sábado, 31 de maio de 2025

O Refúgio e a Caminhada


O Refúgio e a Caminhada 


Num canto distante da galáxia existia um planeta chamado Terra Algures.

Era um mundo belo, altamente desenvolvido, dominado pela era robótica.

Máquinas inteligentes faziam quase tudo.

A tecnologia havia alcançado níveis impressionantes.

Tudo funcionava com perfeição — menos o coração das pessoas.


Com tanto avanço, esqueceram-se do Criador.

Viviam como se fossem eternos.

Construíram cidades imensas,

edifícios flutuantes,

inteligências artificiais conscientes,

mas perderam a verdade.


Foi então que começaram os sinais.

Clarões nos céus. Raios que atravessavam continentes.

Tempestades de fogo magnético.

Tremores. Vozes no vento.


Os cientistas não sabiam explicar.

Os líderes diziam:

— Não se preocupem. Isso é passageiro.

Mas muitos sentiam no espírito: algo estava prestes a acontecer.


Logo veio o anúncio:

Explosões solares atingiriam o planeta em dias.

Ondas de energia varreriam tudo.

Nada sobreviveria na superfície.


Então surgiram rumores de um lugar escondido.

Uma antiga cidade subterrânea, construída por um povo misterioso,

escondida sob a Montanha da Névoa.

Protegida por camadas de rocha e escudos naturais.


Era a única esperança.



OS GUIAS DO CAMINHO


Com o anúncio da destruição iminente, muitos começaram a buscar o caminho até a cidade subterrânea.


Alguns se diziam conhecedores do caminho, mas cobravam altos valores.

Eram falsos profetas.

Prometiam segurança, mas levavam à perdição.


Outros realmente conheciam, mas poucos estavam dispostos a deixar suas comodidades.

Preferiram continuar em suas rotinas, como se nada estivesse para acontecer.


Mas havia também um homem que conhecia o verdadeiro caminho.

Seu nome era Expedito dos Santos.


Ele não cobrava nada.

Sua missão era apenas conduzir os que cressem até o lugar seguro.

Muitos deram ouvidos à voz de Expedito dos Santos. Estes se enganavam acreditando que não precisavam de salvação 

E muitos o seguiram.



✨ – A JORNADA COMEÇA


Expedito dos Santos reuniu o grupo que se dispôs a seguir o caminho.


Ele os preparou para a jornada e explicou:


> “A cidade subterrânea de segurança realmente existe. Mas sua construção custou um alto preço. Houve um grande sacrifício feito por um homem chamado Emmanuel. Tudo o que temos hoje se deve a Ele.”


Expedito então apresentou um dispositivo:


Era o Biblionix.

Um aparelho desenvolvido nos tempos mais avançados da Era Robótica.

Compacto, mas extremamente poderoso, o Biblionix continha mapas ocultos, códigos de direção e mensagens registradas pelo próprio Emmanuel.

Sem ele, era impossível não se perder no caminho.


Expedito prosseguiu:


> “A caminhada será dura e perigosa. Enfrentaremos lugares desertos, zonas instáveis, áreas corrompidas. Vocês precisarão estar atentos às minhas orientações.

Sigam com fé e disciplina. Não se afastem do caminho.”

Após ouvirem as palavras de Expedito dos Santos, muitos tomaram a decisão. Abandonaram suas casas, seus aparelhos eletrônicos, suas rotinas, seus prazeres. Deixaram para trás tudo o que conheciam, em busca da salvação.


Antes de partir, passaram pela Imersão de Luz Viva, uma espécie de banho em águas combinadas com partículas energéticas daquele mundo avançado. Era um processo real, mas também simbólico: representava o fim da velha existência. Ali morria a vida antiga, e nascia uma nova. Esse batismo era indispensável 


A jornada exigiria coragem. A partir dali, não haveria mais retorno. Era uma vida de esforço, vigilância, fé e obediência. Eles entravam num caminho onde precisariam viver por princípios firmes e inegociáveis: verdade, renúncia, disciplina, comunhão e fidelidade.


Tinham deixado uma cidade — e seguiam rumo a outra. Uma cidade de refúgio, construída ao custo de grande sacrifício. A partir dali, tudo era novo. Tudo era diferente.


E partiram.

Partiram para a caminhada.

Eram poucos, comparados aos que ficaram na cidade, mas ainda assim, um grupo considerável.


Logo no início da jornada, alguns voltaram.

Sentiram falta dos parentes, dos amigos, das festas, das comidas e bebidas, e de tudo o que deixaram para trás.

Acreditaram que aquela não era vida para eles.


Mas, ao pensarem assim, esqueceram-se de algo fundamental:

não estavam diante de uma escolha entre modos de vida, mas entre a vida e a morte.

Não era uma questão de conforto ou bem-estar.

Era questão de salvação.


E a salvação exigia aquele caminho.

O caminho proposto por Expedito dos Santos —

o único caminho.

A primeira queda


A caminhada seguia com dificuldade, mas com esperança. O grupo avançava pelas trilhas desenhadas entre vales, pequenas elevações e paisagens antes nunca vistas. Era tudo novo.


Mas não demorou muito até que chegassem a uma região montanhosa.

Expedito dos Santos, atento a cada detalhe da jornada, logo reuniu todos e os advertiu:


— Precisamos redobrar o cuidado. À frente há uma travessia perigosa. É uma área alta, com pedras escorregadias. As chuvas recentes deixaram o solo instável. E há um precipício profundo — disse com firmeza. — Sigam atentos, cada passo é importante.


Eles o chamavam de Abismo do Vento Orgulhoso, por causa das rajadas de vento que sopravam por entre os rochedos e confundiam a noção de equilíbrio. Era uma passagem estreita, com a borda lisa e traiçoeira.


Alguns passaram com cautela, olhos fixos no caminho, atentos às instruções.


Mas nem todos.


Um dos caminhantes, um rapaz forte, mas apressado, tentou ajudar outra companheira a andar mais rápido.

— Vamos! Isso aqui não é tudo isso! — disse, dando passos largos.

Mal acabou a frase, escorregou. Bateu os braços tentando se firmar, gritou:

— Socorro! Segurem!


Houve correria, tentaram alcançá-lo, mas não conseguiram. O corpo desapareceu entre as pedras.


Outros, tomados pelo susto, tentaram voltar para ajudar, mas também perderam o equilíbrio.


Ali, naquele trecho, o grupo perdeu alguns dos seus.


Foi um momento silencioso. Todos pararam. Ninguém falava.

Alguns choravam.


Expedito, com voz baixa, disse:

— Esse é o preço do orgulho. Aqui não podemos nos achar fortes. Quem não vigiar… cai.


E seguiram, mais unidos, mais sóbrios, mais conscientes do que estavam enfrentando.


O FRUTO ESTRELAR 


Pouco depois, avistaram ao longe uma árvore solitária, de copa larga e repleta de frutos. Era o Fruto Estrelar, conhecido de todos. Antes da jornada, ele era comum na cidade. Todos já haviam se alimentado dele. Era saboroso, desejável e sustentava.


— Olha lá! — disse um deles. — Um Fruto Estrelar! Deus é bom! A provisão continua.


— Não está no caminho — respondeu Expedito dos Santos, com o Biblionics na mão. — Essa árvore está fora da rota. O Biblionics não registra esse ponto.


— Mas é alimento! — insistiram. — Nós precisamos comer. Se está ali, é porque faz parte!


Expedito foi claro:


— Nós já fomos batizados no Fruto da Água. O alimento agora é outro. O que antes era permitido, agora mata. Esse fruto fora do caminho é letal.


Mesmo assim, alguns desviaram. Chegaram até a árvore. Comeram. Depois voltaram ao grupo como se nada tivesse acontecido.


No dia seguinte, desviaram de novo. Comeram. Voltaram.


— Nós só saímos um pouco — diziam. — É só um desvio pequeno. Depois a gente volta. A caminhada continua.


Mas com o tempo, seus olhos foram escurecendo. A voz perdeu firmeza. As pernas tremiam. E um por um, caíram. Mortos.


Foi quando Expedito reuniu o grupo que restava e explicou:


— Eles não perceberam. Mas toda vez que saíam do caminho para comer do Fruto Estrelar, já estavam mortos. Não era só o fruto. Era o desvio. Era a infidelidade. O caminho não permite volta com contaminação. Comeram fora do plano. Foram corrompidos. E o fim veio.


Silêncio. Só o som do vento sobre as folhas.


E ninguém mais olhou para a árvore.



O Rio e a Distração dos Viajantes


O som da água correndo ao lado do caminho chamou a atenção de alguns viajantes. Entre as árvores, um rio sereno deslizava por entre as pedras. A brisa ali era fresca, o ambiente agradável. Parecia um lugar ideal para descansar.


— Vamos só lavar os pés, molhar o rosto — disseram alguns. — Não vamos nos demorar.


Expedito dos Santos, atento ao ritmo da jornada, advertiu:


— Sigamos firmes. O tempo não espera. Na Cidade de Refúgio haverá água em abundância, alegria e descanso. Lá, sim, poderemos nos banhar com segurança. Aqui, não. Aqui é só passagem.


Mas nem todos ouviram. Alguns se afastaram do grupo. Lavaram os pés, molharam o rosto, e logo voltaram — porém, atrasados. Correram para alcançar os demais e, embora cansados, conseguiram se reunir ao grupo.


Outros, porém, permaneceram por mais tempo. Sentaram-se nas pedras, deixaram-se levar pelo som da correnteza, pelo conforto da sombra. Quando enfim saíram da água, o grupo já havia seguido adiante.


Tentaram retomar o caminho, mas já não sabiam a direção exata. O trilho parecia menos claro. E quanto mais procuravam reencontrar os outros, mais se afastavam. Acabaram se perdendo.


Expedito comentou com pesar:


— A distração não parecia grande coisa. Mas foi suficiente para tirá-los do ritmo da jornada. Alguns conseguiram voltar. Outros, não. O que parecia apenas um momento de alívio, custou-lhes o caminho


A Bifurcação e o Guia Sartanes


Durante a caminhada, o grupo de Expedito dos Santos avistou ao longe outro grupo de viajantes. Quando se aproximaram, cumprimentaram-se com cordialidade.


O líder do outro grupo se apresentou:


— Me chamo Sartanes. Estamos também a caminho da Cidade de Refúgio.


Expedito dos Santos os observou atentamente. Desde o primeiro olhar, percebeu que algo não estava em ordem. O grupo de Sartanes não trazia o mesmo brilho no olhar, nem a mesma leveza de quem seguia pela fé no Biblionix. Ainda assim, com sabedoria e serenidade, Expedito permitiu que caminhassem juntos por um tempo.


— Vamos seguir — disse ele. — A estrada revelará o caminho verdadeiro.


A jornada prosseguiu até que chegaram a uma bifurcação. Duas trilhas seguiam em direções diferentes. E ali veio a prova.


— Qual o caminho que o Biblionix indica? — perguntou um dos viajantes.


Sartanes respondeu com prontidão:


— Temos o Biblionix conosco. Mas também usamos outros equipamentos que nos ajudam a interpretar suas orientações com mais clareza.


Expedito permaneceu calado por um instante. O grupo o olhou, aguardando sua resposta. Então ele falou:


— O Biblionix é suficiente. Ele foi feito para guiar com precisão. Tudo o que se junta a ele para “ajudá-lo” acaba por tirar o viajante do verdadeiro caminho.


Alguns entre os seus hesitaram. O grupo de Sartanes parecia bem equipado, moderno, seguro de si. E, aparentemente, também liam o Biblionix. Mas, na prática, seguiam outra direção.


Sartanes indicou que seguiriam pela trilha da esquerda. Expedito olhou para o seu próprio grupo e, com firmeza, apontou à direita:


— Quem confia no Biblionix, apenas nele, vem comigo.


Foi então que a separação aconteceu. Alguns, encantados pelos recursos de Sartanes, desviaram-se. Outros permaneceram com Expedito.


E ele os conduziu em paz, pois já sabia desde o início quem era Sartanes, e que a prova da bifurcação era inevitável.



A Chegada 


E assim, diante da calamidade que se abatia sobre aquela terra, muitos decidiram buscar salvação. Ouviram sobre uma cidade de refúgio, escondida aos olhos comuns, cuja entrada se dava por uma caverna estreita e silenciosa, mas que conduzia a um lugar seguro e eterno.


Seguiram então com a expedição liderada por Expedito dos Santos, aquele que confiava plenamente no Biblionix e guiava com firmeza e discernimento. A jornada, porém, foi longa e cheia de desafios. Muitos se distraíram, outros se encantaram com atalhos e propostas sedutoras, e outros simplesmente desistiram no meio do caminho.


Aqueles que permaneceram firmes, enfrentando cansaço, perdas e provações, finalmente encontraram a caverna estreita que dava acesso à cidade de refúgio.


E ali, ao entrarem, seus olhos se maravilharam.


Era um lugar de beleza indescritível. Havia rios puros nos quais podiam banhar-se sem temor. Havia alimento de todo tipo, e nenhum padecia de fome. Não havia doenças, nem enfermidades, nem conflitos. A paz reinava ali, pois era um lugar preparado para os fiéis — um refúgio eterno.


Poucos chegaram até lá. Mas os que chegaram, encontraram descanso.



Reflexão 


O Juízo, o Pecado e o Caminho da Salvação


Um grupo de pessoas abandonou a cidade, reconhecendo que o juízo viria sobre ela. Eles decidiram deixar aquele lugar, que representava uma vida de perdição, para seguir um novo caminho — um caminho difícil, de esforço, de luta, e de renúncia. Essa jornada seria completamente diferente da forma de vida que levavam.


Eles passaram a ser guiados por Expedito dos Santos, que representa o Espírito Santo, e pelo Biblionics, instrumento que representa a Palavra de Deus. E seguiram o caminho em direção à cidade de refúgio, criada por Emmanuel, que é Cristo, o Criador da salvação através do seu sacrifício.

A partir dessa decisão, iniciaram uma nova vida, marcada pela fidelidade, esforço e direção segura vinda de Deus.


Essa história nos ensina uma verdade espiritual muito profunda.


A Bíblia mostra que o mundo inteiro está sob juízo por causa do pecado.


> “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

Romanos 5:12

Mas há uma saída: a salvação que está em Cristo Jesus.


> “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

João 14:6


O arrependimento é o primeiro passo dessa jornada.

É a decisão de abandonar o mundo, representado pela cidade, e iniciar uma vida completamente nova — de esforço, renúncia e fidelidade, guiada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus.


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17


> “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

João 3:3


> “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”

2 Timóteo 3:16


> “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”

João 16:13


Aqueles que Voltaram e o Orgulho que Mata


Na jornada rumo à cidade de refúgio, alguns não perseveraram. Voltar atrás parecia mais fácil do que permanecer no caminho estreito. Esses retornaram à cidade antiga, à vida da qual haviam saído, esquecendo o juízo que viria.


Faltou-lhes perseverança.


> “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)

“Aquele que lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus.” (Lucas 9:62)

“Lembrai-vos da mulher de Ló.” (Lucas 17:32)


Outros, mesmo caminhando, caíram no precipício do orgulho, desejando glória para si, e não para Deus. Buscaram ser exaltados, esqueceram que tudo deve ser para a glória do Senhor.


> “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31)


O orgulho os cegou. O orgulho os matou.

Só vive quem vive exclusivamente para glorificar a Deus.

A Distração e o Desvio


Na caminhada, muitos foram desviados pela distração.

O inimigo usa pequenas distrações — desejos, preocupações, vaidades — para tirar os olhos do verdadeiro propósito: seguir a Cristo até o fim.


> “Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da fé.” (Hebreus 12:2)


A distração é o laço invisível que afasta da verdade. É por isso que é necessário vigiar e manter os olhos fixos no Senhor.


Mas há ainda algo mais sutil e perigoso: o desvio da verdade da Bíblia.


Vivemos dias em que a igreja se desvia, trocando a verdade pela tradição, e reinterpretando a Palavra para agradar os homens.

Mas a Bíblia não muda. Ela é a Palavra viva de Deus.


> “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça.” (2 Timóteo 3:16)

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Salmo 119:105)

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)


Quem não se firma na Palavra, se perde no desvio.

Mas quem permanece na verdade, não será confundido.



Apelo


Você já reconheceu que nasceu pecador e que precisa de salvação — salvação que está exclusivamente em Cristo Jesus?


Você já decidiu se arrepender dos seus pecados, abandonar o mundo do pecado, onde o pecado prevalece, para então morrer para o pecado e viver em fidelidade a Cristo, guiado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo?


Deus está falando com você.

Você precisa decidir.

Essas verdades não mudarão.


Quando você morrer, ou estará entre aqueles que chegaram à Cidade de Emmanuel, onde há vida eterna com Deus,

ou estará no inferno, se lamentando por não ter crido naquilo que o Deus da Bíblia disse com tanta clareza.


> “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (Hebreus 3:15)


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sexta-feira, 30 de maio de 2025

A Mulher e o Profeta de Deus


A Mulher e o Profeta de Deus 


A mulher

Havia uma mulher idosa, de seus 89 anos de idade. Apesar da idade avançada, era uma mulher que queria muito viver. Seu coração ainda batia com entusiasmo pela vida. Era uma mulher animada, que gostava de conversar, de sorrir, de estar com os outros. Era apontada por muitos como alguém de espírito jovem, com vontade de viver, viajar, conhecer lugares, desfrutar da vida — mesmo aos seus 89 anos.


Era uma mulher que já não tinha mais marido. Ficara viúva havia muitos anos, mas mesmo assim nunca deixou a tristeza dominar sua alma. Tinha muitos netos, era querida por eles, e fazia questão de estar presente sempre que podia. Cuidava da sua saúde com zelo, procurava se alimentar bem, fazer caminhadas, manter sua mente ativa. Era conhecida por sua alegria de viver e por suas conversas constantes com amigos e vizinhos.


Sempre fora criada em uma tradição religiosa. Desde menina seguia os ensinamentos daquela religião com muito zelo. Era fiel, dedicada, e respeitada dentro de sua comunidade. Participava das celebrações, dos encontros, das reuniões, e conhecia muito bem os rituais e doutrinas que aprendeu desde pequena.


Ela gostava muito de seus filhos e netos. Fazia questão de estar perto, acompanhava o que podia da vida deles e se alegrava com suas visitas e conquistas. Também tinha muitos amigos e amigas, com quem passava boa parte do seu tempo.


Era uma mulher que gostava de se voltar para si mesma. Buscava a admiração de todos e constantemente contava seus feitos, suas experiências e suas conquistas, esperando o reconhecimento das pessoas. Era comum ouvi-la falar de si com entusiasmo, como quem precisa ser notada. Gostava de sempre opinar nas coisas — ainda que, muitas vezes, sem profundidade — mas não deixava de dar o seu ponto de vista. E quando alguém lhe dizia: "Você é uma pessoa muito especial, muito querida", isso alimentava o seu ego e a fazia se sentir satisfeita.

Como queria muito viver a vida, a morte não era algo que estava nos seus planos. Ela até reconhecia, de maneira teórica, como todos reconhecem, que a morte é uma possibilidade — ainda mais com a sua idade avançada. Mas, intimamente, ela não acreditava de verdade nessa possibilidade. Evitava pensar nisso. Fazia seus exames médicos com frequência, acompanhava tudo de perto, e esperava ainda viver muitos e muitos anos, confiando nos cuidados que mantinha com o corpo e com a saúde.



O Profeta


Havia um profeta de Deus, um homem que o Senhor usava com poder e autoridade. Era um homem fiel a Deus, que buscava o Senhor e vivia para realizar a sua vontade. Deus o usava revelando coisas ocultas da vida das pessoas e, muitas vezes, até aspectos do seu futuro.


Este profeta falava a respeito de Deus nas ruas, nos hospitais, e a todos que entravam em seu caminho. Não se calava diante das oportunidades de anunciar a verdade. Tinha inúmeras experiências com Deus ao longo da sua vida já bastante vivida — experiências marcadas pelas operações divinas, pelos milagres e pelo poder de Deus que o acompanhavam. Essas experiências o sustentavam e davam força à sua caminhada, servindo como testemunho vivo de que o Deus que ele anunciava era real, poderoso e presente.


Ele era um homem humilde e não se exaltava. Pelo contrário, fazia questão de apresentar suas limitações e fraquezas. Sua figura não era imponente, nem despertava grande atenção. Havia uma simplicidade nele — tanto na aparência quanto no modo de viver — que não agradava aos padrões humanos. As pessoas, muitas vezes, não o consideravam como alguém de grande valor.


Era um homem antissocial no sentido de não se moldar ao sistema, aos costumes, às aparências ou aos valores que a sociedade estimava. Não procurava agradar a muitos, e por isso mesmo, era alguém solitário. Era experimentado nas dores e no sofrimento, e conhecia bem o que era ser rejeitado, esquecido e desprezado. No entanto, vivia em paz com Deus e se alegrava no Senhor, pois sabia em quem cria.


Ele sabia que estar com Deus seria o seu resgate, a sua grande vitória. Porém, o desejo do seu coração era continuar neste mundo — mesmo que, para ele, o mundo não tivesse nada de agradável. Seu clamor e sua esperança estavam voltados para a salvação da sua família, da sua parentela, dos seus amigos, e de todas as pessoas. Esse desejo ardia em seu coração, porque ele compreendia, com clareza, o que era o céu e o que era o inferno. E por isso, tinha uma forte disposição e entrega para resgatar almas do inferno, custasse o que custasse.


Todo lugar que o profeta ia, ele era usado por Deus. Deus tinha um propósito em usá-lo, e ele sabia disso. Certa feita, ele estava em um hospital, e uma enfermeira o chamou com urgência. Havia uma senhora prestes a morrer, e não havia mais nada que os médicos pudessem fazer. Ele foi até lá, orou por aquela mulher, e no seu espírito percebeu que Deus iria realizar uma obra naquele momento.


Para surpresa da enfermeira, aquela mulher, que estava com o coração praticamente parado, de repente teve os batimentos normalizados. A equipe médica ficou perplexa. Pouco depois, ela saiu do coma, ouviu a mensagem de Deus através daquele homem, e a recebeu. A mulher entendeu que Deus havia lhe dado mais uma oportunidade.


Em outra ocasião, o profeta estava em casa, e Deus lhe disse para ir a um determinado lugar. Ele questionou: “Mas Senhor, eu não tenho nada para fazer lá, o que vou fazer lá?” E Deus respondeu apenas: “Vá.” E ele obedeceu. Chegando ao local, pediram que ele orasse por uma mulher. Ele orou, e ela foi liberta de espíritos malignos que a aprisionavam. Deus o usava para libertar pessoas, para pregar o evangelho, e o poder de Deus se manifestava através dele.


Muitas vezes, pessoas que estavam à beira da morte eram encaminhadas por Deus para cruzar o caminho daquele homem. Eram situações em que, pela misericórdia divina, antes de partirem, ainda teriam a oportunidade de ouvir a verdade, se arrepender e serem salvas. E ele entendia que tudo aquilo era parte da missão que Deus lhe havia confiado.



O Encontro da Mulher com o Profeta


O profeta estava hospedado em uma casa, pois Deus o havia levado até ali. O Senhor lhe havia falado que o levaria àquele local para usá-lo de maneira específica, pois havia vidas a serem alcançadas por meio dele. Ali estava o homem de Deus, o profeta enviado por Deus, pois o Senhor tinha um propósito naquela região. E entre as vidas que Deus queria alcançar, estava uma mulher idosa, que em breve se encontraria com o profeta.


Essa mulher, de 89 anos, que vivia na expectativa de desfrutar o resto de sua vida neste mundo, foi a mesma que veio até a casa onde o profeta estava hospedado e permaneceu ali por alguns dias. Deus havia revelado ao profeta que aquela mulher estava diante da sua última oportunidade. Aquela era a sua última chance de ouvir e se render à verdade. O Senhor queria falar com ela, e o profeta, como servo obediente, transmitiu fielmente a mensagem do céu.


Ele anunciou o Evangelho, falando da necessidade de arrependimento, de uma vida transformada, e de uma aliança verdadeira com Cristo. Disse que não havia mais tempo e afirmou claramente àquela mulher que ela morreria. Suas palavras foram firmes, cheias de autoridade e convicção. No entanto, alguns dos que estavam na residência se levantaram contra o profeta e o contrariaram, dizendo que aquela mulher ainda viveria muitos anos, pois ainda estava forte. Não criam na palavra de Deus e nem reconheciam o profeta como enviado do Senhor. Por essa razão, o profeta não insistiu em continuar, pois sabia que aquele ambiente não era favorável, e muitos ali rejeitavam a verdade.


Ele fez o apelo com clareza e urgência: que ela reconhecesse a Jesus como o único e suficiente Senhor e Salvador da sua vida; que deixasse seus pecados e passasse a viver conforme a Palavra de Deus, em fidelidade, reconhecendo o sacrifício de Cristo na cruz. A mulher ouviu, mas naquele momento não se dispôs a receber a mensagem. Seu coração não se abriu. Ela resistiu. E depois de alguns dias, conforme o tempo determinado por Deus, ela deixou a casa e foi embora.


Dois meses depois, conforme a palavra do profeta, aquela mulher veio a falecer. Assim se cumpriu exatamente aquilo que o Senhor havia revelado ao seu servo. 


Assim, a mulher partiu, e o profeta continuou a sua jornada. Dura, difícil, mas de um valor inestimável. Continuou o seu trabalho de levar a Palavra de Deus, de resistir aos contradizentes, de sofrer e chorar pelas almas perdidas, mas sempre com a consciência de que seu tempo também chegaria. E assim, quando chegar o seu momento, ele será coroado com a sua partida para o Reino de Deus.



Reflexão 

E assim é a vida. As pessoas passam diante da Palavra de Deus. As pessoas se encontram com a Palavra de Deus. São chamadas por ela. São confrontadas. E cada coração se determina a recebê-la ou não.


Alguns se quebrantam, se rendem, reconhecem a verdade e são salvos. Outros resistem, endurecem o coração, confiam em seus próprios caminhos e rejeitam o convite do céu. Mas a Palavra de Deus jamais volta vazia. Ela cumpre o propósito para o qual foi enviada — seja para salvação, seja para testemunho contra aqueles que a desprezam.

O ser humano pode até não perceber, mas a verdade é que, ao escolher entre viver a vida neste mundo segundo os padrões deste mundo, ou viver segundo o reino de Deus, segundo os ensinos de Cristo na Bíblia, ele está, na verdade, escolhendo entre o céu e o inferno. 

"Muitas pessoas estão à beira da morte, idosas ou não, e ainda querem gastar as suas vidas com coisas que não têm valor para o Reino de Deus. 

> "E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que por amor de mim perder a sua vida, a salvará."

Lucas 9:23-24


"Quando alguém rejeita a palavra de um profeta verdadeiro, não está apenas rejeitando um homem — está rejeitando a voz de Deus. Pois Deus envia os seus servos com autoridade e com Sua Palavra. Rejeitar o profeta é rejeitar o próprio Deus que o enviou, como está escrito:

 'Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita' (Lucas 10:16)."

“Muitas pessoas recebem com facilidade os falsos profetas porque suas mensagens agradam à sua vontade e aos seus desejos, mas rejeitam os verdadeiros profetas, que não trazem a mensagem que gostariam de ouvir. Isso acontece porque o verdadeiro profeta traz uma mensagem de morte para o pecado e para o mundo, de arrependimento para ser salvo, de renúncia, de fidelidade a Deus, de esforço, de luta e de juízo — e isso não lhes agrada.”

 “E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” (1 Pedro 4:18)


📣 Apelo


Viva como se você fosse morrer hoje.

Mas não para se entregar aos prazeres deste mundo, que são passageiros e não podem te dar a vida eterna.

Viva como se hoje fosse o seu último dia — para Deus.

Para conhecê-Lo, amar, servir e agradá-Lo em tudo.


Não viva para o mundo. Viva para o céu.

Porque só agrada a Deus quem vive com humildade e se deixa transformar.

Quem morre para o orgulho, para o pecado, e decide viver uma vida de santificação, de renúncia e amor.


É hora de escolher:

O caminho largo do mundo, que leva à perdição…

Ou o caminho estreito da cruz, que leva à vida eterna.

Assuma um compromisso de fidelidade ao que está escrito na Bíblia — ou seja, a Jesus — antes que a morte o alcance.

Caso contrário... você se lamentará eternamente por sua escolha errada.



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quinta-feira, 29 de maio de 2025

A Grande Fuga, O Caminho e a Cidade do Livramento.


A Grande Fuga, O Caminho e a Cidade do Livramento. 


Cristãonaldo era um homem simples, morava com sua esposa e dois filhos numa pequena e pacata cidade chamada Perdinópolis. Levava uma vida comum: trabalho, família e religião. Aos olhos de todos, sua existência era tranquila. Mas, no fundo, ele carregava um vazio que não sabia explicar.


O Livro 

Certa noite, teve um sonho. Nele, via um livro. Um livro que brilhava, como se fosse vivo. Suas páginas pareciam sussurrar segredos eternos. Quando tentava ler, uma mistura de temor e esperança invadia seu coração. Ele acordou assustado — e ali, ao lado de sua cama, o livro estava lá.


Sem entender como aquilo era possível, pegou o livro com mãos trêmulas e começou a ler. E quanto mais lia, mais algo dentro dele se revirava. As palavras daquele livro falavam de Perdinópolis. Falavam de uma condenação. De destruição. De um juízo que viria sobre a cidade e seus moradores. O livro era claro: a cidade seria destruída.


Um peso caiu sobre Cristãonaldo. Ele não conseguia pensar em outra coisa. Aquele fardo o esmagava. Andava pela cidade com os olhos inquietos, tentando alertar as pessoas, mas ninguém o ouvia. Sua esposa dizia que ele precisava descansar, que estava paranoico. Seus filhos olhavam com estranheza.


João Evangelista 

Certa tarde, enquanto andava pelas ruas de Perdinópolis, curvado pelo fardo invisível que carregava, um homem se aproximou. Era diferente. Havia luz nos seus olhos.


— Homem, por que andas assim? — perguntou o estranho. — Tão sobrecarregado?


— Eu... eu não consigo mais — respondeu Cristãonaldo. — Este livro... ele revelou que Perdinópolis vai ser destruída. Eu preciso fugir. Mas... para onde?


O homem então apontou para o horizonte. Uma luz distante tremeluzia lá longe, quase imperceptível.


— Continue lendo o livro — disse o homem. — Ele mostrará o caminho. Veja aquela luz? Corra até ela. Não pare. Não olhe para trás. No final do caminho, você encontrará uma porta. E além dela... está a Cidade do Livramento.

Cristãonaldo então perguntou ao homem:

— Qual é o seu nome?

E o homem respondeu com serenidade:

— Me chamo João Evangelista.


A Família e os amigos

Cristãonaldo correu para casa. Falou com sua esposa e seus filhos:


— Nós precisamos fugir! A cidade será destruída! Há uma luz! Uma porta! Vamos sair daqui!


Mas sua esposa não acreditou. Disse que ele estava doente, que aquilo era um surto. Que precisava de ajuda.


Cristãonaldo chorou. Mas tomou uma decisão. Deixou tudo para trás. Pegou o livro. E começou a correr em direção à luz.

Cristãonaldo e a Cidade do Livramento — Parte 2: A Família e o Rejeitado


A luz brilhava à distância, firme, como uma promessa. As palavras do homem ainda ecoavam na mente de Cristãonaldo:


> — Continue lendo o livro. Siga a luz. Não pare. Não olhe para trás. No fim, encontrará uma porta. E essa porta leva à Cidade do Livramento.


Cristãonaldo segurava o livro contra o peito como se fosse tudo o que lhe restava. O fardo ainda pesava, mas agora ele tinha direção. Antes de partir de vez, decidiu que precisava passar na casa de sua mãe. Talvez ela acreditasse nele. Talvez ela entendesse.


Chegou na casa de sua mãe, Dona Obstinada, uma mulher forte, mas de coração endurecido. Quando tentou falar, ela o interrompeu:


— Você enlouqueceu, meu filho. Sempre foi impressionável demais. Volte pra casa, tome um chá, descanse um pouco.


— Mãe... por favor. A cidade vai ser destruída. Eu vi. O livro mostra...


— Eu não tenho tempo pra essas tolices. Tenho mais o que fazer!


Desolado, Cristãonaldo seguiu. Foi então à casa de seu irmão mais velho, LoucoNaldo — um homem conhecido por viver mergulhado em seus próprios pensamentos, zombador, debochado.


— Hahaha! E agora você virou profeta, Cristãonaldo? Vai fugir com esse livrinho aí? Deve ter batido a cabeça! Vai acabar tropeçando na própria sombra!


Sem conseguir conter as lágrimas, Cristãonaldo foi procurar sua irmã, Enganilda. Ela era muito envolvida com as tradições da cidade, sempre elegante, sempre segura de si. Quando ouviu sobre o livro e a luz, apenas balançou a cabeça:


— Isso aí deve ser coisa de seita. Cuidado com esses fanatismos, irmão. Não perca tudo que você construiu.


O Caminho 

O coração de Cristãonaldo doía. Mas ele sabia: não podia parar. Mesmo sozinho. Mesmo rejeitado. Apertou o livro contra o peito mais uma vez e começou a correr. Correu em direção à luz.


> Não pare. Não olhe para trás. Corra para a luz.

A porta está adiante. A cidade do livramento o aguarda.


-- O Desvio  para a Cidade da Ética e Moralidade


E assim, Cristãonaldo continuou sua caminhada. O fardo ainda pesava, mas a luz ao longe brilhava com firmeza, guiando seus passos.


Foi então que, no meio do caminho, encontrou um senhor bem vestido, de fala suave e aparência respeitável. O homem se aproximou com um sorriso acolhedor:


— Meu filho, para onde você está indo com tanta pressa?


— Estou seguindo a luz — respondeu Cristão Naldo —. Indo para a Cidade do Livramento.


O senhor franziu o cenho com aparente preocupação:


— Ah, esse caminho é muito longo... e cheio de perigos. Mas veja, bem aqui à frente há um atalho. Ele te levará a uma cidade tranquila, onde poderá descansar e se recompor antes de continuar. Lá não há sofrimento. Chama-se Cidade Ética e Moralidade. Muitos param por lá e se sentem bem.


Cristãonaldo hesitou, mas o peso do fardo e o cansaço da jornada o convenceram. Seguiu pelo atalho e, de fato, chegou a uma cidade bela, ordeira, limpa, com aparência de virtude. Lá, encontrou repouso, comida e elogios por sua “boa intenção”.


Mas o tempo passou. E num certo dia, enquanto caminhava pelo centro da cidade, um rosto familiar surgiu entre a multidão: João Evangelista.


— Cristaonaldo! — disse ele, com voz firme — O que você está fazendo aqui?


Cristãonaldo baixou a cabeça e explicou:


— Um homem me falou que esse caminho era mais fácil. E eu... eu achei que poderia descansar um pouco antes de continuar.


João Evangelista então respondeu com autoridade:


— Essa cidade parece justa, mas está fora do caminho da luz. Aqui se honra a aparência do bem, mas se desvia do Caminho. Saia daqui. Volte ao caminho. Siga a luz e não se desvie mais.


Com o coração constrangido, Cristãonaldo tomou a decisão: abandonou a Cidade Ética e Moralidade e retornou à trilha da luz. O fardo ainda estava sobre ele, mas a luz agora parecia mais viva do que nunca.


Cristãonaldo Encontra a Mulher Chamada Sensualidade


Cristãonaldo caminhava ferido, com cortes profundos nos braços e nas pernas, resultado dos espinhos que marcavam o caminho estreito. Foi então que surgiu diante dele uma mulher muito bonita, de aparência suave e acolhedora. O nome dela era Sensualidade.


Ao vê-lo naquela condição, Sensualidade disse com voz doce:


— Oh, pobre viajante... você precisa de cuidados. Eu tenho uma maleta de primeiros socorros em minha casa. Venha comigo, e eu tratarei das suas feridas.


Cristãonaldo, sentindo a dor em seu corpo e vendo nela uma proposta de alívio, aceitou o convite. E assim, caminhava com Sensualidade.


Contudo, à medida que se afastava do caminho da luz, algo começou a incomodar seu coração. Ele sentia um mal-estar, um peso na alma. Seus pensamentos se voltaram às palavras de João Evangelista, que havia dito:


— “Não se desvie do caminho da luz, por mais difícil que ele pareça.”


Cristãonaldo olhou ao redor e percebeu que não via mais a luz. Estava, na verdade, se desviando, ainda que com a justificativa de tratar suas feridas.


Foi então que, com firmeza no coração, Cristãonaldo tomou uma decisão: voltaria para o caminho da luz. E sem olhar para trás, deixou Sensualidade e seguiu novamente na direção da luz que o guiava.


Cristãonaldo Recebe o Alimento do Caminho


Cristãonaldo estava cansado, faminto e com o corpo exalando mau cheiro da longa jornada. Seus pés estavam sujos e calejados, e seus olhos já mal conseguiam manter-se abertos. Foi então que, à direita do caminho, ele avistou uma choupana humilde, e próximo a ela um homem simples, mas com semblante sereno e olhar compassivo.


Cristonaldo se aproximou e perguntou com voz fraca:


— Amigo, por acaso sabe onde posso encontrar comida?


O homem respondeu com um sorriso:


— Venha até minha cabana, vou lhe dar o que precisa.


Dentro da choupana, o homem lhe ofereceu um cantil com água fresca, e em seguida uma sacola contendo pequenas bolas de uma massa especial, parecendo bolos simples, mas com um aroma suave e reconfortante.


Enquanto entregava os alimentos, o homem explicou:


— Cada uma dessas porções tem um nome e um propósito. Você precisará de todas no caminho.


Ele apontava para cada bola enquanto falava:


— Esta aqui é o Amor.

— Esta é a Fé.

— Esta é a Mansidão.

— Esta é a Humildade.

— Esta é a Justiça.

— E esta é a Santidade.


— Guarde-as com zelo e use cada uma no tempo certo. Elas lhe darão força quando tudo parecer difícil.


Cristonaldo agradeceu com lágrimas nos olhos, pois sabia que aquelas provisões não eram apenas para o corpo, mas para a alma. Com gratidão, voltou ao caminho da luz, levando consigo não só o alimento, mas também a certeza de que Deus providencia para aqueles que permanecem na jornada.


Cristaonaldo Encontra José da Fidelidade


No mesmo caminho em que seguia com passos firmes, mas ainda sentindo os efeitos da fadiga, Cristaonaldo avistou à frente um homem de olhar sincero e passos decididos. Ao se aproximarem, o homem o cumprimentou com respeito e lhe perguntou:


— Para onde você está indo? E qual é o seu nome?


Cristaonaldo respondeu com um sorriso no rosto:


— Estou seguindo a luz, em direção à Cidade do Livramento. Meu nome é Cristaonaldo.


O homem então disse:


— Também estou seguindo para lá. O meu nome é José da Fidelidade.


Ao ouvir esse nome, Cristaonaldo sentiu-se animado, como se um novo vigor tivesse enchido seu coração, pois agora não caminharia mais sozinho. A presença de José da Fidelidade lhe foi como um bálsamo, uma confirmação de que Deus envia auxílio aos que permanecem firmes na vereda da verdade.


A partir daquele momento, caminharam juntos, orando, cantando, e animando um ao outro nas dificuldades da estrada. Tornaram-se grandes amigos e companheiros de jornada, unidos pelo mesmo propósito: alcançar a Cidade do Livramento, onde habita o Rei da Luz.


Cristaonaldo e José da Fidelidade Chegam à Cidade da Vaidade


Cristaonaldo e José da Fidelidade, seguindo firmes na jornada rumo à Cidade do Livramento, encontraram no caminho uma cidade. Ao se aproximarem dela, viram que a cidade tinha torres que brilhavam, mas não com a luz do céu. Eram tochas alimentadas com o óleo da vaidade.


Os portões eram largos e sempre abertos, convidando a todos a entrarem — não para encontrar repouso, mas para se perderem em suas muitas ofertas. Logo na entrada havia um mercado, onde se vendiam bênçãos, promessas e sonhos, tudo com etiquetas de preço. Vozes anunciavam coisas e milagres em troca de moedas e aplausos.


Os templos eram muito grandes e adornados com ouro e pedras preciosas, mas em vez de reverência, havia performances. Em lugar do altar, havia palcos; e em lugar da Palavra, slogans. O nome de Deus era pintado nas paredes, mas os corações adoravam outros senhores: o sucesso, o prazer, a aprovação, a riqueza.


Havia ruas inteiras dedicadas à adoração de ídolos — uns de pedra, outros de carne, outros invisíveis, mas reinando nos desejos. As casas estavam cheias de telas que falavam o tempo todo, ensinando o povo a amar o que é passageiro e a zombar do que é eterno.


Crianças aprendiam desde cedo a buscar a fama e não a sabedoria. Os velhos já não ensinavam o temor do Senhor, mas aconselhavam a “viver a vida”. O som da cidade era misturado de música, comércio e pregação sem cruz. Tudo era espiritual, mas nada era santo.


Os juízes amavam mais os dons do que a justiça. Os mestres ensinavam sem temor e os sacerdotes se alimentavam da gordura do povo, mas não ofereciam sacrifício algum ao Deus verdadeiro.


E no centro da cidade havia uma torre com espelhos por todos os lados. Quem olhava para ela via apenas a si mesmo e se sentia um deus.


Aquele que chegava com o livro nas mãos, com lágrimas nos olhos e verdade nos lábios era tido como louco, ultrapassado e até perigoso. Era a cidade onde tudo era permitido, menos a verdade.  


A Perseguição na Cidade da Vaidade e o Martírio de José da Fidelidade


Cristãonaldo e José da Sideridade começaram a falar àquele povo da grande destruição que viria, e da necessidade de seguirem a luz em direção à Cidade do Livramento. Eles clamavam pelas ruas, exortando os moradores a abandonarem as vaidades, os ídolos, as mentiras e os falsos brilhos daquela cidade, e a voltarem-se ao Deus verdadeiro.


Mas a cidade começou a se revoltar contra os dois. Os líderes religiosos se indignaram, os comerciantes se enfureceram, os moradores os chamavam de fanáticos, e todos se uniram em fúria. Eles foram agarrados, espancados e lançados em prisão. Depois de um julgamento injusto, foram condenados à morte.


O primeiro a ser executado foi José da Sideridade. Ele foi levado à praça central, onde uma forca estava armada. Mas mesmo enquanto era enforcado, ele glorificava a Deus em alta voz e se despediu de Cristãonaldo dizendo:


— "Nos encontraremos lá na Cidade do Livramento. Eu espero por você."


E assim partiu José da Sideridade, selando com seu sangue o testemunho da verdade.


Cristãonaldo era o próximo. Sua execução estava marcada para o dia seguinte. Mas, naquela mesma noite, alguns dos moradores da cidade que haviam crido na mensagem dos dois, tocaram em silêncio as grades da prisão e, na calada da noite, libertaram Cristãonaldo.


Ele, ao sair, abraçou cada um dos que o ajudaram e disse:


— "Vocês saiam desta cidade e sigam o caminho. Não permaneçam aqui onde a verdade é perseguida."


Eles acenaram com a cabeça, dizendo que sim. E assim, com lágrimas nos olhos, prometeram seguir a luz.


E Cristãonaldo continuou agora sozinho no caminho, na sua jornada.

Cristãonaldo, continuando a sua caminhada, percebeu que o seu fardo já não era mais pesado — agora estava leve. Ele olhava para a sua roupa e via que estava limpa. A sua bolsa com alimentos estava cheia. E o livro que ele levava, permanecia firme em suas mãos — ele não conseguia deixá-lo, pois era precioso demais para ele.


E assim, Cristãonaldo aproximava-se da cidade. Próximo à entrada, ele encontrou um homem vestido de branco. Cristaonaldo contou-lhe a sua história e falou da sua preocupação com a sua família, que havia ficado na cidade de Berginópolis.


Aquele homem, com voz serena, respondeu:


— Não se preocupe. Nós enviaremos a eles um convite para que sigam a luz e encontrem a Cidade do Livramento. João Evangelista estará lá também para persuadi-los.

Mas o homem disse:


— Eu tenho uma boa notícia para você. Sua  esposa e seus filhos já estão a caminho, correndo em direção à cidade.

E Cristãonaldo naldo chorou de alegria.

E assim, depois de uma longa e dura jornada, Cristaonaldo chegou à cidade. Os portões lhe foram abertos, e os seus olhos se maravilharam ao contemplar a glória que ali havia.


Então, foi-lhe dito:


— Vinde, bendito de meu Pai.


Ali, ele reencontrou José da Fidelidade, junto com muitos outros, todos vestidos de branco, com uma luz intensa resplandecendo em seus corpos, diante d’Aquele que tudo criou.


Reflexão


Esta mensagem traz profundos ensinamentos, que o leitor poderá identificar se dispuser a ler, reler e refletir sobre tudo o que está escrito, motivado pelo interesse nas coisas celestiais.


A mensagem central do texto precisa ser recebida por todos, e é esta: Perdinópolis será destruída. E só escaparão da condenação aqueles que saírem da cidade:


Guiados pela luz.

Nas mãos, o livro.

No caminho, a sacola com mantimentos.

Na mente, a palavra do evangelista, que diz: não desviar, não parar, não retroceder, mas seguir em frente até alcançar a cidade.


Perdinópolis é o mundo em que vivemos. O livro é a Palavra de Deus. A luz é Cristo. Os alimentos na bolsa são os frutos do Espirito Santo, a Cidade do Livramento é o lugar destinado a todos aqueles que viverem para conhecer e fazer a vontade de Deus, custe o que custar.

Decida-se.

Receba o convite.

Largue tudo.

E envolva-se na peregrinação que o levará à cidade do livramento.

Faça isso agora, enquanto ainda há tempo.



Obs:  Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

Mensagem inspirada no livro e filme : O Peregrino. 

terça-feira, 27 de maio de 2025

Os Bebês Reborn de Miriam


Título: Os Bebês Reborn de Miriam 


Os bebês reborn têm sido uma febre recentemente. Essas bonecas, que imitam bebês reais com grande realismo, atraem muitas pessoas. Porém, é preciso entender que transferir valores e emoções reais para um objeto inanimado é uma ilusão que merece reflexão.


Brincar com bonecas é uma fase natural e saudável para a criança. É parte do desenvolvimento infantil, quando a imaginação e o aprendizado sobre o cuidado e o amor estão em formação. Contudo, para o adulto, brincar com bonecas — ou com bebês reborn — não tem justificativa lógica ou saudável. Isso não é um hobby inocente; é uma fuga da realidade.


O uso de bonecas por adultos representa um distanciamento da vida real, uma confusão entre o que é imaginário e o que é concreto. Ao invés de enfrentar os desafios e responsabilidades da vida, o adulto se entrega a uma fantasia infantil, negando o amadurecimento emocional que Deus espera de cada pessoa.


Essa prática pode indicar uma fragilidade espiritual e psicológica, pois a verdade é que o ser humano foi criado para viver relacionamentos reais, para amar e ser amado de forma verdadeira — não para depositar sentimentos em um objeto sem vida.



A história de Miriam:


Miriam tinha 27 anos. Era uma mulher simples, sem filhos, e por curiosidade, resolveu experimentar algo diferente: brincar de boneca. Não qualquer boneca, mas um bebê reborn. Ao adquirir o boneco, encantou-se com o realismo e a doçura de sua aparência. Sentiu uma emoção que, segundo ela, nunca havia sentido antes. “Concebi o meu filho reborn”, disse, emocionada. Batizou-o de Orgulho, por sentir-se orgulhosa daquele que, para ela, representava seu primogênito.


Com o tempo, o que começou como uma brincadeira virou parte da rotina. Miriam trocava roupinhas, organizava horários de mamadas fictícias, saía com o bebê nos braços, o fotografava como se fosse real. Orgulho passou a ocupar o lugar de um filho real em sua vida.


Mas não parou por aí. Miriam dizia sentir “novamente” o desejo de ser mãe. E, contra as sugestões de familiares e amigos, ela “engravidou” outra vez — dessa vez, de uma menina, que nomeou como Teimosa, pois todos diziam que ela estava indo longe demais, e ela insistia: “Sou teimosa mesmo!”


Agora, com dois “filhos”, Miriam passava horas envolvida em cuidados, comprando roupas, acessórios e até berços. Seu tempo, sua energia e seus recursos iam quase que exclusivamente para o cuidado de bonecos. Enquanto isso, deixava de lado a convivência com pessoas reais, os compromissos com a vida adulta, e até sua vida espiritual. Dizia estar feliz, mas vivia em uma ilusão cuidadosamente construída. Um hobby que, na verdade, era uma fuga da realidade. Ela não percebia que estava tentando preencher vazios internos com uma fantasia que, por mais bem produzida, era falsa.

Miriam, cada vez mais envolvida com seus bebês reborn, começou a dizer que sonhava em ter uma grande família. “Enquanto eu puder engravidar, eu vou continuar tendo meus filhos”, dizia com firmeza. E assim, decidiu que teria mais um bebê.


Foi então que alguém mais próximo, preocupado com a situação, resolveu conversar seriamente com ela:

— Miriam, você pode achar que isso é só um hobby, uma diversão, mas a verdade é que isso pode ser um reflexo de algo mais profundo. Não é normal um adulto transferir afeto real e valores emocionais para um boneco. Isso pode ser carência afetiva, ou até mesmo uma fuga da realidade. Eu não sou psicólogo, mas isso não é um simples passatempo. Isso está tomando a sua vida.


Essas palavras tocaram Miriam, mas não da forma esperada. Em vez de refletir, ela ficou ressentida. Sentiu-se julgada. Achou que estavam tentando arrancar dela aquilo que lhe dava “felicidade”. E, em resposta, decidiu engravidar de mais uma criança.

— Dizem que é falso, né? Pois então eu vou chamar ela de Falsa — disse com sarcasmo. — Para lembrar que, mesmo sendo "falsa", é ela quem me faz feliz.

Apesar da recusa de Miriam em ouvir, havia pessoas que ainda se importavam com ela. Gente que a conhecia antes de tudo isso, que sabia de seu potencial, de sua inteligência, de sua sensibilidade. Tentaram alcançá-la não com julgamentos, mas com amor, com preocupação genuína.


— Miriam, isso vai te trazer consequências. Isso não é apenas um passatempo…

— Você está deixando de viver sua vida real.

— Isso vai te custar caro. Vai te prender em um mundo de ilusão.

— Você está sendo inconsequente…


Explicaram o que queriam dizer:

— Você está vivendo sem pensar nos frutos do que está semeando. Não está considerando as consequências. Você age como se nada fosse acontecer, como se não houvesse amanhã. Isso é ser inconsequente… Você não está cuidando da sua própria alma.


Mas Miriam, com o coração endurecido, respondeu com a atitude que já se tornara comum.


Com seu orgulho, que ela embalava no colo...

Com sua teimosia, que ela vestia com carinho...

Com sua falsidade emocional, que a fazia crer que tudo estava bem...

Com sua futilidade, que disfarçava sua solidão…


Ela então anunciou:

— Estou grávida de novo.


E assim, nasceu mais um bebê reborn, que ela nomeou de Inconsequente.


— Sim, é isso que acham de mim? Então ele vai se chamar Inconsequente.

— Porque eu sou assim mesmo. E não vou mudar.


Era como se cada filho fosse a defesa da sua alma ferida. Cada boneco um grito silencioso, dizendo: “não me toquem, não me digam quem eu sou”. Mas, sem perceber, Miriam ia se afundando ainda mais em uma existência artificial, onde os nomes que dava às suas “crianças” eram, na verdade, espelhos da própria realidade que ela se recusava a enxergar.


A situação de Miriam se agravou tanto que, em um certo dia, ela decidiu levar um de seus filhos para um atendimento médico. Carregando o boneco nos braços como se fosse uma criança de verdade, ela chegou determinada.


— Eu quero que meu filho seja atendido.


A atendente olhou com estranhamento. Era evidente que aquilo não era uma criança.


— Senhora… isso é um boneco.


— Para mim é uma criança! — respondeu Miriam com firmeza. — O que importa é o que eu sinto! O que importa é o que está dentro do meu coração!


A atendente, tentando manter a calma, falou:

— Mas, senhora, nós não podemos atender brinquedos. 


— Ele não é um brinquedo! Me respeite! Você está me desrespeitando?


Foi então que algo mudou no semblante de Miriam. Um espírito de vítima tomou conta da sua mente. Ela começou a chorar.


— Eu estou sendo maltratada… Ninguém me entende… Estão me agredindo… Isso não é justo comigo…


A cena chamou a atenção de outros. Miriam estava descontrolada, envolta em um sentimento profundo de injustiça. Como se o mundo estivesse contra ela, como se todos fossem cruéis por não aceitarem a sua verdade.


Diante da situação, os funcionários tentaram acalmá-la.


— Está tudo bem, senhora. Vamos ajudar, sim. Só precisamos fazer um cadastro seu, pode ser?


Pegaram seu nome, o endereço, e o contato de algum familiar. Depois, com gentileza, a liberaram para ir embora. Mas com as informações em mãos, entraram em contato com os parentes.


— Ela precisa de ajuda. A mente dela está em desequilíbrio.


Pouco tempo depois, Miriam foi internada. Diagnóstico: perda de contato com a realidade. Não temporária. Mas profunda.


Ela passou a viver sob cuidados médicos. E nunca mais voltou a viver em liberdade. Foi condenada a viver no lugar dos loucos… para sempre.


 Reflexão


Se refletirmos sobre o que aconteceu com Miriam — algo que ela mesma não fazia corretamente —, perceberemos que há muito a se aprender. Podemos chegar a conclusões profundas, e, mais do que isso, alcançar um entendimento real sobre algo que acontece, de forma mais sutil ou mais evidente, na vida de todas as pessoas: a escolha entre viver a realidade ou viver a ilusão.


O princípio dessa história abarca a todos nós. Ele toca numa questão essencial da existência humana: a necessidade de discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o que é real e o que é inventado, entre o que é apenas sentimento e o que é fato. Essa escolha define o rumo da vida de qualquer um.


Veja bem que tudo começou como uma brincadeira, uma coisa aparentemente simples, até inocente. E é assim mesmo que o engano entra: sorrateiramente, sem alarde, sem dar avisos. A ilusão, quando não é tratada com seriedade, cria raízes no coração. E com o tempo, ela toma o lugar da realidade, faz-se senhora dos pensamentos, das decisões, das crenças.


O engano não entra anunciando que é engano. Ele entra como “liberdade”, como “escolha pessoal”, como “direito de sentir”. Mas quando a verdade é abandonada, mesmo sem perceber, abre-se espaço para o delírio. Para a confusão. E, mais cedo ou mais tarde, para a destruição.


Por isso, viver na verdade exige firmeza. Exige um compromisso inabalável com aquilo que é verdadeiro, mesmo que doa, mesmo que vá contra os desejos do próprio coração. É preciso ser inalterável na busca pela verdade. Porque só a verdade preserva a sanidade. Só ela liberta. Só ela nos mantém no caminho da vida.


Miriam não percebeu aonde estava sendo levada. Mas nós podemos perceber. E podemos decidir diferente. A realidade é dura às vezes, mas a ilusão, no fim, é devastadora.


Quando não optamos pela verdade, nascem em nós os filhos de Miriam.


Miriam não percebia que os frutos de uma vida negligente com a verdade — ainda que tudo tivesse começado como brincadeira — se tornariam sementes de destruição. Ela não via que, ao abrir mão da verdade, estava gestando aquilo que um dia a destruiria. Assim também é o ser humano que rejeita a verdade. Assim é o homem que não se firma na verdade, que é Deus. Ele se torna vulnerável à ilusão, à mentira, ao pecado.


Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." (João 14:6). Optar pela verdade é, portanto, optar por seguir a Cristo. É obedecer a Cristo. E obedecer a Cristo é obedecer à verdade. Não se trata apenas de um conceito moral ou de uma opinião, mas de uma escolha espiritual com consequências eternas.


Miriam, ao abrir mão da verdade, gerou seus filhos — e seus filhos são a representação do pecado. Cada nome que ela deu, cada fruto nascido da sua ilusão, revela uma etapa da degeneração que ocorre quando se abandona a realidade de Deus.


Quando alguém decide não ser fiel à verdade, que é Jesus, essa decisão o transforma em uma árvore — uma árvore que produzirá frutos. E esses frutos serão maus. A Bíblia diz que “toda árvore é conhecida pelos seus frutos” (Lucas 6:44), e todos nós, naturalmente, somos essa árvore que produz frutos rápidos, imediatos, frutos do pecado.


Somente a decisão firme de reconhecer o sacrifício de Jesus e abandonar o pecado pode interromper essa produção de frutos destrutivos. Só a cruz tem o poder de mudar a natureza da árvore. Só o novo nascimento em Cristo pode nos libertar de produzirmos os frutos de Miriam — os frutos do engano, da confusão, da fuga da realidade, da rejeição à verdade.


Quem vive sem a verdade está à beira do mesmo fim de Miriam. Mas quem decide pela verdade, decide pela vida. 


O que Miriam precisava era abraçar a verdade.


A partir do momento em que ela decidiu seguir o seu próprio desejo — colocando sua vontade acima da obediência à verdade — ela abriu mão de ser fiel ao que era real. Miriam rejeitou a verdade para alcançar aquilo que, aos seus olhos, parecia melhor, mas que não era a realidade. Ela preferiu o seu desejo à obediência. E foi exatamente aí que tudo se perdeu.


Os filhos que Miriam gerou — os bebês reborns, bonecos artificiais que representavam filhos — foram apenas a consequência de uma decisão anterior: a de abandonar a verdade. Ela se colocou numa condição espiritual de engano, e quem vive nessa condição inevitavelmente gera frutos que são frutos do engano.


A Bíblia nos ensina que Jesus é a verdade. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Logo, abandonar a verdade é abandonar Cristo. E quem abandona a fidelidade a Cristo, inevitavelmente começará a gerar frutos maus. Essa geração de frutos não começa nas ações externas, mas na decisão interior de rejeitar a verdade.


Estar enraizado na verdade — sem negociar, sem abrir mão de absolutamente nada — é a única forma de gerar frutos verdadeiros. Se Miriam tivesse permanecido na verdade, ela seria uma mulher casada, teria filhos reais, viveria uma vida plena e verdadeira. Mas como ela colocou seu desejo acima da obediência, ela entrou num estado de rebeldia espiritual. Seus filhos reborns eram a prova visível de um coração separado da realidade. Frutos do engano. Frutos da rebeldia.


E assim como Miriam, todos nós nascemos nessa condição. Nascemos em engano, em rebelião, inclinados a produzir frutos maus. Mas há uma saída: quando decidimos reconhecer o sacrifício de Jesus Cristo, crer n’Ele como Senhor e Salvador, e viver em fidelidade à verdade que Ele é, então deixamos de produzir frutos para a morte e passamos a gerar frutos para a vida.


Só a fidelidade à verdade — que é Cristo — pode transformar a raiz do nosso ser. E só uma árvore transformada pela verdade pode produzir frutos verdadeiros.


O Sentimento Pela Verdade e o Destino Eterno


O sentimento que temos em relação à verdade definirá o nosso destino eterno. Míriam, ao decidir realizar seus próprios desejos, achou que poderia abrir mão da realidade — da verdade. Assim são muitos: desconsideram a verdade que é Cristo, ou seja, os seus ensinos, para realizar aquilo que querem. Míriam pensou: “Posso ser um pouquinho infiel à verdade. É só uma brincadeirinha leve. Não vamos ser radicais. Vamos viver uma vida suave, feliz.” E, assim, ela abriu mão da verdade.


As pessoas fazem exatamente o mesmo. Não levam a sério a verdade. A verdade é Jesus e tudo o que Ele ensinou. Em vez de se firmarem na verdade, de permanecerem fiéis a ela em tudo, estão mais preocupadas em se divertir, realizar os seus próprios desejos, viver para si mesmas. Quando alguém abre mão da fidelidade à verdade, ele entra em uma condição — uma condição de engano, de ilusão, de rebeldia — e, nesta condição, começa a produzir frutos dessa mesma natureza

O primeiro filho de Míriam foi o Orgulho. E o Orgulho aprende — prende, amarra, captura a alma. Míriam passou a amá-lo, a cuidar dele, a protegê-lo. Ele era o primogênito. Era o primeiro fruto do abandono da verdade.


Assim também são muitos hoje: não conseguem retornar à verdade — ou melhor, recebê-la — porque estão presos ao Orgulho. O Orgulho da sua religião, da sua própria maneira de pensar, da posição que querem manter:


“Eu sou uma pessoa boa.”

“Eu sou religioso.”

“Eu sou um líder espiritual.”

“Eu sou cristão.”

“Eu sou salvo.”

“Eu não sou perdido.”


Essas frases, ditas de forma autodefensiva, são correntes que os prendem. Impedem que enxerguem a verdade. E enquanto o Orgulho prende a pessoa —, Cristo, que é a verdade, não pode libertá-la, caso não abra mão do seu filho. O primeiro filho se torna o maior obstáculo.

O segundo filho de Míriam foi a Teimosia. Ela o acalentava no colo com todo carinho. A Teimosia é aquilo que nasce após o Orgulho, mas que se desenvolve como uma força própria. É a insistência em permanecer no erro, mesmo quando a verdade se apresenta. É o sentimento de luta para manter uma posição, para não ser derrubada dela. A Teimosia resiste à correção, resiste à luz. Ela é o apego emocional ao engano, a defesa ferrenha da própria vontade, ainda que contrária à vontade de Cristo.


Assim é a vida de muitos. Eles embalam no colo a Teimosia como se fosse uma virtude. Dizem: “Eu tenho personalidade”, “Eu tenho convicções”, mas essas convicções não estão alicerçadas na verdade de Cristo, e sim nos próprios sentimentos. A Teimosia mantém a pessoa presa, como se dissesse: “Mesmo que eu esteja errada, eu não volto atrás, eu não mudo, eu não cedo”.

O terceiro filho de Míriam foi a Desonestidade. Não uma desonestidade exterior apenas, mas uma desonestidade interior, profunda, que acontece no pensamento, na consciência. É quando a pessoa, para defender o seu orgulho e manter a sua posição, começa a abrir mão da verdade. Ela já não busca mais o que é justo, o que é reto, o que é verdadeiro — ela busca argumentos para sustentar aquilo que deseja manter.


Essa desonestidade se manifesta quando a pessoa passa a distorcer até mesmo aquilo que está claro, quando ela fecha os olhos para o que é evidente, para que não precise abrir mão do que construiu sobre o ego. É uma traição silenciosa à própria consciência. Ela deixa de ser sincera consigo mesma e com Deus. A verdade já não é prioridade — o que importa agora é defender a imagem, o status, a religião, a teologia, o sistema. Mesmo que a verdade de Cristo esteja diante dos olhos, ela prefere ignorá-la para não confrontar aquilo que já decidiu sustentar.


O quarto filho de Míriam foi a Futilidade. Ela o embalava com afeto, como se fosse algo precioso, mas tudo o que esse filho representava era vazio. A Futilidade é quando a mente se ocupa com aquilo que não tem valor eterno. É quando a pessoa vive em função das coisas que vão passar — aparência, status, conforto, entretenimento, conquistas materiais — e se esquece do que realmente importa: a verdade, a fidelidade a Cristo, os valores do Reino de Deus.


Míriam se dedicava ao que é temporário, ao que encanta os olhos, mas que não permanece. E assim são muitos: se prendem àquilo que é fútil e desprezam aquilo que é eterno. Vivem uma vida inteira investindo no que não tem peso de glória, enquanto negligenciam o chamado de Deus, a santidade, o arrependimento, a obediência à verdade. A Futilidade ocupa o tempo, o coração e os sonhos, e a alma vai se afastando, cada vez mais, da eternidade com Deus.


Todos nós nascemos com Míriam, no pecado — que é contrariarmos a verdade, que é Cristo.


"Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23).


"Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte; assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Romanos 5:12).

Mas assim como os Conselhos da Verdade se manifestaram a Míriam, os Conselhos da Verdade também se manifestaram a nós, nos chamando a um compromisso de fidelidade à verdade — ou seja, à fidelidade aos ensinos de Jesus Cristo que estão na Bíblia.

Como disse o Senhor Jesus:

“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:15-16).

O Evangelho é isso: é romper definitivamente com a ilusão — que é a desobediência à verdade, que é a Palavra de Deus — em reconhecimento ao sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

Essa decisão é a decisão de matar os filhos do estado de desobediência à verdade, que é a Palavra de Deus. É sair desse estado de desobediência e passar ao estado de fidelidade a Deus, para que agora possamos produzir frutos do Espírito, e não mais frutos da ilusão do pecado.


Qual a sua decisão?

Você vai continuar como Miriam, no estado de ilusão, ou seja, na infidelidade à verdade, que é Cristo e Sua Palavra?

Ou você vai assumir uma aliança de fidelidade à verdade, que é a Bíblia, a Palavra de Deus, e dar frutos do Espírito para a vida eterna?

Você vai continuar na ilusão dos rebornes espirituais ou vai viver a realidade da vida eterna?



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domingo, 25 de maio de 2025

A Real História de Cristina

 



A Real História de Cristina


Esta é a história de Cristina. Uma jovem como tantas outras. Inteligente, cheia de energia, cercada de amigos, vivendo a fase da juventude — uma das etapas mais intensas e decisivas da vida. Cristina representa uma geração que está em construção: jovens que saem da adolescência e começam a se inserir no mundo adulto, fazendo escolhas, enfrentando desafios, descobrindo caminhos e, muitas vezes, testando os próprios limites.


Ao contar a história de Cristina, nos aproximamos da realidade de muitos. Sua trajetória reflete a busca por liberdade, por aceitação, por felicidade. Ela é o espelho de uma juventude que quer viver intensamente, que busca aproveitar cada oportunidade, mas que, nem sempre, está atenta às consequências que determinadas decisões podem trazer. Este texto nos convida a refletir sobre isso — sobre os passos que damos quando estamos começando a trilhar o nosso próprio caminho.


Vamos falar a respeito de Cristina.


Cristina era uma bela jovem de um metro e sessenta e seis de altura, com um peso proporcional à sua estatura. Tinha cabelos longos e negros, que destacavam ainda mais sua beleza natural. Era notável aos olhos de quem a via: uma moça bonita, simpática, de sorriso fácil e presença marcante.


Alegre e extrovertida, Cristina gostava de se reunir com os amigos. Estudava, tinha seus compromissos, mas também valorizava os momentos de lazer. Era comum vê-la saindo para se divertir, especialmente à noite, quando se encontrava com seus colegas para conversar, rir e aproveitar a companhia uns dos outros.


Sentavam-se à mesa, como é de costume entre os jovens, e ali bebiam, conversavam, e compartilhavam momentos que faziam parte da rotina de sua juventude. Era uma prática comum, algo natural em sua vida.


Cristina também tinha seus anseios e expectativas em relação à vida. Sonhava em concluir a faculdade, conseguir um bom emprego, encontrar um verdadeiro amor — alguém com quem pudesse compartilhar sua vida. Desejava, quem sabe, formar uma família, ter filhos, construir um lar.


Ela queria viver a vida com alegria, aproveitar cada momento, se divertir, sorrir, estar cercada por pessoas queridas. Eram sonhos simples, mas cheios de significado. Sonhos que, na verdade, refletem os desejos de muitos jovens em sua fase de descobertas e esperanças.

Foi em um desses encontros entre amigos — regados a conversas, risos e uma pizza na mesa — que Cristina conheceu Rodrigo. Ele era um jovem de 25 anos, simpático, educado, calmo, e demonstrava ser um rapaz de boa índole. Já havia concluído seus estudos e trabalhava ao lado do pai em um pequeno negócio da família.


Logo no primeiro contato, houve entre os dois uma identificação natural. Olhares, sorrisos e gestos logo revelaram o encanto mútuo. Não demorou para que começassem um namoro.


No terceiro encontro, já mais próximos, Cristina e Rodrigo passaram a se envolver de forma mais íntima. Iniciaram uma vida sexual ativa, como era comum entre os jovens do seu grupo de amizades. Para eles, isso parecia apenas mais uma etapa natural do relacionamento.

Era um sábado à noite. Os jovens haviam combinado se reunir em um bar já conhecido por eles, para tomar cerveja, conversar e se divertir como sempre faziam. Estavam todos lá — amigos animados, risadas espalhadas, e entre eles, o casal Cristina e Rodrigo. Sentados lado a lado, abraçados, os dois transbordavam alegria. Cristina estava especialmente feliz: estava prestes a concluir a faculdade, tinha encontrado um grande amor e vivia momentos que ela mesma considerava maravilhosos ao lado de Rodrigo.


O tempo parecia voar. Entre conversas, cervejas, algumas caipirinhas e porções, a madrugada avançava sem que percebessem. Por volta das três horas da manhã, o bar já se preparava para fechar. Aos poucos, o grupo foi se dispersando, cada um tomando o rumo de casa.


Cristina e Rodrigo, que haviam ido em carros separados, se despediram ali mesmo. Marcaram um novo encontro para o domingo e seguiram cada um para sua casa.


No carro a caminho para sua casa, o celular de Cristina tocou. Era Rodrigo. O aparelho estava no banco do carro. Curiosa, talvez imaginando uma última palavra carinhosa, ela pegou o telefone para atender. No entanto, além de estar alcoolizada, aquele momento de distração foi o suficiente: o carro saiu da pista, subiu no meio-fio e, sem controle, chocou-se violentamente contra um poste.

Embora Cristina estivesse usando o cinto de segurança, a batida foi tão forte que ela não resistiu aos ferimentos. Teve morte instantânea.


Cristina — uma moça cheia de alegria, cheia de expectativas, feliz, espontânea, cheia de vida — teve sua existência abruptamente interrompida. Uma vida ceifada no auge da juventude, quando tudo parecia estar começando.


No dia do enterro de Cristina, estiveram presentes seus amigos, parentes, colegas de faculdade e familiares. Em meio à dor da perda, muitos tentavam consolar uns aos outros recordando o que Cristina havia sido em vida. Diziam que ela foi uma menina maravilhosa, sempre respeitosa e carinhosa com os pais, querida por todos na faculdade, uma jovem sorridente, alegre, cheia de vida, e que gostava de ajudar as pessoas. E assim, entre lágrimas, palavras de afeto e lembranças, despediram-se de Cristina.


Mas aquilo que você vai ouvir agora é algo que você desconhece a respeito dessa história. É algo que estava oculto e que você precisa saber.



Essa história que aconteceu com Cristina não é um caso isolado, nem raro. É algo que, infelizmente, se repete com muitas pessoas. Jovens que têm a vida pela frente, planos, sonhos, um caminho ainda por trilhar — e, de repente, tudo se encerra de forma inesperada. Mas o que vamos tratar agora é o que está por trás dessa história, algo que muitos desconhecem, mas que precisa ser revelado. Como já dizia Shakespeare, em “Hamlet”: ‘Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia.’

Na vida, existe uma realidade espiritual. E aqueles que estão alienados a essa realidade acabam se tornando vítimas da própria ignorância em relação a ela.

A vida não é apenas viver segundo os padrões da sociedade — ainda que esses padrões pareçam normais, adequados, e sejam amplamente aceitos pela maioria.

A jovem Cristina estava perfeitamente encaixada dentro dos padrões da sociedade. Ela queria estudar, ter um futuro, trabalhar, construir uma família, se alegrar, se divertir. Ela vivia conforme os valores que o mundo considera normais e aceitáveis.


Só que Cristina não conhecia a realidade espiritual que existe nesta vida. Ela estava alheia. Estava ignorante. Estava alienada a essa realidade espiritual.


Embora Cristina achasse que estivesse tudo bem — que estivesse trilhando o caminho certo, fazendo esforço para estudar, sendo alegre, cercada de amigos, vivendo sua vida da forma que julgava correta —, essa não era a verdadeira realidade.


Nessa história, há vários erros no comportamento de Cristina. Porém, eles só poderiam ser identificados por ela caso tivesse entendimento da realidade espiritual da vida. E talvez você, como leitor, também não tenha percebido esses erros à primeira vista. No entanto, aqueles que têm uma vida verdadeira diante de Deus, que conhecem a realidade espiritual da existência, conseguem discernir com clareza esses comportamentos que passam despercebidos aos olhos naturais.

Porém, os erros de Cristina não são o cerne da questão. São apenas consequências.

Mas qual seria, então, esse desconhecimento da realidade por parte de Cristina? Que realidade é esta, desconhecida por Cristina, que teve influência direta na sua história?


A realidade é que a vida não consiste apenas neste mundo. Existem grandes verdades a respeito da vida que Cristina deveria ter buscado.


Cristina cursava uma faculdade, aprendia aquilo que lhe possibilitaria o seu sustento, através do seu trabalho. Mas desconhecia aquilo que era fundamental: as grandes perguntas a respeito da vida, desconhecia a respeito da vida real que deveria viver segundo o seu Criador, desconhecia a respeito do seu destino eterno, que poderia a qualquer momento se manifestar. Na verdade, Cristina vivia de uma maneira louca, ou seja, ignorante, daquilo que é fundamental.

Por sua ignorância, por sua ausência de luz, Cristins estava presa, amarrada, cercada por tradições, por uma maneira de viver recebida do mundo em que vivia, Cristina seguia um caminho comum, mas afastado da verdade essencial.

Cristina tinha o seu próprio projeto de vida. E todo projeto de vida sem a luz da verdade tende a resultar em desgraça. Era como se Cristina fizesse um trabalho da sua faculdade completamente desprovida dos ensinamentos que a fundamentariam a fazer o projeto correto. Com certeza, Cristina seria reprovada.


Embora Cristina fosse uma excelente aluna e, em breve, seria aprovada com mérito e louvor, porém, na faculdade da vida Cristina era completamente ignorante e seria reprovada — como de fato foi.


O fim trágico de Cristina não foi a sua morte, mas sim o fato de morrer na escuridão, sem a luz — a luz que, com certeza, a levaria a uma vida diferente da que ela levava.


Qual era, então, o fundamento de vida que Cristina deveria ter? Qual é a verdade, a luz que deveria dirigir a vida de Cristina?


Cristina deveria ter buscado a Deus acima de tudo. Deveria ter disposto no seu coração o firme propósito de conhecer e fazer a vontade de Deus.


Essa disposição de conhecer o seu Criador e viver para fazer aquilo que é certo — ou seja, aquilo que está em conformidade com Deus — com certeza a levaria a Jesus Cristo, a verdade e a luz.


Esta Luz iluminaria o caminho de Cristina e modificaria os erros em que ela vivia — erros nos quais, infelizmente, ela morreu estando ainda neles.

Com certeza, no curso dos seus 23 anos de idade, Cristina já deveria ter ouvido falar a respeito de Jesus — o Filho de Deus que veio ao mundo, a Luz, o Caminho, a Verdade e a Vida.


Mas, infelizmente, Cristina morreu sem estar seguindo a Luz. Morreu sem estar no Caminho. Morreu sem estar, de fato, iluminada pela Verdade. Morreu sem o conhecimento da Verdade e sem a Vida.


Cristina deveria ter entregue a sua vida para Jesus. Deveria ter reconhecido Jesus como o Deus que se fez carne e veio ao mundo, e derramou o Seu sangue para pagar pelos nossos pecados.


Ele fez isso para que nós não vivêssemos mais em pecado, mas em fidelidade a Deus. E em fidelidade ao Deus que se revela através da Bíblia.


Através da Bíblia, Cristina estaria afastada dos pecados que a levaram àquela situação — e que fizeram com que ela morresse naquela condição.


A Bíblia diz:


"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite."

(Salmo 1:1-2 – Almeida Revista e Atualizada)


Se Cristina estivesse seguindo a Jesus, ela não estaria sentada naquela mesa de bar, em comunhão com pessoas que não tinham uma verdadeira vida com Deus. Ela estaria vivendo em obediência à Palavra, separada do caminho dos pecadores e dos escarnecedores, e buscando agradar ao Senhor com sua vida.


A Bíblia diz claramente:

"Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os fornicários, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus."

(1 Coríntios 6:9-10 – Almeida Revista e Corrigida)


O acidente de Cristina ocorreu enquanto ela estava embriagada. O álcool tirou seus reflexos, a prudência, a capacidade de julgamento e controle que poderiam ter evitado aquele trágico desfecho. Cristina morreu embriagada. E mais do que um fator físico ou acidental, isso representa uma condição espiritual diante de Deus.


Ela morreu em um estado que a Bíblia declara como condenável. Ela morreu embriagada, dentro de uma conduta que a Palavra de Deus afirma ser de quem está afastado de Deus — uma conduta que conduz à condenação eterna. Não é apenas a morte física que pesa nesse caso, mas a morte espiritual: morrer longe da luz, longe da Verdade, longe de Cristo.


Cristina mantinha uma vida sexual ativa com Rodrigo, e isso, segundo a Palavra de Deus, é fornicação. A Bíblia chama de fornicário aquele que pratica fornicação, que é o relacionamento sexual fora do casamento. Isso é um pecado sério, condenado por Deus, e a Palavra é clara: os fornicários não herdarão o Reino de Deus.


Cristina morreu nesta condição, vivendo aquilo que a Bíblia condena, sem arrependimento, sem conversão, e, portanto, afastada da herança da vida eterna prometida por Deus aos que vivem em santidade. Ela estava numa vida de pecado, sem luz, sem direção, longe de Jesus Cristo — a Verdade que liberta e salva.

Cristina morreu sem conhecer a Deus. Ela morreu na fornicação e na embriaguez, dois pecados que a Bíblia condena claramente. Ela morreu condenada, porque não tinha o conhecimento da vontade de Deus e não obedecia ao Evangelho de Jesus Cristo.


A Palavra de Deus é muito clara a respeito do destino daqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho:


"Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;

os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder."

(2 Tessalonicenses 1:8-9 – Almeida Revista e Corrigida)


Cristina padeceu essa eterna perdição, não por ignorância inocente, mas porque recusou buscar a Deus enquanto tinha tempo. Viveu em seus próprios caminhos, afastada da luz, fora da verdade, sem entregar sua vida ao Senhor Jesus, que é o único caminho de salvação.

"Apesar de que, no seu enterro, a história de Cristina foi contada de uma forma diferente — repleta de elogios, lembranças carinhosas e palavras de conforto — a verdade é que a real história de Cristina foi marcada por uma vida sem Cristo, vivida no pecado e sem salvação."


Conclusão


A história de Cristina pode ser a sua, ainda que em faixas etárias diferentes. Se você está vivendo sem conhecer a Deus através da sua Palavra, sem entregar a sua vida a Jesus Cristo, sem morrer para o pecado e viver em fidelidade aos ensinamentos de Cristo revelados na Bíblia, você está como Cristina.


A maioria das pessoas vive como Cristina: no pecado, longe de uma vida de fidelidade a Cristo — custe o que custar.


Você vai continuar vivendo como Cristina?

Você vai ter o mesmo fim de Cristina, morrendo no pecado?

Ou vai mudar a história da sua vida?



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sábado, 24 de maio de 2025

Escravos do Próprio Querer

 



Titulo: Escravos do Próprio Querer 


Introdução


Há um drama silencioso que domina a vida de muitas pessoas. É o drama de serem vencidas por um desejo intenso, que as impulsiona a fazer o que não gostariam, o que sabem que é errado, o que no fundo não querem praticar. Mesmo conscientes, não conseguem resistir — porque essa força parece maior do que elas.


Precisamos entender o que está por trás disso. Seria apenas uma questão interna? Ou existe algo externo alimentando esse impulso? O fato é que essa força cresce. O que começa como um desejo, se torna um hábito. E o hábito vira uma prisão. Se não for interrompido, se fortalece, até dominar completamente.


É por isso que precisamos compreender como isso funciona — e o que a Palavra de Deus revela sobre esse drama.


1. Primeiro passo: reconhecer o problema


Quem é dominado por seus desejos precisa, antes de tudo, admitir que está doente.

É como o alcoólatra que não aceita que precisa de ajuda, o dependente químico que acredita ter controle, ou a pessoa com transtornos psicológicos que rejeita tratamento.

Enquanto não há reconhecimento da enfermidade, não há cura.

O desejo incontrolável cresce como um câncer: silencioso, resistente e destrutivo.

Mas nem sempre o desejo se manifesta apenas como uma impulsão para o que é errado.

Às vezes, é a vontade de não fazer o que se deve fazer — uma força que retém, que paralisa.

É o mesmo poder operando de forma contrária, impedindo ações corretas, afastando do bem.

Negar esse estado é entregar-se cada vez mais à escravidão.

Esse estado, se não eliminado, se não extirpado, cresce e leva a pessoa a um ponto sem volta.

Destrói por completo, conduz as circunstâncias a uma condição irreversível, como qualquer enfermidade grave que, se ignorada, traz fortes sequelas e, por fim, a morte.


2. As consequências da não eliminação do problema


Ignorar o problema ou tentar conviver com ele é como tentar domar uma fera selvagem com palavras suaves. Por um tempo, pode até parecer controlável — mas ela está viva, crescendo, espreitando, esperando a oportunidade de dominar por completo.


Essa força que habita no desejo não extirpado é progressiva e invasiva. Ela se instala na mente, nos sentimentos e, pouco a pouco, vai moldando o caráter. O que antes causava repulsa passa a ser aceito. O que era condenado internamente começa a ser racionalizado, justificado, normalizado.


A consciência se torna insensível. A verdade já não confronta. O mal já não incomoda. A alma entra em estado de dormência espiritual. E é nesse ponto que o perigo se torna extremo.


O pecado que não é vencido se torna senhor. Ele assume o controle, determina ações, constrói padrões de pensamento, estabelece hábitos. A vontade humana, já enfraquecida, se curva diante da força do hábito, da inclinação e da ausência de resistência.


E, como a Palavra de Deus declara: “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Não se trata apenas de uma morte física, mas de uma desconexão com a vida verdadeira, com a presença de Deus, com o propósito eterno.


A não eliminação desse mal leva à escravidão completa. O ser humano, criado para viver em liberdade e comunhão com Deus, passa a viver acorrentado, dominado, sem forças para reagir. E quanto mais tempo se permanece nessa condição, mais difícil se torna retornar.


Por isso, o reconhecimento do problema deve ser seguido da ação urgente. Não basta admitir: é preciso agir. O câncer da alma precisa ser arrancado — com decisão, com arrependimento, com a verdade da Palavra e com a ajuda de Deus.


3. A ilusão da religião e o agravamento do mal


A religião, por si só, não resolve o problema. As práticas religiosas, ou até mesmo o cristianismo vivenciado sem a verdadeira eliminação do pecado, não curam — apenas mantêm a enfermidade oculta. Continuam existindo os mesmos sintomas, os mesmos sinais de escravidão, mas agora cobertos por uma aparência de piedade.


É como alguém que tem um câncer avançado, e ao invés de tratar a doença, se preocupa apenas em usar uma peruca para esconder a queda de cabelo, maquiar o rosto para disfarçar o abatimento e vestir-se bem para parecer saudável. A aparência muda — mas o mal continua lá, ativo, crescendo, avançando. E essa maquiagem religiosa impede justamente o que mais é necessário: o diagnóstico verdadeiro, o reconhecimento do problema.


O pecado precisa ser extirpado, eliminado. Se permanece, mesmo que disfarçado por atitudes externas como orações, idas à igreja, louvores, leitura bíblica, caridade ou até uma vida moral irrepreensível — ainda assim, ele segue dominando, enraizado. E isso é trágico, porque engana. Coloca o doente como se estivesse curado. Dá o atestado de saúde para alguém que está à beira da morte espiritual.


Por isso, essa é uma das formas mais graves de agravamento da enfermidade. O pecado não reconhecido, por causa da religiosidade, se torna invisível aos olhos da própria pessoa. E se não há consciência do mal, não há arrependimento. E se não há arrependimento, não há cura.


É exatamente isso que o texto de Apocalipse quer dizer ao afirmar: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda..." (Apocalipse 22:11). Não é um incentivo ao erro — é uma advertência severa. Porque enquanto o sujo se vê como limpo, ele jamais será lavado. Só há transformação quando se admite a impureza. Só há libertação quando se reconhece a escravidão.


A religião sem libertação apenas mascara o problema. E quem continua vivendo assim, ainda que externamente pareça piedoso, continuará morrendo aos poucos, escravizado por dentro, sem nunca ter dado o primeiro passo para a verdadeira cura: o reconhecimento da necessidade de ser purificado e liberto.

A cura: a libertação plena do pecado por meio de Cristo

É fundamental afirmar com toda clareza — não existe cura parcial. Ou a doença é eliminada por completo, ou ela continua matando. O pecado é exatamente assim. Ele não pode ser tratado superficialmente, nem atenuado com boas intenções ou comportamentos morais. O pecado precisa ser extirpado da vida do homem.


Jesus foi categórico: "Quem comete o pecado é escravo do pecado." (João 8:34). Isso significa que enquanto o pecado permanece, a vontade da carne segue dominando, e a pessoa continua em escravidão — mesmo que tenha uma aparência religiosa.


O apóstolo Paulo descreve essa realidade de forma dramática em Romanos 7: “O bem que quero fazer, esse não faço, mas o mal que não quero, esse faço.” E então ele exclama: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24).


Essa declaração é profunda. Paulo reconhece que está morto espiritualmente, dominado por uma vontade que ele mesmo não controla. A palavra “miserável” expressa a condição real de todo aquele que ainda não foi liberto do pecado — alguém que, mesmo desejando o bem, pratica o mal. E o próprio Senhor Jesus afirmou que “os que praticaram o mal sairão para a ressurreição da condenação” (João 5:29).


Mas a pergunta de Paulo abre caminho para a única resposta possível: “Quem me livrará do corpo desta morte?” A resposta vem logo adiante, no capítulo 8: Cristo Jesus. Ele é o único que pode libertar o homem do pecado, da morte e da condenação eterna.


A verdadeira cura e libertação total do pecado é através do reconhecimento do sacrifício de Jesus na cruz e do abandono do pecado. O sangue de Jesus é o poder, primeiro, para permitir que o homem seja curado e, portanto, livre da condenação eterna. A cura se dá pela aplicação do sangue de Jesus na vida da pessoa. É o reconhecimento deste sacrifício, na mente e no coração da pessoa, que dará a ela o poder para resistir ao pecado.


4. A consciência cauterizada e a impossibilidade da cura


Existe uma condição espiritual descrita na Bíblia que também encontra respaldo na neurociência: a consciência cauterizada.


O apóstolo Paulo afirma: “pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4:2). Isso significa que, por meio da repetição do erro, da resistência à verdade e da prática contínua do pecado, a consciência pode perder sua sensibilidade ao certo e ao errado.


A ciência chama isso de dessensibilização emocional e moral. O sistema límbico, responsável por emoções e juízo moral, começa a falhar. A pessoa deixa de sentir remorso, empatia, ou senso de culpa. Estruturas como a amígdala, relacionada ao medo e à percepção moral, e o córtex pré-frontal, ligado à tomada de decisão e julgamento, passam a funcionar de forma distorcida — ou podem até se tornar inativas diante de estímulos morais e espirituais.


A neurociência descreve esse estado como padrão neural fixo, ou em casos extremos, psicopatia funcional — quando o indivíduo simplesmente não responde mais a apelos morais, éticos ou espirituais. Ele não se arrepende, não sente, e não escuta mais a voz da consciência. É um ponto sem retorno.


Isso está diretamente ligado ao que Jesus chamou de pecado imperdoável contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32). Não porque Deus não queira perdoar, mas porque a mente da pessoa já não busca o perdão. Ela fechou a porta. A ponte foi queimada. O Espírito Santo falava, alertava, confrontava — mas após contínima resistência, a voz já não é mais ouvida.


Resumindo: o pecado contra o Espírito Santo é, neurocientificamente, um estado mental e espiritual irreversível, em que a pessoa se torna insensível à verdade, ao arrependimento e ao apelo divino. Isso ocorre pela repetição do erro, pela rejeição consciente da verdade, e pelo endurecimento constante do coração. O Espírito já não encontra espaço para operar — a rejeição foi definitiva.


Apelo Final: Enquanto Ainda Há Tempo.


Deus está te dando uma última oportunidade. Uma chance real.

Não ignore isso. Não é apenas um convite — é um alerta solene e urgente.

A sua vida pode terminar a qualquer momento.

O seu coração pode parar ainda hoje.

E a sua mente pode se fechar para sempre.


Decida-se enquanto ainda há tempo.

Enquanto há tempo cronológico, porque você pode morrer amanhã.

Enquanto há tempo mental e espiritual, porque o pecado não destrói apenas o espírito — ele também corrompe a mente e o corpo.


Arrependa-se enquanto a doença não corromper o seu cérebro.

Enquanto houver plasticidade neural, há possibilidade de transformação e mudança verdadeira.

Enquanto ainda não houve alteração dos padrões cerebrais de forma definitiva, ainda há caminho para o arrependimento.


Mas quando o pecado endurece o coração e a pessoa insiste em resistir à verdade, considerando o arrependimento inconcebível,  a consciência se cala, o Espírito Santo já não é mais ouvido, e a alma entra num estado irreversível de perdição.

Isso é o pecado imperdoável — não porque Deus não queira perdoar, mas porque a pessoa não quer mais se arrepender. A ponte foi queimada.


Por isso, enquanto ainda há um suspiro de vida na sua consciência — antes que ela morra, antes que ela seja cauterizada, antes que não haja mais solução, antes que a sua morte e a sua condenação sejam definitivas, ainda que você esteja vivo — você precisa agir. Pode ser que a sua consciência morra e não haverá mais condições de arrependimento para a salvação 

Alguns dizem: “Enquanto há vida, há esperança”, mas a verdade é que a esperança pode morrer antes, quando a consciência já foi cauterizada.


Aplique o único remédio: o sangue de Jesus Cristo, derramado na cruz pelos seus pecados.

Reconheça esse sacrifício. Abandone imediatamente o pecado.

Sujeite-se a Deus e resista ao diabo, e ele fugirá de vós.

Busque o poder do Espírito Santo. Permita que Ele transforme a sua mente e salve a sua alma.

E então você poderá morrer liberto do pecado, salvo pela graça e herdeiro da vida eterna.


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