sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

O Drama da Mulher e as Duas Personalidades


Título  O Drama da Mulher e as Duas Personalidades


Havia uma mulher que vivia dividida entre duas personalidades. Uma delas era boa: cheia de amor, mansidão e desejo de buscar a Deus. A outra era má: rebelde, orgulhosa, independente. Não se submetia a ninguém, não levava desaforo, fazia o que queria sem considerar as consequências. Vivia em prazeres, na farra, nas bebedices e nas orgias. Não tinha desejo de se esforçar por nada que exigisse renúncia ou sacrifício.


Sempre que tentava seguir o caminho da bondade, sentia dor, humilhação e dificuldades. Mas quando cedia à personalidade má, encontrava prazeres momentâneos e fazia tudo o que queria sem restrições. Assim, vivia em constante conflito, sem nunca decidir de vez qual delas deveria prevalecer, qual deveria ser morta e qual deveria viver.


Foi então que, certo dia, ao refletir sobre a sua sorte, percebeu que a personalidade má sempre tinha mais força e a dominava. A boa só surgia em momentos de necessidade, mas nunca permanecia por muito tempo. Muitas vezes, ela tentava fazer um misto entre as duas personalidades, buscando equilibrar-se entre o bem e o mal. Mas também não conseguia. Tentava enganar-se com essa mistura, achando que poderia manter um pouco de cada uma sem precisar escolher definitivamente.


Além disso, ela não conseguia olhar para dentro de si. A mulher má a impedia de refletir sobre o seu estado e reconhecer sua condição real. E por isso sofria. Mas certa vez, a personalidade boa dentro dela começou a se manifestar com mais força. Ela começou a olhar para essa personalidade com interesse, a flertar com a possibilidade de viver de outra maneira. Até mesmo sonhava em ser diferente. Foi quando ela decidiu escutar essa voz interior e, pela primeira vez, olhou para dentro de si mesma.


O que viu a assustou. Dentro dela, havia um monstro. Um ser que controlava sua vida, que a impedia de mudar, que a enganava e a fazia acreditar que tudo estava bem. Quando se deu conta disso, sentiu medo e desespero.


Foi então que apareceu um sábio. Ele olhou para ela e disse:


— Agora você vê a verdade. Esse monstro sempre esteve aí, mas você nunca quis enxergá-lo. Ele dominava sua vida, e você o alimentava sem perceber. Mas há um caminho para a liberdade. Você precisa tomar uma decisão definitiva. Ou mata esse monstro, ou ele continuará destruindo você.


E então o sábio lhe explicou algo ainda mais profundo:


— Esse monstro, essa personalidade má, está dentro de você. Mas a personalidade boa está fora. Ela deseja entrar, mas não pode. Essa personalidade boa é Cristo. O Espírito Santo deseja habitar em você, mas não pode enquanto o velho homem continuar vivo. Você não tem duas personalidades dentro de si. Você tem apenas uma, a má. Mas há alguém do lado de fora batendo à porta, querendo entrar e fazer morada em você.


— Por isso, algumas pessoas sentem a sensação de que têm Deus, que Deus está com elas, que pertencem a Deus. Mas, na verdade, elas não têm, porque ainda não mataram o velho homem. O que acontece é que essa pessoa boa, Cristo, fala com elas, mas do lado de fora. Ele tenta convencê-las a matar o velho homem, Ele fala, Ele chama. E por isso essas pessoas sentem essa sensação, porque ouvem a voz de Deus. Mas essa pessoa boa ainda não pode morar dentro delas, porque enquanto o monstro, o mal, o pecado ainda estiver dentro, não há espaço para Deus habitar.


A mulher tremeu diante dessas palavras, mas o sábio continuou:


— Escute a voz da bondade dentro de você. Essa voz é o Espírito Santo. Se você permitir que Ele cresça em você, Ele lhe dará forças para vencer esse mal. Mas você precisa reconhecer esse monstro pecador, pelo que ele é, odiá-lo, rejeitá-lo e matá-lo. Só então você será livre.


O Espírito Santo deseja nos levar a matar o monstro, a enxergar a real condição, a ver que dentro da pessoa que ainda não nasceu de novo existe essa velha criatura que precisa morrer. Ele nos guia a uma nova vida, a uma nova personalidade, a um novo caráter que, ao invés de se corromper, cresce, cresce e se torna mais belo com o tempo. Quem é dirigido pelo Espírito Santo vai sendo aperfeiçoado cada vez mais, tornando-se mais santo, segundo a vontade de Deus.


Esta história nos ensina...


Todo ser humano nasce mau. Desde o princípio, a natureza pecaminosa habita no homem, dominando sua vida. Mas há um novo homem que pode nascer dentro dele e ocupar esse espaço.


Jesus nos ensina que esse velho homem, esse homem mau, impede que as pessoas enxerguem sua verdadeira condição. Ele engana, ele se esconde, ele faz de tudo para sobreviver. Mas quando olhamos para Cristo, vemos quem realmente somos. É por isso que Jesus disse:


> "Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus." (João 3:3)



Quando olhamos para Jesus, enxergamos o monstro que existe dentro de nós. E, então, precisamos tomar uma decisão: permitir que Cristo viva em nós ou continuar alimentando o velho homem.


A salvação começa com o reconhecimento da nossa própria maldade, com o arrependimento. O homem precisa olhar para Jesus, encontrar Deus e decidir ficar com Ele. É preciso permitir que Cristo viva dentro de si, que o Espírito Santo tome o seu lugar e que o velho homem seja morto e enterrado pelo batismo nas águas. 


Esse é o novo nascimento. É quando deixamos de ser escravos do pecado e passamos a ser filhos de Deus verdadeiramente. A velha natureza morre e uma nova criatura nasce, transformada pelo Espírito Santo.


> "Se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2 Coríntios 5:17)




O novo nascimento não é uma reforma do velho homem, mas a morte completa dele. É um sepultamento, seguido pelo nascimento de uma nova vida. O batismo representa essa morte do velho homem, pois, ao nos batizarmos, simbolizamos o sepultamento do homem pecador e o renascimento em Cristo. Como está escrito:


> "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida." (Romanos 6:4)



Entretanto, embora muitos sejam batizados apenas formalmente, sem contudo terem matado o homem mau que comete o pecado, o verdadeiro batismo é aquele em que a pessoa, antes de descer às águas, já tomou a decisão de matar sua velha natureza. Caso contrário, o batismo se torna apenas um rito sem transformação real.


O Espírito Santo é quem nos guia nesse processo. Ele nos ensina, nos fortalece e nos transforma. E quanto mais nos submetemos a Ele, mais essa nova personalidade cresce, se fortalece e se torna bela diante de Deus.


A mulher da história finalmente decidiu. O monstro dentro dela foi morto, e a nova mulher pôde viver.


Aqueles que tentam manter o velho homem "sob controle"


Algumas pessoas, no entanto, tentam manter o velho homem vivo, mas de uma forma mais "controlada" ou "suavizada". Elas não o matam completamente, mas procuram amenizá-lo, tornando-se pessoas "boas" aos olhos dos outros.


Essas pessoas até buscam uma vida religiosa, frequentam igrejas, fazem boas ações, tentam seguir alguns princípios morais, mas sem verdadeiramente abandonar o velho homem. Elas mantêm certos desejos e práticas pecaminosas, mas em menor intensidade, acreditando que podem equilibrar sua vida entre Deus e o mundo.


Mas a verdade é que o velho homem não pode ser controlado; ele precisa ser morto!


Jesus disse:


> "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro." (Mateus 6:24)



O Espírito Santo continua falando. Mas cabe a cada um decidir se realmente deseja matar o velho homem ou permitir a vida do homem mau ou se continuará tentando domesticá-lo.

A vida eterna com Deus depende da decisão de matarmos a velha natureza pecadora e deixar que Cristo viva em nós. 


Gálatas 2:20:

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."


Um comentário:

  1. O apóstolo Paulo dizia: que o bem que ele queria fazer não fazia, mas o mal que ele não queria fazer isso ele fazia. Quando ainda somos dominado pelo pecado, fazemos à vontade da carne, logo percebemos que o pecado nos impede de servi a DEUS de verdade, porque ainda somos velha criatura.

    ResponderExcluir

Nome opcional