Titulo: Os que conhecem a santidade de Deus entendem a imundicia que é o pecador
Tema: Deus odeia o pecador, pois o pecado não existe sem aquele que o pratica
Introdução
Muitas vezes, ao falar sobre a relação de Deus com o pecado, ouvimos a afirmação de que "Deus ama o pecador, mas odeia o pecado". No entanto, essa ideia não encontra fundamento sólido nas Escrituras. A Bíblia revela que Deus é santo e, por isso, abomina o pecador e sua ação pecaminosa. O pecado não é uma entidade separada do pecador; ele é um reflexo da condição corrupta do homem. Deus não pode simplesmente odiar algo abstrato, enquanto ama aquele que o produz. Pela Sua santidade, Deus odeia o mal. E o homem mau não pode receber o amor de Deus, porque ele é mau, e Deus odeia o mal. O pecador é a fonte do pecado, e é sobre ele que recai a justa ira de Deus.
Nesta mensagem, veremos que Deus, em Sua santidade, odeia o pecador e o rejeita por causa de sua maldade, pois o homem sem Deus é mau e está debaixo da ira divina. Sabemos que o homem está sem Deus, quando ainda não abandonou aquilo que o separa de Deus, o mal que é o pecado. Também refletiremos sobre o único meio de escape dessa condenação: a transformação que vem através de Cristo.
Pontos
1. Deus odeia os que praticam o mal
A santidade de Deus é absoluta e inegociável. Ele não pode tolerar o mal nem fazer vista grossa à rebeldia humana.
Salmo 5:5-6
"Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. Destruirás aqueles que proferem a mentira; o Senhor abomina o homem sanguinário e fraudulento."
Este texto deixa claro que Deus odeia os pecadores, pois são eles que praticam a maldade. O foco do ódio de Deus não é um conceito abstrato chamado "pecado", mas sim aqueles que vivem em rebeldia contra Ele.
Provérbios 6:16-19
"Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos."
Cada um desses itens está ligado à pessoa do pecador. Deus não odeia apenas as ações, mas aqueles que as praticam.
Romanos 9:13:
"Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú."
2. O pecado não pode ser odiado, pois ele não existe sem o pecador
O pecado não é um ser, um ente ou uma entidade autônoma que possa ser alvo da ira divina. Ele é apenas a consequência do desejo e da ação do homem. O pecado não possui vontade própria, não é um agente moral independente e não pode ser responsabilizado ou julgado como se fosse um ser consciente.
A Bíblia nos ensina que o pecado é gerado dentro do homem, sendo um reflexo de sua natureza caída.
Tiago 1:14-15
"Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte."
O pecado é resultado direto da vontade do pecador. Portanto, não faz sentido que Deus odeie o pecado de forma isolada, pois o pecado não existe sem aquele que o pratica. A ira de Deus não se volta para um conceito abstrato, mas para a pessoa que produz a iniquidade.
Além disso, não se pode imputar ao pecado absorção ou condenação, punidade ou impunidade, nem ódio nem amor de Deus, porque ele não é um ente que produz algo. O pecado não pode ser responsabilizado de nada. Ele não toma decisões, não age por si só, não tem existência independente. Logo, foge à racionalidade dizer que Deus odeia o pecado e ama o pecador. Essa ideia é contraditória e sem base bíblica.
Aqueles que têm o Espírito Santo sentem repugnância pelo pecado
A Bíblia nos ensina que aqueles que andam no pecado e decidem viver em fidelidade a Deus recebem o Espírito Santo. E quando a pessoa recebe o Espírito Santo, ou seja, está em fidelidade a Deus e tem o Espírito Santo, ela sente repugnância pelo pecado. Isso acontece porque é o Espírito Santo de Deus que habita nela.
O verdadeiro crente não trata o pecado como algo normal na vida cristã. Ele conhece a verdade e tem o Espírito Santo de Deus, e o sentimento que ele tem é de repugnância total, completa, absoluta por tudo o que é contrário à vontade de Deus. Ele reconhece a santidade de Deus porque o próprio Deus Santo está nele.
Por isso, dizemos que aqueles que conhecem a santidade de Deus, por Deus habitar neles, entendem a abominação que é ser pecador.
Romanos 8:9
"Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele."
Quem é nascido de Deus não peca, pois não está mais no estado de pecado, ou seja, não pratica mais o pecado. Ele não é mais escravo do pecado, pois a semente divina permanece nele, e o que ele vai produzir é fidelidade.
1 João 3:9
"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado, porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus."
3. A origem da falsa crença de que Deus ama o pecador e odeia o pecado
Se essa ideia não tem fundamento bíblico, de onde ela surgiu? A resposta é simples: é um engano promovido por Satanás para distorcer a verdade e cegar o entendimento dos homens.
A fé nessa crença é contrária à mensagem da salvação porque imputa a Deus um caráter que Ele não tem. Esse conceito nega a santidade de Deus, que é o completo afastamento do mal, e ignora o fato de que amar o bem exige necessariamente o ódio ao mal. Quando se diz que Deus ama o pecador e odeia o pecado, está-se negando a própria natureza de Deus e sua justiça.
A igreja, ao evangelizar, muitas vezes propaga essa mentira sem perceber. Um exemplo claro disso é quando um visitante chega e é recebido com palavras como:
"Seja bem-vindo, sua presença é um prazer, eu afirmo com toda certeza que Deus ama você."
Se esse visitante é um pecador, essa afirmação é uma mentira. Deus não ama o pecador enquanto ele permanece em sua iniquidade. Ele ama aqueles que são transformados, aqueles que passam da morte para a vida.
Esse erro doutrinário é uma prova incontestável da incapacidade de raciocínio espiritual das pessoas, pois o diabo cegou o entendimento delas. Elas acreditam em uma falsa misericórdia e distorcem a verdade, negando a santidade de Deus.
Conclusão
A santidade de Deus exige separação total do pecado e de quem o pratica. O pecado não existe sem o pecador, e é sobre o homem mau que recai a ira de Deus. A única forma de escapar dessa condenação é pelo arrependimento e transformação em Cristo. Quem permanece no pecado continua debaixo do ódio divino.
João 3:36
"Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus."
Que essa verdade nos desperte para a realidade da santidade de Deus e da necessidade urgente de pregar o verdadeiro evangelho, sem concessões à mentira.
Perdoai senhor por piedade is meus pecados minha maldade e me conduz a Vida eterna.
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