As Cinco Amigas da Noiva.
Era um tempo de grande expectativa em uma pequena cidade de Israel, por volta do ano 30 da nossa era. O povo vivia segundo os costumes judaicos, e poucas coisas eram tão aguardadas como a celebração de um casamento.
Naquele lugar havia um jovem chamado Emmanuel, que estava prestes a se casar com uma jovem chamada Eclesia. O anúncio de suas bodas encheu de alegria toda a comunidade, pois um casamento era visto como uma das maiores festas que uma família podia oferecer.
Segundo o costume, o noivo se preparava para buscar a noiva em sua casa, e a cerimônia se estendia em um banquete festivo, onde parentes, amigos e convidados se reuniam para celebrar.
Entre todos que aguardavam esse momento estavam também as amigas da noiva, que, de acordo com a tradição, tinham um papel especial: acompanhar o noivo quando ele chegasse, conduzindo-o até a casa da noiva e depois até a festa. Essas amigas eram conhecidas como damas de honra, e eram chamadas de virgens, porque ainda não eram casadas, segundo o costume daquela época.
Elas tinham a responsabilidade de estar preparadas e de esperar a chegada do noivo com suas lâmpadas acesas, para acompanhá-lo até a festa.
Havia expectativa, havia música, havia preparação. Mas, sobretudo, havia um clima de suspense: ninguém sabia a hora em que o noivo chegaria.
Cada uma delas levava suas lâmpadas de azeite, que tinham um papel essencial e múltiplo:
• Iluminar o caminho para que pudessem encontrar e conduzir o cortejo;
• Permitir que o cortejo as reconhecesse, garantindo que somente as amigas da noiva e pessoas autorizadas participassem da celebração, evitando que estranhos ou pessoas indesejáveis se misturassem à festa;
• Manter a tradição e a responsabilidade, pois negligenciar essa tarefa seria como desprezar a responsabilidade confiada, quebrar a tradição e demonstrar desrespeito pela noiva e pela própria festa.
E dentre essas damas de honra estavam: Márcia, Rose, Andreia, Tânia e Jessica.
Era importante que as amigas da noiva levassem uma quantidade suficiente de azeite, pois era o que mantinha as lâmpadas acesas. Elas não sabiam ao certo o tempo exato em que o noivo chegaria, mas precisavam estar preparadas para que o azeite não acabasse, evitando ter que sair para comprar mais durante o cortejo e, assim, correr o risco de perder o encontro com o noivo e a porta da festa ser fechada.
Márcia era uma jovem bonita, morena, de cabelos longos, e ela não levou azeite suficiente para a sua lâmpada, pois o azeite era caro e ela quis economizar. Pensou consigo mesma: “Não vou levar muito azeite; se acabar, eu pego emprestado com alguém.” Confiou na sorte e na ajuda dos outros, sem se preparar de forma adequada para a chegada do noivo.
Rose era uma jovem bonita, inteligente, muito dinâmica, confiante na sua capacidade de resolver qualquer imprevisto rapidamente, e não levou azeite suficiente para sua lâmpada para toda a espera. Ela pensava: “Se acabar, saio rápido, compro mais azeite, volto e resolvo o problema.” Acreditava que poderia lidar com a situação no momento certo, sem correr o risco de perder o cortejo.
Andréia era uma jovem bonita, alegre e simpática, mas não era muito dada a seguir determinadas normas. Ela acreditava que, se o seu azeite acabasse, poderia perfeitamente entrar na festa, mesmo com a lâmpada apagada, sem se preocupar em cumprir as regras do cortejo ou a tradição da vigilância. Sua confiança na própria sorte e na flexibilidade das regras fazia-a desprezar a necessidade de preparação completa. Na verdade, ela não gostava de se submeter às regras ou às normas que não lhe pareciam agradáveis. E assim, ela também não levou azeite suficiente.
Tânia era uma jovem bonita e muito sociável, que gostava de se destacar e estar em preeminência. Embora fosse amiga da noiva, não nutria por Eclesia um amor suficiente para se preocupar verdadeiramente em cumprir as normas, garantindo que a amiga fosse honrada e feliz naquele grande dia. Seu coração estava mais voltado para si própria do que para a noiva. E por isso, ela também não levou azeite suficiente.
Jéssica não era tão bonita quanto as outras jovens, mas era humilde e responsável. Ela amava profundamente Eclesia, sua amiga, e estava muito feliz com aquele dia. Embora não tivesse muitas posses, carregou o máximo de azeite que pôde, gastando todas as suas economias para estar totalmente preparada. Seu desejo era honrar e alegrar sua amiga, dedicando-se exclusivamente a fazer daquele dia um momento especial para Eclesia.
Chegado o momento, o cortejo partiu em direção à festa, e a diferença entre as damas de honra tornou-se evidente. Apenas Jéssica, por sua dedicação e preparo, conseguiu entrar plenamente na celebração, juntamente com algumas outras que também se haviam preparado com cuidado. Para as demais, entretanto, a tragédia já estava anunciada pela própria disposição de cada uma: Márcia, Rose, Andréia e Tânia não haviam levado azeite suficiente, cada uma por causa de suas próprias escolhas e atitudes – Márcia quis economizar, Rose confiou em sua capacidade de resolver no momento, Andréia não seguia as normas e Tânia se preocupava mais consigo mesma do que com a noiva. Como resultado, ficaram de fora da festa, sentindo tristeza e frustração por não terem cumprido seu papel e perdido a oportunidade de estar com a noiva em seu grande dia.
🌈 Reflexão
A história contada tem como base a parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13).
Ela trata exatamente do destino de todos nós. Esse destino está diretamente relacionado com a forma como vivemos e nos preparamos para o dia do nosso encontro com Deus.
Chegará o momento em que nossa vida aqui na Terra terminará, e estar diante de Deus será inevitável. Nesse dia, ou entraremos na grande festa, que representa a salvação, a alegria e a felicidade eterna com Deus, ou sofreremos a decepção, a humilhação e o sofrimento, como consequência da ausência da presença de Deus, perdendo a oportunidade de experimentar a vida eterna em Sua glória.
Portanto, é necessário refletir seriamente sobre a nossa maneira de viver, pois ela determinará se estaremos preparados para a grande festa ou se enfrentaremos a grande decepção.
🔹 O Significado da Parábola
Entrar na festa: representa entrar na presença de Deus, experimentar a glória e receber a vida eterna.
A lâmpada acesa: representa o Espírito Santo atuando em nossas vidas, iluminando nosso caminho e nos mantendo preparados para o encontro com Deus.
O status de dama de honra ou virgem: representa aqueles que se consideram cristãos, ou seja, professam a fé.
As virgens com a lâmpada acesa: representam aqueles que são verdadeiramente cristãos, com o Espírito Santo atuando em seus corações e vidas, prontos para o encontro com o Noivo.
Nessa história, vemos diferentes posturas diante da vida eterna:
● Há pessoas que não estão nem aí para a festa. Vivem completamente afastadas de Deus, alienadas, despreocupadas e sem fé na vida eterna. Sua atenção está voltada apenas para este mundo.
● Há aqueles que se interessam pela vida eterna. Procuram viver de maneira que lhes conecte com Deus, desejam o céu, querem ter um status de cristão e se preocupam com a sua maneira de viver.
Esta história trata exatamente dessas pessoas que, de alguma forma, se consideram de Deus ou acreditam ter alguma ligação com Ele. Inclui tanto religiosos quanto não religiosos, mas que demonstram algum interesse na vida eterna e mantêm, de alguma forma, atitudes ou práticas em suas vidas que buscam agradar a Deus ou estar bem com Ele. Dentro desse grupo, há dois aspectos importantes: aqueles que se prepararão corretamente e entrarão na vida eterna e aqueles que, apesar de se interessarem pela vida eterna, não estarão verdadeiramente preparados e não entrarão. Esta parábola nos mostra claramente essas duas realidades.
É importante refletir para identificar se você é e vive de acordo com aqueles que herdarão a vida eterna ou se está despreparado para ela.
É importante entender que o azeite representa o Espírito Santo, e o Espírito Santo é dado àqueles que obedecem a Deus, como está escrito em Atos 5:32: “E nós somos testemunhas destas coisas, e também o Espírito Santo, que Deus dá àqueles que lhe obedecem.”
Portanto, a obediência é o fundamento para que a lâmpada esteja acesa, ou seja, para que Deus habite em nós. O ponto central que vamos tratar é por que muitas pessoas não estão em fidelidade a Deus, e o que as impede de viverem em obediência e comunhão com Ele, permanecendo com a lâmpada apagada.
🔹 💛 Márcia
Márcia não estava com a lâmpada acesa, ou seja, não estava em fidelidade a Deus, porque o amor aos bens materiais e o apego ao mundo a impediam de se dedicar plenamente a Ele.
É preciso abrir mão de tudo para estar preparado e entrar no Reino de Deus.
Como está escrito em Mateus 19:21: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me.”
O apego ao mundo inclui tudo que é material e passageiro, como dinheiro, prazer, sexo e qualquer satisfação ligada às coisas deste mundo. A vida espiritual, a vida na presença de Deus, exige que renunciemos a tudo isso. Podemos usar as coisas do mundo apenas para o que for necessário, mas devemos entender que elas não têm valor eterno e devem ser desconsideradas para alcançar o Reino de Deus.
É a renúncia que torna o caminho para a vida eterna estreito e difícil, e aqueles que acreditam que podem viver o Evangelho mantendo apego às coisas materiais estão enganados. O apego ao mundo impede que a lâmpada permaneça acesa, impossibilitando a entrada plena na presença de Deus.
🔹 💖 Rose
Rose simboliza aqueles que acreditam que sua própria maneira de pensar, agir e sentir determina seu destino eterno. Elas podem se preocupar com ética, moral ou boas intenções, mas desprezam a autoridade de Deus e Sua Palavra, vivendo segundo um Deus que elas mesmas formam. Seu zelo não está em obedecer a Deus, mas em seguir suas próprias convicções.
Ela achava que poderia resolver a situação caso o azeite acabasse, o que representa aqueles que acreditam que, estando convictos de que estão fazendo o bem, agradam a Deus, mesmo sem buscar conhecer e seguir aquilo que Ele realmente ordena. Essas pessoas determinam por si mesmas o que consideram certo, sem fundamentar suas ações na Palavra de Deus, e por isso não estão verdadeiramente preparadas para o Reino de Deus.
Você, que tem a convicção de estar no caminho certo, de estar agradando a Deus e de ter salvação, mas essa convicção não está fundamentada na Bíblia, na Palavra de Deus, é uma Rose — e você se decepcionará.
🔹 💜 Andréia
Andréia simboliza aqueles que desobedecem a Deus e acreditam que podem insubordinar-se à Sua vontade sem consequências. Ela representa quem quebra normas, peca e acha que, mesmo com a quebra da fidelidade, pode alcançar a vida eterna. Sua confiança na própria liberdade e na flexibilidade das regras espirituais mostra uma natureza rebelde, ligada à inclinação do diabo, que é inimigo da obediência a Deus.
Ela acredita que pode ser amiga de Deus mesmo com a quebra da fidelidade, ignorando que a fidelidade e a obediência total são condições para entrar no Reino de Deus. Você que acha que pode pecar e ainda assim estar seguro, está enganado. O pecado é justamente a desconsideração de Deus como Deus e a negação do sacrifício de Jesus.
Esse é o grande engano de muitos: não colocam a fidelidade a Deus como condição para a salvação, não se apegam e não se agarram a Ele com amor e senhorio. Por isso, no último dia, muitos se decepcionarão por não reconhecerem que a fidelidade a Deus é essencial para entrar na vida eterna.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor! não profetizamos nós em teu nome? E não expulsamos demônios em teu nome? E não fizemos muitos milagres em teu nome?
E então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”
(Mateus 7:21-23)
A Bíblia conceitua iniquidade como pecado:
> “Todo aquele que pratica o pecado também pratica a iniquidade, porque o pecado é iniquidade.”
(1 João 3:4)
Aqueles que cometem iniquidade — que vivem na desobediência e na quebra da fidelidade a Deus — se decepcionarão no último dia. Eles acreditam que podem manter uma relação com Deus sem fidelidade, sem integridade e sem o sentimento de perfeição, ou seja, sem obediência total, mas essa ilusão os separará da presença de Deus e da vida eterna, pois a salvação exige fidelidade, amor e senhorio a Deus e a Jesus.
🔹 💜 Tânia
Tânia representa aqueles que não morreram para a própria exaltação. Buscam glória para si mesmos. Mesmo que acreditem estar buscando glória para Deus, eles ainda querem glória para si, e isso os impede de estarem verdadeiramente preparados para entrar no Reino de Deus.
O Reino de Deus é dos humildes, e o orgulho é a natureza do diabo. Não há compatibilidade entre humildade e orgulho. A pessoa escolhe: opta pela humildade ou opta pelo orgulho. A humildade deve estar presente em todos os momentos da vida, gerando atitudes coerentes. Enquanto isso, o orgulho produz atitudes de exaltação.
Somente quando a pessoa morrer para sua própria exaltação e viver exclusivamente para a glória de Deus é que estará apta, pois o sentimento de orgulho será excluído, e o sentimento de humildade permanecerá, produzindo frutos.
A Bíblia diz:
“Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (Tiago 4:6)
“Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado.” (Lucas 14:11; Mateus 23:12)
Você precisa abrir mão de todo o sentimento de exaltação para si próprio, porque a manutenção deste sentimento não exalta a Deus; portanto, é impossível exaltar a si próprio e a Deus ao mesmo tempo.
🔹 💛 Jéssica
Jéssica representa aqueles que estavam verdadeiramente preparados para a festa, possuindo todas as qualidades necessárias que as outras não tinham. Ela amava profundamente a noiva, simbolizando um amor sincero e desinteressado por Deus. Seu coração estava totalmente voltado para a glória da amiga e para a obediência às normas da festa, refletindo fidelidade, humildade e dedicação.
Ela não mediu esforços para se preparar, levando azeite suficiente para manter sua lâmpada acesa durante toda a espera, simbolizando o Espírito Santo ativo em sua vida. Diferente das demais, Jéssica priorizou a vontade de Deus acima de tudo, demonstrando que a preparação espiritual, a obediência e o amor verdadeiro são essenciais para estar pronta para a vida eterna.
Jéssica nos ensina que a fidelidade, a humildade e a dedicação a Deus nos tornam aptos para entrar na grande festa, garantindo a alegria da vida eterna na presença de Deus.
“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)
“Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)
“Pois bem-aventurado o servo que o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” (Mateus 24:46)
🔹✨ Conclusão e Apelo
Deus está nos falando através desta parábola: devemos estar preparados para entrar no Reino de Deus, porque ninguém sabe a hora em que seremos chamados.
As jovens que se achavam preparadas para a festa se decepcionaram, porque negligenciaram aquilo que era necessário para entrar no Reino de Deus. Não seja como elas, não viva como elas. Não permita que isso aconteça com você. Amanhã, hoje ou depois, você pode morrer sem ter se preparado, e então se arrependerá amargamente de não ter ouvido a voz de Deus, de ter se iludido e abraçado aquilo que te impede de entrar no Reino.
Quando isso acontecer, será tarde demais. A porta estará fechada. Portanto, não brinque com a sua salvação. Não pense que a Bíblia foi escrita à toa. Para que a Palavra de Deus chegasse até nós, foi pago um alto preço: o sangue de Jesus Cristo. Ela é a luz do caminho, para que você alcance a vida eterna.
Portanto, tome uma decisão hoje, agora, enquanto a porta não se fecha.
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Deus esta nos falando através dessa parábola. Devemos estar preparados para entrar no reino de Deus, porque ninguém sabe a hora em que seremos chamados. Mateus 24 _ 46.
ResponderExcluirMirtes
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