do ensino recebido na igreja.
Trouxe os dons espirituais, incluindo os dons de cura e outros, além da expulsão de demônios e da pregação fiel do Evangelho.
Também trouxe uma vida de transformação e santificação, marcada por renúncia, humilhação, provação, sofrimento, luta e esforço.
E é exatamente esta vida que precisa se manifestar na sua.
Se você fizer esta aliança de fidelidade a Deus, custe o que custar, e morrer para o pecado, estes sinais, estas mudanças e esta vida se manifestarão em você também.
A história da vida deste homem é a história que deve se refletir na sua vida.
Ele ouviu a Palavra de Deus, depois buscou a Deus, assumiu uma aliança de fidelidade a Ele, um compromisso de fidelidade a Jesus e aos ensinos da Bíblia, morreu para a própria vontade, morreu para o pecado, morreu para a sua própria exaltação, vivendo apenas para conhecer e fazer a vontade de Deus e exaltá-Lo exclusivamente.
Uma vida de manifestação do poder de Deus, pelo Espírito de Deus, e uma vida de serviço e fidelidade a Ele.
A história deste homem é Deus mostrando como deve ser a sua própria história, com um fim glorioso: a vida eterna com Deus.
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