sexta-feira, 6 de junho de 2025

A Grande Cidade: Enganonópolis

 



A Grande Cidade: Enganonópolis


Havia uma cidade encantadora chamada Enganópolis. Um povo, um lugar que acreditavam ser cheio de cor, sorriso, bondade e otimismo. As pessoas andavam pelas ruas com o abraço pronto, e acreditavam.

Eram pessoas boas. Pessoas maravilhosas. Gente de Deus.

A cidade tinha seus problemas, claro — doenças, brigas, corrupção, desigualdades, muitos mendingos, violencia etc. Mas ninguém se preocupava muito com isso. Diziam: “Faz parte da vida!” Outros completavam: “Não existe lugar perfeito.” E seguiam adiante, adaptando-se, acostumavam-se  sorrindo, cantando suas músicas de esperança.


A cidade apesar dos seus problemas e conflitos, para eles era o melhor lugar do mundo, e a ideia de abandoná-la seria a morte para eles. Os problemas da cidade eram absolutamente normais, naturais, e a população se acostumava, se adaptavam e prosseguiam a vida como verdadeiros guerreiros.

O povo de Enganonópolis era profundamente religioso — mas cada um à sua maneira. Tinham fé em suas tradições, nos ensinamentos herdados, em filosofias antigas e novas. Uns diziam que não existia o mal espiritual. Outros admitiam que o mal existia, mas nenhum mal lhes atingiriam. Muitos criam que, no final, todos estariam bem — afinal, eram boas pessoas. Uns acreditavam que, ao morrer, iriam para um paraíso. Outros, que simplesmente deixariam de existir — e isso também era bom, pois nunca mais sofreriam.

Eles acreditavam naquilo que consideravam ser o melhor para eles. 


Acreditavam que, quando morressem, iriam para um lugar maravilhoso, pois eram bons. Outros acreditavam que nem os maus iriam para um lugar ruim, apenas deixariam de existir, portanto, nada de mal lhes aconteceria — o máximo, deixarem de existir, e assim não sofrerem nunca mais.


Mas mesmo com suas diferenças, eles criam que cada pessoa tinha o direito de ter sua própria fé e que, de alguma forma, todos deveriam ser fiéis — ou não — à sua própria fé. A contradição é que os erros eram partes naturais de suas naturezas, e isso em nada era algo ruim, mas natural.


E assim vivia o povo da cidade Enganonópolis, disposto para a vida e a realização de tudo aquilo que os agradava.

Até que certo dia apareceu um homem na cidade. Ele se chamava Biblion de lá Verdad.


Ninguém sabia ao certo de onde ele viera. Não tinha aparência nobre, nem vestes caras. Andava com uma túnica simples, os olhos firmes e serenos, e uma voz que carregava autoridade — não a dos gritos, mas a da verdade.


Ele dizia àquelas pessoas que aquela cidade estava condenada. E ele queria levá-los para uma outra cidade. A cidade se chamava Cidade de Emmanuel. E exortava as pessoas a saírem de Enganonópolis.


O problema é que muitas pessoas já estavam completamente perdidas, porque não havia mais possibilidade, não havia mais no coração daquelas pessoas abertura para abandonar Enganópolis. Elas estavam apegadas de uma tal maneira que não havia mais possibilidade para elas.


Outras ainda ouviam a possibilidade de abandonar a cidade. Porém, o apego àquele tipo de vida que levavam os impedia de abandonar tudo e seguir para uma nova vida.


Alguns, porém, deram ouvidos e começaram a sair daquela cidade. Porém, ao ouvirem isso, os poderosos daquela cidade tentavam de todas as formas persuadir as pessoas a permanecerem em Enganonópolis. E se voltavam com fúria contra Biblion de lá Verdad.

A cidade que parecia ser deles, na verdade, era uma prisão. Era uma estrutura invisível, mas que aprisionava aqueles cujos olhos estavam acostumados com ela. Era uma prisão disfarçada de lar, de cultura, de tradição.


E os poderosos da cidade... atuavam. Não de forma aberta, mas sutil. Eles manipulavam o povo sem que percebessem, usando palavras bonitas, festas, promessas e até mesmo religião. Tudo isso servia para prendê-los ainda mais dentro da cidade, mantendo-os cegos, satisfeitos com a própria escravidão.


Mas quando as pessoas conheciam Biblion de lá Verdad, elas eram libertas daquela escravidão. Uma escravidão que, embora real, era invisível aos olhos dos enganados. Eles não compreendiam que estavam presos. Riam, cantavam, celebravam — mas estavam acorrentados.


Até que lá Verdad, como era chamado, se manifestava a eles. E então, uma luz brotava no coração. Uma inquietação. Um chamado. E a verdade começava a quebrar as correntes.

Algumas pessoas — aquelas que decidiram seguir Biblion de la Verdad — começaram a ser perseguidas, presas, torturadas, e algumas até mortas. E, por causa disso, muitos começaram a fugir de Biblion de la Verdad. Corriam dele, desviavam o olhar, saíam de perto.


Ele foi proibido. Proibido de falar nos grupos, nas praças, nos encontros, nas reuniões. Era persona non grata em todos os lugares. Tapavam os ouvidos quando ele falava, evitavam sua presença, porque sabiam: aquela voz os incomodaria profundamente. A voz de la Verdad traria confronto, e destruiria não só a reputação que construíram, mas também ameaçava derrubar a cidade de mentiras que tanto amavam.


Eles fugiam da verdade, fugiam de Biblion de la Verdad. Ele não podia mais se manifestar livremente. Era silenciado.


Mas ele não se calava.


Falava aos humildes, aos que estavam esquecidos, aos que viviam à margem — os que andavam pelas ruas e ainda tinham um fio de esperança no olhar. E, com zelo, Biblion buscava alcançar cada coração que ainda desejava liberdade — liberdade da dominação invisível, do sistema corrompido, do poder oculto que regia a cidade e prendia seus habitantes sem que percebessem.


Aqueles que eram alcançados por Biblion de la Verdad e pela liberdade que ele anunciava, passavam a ser forasteiros naquela cidade. Já não pertenciam mais a Enganonópolis. Seus corações estavam ligados a outra pátria. Eles agora tinham uma nova cidadania, pertenciam à Cidade de Emmanuel — uma cidade que ainda não viam com os olhos, mas que se tornava real dentro deles.


Entretanto, a destruição de Enganonópolis se aproximava. Uma destruição certa, total e irreversível, que atingiria todos os seus cidadãos. E, mesmo antes dessa destruição final, as pessoas continuavam a morrer em Enganonópolis, presas à sua cidadania antiga. Morrendo sem aceitar, sem reconhecer, sem abandonar aquela cidade que tanto amavam — e, por isso, morriam como cidadãos de Enganonópolis, e não como cidadãos da Cidade de Emmanuel.


E assim, a condenação da cidade também os atingia, mesmo depois da morte.


Muitos rejeitavam o convite para a nova cidade, porque sabiam que, a partir do momento em que aceitassem a cidadania da Cidade de Emmanuel, estariam comprometidos a se submeter a Emmanuel, que era o dono da cidade, e a cidade levava o Seu nome.


Na Cidade de Emmanuel, havia um Rei verdadeiro, justo e santo, e a vida ali era regida por sua vontade soberana e perfeita. E isso exigia dos cidadãos rendição e fidelidade.


Mas em Engamonópolis, cada um vivia como bem queria. Não havia rei. Eles se diziam livres, e pensavam que estavam no controle de suas próprias vidas.


Contudo, não sabiam que toda aquela forma de viver, todo o modo de pensar e agir, havia sido implantado neles pelos líderes ocultos da cidade: os Senhores das Sombras, a Confraria das Trevas, as Lideranças da Escuridão.


Esses poderosos operavam em segredo, manipulando a cidade inteira, mantendo o povo preso numa falsa liberdade, enquanto decidiam seus destinos nas sombras. 


E quanto mais o tempo se passava, mais se aproximava a destruição da cidade. Os sinais de que a cidade seria destruída já se faziam visíveis. Estavam por toda parte. Mas, embora os habitantes de Enganonópolis os vissem, aquilo não entrava na mente deles. Era como se estivessem cegos por dentro. Continuavam querendo viver normalmente na cidade, como se tudo estivesse bem, mesmo estando condenada.


E também mais eram censurados e impedidos de circularem na cidade Biblion de la Verdad e seus seguidores. Eram vigiados, denunciados, atacados e expulsos dos espaços públicos. As praças, os salões, os grupos e até os becos estavam fechados para eles.


A cidade já não suportava mais ouvir Biblion de la Verdad e seus seguidores. Quanto mais a destruição se aproximava, mais se fortalecia a resistência contra eles.

O final dessa história é de alegria e felicidade para todos aqueles que um dia conheceram Biblion de la Verdad e abandonaram Enganonópolis. Porém, de amargura, de sofrimento eterno para aqueles que permaneceram naquela cidade.


Reflexão: A Realidade por Trás da História


Essa história é, na verdade, a realidade da vida de cada um de nós.


Todos nós nascemos em Enganonópolis. A nossa genealogia espiritual, segundo a Palavra de Deus, nos mostra como cidadãos dessa cidade enganosa. Nascer em Enganonópolis significa nascer no pecado, afastado de Deus, escravizado por uma estrutura invisível de engano, regida pelos “senhores das sombras”, como a Bíblia os define: o príncipe deste mundo, o diabo, o enganador de todo o mundo.


A Palavra de Deus diz:


> “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”

(Romanos 3:23)


> “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.”

(Efésios 2:1-2)


> “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”

(1 João 5:19)


> “O diabo... o enganador de todo o mundo.”

(Apocalipse 12:9)


Ou seja, o mundo em que nascemos é Enganonópolis, e todos nós, sem exceção, somos cidadãos dela — pecadores por natureza, enganados pelo inimigo.


Mas a história não termina aí.


> “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

(João 8:32)


A verdade é uma pessoa: Jesus Cristo.


> “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

(João 14:6)


E onde encontramos essa verdade? Na Palavra de Deus — a Bíblia.


> “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

(João 17:17)


Foi por isso que, na história, aquele homem era chamado de Biblion de la Verdad — porque ele representava a verdade que liberta. A verdade que denuncia o engano e aponta o caminho da salvação. Ouvir a voz da verdade, que é a voz de Jesus expressa na Bíblia, é o que tira uma pessoa da cidade condenada (o estado de pecado e rebelião contra Deus) e a conduz para a Cidade de Emmanuel — a cidade da vida eterna, da comunhão com Deus.


> “Emmanuel” significa “Deus conosco” (Mateus 1:23).

E essa cidade é onde habita o próprio Deus com seu povo.

Uma cidade onde não há mais trevas, nem morte, nem mentira.

A MUDANÇA DE CIDADANIA: UM PONTO CENTRAL E INEGOCIÁVEL


Há um ponto fundamental e central que ninguém pode ignorar:

Não se pode sair de Enganonópolis e entrar na cidade de Emanuel sem uma mudança de cidadania.


Essa mudança de cidadania não é apenas um título ou um nome — é uma mudança de natureza, de identidade, de coração.


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

(2 Coríntios 5:17)


Para ser cidadão da cidade de Emanuel, é necessário submissão total ao dono da cidade, Jesus Cristo — o próprio Emanuel, que significa "Deus conosco".


Na cidade de Emanuel, não entra pecado. Lá, tudo é santo, tudo é luz, tudo é verdade.


> “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

(Isaías 59:2)


Por isso, não há como viver em pecado e ao mesmo tempo ser cidadão da cidade de Emanuel. É impossível!

Sem plena submissão às palavras do dono da cidade — às palavras da Bíblia, que é a Verdade revelada — não há como entrar nem permanecer ali.


> “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.”

(1 João 3:8)


> “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”

(Romanos 6:1-2)


É preciso morrer para o pecado. É preciso nascer de novo.


> “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Essa mudança de cidadania acontece no coração e na vida daquele que crê, se arrepende, se submete e passa a viver não mais como cidadão de Enganonópolis, mas como um peregrino nesta terra — um estrangeiro em meio à escuridão, aguardando o dia em que será levado de vez para a cidade eterna: a cidade de Emanuel.


> “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

(Filipenses 3:20)


A CIDADANIA DE ENGANO: O PECADO COMO IDENTIDADE


O pecado não é apenas um ato.

Ele é a natureza, a marca registrada, a identidade de quem nasceu e permanece como cidadão de Enganonópolis.


> “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.”

(João 8:34)


Ou seja, quem vive no pecado está preso à cidade do engano. É como alguém que vive algemado dentro de um sistema condenado, incapaz de sair por si mesmo.


Mas há esperança.

A verdade liberta!


> “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

(João 8:32)


Essa verdade libertadora é que Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados.

Ele não morreu para que continuássemos pecando, mas para que abandonássemos o pecado, morrêssemos para ele, e vivêssemos em obediência a Deus, como verdadeiros cidadãos da cidade de Emanuel.


> “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos.”

(Romanos 6:6)


> “Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.”

(Romanos 6:8)


Essa é a verdade que liberta:

Cristo morreu para nos tirar da escravidão do pecado e nos levar à vida de santidade, como peregrinos em Enganonópolis, mas cidadãos legítimos da cidade de Emanuel.

“Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

(Filipenses 3:20)


Aqueles que foram libertos pela Verdade — Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados —, agora não pertencem mais a Enganonópolis.

São peregrinos neste mundo, mas cidadãos dos céus, aguardando o dia glorioso em que entrarão, de forma plena e eterna, na cidade de Emanuel, a cidade de Deus, onde não há pecado, nem morte, nem engano.


📣 Apelo Final


Todos nós nascemos em Enganonópolis.

A cidade está condenada. E quem permanece nela será condenado com ela.


A salvação está em aceitar a verdade:

Jesus Cristo morreu para nos libertar do pecado.


Se você deseja viver na Cidade de Emanuel, é necessário abandonar o pecado e submeter-se totalmente a Cristo, o Senhor da nova cidade.


Sem essa decisão, você continuará cidadão de Enganonópolis, mesmo conhecendo a verdade.


Você vai permanecer ou vai sair?

Você vai receber a verdade e abandonar o pecado e o mundo, e viver como cidadão do céu, de acordo com os ensinos bíblicos, em fidelidade ao dono da cidade?

Você vai entender que no céu não entra pecado, e que você tem que abandoná-lo hoje, aqui e agora?

Morrer para o pecado, como diz Romanos 6:2:

“Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”


Você vai tomar esta decisão agora... ou vai perecer enganado, como cidadão de Enganonópolis?



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terça-feira, 3 de junho de 2025

Por que rejeitas a verdade de Deus sobre o teu destino eterno?


Por que rejeitas a verdade de Deus sobre o teu destino eterno?


Introdução


As pessoas não estão dispostas a receber verdadeiramente aquilo que Deus diz, porque Sua palavra fala direto à consciência. O que Deus diz pesa, constrange, e expõe a maneira errada como vivem. Ainda assim, querendo ou não, toda pessoa já ouviu falar sobre o Céu, o Inferno, e sobre Jesus e seu sacrifício. Mesmo conscientes da realidade do inferno, elas desviam os ouvidos e rejeitam o que Deus diz sobre seu destino eterno.


Outras pessoas vão além: criam a sua própria verdade sobre Deus, sobre como devem viver, e sobre o que vem depois da morte. Algumas aprendem isso com outros homens e aceitam quando isso lhes agrada. Em ambos os casos, o homem assume para si a autoria da verdade — decide por conta própria o sentido da criação, da vida e do destino eterno, rejeitando o que Deus claramente já revelou.


Ignorar ou criar a respeito da origem, e portanto a respeito de Deus, da maneira que se deve viver segundo o Criador, e do destino eterno, é irracional — é loucura. E essa loucura caracteriza o estado daqueles que irão para o inferno. Como pode alguém viver sem conhecer o seu Criador, sem saber como deve viver e sem se importar com seu destino eterno? Ou ainda, como pode criar sua própria verdade sobre tudo isso? Se a pessoa parasse para refletir, veria que esse estado é a completa loucura.


Este estudo trará luz, trará razão, e poderá dissipar a loucura daqueles que não conseguem refletir ou ouvir aquilo que o Deus da Bíblia — o Deus que se revela através da Bíblia — diz a respeito.


Ponto 1 – Os impedimentos para que o homem abandone a loucura pelo conhecimento da verdade



1. 1 – O Mundo


É racional entendermos que Deus criou o mundo perfeito. Tudo o que Deus fez era bom e harmonioso, pois Ele é santo, justo e bom. Porém, ao observarmos o estado atual do mundo — marcado por corrupção, sofrimento, violência, mentira e morte — é evidente que algo aconteceu para que ele se tornasse o que é. E este processo de corrupção não é evolução natural, mas consequência direta da escolha do homem.


A revelação de Deus nos mostra que o homem, criado com livre arbítrio, optou por desobedecer a Deus. E tudo aquilo que se opõe à vontade de Deus é, por definição, o mal. Assim, o homem escolheu o mal — e o mal só pode produzir o mal. Adão e Eva, ao desobedecerem a Deus, não apenas caíram, mas transmitiram à sua descendência uma natureza corrompida. Toda a raça humana veio deles, agora marcada por essa inclinação para o pecado.


Contudo, essa escolha pelo mal não teve sua origem apenas no homem. Antes mesmo da criação da humanidade, houve uma rebelião espiritual. A Bíblia nos revela que um ser angelical, chamado Lúcifer, se rebelou contra Deus por orgulho e foi lançado fora da presença divina. Ele passou a se chamar Satanás e arrastou com ele uma parte dos anjos, que também caíram — hoje chamados demônios. Estes seres atuam contra a vontade de Deus e influenciaram a humanidade a seguir o mesmo caminho de rebelião.


O primeiro casal humano foi enganado por Satanás, e desde então o mundo jaz no maligno, ou seja, está sob a influência do mal e da rebelião espiritual. Não é à toa que a Bíblia afirma com clareza:


“Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno.” (1 João 5:19)


“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” (2 Coríntios 4:4)


“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)



Assim, o mundo, como sistema contrário a Deus, se tornou um dos principais impedimentos para que o homem abandone a loucura e conheça a verdade. Ele apresenta uma alternativa falsa, sedutora, e cega o entendimento para que as pessoas não vejam a gravidade de seu estado diante do Criador.

O sistema do mundo — com suas tradições, filosofias, religiões, ciências e sabedorias humanas — atua com uma força poderosa para manter o homem afastado de Deus. Ele opera continuamente com a atuação ardilosa e enganadora do diabo e de seus anjos caídos, que dominam este mundo e exercem influência sobre tudo o que nele há. De forma imperceptível para muitos, essas forças do mal conduzem as pessoas a viverem debaixo de um domínio espiritual que as mantém cegas, alheias à verdade que poderia salvá-las. Tudo é organizado para que o ser humano viva segundo uma mentira bem elaborada, que o satisfaça na carne, mas o conduza à morte eterna. Este sistema trabalha incansavelmente para que o homem desconheça a verdade revelada por Deus, morrendo longe da única fonte de salvação.

“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

Apocalipse 12:9 (ARC)


2. A Carne


O homem já nasceu com a natureza pecaminosa, originária de Adão e Eva. O diabo, seus anjos e o sistema do mundo atuam continuamente para que o homem permaneça nessa condição. É preciso entender que esta condição de pecado condena o homem à separação eterna de tudo o que é bom, ou seja, de Deus, e, portanto, ao inferno. Contudo, Deus, em sua infinita bondade e poder, já havia previsto a queda e providenciou o sacrifício de seu próprio Filho. Jesus Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou, oferecendo ao homem uma nova chance de regeneração. Ele pagou o preço do pecado, e esse pagamento está agora à disposição de todo aquele que escolher, ao invés da desobediência de Adão, viver em obediência e fidelidade a Deus.


O sistema do mundo age com força e astúcia para impedir que o homem conheça e viva essa verdade. Usa a carne e o próprio mundo para manter o homem na condição natural, oriunda da natureza pecaminosa herdada de Adão e Eva. Mas a graça de Deus está disponível. O sangue de Jesus foi derramado para que o homem possa ser perdoado, transformado e salvo por meio da fé e da fidelidade ao Criador.


> “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”

Romanos 5:12 (ARC)


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17 (ARC)


> “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.”

Gálatas 1:4 (ARC)


2.1 A Regeneração pelo Sangue de Jesus


A regeneração, ou seja, a mudança da natureza pecaminosa, herdada de Adão e Eva, para uma nova natureza, é absolutamente necessária para que o homem possa ser salvo. Foi o próprio Jesus quem declarou:


> “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

João 3:3 (ARC)


Então, a salvação não pode ocorrer enquanto o homem permanecer com a natureza corrompida, herdada de seus pais.


Essa transformação é gerada a partir do entendimento de que o Deus Todo-Poderoso, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, se fez homem, se humilhou, sofrendo, morreu na cruz e derramou o seu sangue para que o homem tivesse a oportunidade de ser salvo do mal, ou seja, daquilo que o prejudica e que o levará ao inferno.


Esse reconhecimento, essa consideração diante do sacrifício de Deus — pois se alguém faz um grande sacrifício por nós e nós reconhecemos, quanto mais diante do sacrifício indescritível de Jesus, sendo Ele o próprio Deus — essa consideração pela pessoa de Deus e pelo imenso sacrifício feito por amor ao homem que reconhecerá esse tão grande sacrificio, gera gratidão e abandono do pecado.


Esse reconhecimento do sangue de Cristo tem o poder de alterar a disposição mental do homem, agora voltada para uma vida de obediência, gratidão e fidelidade a Deus. Caso isso não aconteça, o homem permanece mau, desconsidera a Deus e está condenado.


“Como escaparemos nós, se não atentarmos para tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram.”

Hebreus 2:3 (ARC)


“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17 (ARC)


3. O Orgulho


O orgulho é o sentimento que levou Lúcifer, o diabo, satanás, ao pecado, que é a rebelião contra Deus e contra a vontade de Deus. Foi por orgulho que ele desejou ocupar o lugar do Altíssimo, sendo lançado do céu por causa de sua altivez.


> “Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”

Isaías 14:12-14 (ARC)




Esse mesmo orgulho também esteve na origem da queda de Adão e Eva, pois eles optaram por ouvir a mentira da serpente, desejando serem como Deus, conhecedores do bem e do mal. Ou seja, o orgulho gerou o pecado, e o pecado trouxe o mal. Portanto, o orgulho é a raiz do mal.


O orgulho é a recusa em reconhecer Deus como Deus, em sua majestade, grandiosidade, perfeição, poder e santidade. É a negação da verdade de quem Deus é, ao optar por si próprio, buscando a própria exaltação. Orgulho é negar a verdade de que tudo o que é bom procede de Deus, e não do homem.


Na verdade, nada de bom procede do homem por si mesmo. Tudo o que é bom vem de Deus. Assim, quando o homem opta por ser fiel a Deus, ele não está sendo bom por mérito próprio, mas apenas retornando à sua condição original, de dependência total de Deus, mantendo-se afastado do mal. E mesmo assim, em nada isso vem de si mesmo.


Portanto, é necessário que o homem rejeite toda glória, toda honra e toda exaltação, e as entregue Àquele a quem são devidas. Caso contrário, estará usurpando aquilo que pertence exclusivamente a Deus. Ao aceitar para si mesmo qualquer exaltação ou glória, o homem está se colocando no lugar de Deus, e isso é rebelião.

Porém, o sistema do mundo, dirigido por Satanás e seus anjos, é estruturado exatamente para alimentar esse desejo pecaminoso de exaltação do homem. Todo o mundo, com sua organização, suas ideologias, sua cultura, sua forma de pensar e agir, tem como base a busca pela glória humana — a busca por reconhecimento, honra, consideração e exaltação própria.


Esse sistema visa afastar o homem de Deus, promovendo qualquer forma, por menor que seja, de exaltação humana. Toda filosofia humanista, toda ideologia que coloca o homem em destaque, toda atitude que busca para o homem qualquer porção de glória, honra, reconhecimento ou louvor — tudo isso constitui rebelião contra Deus. Pois toda a glória pertence única e exclusivamente ao Senhor. Não se trata apenas de querer ser como Deus ou ocupar o centro de tudo, mas qualquer tentativa de tomar parte da glória que é devida somente a Deus já é, em si mesma, pecado e rebelião. Este é o mesmo espírito que operou em Lúcifer, e que hoje se manifesta no mundo através da exaltação do homem.


Para que o homem retorne à realidade, à verdade da sua criação e da sua condição diante do Criador, é necessário que ele rompa com todo o sistema do mundo. Ele deve andar em sentido contrário, negando a si mesmo, rejeitando os aplausos do mundo e glorificando somente a Deus.


Esse caminho de ruptura com o mundo trará inevitavelmente lutas, dificuldades, conflitos, rejeição e perseguição. Pois o mundo ama os que são seus, mas odeia aqueles que pertencem a Deus e que não se conformam com seus padrões. No entanto, é justamente essa separação do mundo que evidencia quem realmente nasceu de novo, pois como disse o Senhor Jesus:


> “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.”

João 15:19 (ARC)

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”

1 Coríntios 10:31 (ARC)

2. A Decisão do Homem: Caminho para Receber a Verdade


Portanto, vimos que o homem precisa ser resgatado da sua natureza carnal e do mundo — o sistema dirigido por Satanás e seus anjos. Ele precisa ser liberto do poder do diabo em sua vida, o qual se manifesta através desse sistema e da sua natureza corrompida pelo pecado. Essa libertação só é possível por meio do reconhecimento e aceitação do sacrifício de Jesus Cristo na cruz.


Ao reconhecer Jesus como Senhor e Deus, o homem se depara com Sua natureza divina — que implica perfeição, autoridade, poder e soberania absoluta — inclusive sobre sua própria vida. É nesse reconhecimento que surge a gratidão: por ter sido criado por Deus e, mais ainda, por ter sido resgatado por Ele.


Esse reconhecimento transforma a mente do homem. Ele abandona o orgulho, rejeita o pecado e é regenerado. Assim, renuncia ao sistema do mundo e passa a viver segundo a vontade de Deus.


Essa mudança não ocorre por mérito próprio, mas por uma decisão sincera de se submeter à verdade de Deus, rejeitando a mentira de Satanás. É uma escolha: optar pela verdade e pelo bem, escolhendo Deus — ou, ao contrário, manter o mesmo sentimento de Lúcifer, desejando glória própria e realizando sua própria vontade. Essa escolha é, na prática, uma usurpação daquilo que pertence exclusivamente a Deus.


Quando alguém permanece no pecado e não morre para ele mediante o reconhecimento do sacrifício de Cristo, está usurpando o direito que é de Deus: o de governar sua vida, o de ser Deus sobre ela. Essa pessoa não reconhece Deus como o Criador, nem como Aquele que define o que é bom e o que é mau. Não o reconhece como a Verdade, como o único digno de toda a honra, glória, louvor e adoração.


Portanto, a regeneração e o acesso à verdade estão diretamente ligados à escolha do homem: entre a verdade e o engano; entre Deus e o mundo; entre a humildade e o orgulho. Se ele escolhe satisfazer os desejos da sua carne, alimentados por Satanás, caminha para a loucura espiritual e a incapacidade de conhecer e ser liberto pela verdade.

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.

Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.”

📖 Mateus 16:24-25


“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

📖 Apocalipse 3:20



Conclusão e Apelo


Vimos que o homem, por sua natureza carnal, está alienado da verdade de Deus, cativo ao sistema do mundo, governado por Satanás e seus anjos. Esse sistema age constantemente para exaltar o homem, colocando-o no centro, fazendo com que ele busque sua própria glória, seus próprios interesses, sua própria vontade — usurpando aquilo que pertence somente a Deus. Qualquer forma de exaltação ao homem, por menor que seja, é rebelião contra o Criador.


A única saída para essa escravidão é uma decisão consciente e sincera de reconhecer Jesus como Senhor e Deus — reconhecendo sua perfeição, sua autoridade, sua soberania, e se rendendo completamente à Sua vontade. É preciso morrer para si mesmo, renunciar à própria vida, abandonar o orgulho, o pecado, e todo o sistema do mundo, a fim de viver para Deus e ser liberto pela verdade.


No entanto, é necessário também fazer um alerta: não se iluda achando que estar numa igreja significa estar em Cristo. Muitas igrejas hoje estão contaminadas pelo mundo. Suas doutrinas são centradas no homem, em sua autoestima, em sua realização, em seus sonhos, e não em Cristo, na cruz, na renúncia e na obediência. O espírito do mundo invadiu o sistema religioso, e muitos estão sendo enganados, pensando que estão servindo a Deus quando, na verdade, estão servindo a si mesmos e à sua própria vontade.


Portanto, não é apenas uma escolha entre o mundo e a igreja, mas uma escolha entre Deus e o engano — entre a verdade revelada nas Escrituras e os falsos ensinos que agradam ao homem. A verdadeira fé exige a renúncia total de si mesmo e uma entrega irrestrita ao senhorio de Cristo.


Hoje, Deus te chama para essa escolha. Você vai continuar buscando sua própria vontade? Vai continuar achando que pode dividir a glória com Deus? Ou vai reconhecer que só Ele é digno de toda a honra, toda a glória, todo o louvor, e toda a adoração?


"Escolhe hoje a quem sirvas."

A escolha é sua. A salvação é uma decisão. A verdade está diante de você. E Deus espera a sua resposta. Faça a escolha certa, agora, porque amanhã pode ser tarde demais.



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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Palavras de Jesus para Ter a Vida Eterna


O que Jesus disse que é preciso para ter a vida eterna?



Introdução


Jesus falou claramente o que é preciso fazer para ter a vida eterna.

Portanto, quando alguém desconhece o que é necessário para alcançar a vida eterna, está demonstrando, na verdade, uma falta de interesse em viver eternamente na presença de Deus.


Esse tipo de ignorância, ou desconhecimento, não é algo neutro ou sem consequências. Ao contrário, ele mantém a pessoa desinformada sobre o inferno, que é o destino final de todos os que não fazem o que é preciso para herdar a vida eterna.

Esse engano e essa cegueira diante da verdade não são meramente intelectuais. Eles são o resultado de uma condição espiritual de loucura ou cegueira espiritual, como a própria Palavra de Deus revela.


Portanto, nesta mensagem, vamos refletir e entender o que é preciso fazer para ter a vida eterna, segundo as palavras do próprio Senhor Jesus Cristo.


1. Análise Textual do Texto


Texto Base: Mateus 19:16-22 (ACF)


> 16 E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?

17 E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.

18 Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás; não cometerás adultério; não furtarás; não dirás falso testemunho;

19 Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.

20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?

21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.

22 E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.


Análise Textual do Encontro com o Jovem Rico


Texto Base: Mateus 19:16-22


> 16 E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?


Análise Verso 16


O jovem era judeu e seguia a religião judaica desde pequeno (cf. v.20).


Provavelmente era judeu de nascimento, e conhecedor da Lei.


A pergunta que ele faz é a mais importante que um ser humano pode fazer:

“Que bem farei para conseguir a vida eterna?”


Ele procurou a Pessoa certa. Jesus é o Filho de Deus, o Messias, o único caminho para a vida eterna.

“Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim testificam.”

João 5:39


Toda salvação, para judeus e gentios, está em Cristo.


Antes de sua morte e ressurreição, os salvos eram salvos pela fé no Cristo que haveria de vir.


A Lei (Torá) apontava para Jesus.


Os sacrifícios de sangue, exigidos pela Lei, eram sombras do sacrifício de Cristo (Hb 10:1).


Quando o jovem pergunta sobre o “bem” a ser feito, demonstra uma visão meritória da salvação, típica do judaísmo, baseada em obras.


Jesus, que já estava se revelando ao mundo, o conduz ao verdadeiro caminho: a obediência a Deus, culminando no seguimento pessoal a Ele mesmo.



Verso 17

“E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.”

(Mateus 19:17)


Aquele jovem achava-se bom. Mas Jesus, conhecendo o coração pelo Espírito, logo identificou o orgulho que havia dentro dele. E por isso disse: “Não há bom senão um só, que é Deus”. Com isso, Jesus mostrou que o homem nunca será bom de si mesmo, pois toda a bondade verdadeira vem de Deus e está em Deus.


O Senhor estava, assim, revelando que o desejo de ser visto como bom — de buscar honra para si mesmo — é, na verdade, orgulho. E esse orgulho é o mesmo que havia no coração de Lúcifer. Por isso, Jesus afirma que só Deus é bom e, portanto, só Ele é digno de toda honra, glória e exaltação.


Querer exaltação para si, ainda que seja como “bom”, é o caminho contrário ao que leva à salvação. A salvação está no caminho da humildade, da obediência e da completa dependência de Deus, reconhecendo que somente Ele é bom.



Versos 18 a 20


Mateus 19:18-20

18 Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,

19 Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.

20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?


“Quais?” – Essa pergunta revela cegueira espiritual causada pelo orgulho. Ao questionar quais mandamentos obedecer, demonstrava falta de discernimento, pois quando Jesus disse “guarda os mandamentos”, referia-se a toda a Lei, inclusive ao maior: amar a Deus sobre todas as coisas (Mt 22:37–40).


Jesus citou alguns mandamentos da Lei de Moisés como exemplo, mas todos estavam incluídos. Ele achava que cumpria a Lei, mas não obedecia nem ao primeiro mandamento, pois colocava sua riqueza acima de Deus, o que é idolatria. Também demonstrava falta de amor ao próximo, ao preferir reter seus bens em vez de ajudar os necessitados.


Isso mostra que o orgulho cega o entendimento espiritual e impede o homem de reconhecer sua verdadeira condição diante de Deus

Assim, muitos se decepcionarão no último dia, achando que estava tudo bem, quando, na verdade, o orgulho os cegava e estavam a caminho do inferno — e não sabiam.

“Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade” (Marcos 10:20)


Como vimos, o jovem achava que guardava os mandamentos, mas na verdade não guardava, pois o orgulho o cegava. Ainda que tivesse guardado alguns mandamentos, a verdade é que ele deveria guardar todos. Não havia espaço para seletividade. A lei de Deus exige obediência plena, e falhar em um ponto é tornar-se culpado de todos (Tiago 2:10). Ao colocar seus bens acima de Deus, ele quebrou o maior de todos: amar a Deus sobre todas as coisas. E ao não se dispor a ajudar o próximo, demonstrou que também não amava o próximo como a si mesmo.

Isso nos mostra que é preciso sermos humildes, estarmos dispostos à correção e não à exaltação de nós mesmos, como era o caso do jovem. A busca a Deus não pode ser para nos exaltarmos como bons, mas para exaltarmos a Deus sendo obedientes. Quem busca reconhecimento próprio está, na verdade, buscando exaltação para si, o que representa idolatria, pois se coloca numa posição que só pertence a Deus. Toda honra e toda glória devem ser dadas a Ele, como está escrito: “Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). A exaltação própria afasta o homem da verdade, pois o orgulho é a natureza do diabo, e não daqueles que seguem o caminho da vida eterna.


Verso 21 

Mateus 19:21 — "Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito..."


Jesus aponta para a perfeição como condição essencial para herdar a vida eterna. Isso mostra que Deus exige perfeição. A salvação não é para os que se contentam com uma obediência parcial ou externa, mas para os que desejam, de coração, ser perfeitos como Deus é perfeito. Como está escrito:


> "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus." (Mateus 5:48)


A perfeição aqui não é apenas uma aparência exterior, mas uma entrega total, interna, completa. Isso elimina o espaço para o pecado, pois onde há perfeição, não há mais lugar para a desobediência. Como diz a Escritura:


> "Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Romanos 6:2)


O jovem foi, então, colocado à prova. Jesus apontou diretamente para o ponto de maior resistência: seus bens. Isso foi um teste de integridade, de fidelidade completa. Aquilo que ele não estava disposto a deixar mostrava que Deus não ocupava o primeiro lugar em seu coração.


A verdadeira perfeição exige que nada nos afaste de obedecer a Deus. Se há algo na sua vida que impede você de obedecer a Jesus, isso já é um sinal de reprovação diante do padrão divino. O amor verdadeiro a Deus se prova pela renúncia total e pela obediência sem reservas. A perfeição bíblica não permite espaço para a idolatria, para o orgulho, ou para qualquer outro pecado que tome o lugar de Deus.


Por isso, a Palavra declara:


> "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Apocalipse 2:10)


A salvação é para os que perseveram com integridade, santidade e perfeição. A fé que salva é a que se manifesta numa obediência total, numa vida sem reservas diante de Deus.


Mateus 19:22 — “E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.”


Esse versículo revela a reprovação. O jovem, diante do chamado à perfeição, se entristeceu e se afastou. Isso demonstra claramente que ele não estava disposto a obedecer plenamente a Deus. Ele amava mais os seus bens do que a Deus, e essa escolha revelou seu verdadeiro estado espiritual.


Ele não foi íntegro, não foi total, não foi perfeito para com Deus. E Deus não aceita outra coisa. O sentimento de perfeição, ou seja, o desejo de andar em obediência completa a Deus, caracteriza aquele que verdadeiramente segue a Cristo. Caso contrário, isso nega a Deus. E negar a Deus não é apenas rejeitar sua existência, mas é colocar qualquer coisa acima dEle, é deixar de reconhecê-Lo como Ele realmente é — soberano, digno, santo, Senhor absoluto.


Nada neste mundo pode tomar o lugar de Deus, nem riquezas, nem prazeres, nem posição, nem reconhecimento humano. Se qualquer dessas coisas impede a fidelidade, a obediência e o temor, então ela está sendo colocada como um deus falso, e isso nega a soberania do verdadeiro Deus.


Além disso, é importante compreender que o caráter de Deus é santo, e Ele não pode aceitar o mal. Por isso, só há uma alternativa para o homem: viver com esse sentimento de perfeição, esse desejo ardente de obedecer a Deus com sinceridade, fidelidade e santidade. Esse é o caminho da salvação, e fora disso, não há vida eterna.


> “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:48)

“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31)



Conclusão


O que Jesus disse a este homem é o que Jesus está dizendo a você agora. É a mesma mensagem. Ele é o caminho, e por isso aquele jovem deveria deixar tudo para segui-lo. Deixar tudo não significa que alguém deve parar de trabalhar, estudar, casar ou ter bens materiais, mas Deus deve estar acima de tudo isso.


Aquele jovem achava que podia seguir a Deus sem obediência completa e total. Muitas pessoas pensam assim hoje, acreditando que podem desobedecer a Deus em alguma coisa e ainda assim serem salvas. Isso é um engano.


A Bíblia é clara:


> “Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.”

João 3:36


> “De modo que, se já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?”

Romanos 6:2


O orgulho impede o entendimento espiritual porque cega o coração para a verdade. O orgulho é a natureza do diabo, como está escrito:


> “Como caiu do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Porque tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono...”

Isaías 14:12-13


Quem tem orgulho busca exaltar a si mesmo, buscando honra e reconhecimento, e isso é idolatria, pois toda honra e toda glória devem ser dadas somente a Deus:


> “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus.”

1 Coríntios 10:31


Aqueles que não são íntegros e praticam iniquidade, mesmo dizendo “Senhor, Senhor”, não entrarão no Reino dos céus, como diz o texto:


> “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

Mateus 7:21


Conclusão Final e Apelo


E aí, o que você vai fazer? O que Jesus está dizendo para que você tenha a vida eterna e não vá para o inferno?


Você vai abandonar o orgulho e buscar honra e glória exclusivamente para Deus? Para que você possa assim entender a verdade e não seja cegado pelo diabo?


Você vai ter esse sentimento de perfeição? Ou seja, buscar ser santo em tudo e fiel a Deus em tudo?


Você vai seguir a Jesus e seus ensinamentos, que estão na Bíblia, em fidelidade completa, total e perseverar até o fim?


Ou você vai permitir que o algoritmo do mundo te engane, buscando tambem glória e exaltação para si e quando chegar o último dia, você se decepcionar?


A escolha é sua, e o destino eterno também é você quem escolhe.


Tome esta decisão hoje, agora, antes que seja tarde demais.


> “Eis que hoje eu ponho diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal;

escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.”

Deuteronômio 30:15-19


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sábado, 31 de maio de 2025

O Refúgio e a Caminhada


O Refúgio e a Caminhada 


Num canto distante da galáxia existia um planeta chamado Terra Algures.

Era um mundo belo, altamente desenvolvido, dominado pela era robótica.

Máquinas inteligentes faziam quase tudo.

A tecnologia havia alcançado níveis impressionantes.

Tudo funcionava com perfeição — menos o coração das pessoas.


Com tanto avanço, esqueceram-se do Criador.

Viviam como se fossem eternos.

Construíram cidades imensas,

edifícios flutuantes,

inteligências artificiais conscientes,

mas perderam a verdade.


Foi então que começaram os sinais.

Clarões nos céus. Raios que atravessavam continentes.

Tempestades de fogo magnético.

Tremores. Vozes no vento.


Os cientistas não sabiam explicar.

Os líderes diziam:

— Não se preocupem. Isso é passageiro.

Mas muitos sentiam no espírito: algo estava prestes a acontecer.


Logo veio o anúncio:

Explosões solares atingiriam o planeta em dias.

Ondas de energia varreriam tudo.

Nada sobreviveria na superfície.


Então surgiram rumores de um lugar escondido.

Uma antiga cidade subterrânea, construída por um povo misterioso,

escondida sob a Montanha da Névoa.

Protegida por camadas de rocha e escudos naturais.


Era a única esperança.



OS GUIAS DO CAMINHO


Com o anúncio da destruição iminente, muitos começaram a buscar o caminho até a cidade subterrânea.


Alguns se diziam conhecedores do caminho, mas cobravam altos valores.

Eram falsos profetas.

Prometiam segurança, mas levavam à perdição.


Outros realmente conheciam, mas poucos estavam dispostos a deixar suas comodidades.

Preferiram continuar em suas rotinas, como se nada estivesse para acontecer.


Mas havia também um homem que conhecia o verdadeiro caminho.

Seu nome era Expedito dos Santos.


Ele não cobrava nada.

Sua missão era apenas conduzir os que cressem até o lugar seguro.

Muitos deram ouvidos à voz de Expedito dos Santos. Estes se enganavam acreditando que não precisavam de salvação 

E muitos o seguiram.



✨ – A JORNADA COMEÇA


Expedito dos Santos reuniu o grupo que se dispôs a seguir o caminho.


Ele os preparou para a jornada e explicou:


> “A cidade subterrânea de segurança realmente existe. Mas sua construção custou um alto preço. Houve um grande sacrifício feito por um homem chamado Emmanuel. Tudo o que temos hoje se deve a Ele.”


Expedito então apresentou um dispositivo:


Era o Biblionix.

Um aparelho desenvolvido nos tempos mais avançados da Era Robótica.

Compacto, mas extremamente poderoso, o Biblionix continha mapas ocultos, códigos de direção e mensagens registradas pelo próprio Emmanuel.

Sem ele, era impossível não se perder no caminho.


Expedito prosseguiu:


> “A caminhada será dura e perigosa. Enfrentaremos lugares desertos, zonas instáveis, áreas corrompidas. Vocês precisarão estar atentos às minhas orientações.

Sigam com fé e disciplina. Não se afastem do caminho.”

Após ouvirem as palavras de Expedito dos Santos, muitos tomaram a decisão. Abandonaram suas casas, seus aparelhos eletrônicos, suas rotinas, seus prazeres. Deixaram para trás tudo o que conheciam, em busca da salvação.


Antes de partir, passaram pela Imersão de Luz Viva, uma espécie de banho em águas combinadas com partículas energéticas daquele mundo avançado. Era um processo real, mas também simbólico: representava o fim da velha existência. Ali morria a vida antiga, e nascia uma nova. Esse batismo era indispensável 


A jornada exigiria coragem. A partir dali, não haveria mais retorno. Era uma vida de esforço, vigilância, fé e obediência. Eles entravam num caminho onde precisariam viver por princípios firmes e inegociáveis: verdade, renúncia, disciplina, comunhão e fidelidade.


Tinham deixado uma cidade — e seguiam rumo a outra. Uma cidade de refúgio, construída ao custo de grande sacrifício. A partir dali, tudo era novo. Tudo era diferente.


E partiram.

Partiram para a caminhada.

Eram poucos, comparados aos que ficaram na cidade, mas ainda assim, um grupo considerável.


Logo no início da jornada, alguns voltaram.

Sentiram falta dos parentes, dos amigos, das festas, das comidas e bebidas, e de tudo o que deixaram para trás.

Acreditaram que aquela não era vida para eles.


Mas, ao pensarem assim, esqueceram-se de algo fundamental:

não estavam diante de uma escolha entre modos de vida, mas entre a vida e a morte.

Não era uma questão de conforto ou bem-estar.

Era questão de salvação.


E a salvação exigia aquele caminho.

O caminho proposto por Expedito dos Santos —

o único caminho.

A primeira queda


A caminhada seguia com dificuldade, mas com esperança. O grupo avançava pelas trilhas desenhadas entre vales, pequenas elevações e paisagens antes nunca vistas. Era tudo novo.


Mas não demorou muito até que chegassem a uma região montanhosa.

Expedito dos Santos, atento a cada detalhe da jornada, logo reuniu todos e os advertiu:


— Precisamos redobrar o cuidado. À frente há uma travessia perigosa. É uma área alta, com pedras escorregadias. As chuvas recentes deixaram o solo instável. E há um precipício profundo — disse com firmeza. — Sigam atentos, cada passo é importante.


Eles o chamavam de Abismo do Vento Orgulhoso, por causa das rajadas de vento que sopravam por entre os rochedos e confundiam a noção de equilíbrio. Era uma passagem estreita, com a borda lisa e traiçoeira.


Alguns passaram com cautela, olhos fixos no caminho, atentos às instruções.


Mas nem todos.


Um dos caminhantes, um rapaz forte, mas apressado, tentou ajudar outra companheira a andar mais rápido.

— Vamos! Isso aqui não é tudo isso! — disse, dando passos largos.

Mal acabou a frase, escorregou. Bateu os braços tentando se firmar, gritou:

— Socorro! Segurem!


Houve correria, tentaram alcançá-lo, mas não conseguiram. O corpo desapareceu entre as pedras.


Outros, tomados pelo susto, tentaram voltar para ajudar, mas também perderam o equilíbrio.


Ali, naquele trecho, o grupo perdeu alguns dos seus.


Foi um momento silencioso. Todos pararam. Ninguém falava.

Alguns choravam.


Expedito, com voz baixa, disse:

— Esse é o preço do orgulho. Aqui não podemos nos achar fortes. Quem não vigiar… cai.


E seguiram, mais unidos, mais sóbrios, mais conscientes do que estavam enfrentando.


O FRUTO ESTRELAR 


Pouco depois, avistaram ao longe uma árvore solitária, de copa larga e repleta de frutos. Era o Fruto Estrelar, conhecido de todos. Antes da jornada, ele era comum na cidade. Todos já haviam se alimentado dele. Era saboroso, desejável e sustentava.


— Olha lá! — disse um deles. — Um Fruto Estrelar! Deus é bom! A provisão continua.


— Não está no caminho — respondeu Expedito dos Santos, com o Biblionics na mão. — Essa árvore está fora da rota. O Biblionics não registra esse ponto.


— Mas é alimento! — insistiram. — Nós precisamos comer. Se está ali, é porque faz parte!


Expedito foi claro:


— Nós já fomos batizados no Fruto da Água. O alimento agora é outro. O que antes era permitido, agora mata. Esse fruto fora do caminho é letal.


Mesmo assim, alguns desviaram. Chegaram até a árvore. Comeram. Depois voltaram ao grupo como se nada tivesse acontecido.


No dia seguinte, desviaram de novo. Comeram. Voltaram.


— Nós só saímos um pouco — diziam. — É só um desvio pequeno. Depois a gente volta. A caminhada continua.


Mas com o tempo, seus olhos foram escurecendo. A voz perdeu firmeza. As pernas tremiam. E um por um, caíram. Mortos.


Foi quando Expedito reuniu o grupo que restava e explicou:


— Eles não perceberam. Mas toda vez que saíam do caminho para comer do Fruto Estrelar, já estavam mortos. Não era só o fruto. Era o desvio. Era a infidelidade. O caminho não permite volta com contaminação. Comeram fora do plano. Foram corrompidos. E o fim veio.


Silêncio. Só o som do vento sobre as folhas.


E ninguém mais olhou para a árvore.



O Rio e a Distração dos Viajantes


O som da água correndo ao lado do caminho chamou a atenção de alguns viajantes. Entre as árvores, um rio sereno deslizava por entre as pedras. A brisa ali era fresca, o ambiente agradável. Parecia um lugar ideal para descansar.


— Vamos só lavar os pés, molhar o rosto — disseram alguns. — Não vamos nos demorar.


Expedito dos Santos, atento ao ritmo da jornada, advertiu:


— Sigamos firmes. O tempo não espera. Na Cidade de Refúgio haverá água em abundância, alegria e descanso. Lá, sim, poderemos nos banhar com segurança. Aqui, não. Aqui é só passagem.


Mas nem todos ouviram. Alguns se afastaram do grupo. Lavaram os pés, molharam o rosto, e logo voltaram — porém, atrasados. Correram para alcançar os demais e, embora cansados, conseguiram se reunir ao grupo.


Outros, porém, permaneceram por mais tempo. Sentaram-se nas pedras, deixaram-se levar pelo som da correnteza, pelo conforto da sombra. Quando enfim saíram da água, o grupo já havia seguido adiante.


Tentaram retomar o caminho, mas já não sabiam a direção exata. O trilho parecia menos claro. E quanto mais procuravam reencontrar os outros, mais se afastavam. Acabaram se perdendo.


Expedito comentou com pesar:


— A distração não parecia grande coisa. Mas foi suficiente para tirá-los do ritmo da jornada. Alguns conseguiram voltar. Outros, não. O que parecia apenas um momento de alívio, custou-lhes o caminho


A Bifurcação e o Guia Sartanes


Durante a caminhada, o grupo de Expedito dos Santos avistou ao longe outro grupo de viajantes. Quando se aproximaram, cumprimentaram-se com cordialidade.


O líder do outro grupo se apresentou:


— Me chamo Sartanes. Estamos também a caminho da Cidade de Refúgio.


Expedito dos Santos os observou atentamente. Desde o primeiro olhar, percebeu que algo não estava em ordem. O grupo de Sartanes não trazia o mesmo brilho no olhar, nem a mesma leveza de quem seguia pela fé no Biblionix. Ainda assim, com sabedoria e serenidade, Expedito permitiu que caminhassem juntos por um tempo.


— Vamos seguir — disse ele. — A estrada revelará o caminho verdadeiro.


A jornada prosseguiu até que chegaram a uma bifurcação. Duas trilhas seguiam em direções diferentes. E ali veio a prova.


— Qual o caminho que o Biblionix indica? — perguntou um dos viajantes.


Sartanes respondeu com prontidão:


— Temos o Biblionix conosco. Mas também usamos outros equipamentos que nos ajudam a interpretar suas orientações com mais clareza.


Expedito permaneceu calado por um instante. O grupo o olhou, aguardando sua resposta. Então ele falou:


— O Biblionix é suficiente. Ele foi feito para guiar com precisão. Tudo o que se junta a ele para “ajudá-lo” acaba por tirar o viajante do verdadeiro caminho.


Alguns entre os seus hesitaram. O grupo de Sartanes parecia bem equipado, moderno, seguro de si. E, aparentemente, também liam o Biblionix. Mas, na prática, seguiam outra direção.


Sartanes indicou que seguiriam pela trilha da esquerda. Expedito olhou para o seu próprio grupo e, com firmeza, apontou à direita:


— Quem confia no Biblionix, apenas nele, vem comigo.


Foi então que a separação aconteceu. Alguns, encantados pelos recursos de Sartanes, desviaram-se. Outros permaneceram com Expedito.


E ele os conduziu em paz, pois já sabia desde o início quem era Sartanes, e que a prova da bifurcação era inevitável.



A Chegada 


E assim, diante da calamidade que se abatia sobre aquela terra, muitos decidiram buscar salvação. Ouviram sobre uma cidade de refúgio, escondida aos olhos comuns, cuja entrada se dava por uma caverna estreita e silenciosa, mas que conduzia a um lugar seguro e eterno.


Seguiram então com a expedição liderada por Expedito dos Santos, aquele que confiava plenamente no Biblionix e guiava com firmeza e discernimento. A jornada, porém, foi longa e cheia de desafios. Muitos se distraíram, outros se encantaram com atalhos e propostas sedutoras, e outros simplesmente desistiram no meio do caminho.


Aqueles que permaneceram firmes, enfrentando cansaço, perdas e provações, finalmente encontraram a caverna estreita que dava acesso à cidade de refúgio.


E ali, ao entrarem, seus olhos se maravilharam.


Era um lugar de beleza indescritível. Havia rios puros nos quais podiam banhar-se sem temor. Havia alimento de todo tipo, e nenhum padecia de fome. Não havia doenças, nem enfermidades, nem conflitos. A paz reinava ali, pois era um lugar preparado para os fiéis — um refúgio eterno.


Poucos chegaram até lá. Mas os que chegaram, encontraram descanso.



Reflexão 


O Juízo, o Pecado e o Caminho da Salvação


Um grupo de pessoas abandonou a cidade, reconhecendo que o juízo viria sobre ela. Eles decidiram deixar aquele lugar, que representava uma vida de perdição, para seguir um novo caminho — um caminho difícil, de esforço, de luta, e de renúncia. Essa jornada seria completamente diferente da forma de vida que levavam.


Eles passaram a ser guiados por Expedito dos Santos, que representa o Espírito Santo, e pelo Biblionics, instrumento que representa a Palavra de Deus. E seguiram o caminho em direção à cidade de refúgio, criada por Emmanuel, que é Cristo, o Criador da salvação através do seu sacrifício.

A partir dessa decisão, iniciaram uma nova vida, marcada pela fidelidade, esforço e direção segura vinda de Deus.


Essa história nos ensina uma verdade espiritual muito profunda.


A Bíblia mostra que o mundo inteiro está sob juízo por causa do pecado.


> “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

Romanos 5:12

Mas há uma saída: a salvação que está em Cristo Jesus.


> “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

João 14:6


O arrependimento é o primeiro passo dessa jornada.

É a decisão de abandonar o mundo, representado pela cidade, e iniciar uma vida completamente nova — de esforço, renúncia e fidelidade, guiada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus.


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17


> “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

João 3:3


> “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”

2 Timóteo 3:16


> “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”

João 16:13


Aqueles que Voltaram e o Orgulho que Mata


Na jornada rumo à cidade de refúgio, alguns não perseveraram. Voltar atrás parecia mais fácil do que permanecer no caminho estreito. Esses retornaram à cidade antiga, à vida da qual haviam saído, esquecendo o juízo que viria.


Faltou-lhes perseverança.


> “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24:13)

“Aquele que lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus.” (Lucas 9:62)

“Lembrai-vos da mulher de Ló.” (Lucas 17:32)


Outros, mesmo caminhando, caíram no precipício do orgulho, desejando glória para si, e não para Deus. Buscaram ser exaltados, esqueceram que tudo deve ser para a glória do Senhor.


> “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31)


O orgulho os cegou. O orgulho os matou.

Só vive quem vive exclusivamente para glorificar a Deus.

A Distração e o Desvio


Na caminhada, muitos foram desviados pela distração.

O inimigo usa pequenas distrações — desejos, preocupações, vaidades — para tirar os olhos do verdadeiro propósito: seguir a Cristo até o fim.


> “Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da fé.” (Hebreus 12:2)


A distração é o laço invisível que afasta da verdade. É por isso que é necessário vigiar e manter os olhos fixos no Senhor.


Mas há ainda algo mais sutil e perigoso: o desvio da verdade da Bíblia.


Vivemos dias em que a igreja se desvia, trocando a verdade pela tradição, e reinterpretando a Palavra para agradar os homens.

Mas a Bíblia não muda. Ela é a Palavra viva de Deus.


> “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça.” (2 Timóteo 3:16)

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Salmo 119:105)

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)


Quem não se firma na Palavra, se perde no desvio.

Mas quem permanece na verdade, não será confundido.



Apelo


Você já reconheceu que nasceu pecador e que precisa de salvação — salvação que está exclusivamente em Cristo Jesus?


Você já decidiu se arrepender dos seus pecados, abandonar o mundo do pecado, onde o pecado prevalece, para então morrer para o pecado e viver em fidelidade a Cristo, guiado pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo?


Deus está falando com você.

Você precisa decidir.

Essas verdades não mudarão.


Quando você morrer, ou estará entre aqueles que chegaram à Cidade de Emmanuel, onde há vida eterna com Deus,

ou estará no inferno, se lamentando por não ter crido naquilo que o Deus da Bíblia disse com tanta clareza.


> “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (Hebreus 3:15)


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sexta-feira, 30 de maio de 2025

A Mulher e o Profeta de Deus


A Mulher e o Profeta de Deus 


A mulher

Havia uma mulher idosa, de seus 89 anos de idade. Apesar da idade avançada, era uma mulher que queria muito viver. Seu coração ainda batia com entusiasmo pela vida. Era uma mulher animada, que gostava de conversar, de sorrir, de estar com os outros. Era apontada por muitos como alguém de espírito jovem, com vontade de viver, viajar, conhecer lugares, desfrutar da vida — mesmo aos seus 89 anos.


Era uma mulher que já não tinha mais marido. Ficara viúva havia muitos anos, mas mesmo assim nunca deixou a tristeza dominar sua alma. Tinha muitos netos, era querida por eles, e fazia questão de estar presente sempre que podia. Cuidava da sua saúde com zelo, procurava se alimentar bem, fazer caminhadas, manter sua mente ativa. Era conhecida por sua alegria de viver e por suas conversas constantes com amigos e vizinhos.


Sempre fora criada em uma tradição religiosa. Desde menina seguia os ensinamentos daquela religião com muito zelo. Era fiel, dedicada, e respeitada dentro de sua comunidade. Participava das celebrações, dos encontros, das reuniões, e conhecia muito bem os rituais e doutrinas que aprendeu desde pequena.


Ela gostava muito de seus filhos e netos. Fazia questão de estar perto, acompanhava o que podia da vida deles e se alegrava com suas visitas e conquistas. Também tinha muitos amigos e amigas, com quem passava boa parte do seu tempo.


Era uma mulher que gostava de se voltar para si mesma. Buscava a admiração de todos e constantemente contava seus feitos, suas experiências e suas conquistas, esperando o reconhecimento das pessoas. Era comum ouvi-la falar de si com entusiasmo, como quem precisa ser notada. Gostava de sempre opinar nas coisas — ainda que, muitas vezes, sem profundidade — mas não deixava de dar o seu ponto de vista. E quando alguém lhe dizia: "Você é uma pessoa muito especial, muito querida", isso alimentava o seu ego e a fazia se sentir satisfeita.

Como queria muito viver a vida, a morte não era algo que estava nos seus planos. Ela até reconhecia, de maneira teórica, como todos reconhecem, que a morte é uma possibilidade — ainda mais com a sua idade avançada. Mas, intimamente, ela não acreditava de verdade nessa possibilidade. Evitava pensar nisso. Fazia seus exames médicos com frequência, acompanhava tudo de perto, e esperava ainda viver muitos e muitos anos, confiando nos cuidados que mantinha com o corpo e com a saúde.



O Profeta


Havia um profeta de Deus, um homem que o Senhor usava com poder e autoridade. Era um homem fiel a Deus, que buscava o Senhor e vivia para realizar a sua vontade. Deus o usava revelando coisas ocultas da vida das pessoas e, muitas vezes, até aspectos do seu futuro.


Este profeta falava a respeito de Deus nas ruas, nos hospitais, e a todos que entravam em seu caminho. Não se calava diante das oportunidades de anunciar a verdade. Tinha inúmeras experiências com Deus ao longo da sua vida já bastante vivida — experiências marcadas pelas operações divinas, pelos milagres e pelo poder de Deus que o acompanhavam. Essas experiências o sustentavam e davam força à sua caminhada, servindo como testemunho vivo de que o Deus que ele anunciava era real, poderoso e presente.


Ele era um homem humilde e não se exaltava. Pelo contrário, fazia questão de apresentar suas limitações e fraquezas. Sua figura não era imponente, nem despertava grande atenção. Havia uma simplicidade nele — tanto na aparência quanto no modo de viver — que não agradava aos padrões humanos. As pessoas, muitas vezes, não o consideravam como alguém de grande valor.


Era um homem antissocial no sentido de não se moldar ao sistema, aos costumes, às aparências ou aos valores que a sociedade estimava. Não procurava agradar a muitos, e por isso mesmo, era alguém solitário. Era experimentado nas dores e no sofrimento, e conhecia bem o que era ser rejeitado, esquecido e desprezado. No entanto, vivia em paz com Deus e se alegrava no Senhor, pois sabia em quem cria.


Ele sabia que estar com Deus seria o seu resgate, a sua grande vitória. Porém, o desejo do seu coração era continuar neste mundo — mesmo que, para ele, o mundo não tivesse nada de agradável. Seu clamor e sua esperança estavam voltados para a salvação da sua família, da sua parentela, dos seus amigos, e de todas as pessoas. Esse desejo ardia em seu coração, porque ele compreendia, com clareza, o que era o céu e o que era o inferno. E por isso, tinha uma forte disposição e entrega para resgatar almas do inferno, custasse o que custasse.


Todo lugar que o profeta ia, ele era usado por Deus. Deus tinha um propósito em usá-lo, e ele sabia disso. Certa feita, ele estava em um hospital, e uma enfermeira o chamou com urgência. Havia uma senhora prestes a morrer, e não havia mais nada que os médicos pudessem fazer. Ele foi até lá, orou por aquela mulher, e no seu espírito percebeu que Deus iria realizar uma obra naquele momento.


Para surpresa da enfermeira, aquela mulher, que estava com o coração praticamente parado, de repente teve os batimentos normalizados. A equipe médica ficou perplexa. Pouco depois, ela saiu do coma, ouviu a mensagem de Deus através daquele homem, e a recebeu. A mulher entendeu que Deus havia lhe dado mais uma oportunidade.


Em outra ocasião, o profeta estava em casa, e Deus lhe disse para ir a um determinado lugar. Ele questionou: “Mas Senhor, eu não tenho nada para fazer lá, o que vou fazer lá?” E Deus respondeu apenas: “Vá.” E ele obedeceu. Chegando ao local, pediram que ele orasse por uma mulher. Ele orou, e ela foi liberta de espíritos malignos que a aprisionavam. Deus o usava para libertar pessoas, para pregar o evangelho, e o poder de Deus se manifestava através dele.


Muitas vezes, pessoas que estavam à beira da morte eram encaminhadas por Deus para cruzar o caminho daquele homem. Eram situações em que, pela misericórdia divina, antes de partirem, ainda teriam a oportunidade de ouvir a verdade, se arrepender e serem salvas. E ele entendia que tudo aquilo era parte da missão que Deus lhe havia confiado.



O Encontro da Mulher com o Profeta


O profeta estava hospedado em uma casa, pois Deus o havia levado até ali. O Senhor lhe havia falado que o levaria àquele local para usá-lo de maneira específica, pois havia vidas a serem alcançadas por meio dele. Ali estava o homem de Deus, o profeta enviado por Deus, pois o Senhor tinha um propósito naquela região. E entre as vidas que Deus queria alcançar, estava uma mulher idosa, que em breve se encontraria com o profeta.


Essa mulher, de 89 anos, que vivia na expectativa de desfrutar o resto de sua vida neste mundo, foi a mesma que veio até a casa onde o profeta estava hospedado e permaneceu ali por alguns dias. Deus havia revelado ao profeta que aquela mulher estava diante da sua última oportunidade. Aquela era a sua última chance de ouvir e se render à verdade. O Senhor queria falar com ela, e o profeta, como servo obediente, transmitiu fielmente a mensagem do céu.


Ele anunciou o Evangelho, falando da necessidade de arrependimento, de uma vida transformada, e de uma aliança verdadeira com Cristo. Disse que não havia mais tempo e afirmou claramente àquela mulher que ela morreria. Suas palavras foram firmes, cheias de autoridade e convicção. No entanto, alguns dos que estavam na residência se levantaram contra o profeta e o contrariaram, dizendo que aquela mulher ainda viveria muitos anos, pois ainda estava forte. Não criam na palavra de Deus e nem reconheciam o profeta como enviado do Senhor. Por essa razão, o profeta não insistiu em continuar, pois sabia que aquele ambiente não era favorável, e muitos ali rejeitavam a verdade.


Ele fez o apelo com clareza e urgência: que ela reconhecesse a Jesus como o único e suficiente Senhor e Salvador da sua vida; que deixasse seus pecados e passasse a viver conforme a Palavra de Deus, em fidelidade, reconhecendo o sacrifício de Cristo na cruz. A mulher ouviu, mas naquele momento não se dispôs a receber a mensagem. Seu coração não se abriu. Ela resistiu. E depois de alguns dias, conforme o tempo determinado por Deus, ela deixou a casa e foi embora.


Dois meses depois, conforme a palavra do profeta, aquela mulher veio a falecer. Assim se cumpriu exatamente aquilo que o Senhor havia revelado ao seu servo. 


Assim, a mulher partiu, e o profeta continuou a sua jornada. Dura, difícil, mas de um valor inestimável. Continuou o seu trabalho de levar a Palavra de Deus, de resistir aos contradizentes, de sofrer e chorar pelas almas perdidas, mas sempre com a consciência de que seu tempo também chegaria. E assim, quando chegar o seu momento, ele será coroado com a sua partida para o Reino de Deus.



Reflexão 

E assim é a vida. As pessoas passam diante da Palavra de Deus. As pessoas se encontram com a Palavra de Deus. São chamadas por ela. São confrontadas. E cada coração se determina a recebê-la ou não.


Alguns se quebrantam, se rendem, reconhecem a verdade e são salvos. Outros resistem, endurecem o coração, confiam em seus próprios caminhos e rejeitam o convite do céu. Mas a Palavra de Deus jamais volta vazia. Ela cumpre o propósito para o qual foi enviada — seja para salvação, seja para testemunho contra aqueles que a desprezam.

O ser humano pode até não perceber, mas a verdade é que, ao escolher entre viver a vida neste mundo segundo os padrões deste mundo, ou viver segundo o reino de Deus, segundo os ensinos de Cristo na Bíblia, ele está, na verdade, escolhendo entre o céu e o inferno. 

"Muitas pessoas estão à beira da morte, idosas ou não, e ainda querem gastar as suas vidas com coisas que não têm valor para o Reino de Deus. 

> "E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que por amor de mim perder a sua vida, a salvará."

Lucas 9:23-24


"Quando alguém rejeita a palavra de um profeta verdadeiro, não está apenas rejeitando um homem — está rejeitando a voz de Deus. Pois Deus envia os seus servos com autoridade e com Sua Palavra. Rejeitar o profeta é rejeitar o próprio Deus que o enviou, como está escrito:

 'Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita' (Lucas 10:16)."

“Muitas pessoas recebem com facilidade os falsos profetas porque suas mensagens agradam à sua vontade e aos seus desejos, mas rejeitam os verdadeiros profetas, que não trazem a mensagem que gostariam de ouvir. Isso acontece porque o verdadeiro profeta traz uma mensagem de morte para o pecado e para o mundo, de arrependimento para ser salvo, de renúncia, de fidelidade a Deus, de esforço, de luta e de juízo — e isso não lhes agrada.”

 “E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” (1 Pedro 4:18)


📣 Apelo


Viva como se você fosse morrer hoje.

Mas não para se entregar aos prazeres deste mundo, que são passageiros e não podem te dar a vida eterna.

Viva como se hoje fosse o seu último dia — para Deus.

Para conhecê-Lo, amar, servir e agradá-Lo em tudo.


Não viva para o mundo. Viva para o céu.

Porque só agrada a Deus quem vive com humildade e se deixa transformar.

Quem morre para o orgulho, para o pecado, e decide viver uma vida de santificação, de renúncia e amor.


É hora de escolher:

O caminho largo do mundo, que leva à perdição…

Ou o caminho estreito da cruz, que leva à vida eterna.

Assuma um compromisso de fidelidade ao que está escrito na Bíblia — ou seja, a Jesus — antes que a morte o alcance.

Caso contrário... você se lamentará eternamente por sua escolha errada.



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quinta-feira, 29 de maio de 2025

A Grande Fuga, O Caminho e a Cidade do Livramento.


A Grande Fuga, O Caminho e a Cidade do Livramento. 


Cristãonaldo era um homem simples, morava com sua esposa e dois filhos numa pequena e pacata cidade chamada Perdinópolis. Levava uma vida comum: trabalho, família e religião. Aos olhos de todos, sua existência era tranquila. Mas, no fundo, ele carregava um vazio que não sabia explicar.


O Livro 

Certa noite, teve um sonho. Nele, via um livro. Um livro que brilhava, como se fosse vivo. Suas páginas pareciam sussurrar segredos eternos. Quando tentava ler, uma mistura de temor e esperança invadia seu coração. Ele acordou assustado — e ali, ao lado de sua cama, o livro estava lá.


Sem entender como aquilo era possível, pegou o livro com mãos trêmulas e começou a ler. E quanto mais lia, mais algo dentro dele se revirava. As palavras daquele livro falavam de Perdinópolis. Falavam de uma condenação. De destruição. De um juízo que viria sobre a cidade e seus moradores. O livro era claro: a cidade seria destruída.


Um peso caiu sobre Cristãonaldo. Ele não conseguia pensar em outra coisa. Aquele fardo o esmagava. Andava pela cidade com os olhos inquietos, tentando alertar as pessoas, mas ninguém o ouvia. Sua esposa dizia que ele precisava descansar, que estava paranoico. Seus filhos olhavam com estranheza.


João Evangelista 

Certa tarde, enquanto andava pelas ruas de Perdinópolis, curvado pelo fardo invisível que carregava, um homem se aproximou. Era diferente. Havia luz nos seus olhos.


— Homem, por que andas assim? — perguntou o estranho. — Tão sobrecarregado?


— Eu... eu não consigo mais — respondeu Cristãonaldo. — Este livro... ele revelou que Perdinópolis vai ser destruída. Eu preciso fugir. Mas... para onde?


O homem então apontou para o horizonte. Uma luz distante tremeluzia lá longe, quase imperceptível.


— Continue lendo o livro — disse o homem. — Ele mostrará o caminho. Veja aquela luz? Corra até ela. Não pare. Não olhe para trás. No final do caminho, você encontrará uma porta. E além dela... está a Cidade do Livramento.

Cristãonaldo então perguntou ao homem:

— Qual é o seu nome?

E o homem respondeu com serenidade:

— Me chamo João Evangelista.


A Família e os amigos

Cristãonaldo correu para casa. Falou com sua esposa e seus filhos:


— Nós precisamos fugir! A cidade será destruída! Há uma luz! Uma porta! Vamos sair daqui!


Mas sua esposa não acreditou. Disse que ele estava doente, que aquilo era um surto. Que precisava de ajuda.


Cristãonaldo chorou. Mas tomou uma decisão. Deixou tudo para trás. Pegou o livro. E começou a correr em direção à luz.

Cristãonaldo e a Cidade do Livramento — Parte 2: A Família e o Rejeitado


A luz brilhava à distância, firme, como uma promessa. As palavras do homem ainda ecoavam na mente de Cristãonaldo:


> — Continue lendo o livro. Siga a luz. Não pare. Não olhe para trás. No fim, encontrará uma porta. E essa porta leva à Cidade do Livramento.


Cristãonaldo segurava o livro contra o peito como se fosse tudo o que lhe restava. O fardo ainda pesava, mas agora ele tinha direção. Antes de partir de vez, decidiu que precisava passar na casa de sua mãe. Talvez ela acreditasse nele. Talvez ela entendesse.


Chegou na casa de sua mãe, Dona Obstinada, uma mulher forte, mas de coração endurecido. Quando tentou falar, ela o interrompeu:


— Você enlouqueceu, meu filho. Sempre foi impressionável demais. Volte pra casa, tome um chá, descanse um pouco.


— Mãe... por favor. A cidade vai ser destruída. Eu vi. O livro mostra...


— Eu não tenho tempo pra essas tolices. Tenho mais o que fazer!


Desolado, Cristãonaldo seguiu. Foi então à casa de seu irmão mais velho, LoucoNaldo — um homem conhecido por viver mergulhado em seus próprios pensamentos, zombador, debochado.


— Hahaha! E agora você virou profeta, Cristãonaldo? Vai fugir com esse livrinho aí? Deve ter batido a cabeça! Vai acabar tropeçando na própria sombra!


Sem conseguir conter as lágrimas, Cristãonaldo foi procurar sua irmã, Enganilda. Ela era muito envolvida com as tradições da cidade, sempre elegante, sempre segura de si. Quando ouviu sobre o livro e a luz, apenas balançou a cabeça:


— Isso aí deve ser coisa de seita. Cuidado com esses fanatismos, irmão. Não perca tudo que você construiu.


O Caminho 

O coração de Cristãonaldo doía. Mas ele sabia: não podia parar. Mesmo sozinho. Mesmo rejeitado. Apertou o livro contra o peito mais uma vez e começou a correr. Correu em direção à luz.


> Não pare. Não olhe para trás. Corra para a luz.

A porta está adiante. A cidade do livramento o aguarda.


-- O Desvio  para a Cidade da Ética e Moralidade


E assim, Cristãonaldo continuou sua caminhada. O fardo ainda pesava, mas a luz ao longe brilhava com firmeza, guiando seus passos.


Foi então que, no meio do caminho, encontrou um senhor bem vestido, de fala suave e aparência respeitável. O homem se aproximou com um sorriso acolhedor:


— Meu filho, para onde você está indo com tanta pressa?


— Estou seguindo a luz — respondeu Cristão Naldo —. Indo para a Cidade do Livramento.


O senhor franziu o cenho com aparente preocupação:


— Ah, esse caminho é muito longo... e cheio de perigos. Mas veja, bem aqui à frente há um atalho. Ele te levará a uma cidade tranquila, onde poderá descansar e se recompor antes de continuar. Lá não há sofrimento. Chama-se Cidade Ética e Moralidade. Muitos param por lá e se sentem bem.


Cristãonaldo hesitou, mas o peso do fardo e o cansaço da jornada o convenceram. Seguiu pelo atalho e, de fato, chegou a uma cidade bela, ordeira, limpa, com aparência de virtude. Lá, encontrou repouso, comida e elogios por sua “boa intenção”.


Mas o tempo passou. E num certo dia, enquanto caminhava pelo centro da cidade, um rosto familiar surgiu entre a multidão: João Evangelista.


— Cristaonaldo! — disse ele, com voz firme — O que você está fazendo aqui?


Cristãonaldo baixou a cabeça e explicou:


— Um homem me falou que esse caminho era mais fácil. E eu... eu achei que poderia descansar um pouco antes de continuar.


João Evangelista então respondeu com autoridade:


— Essa cidade parece justa, mas está fora do caminho da luz. Aqui se honra a aparência do bem, mas se desvia do Caminho. Saia daqui. Volte ao caminho. Siga a luz e não se desvie mais.


Com o coração constrangido, Cristãonaldo tomou a decisão: abandonou a Cidade Ética e Moralidade e retornou à trilha da luz. O fardo ainda estava sobre ele, mas a luz agora parecia mais viva do que nunca.


Cristãonaldo Encontra a Mulher Chamada Sensualidade


Cristãonaldo caminhava ferido, com cortes profundos nos braços e nas pernas, resultado dos espinhos que marcavam o caminho estreito. Foi então que surgiu diante dele uma mulher muito bonita, de aparência suave e acolhedora. O nome dela era Sensualidade.


Ao vê-lo naquela condição, Sensualidade disse com voz doce:


— Oh, pobre viajante... você precisa de cuidados. Eu tenho uma maleta de primeiros socorros em minha casa. Venha comigo, e eu tratarei das suas feridas.


Cristãonaldo, sentindo a dor em seu corpo e vendo nela uma proposta de alívio, aceitou o convite. E assim, caminhava com Sensualidade.


Contudo, à medida que se afastava do caminho da luz, algo começou a incomodar seu coração. Ele sentia um mal-estar, um peso na alma. Seus pensamentos se voltaram às palavras de João Evangelista, que havia dito:


— “Não se desvie do caminho da luz, por mais difícil que ele pareça.”


Cristãonaldo olhou ao redor e percebeu que não via mais a luz. Estava, na verdade, se desviando, ainda que com a justificativa de tratar suas feridas.


Foi então que, com firmeza no coração, Cristãonaldo tomou uma decisão: voltaria para o caminho da luz. E sem olhar para trás, deixou Sensualidade e seguiu novamente na direção da luz que o guiava.


Cristãonaldo Recebe o Alimento do Caminho


Cristãonaldo estava cansado, faminto e com o corpo exalando mau cheiro da longa jornada. Seus pés estavam sujos e calejados, e seus olhos já mal conseguiam manter-se abertos. Foi então que, à direita do caminho, ele avistou uma choupana humilde, e próximo a ela um homem simples, mas com semblante sereno e olhar compassivo.


Cristonaldo se aproximou e perguntou com voz fraca:


— Amigo, por acaso sabe onde posso encontrar comida?


O homem respondeu com um sorriso:


— Venha até minha cabana, vou lhe dar o que precisa.


Dentro da choupana, o homem lhe ofereceu um cantil com água fresca, e em seguida uma sacola contendo pequenas bolas de uma massa especial, parecendo bolos simples, mas com um aroma suave e reconfortante.


Enquanto entregava os alimentos, o homem explicou:


— Cada uma dessas porções tem um nome e um propósito. Você precisará de todas no caminho.


Ele apontava para cada bola enquanto falava:


— Esta aqui é o Amor.

— Esta é a Fé.

— Esta é a Mansidão.

— Esta é a Humildade.

— Esta é a Justiça.

— E esta é a Santidade.


— Guarde-as com zelo e use cada uma no tempo certo. Elas lhe darão força quando tudo parecer difícil.


Cristonaldo agradeceu com lágrimas nos olhos, pois sabia que aquelas provisões não eram apenas para o corpo, mas para a alma. Com gratidão, voltou ao caminho da luz, levando consigo não só o alimento, mas também a certeza de que Deus providencia para aqueles que permanecem na jornada.


Cristaonaldo Encontra José da Fidelidade


No mesmo caminho em que seguia com passos firmes, mas ainda sentindo os efeitos da fadiga, Cristaonaldo avistou à frente um homem de olhar sincero e passos decididos. Ao se aproximarem, o homem o cumprimentou com respeito e lhe perguntou:


— Para onde você está indo? E qual é o seu nome?


Cristaonaldo respondeu com um sorriso no rosto:


— Estou seguindo a luz, em direção à Cidade do Livramento. Meu nome é Cristaonaldo.


O homem então disse:


— Também estou seguindo para lá. O meu nome é José da Fidelidade.


Ao ouvir esse nome, Cristaonaldo sentiu-se animado, como se um novo vigor tivesse enchido seu coração, pois agora não caminharia mais sozinho. A presença de José da Fidelidade lhe foi como um bálsamo, uma confirmação de que Deus envia auxílio aos que permanecem firmes na vereda da verdade.


A partir daquele momento, caminharam juntos, orando, cantando, e animando um ao outro nas dificuldades da estrada. Tornaram-se grandes amigos e companheiros de jornada, unidos pelo mesmo propósito: alcançar a Cidade do Livramento, onde habita o Rei da Luz.


Cristaonaldo e José da Fidelidade Chegam à Cidade da Vaidade


Cristaonaldo e José da Fidelidade, seguindo firmes na jornada rumo à Cidade do Livramento, encontraram no caminho uma cidade. Ao se aproximarem dela, viram que a cidade tinha torres que brilhavam, mas não com a luz do céu. Eram tochas alimentadas com o óleo da vaidade.


Os portões eram largos e sempre abertos, convidando a todos a entrarem — não para encontrar repouso, mas para se perderem em suas muitas ofertas. Logo na entrada havia um mercado, onde se vendiam bênçãos, promessas e sonhos, tudo com etiquetas de preço. Vozes anunciavam coisas e milagres em troca de moedas e aplausos.


Os templos eram muito grandes e adornados com ouro e pedras preciosas, mas em vez de reverência, havia performances. Em lugar do altar, havia palcos; e em lugar da Palavra, slogans. O nome de Deus era pintado nas paredes, mas os corações adoravam outros senhores: o sucesso, o prazer, a aprovação, a riqueza.


Havia ruas inteiras dedicadas à adoração de ídolos — uns de pedra, outros de carne, outros invisíveis, mas reinando nos desejos. As casas estavam cheias de telas que falavam o tempo todo, ensinando o povo a amar o que é passageiro e a zombar do que é eterno.


Crianças aprendiam desde cedo a buscar a fama e não a sabedoria. Os velhos já não ensinavam o temor do Senhor, mas aconselhavam a “viver a vida”. O som da cidade era misturado de música, comércio e pregação sem cruz. Tudo era espiritual, mas nada era santo.


Os juízes amavam mais os dons do que a justiça. Os mestres ensinavam sem temor e os sacerdotes se alimentavam da gordura do povo, mas não ofereciam sacrifício algum ao Deus verdadeiro.


E no centro da cidade havia uma torre com espelhos por todos os lados. Quem olhava para ela via apenas a si mesmo e se sentia um deus.


Aquele que chegava com o livro nas mãos, com lágrimas nos olhos e verdade nos lábios era tido como louco, ultrapassado e até perigoso. Era a cidade onde tudo era permitido, menos a verdade.  


A Perseguição na Cidade da Vaidade e o Martírio de José da Fidelidade


Cristãonaldo e José da Fidelidade começaram a falar àquele povo da grande destruição que viria, e da necessidade de seguirem a luz em direção à Cidade do Livramento. Eles clamavam pelas ruas, exortando os moradores a abandonarem as vaidades, os ídolos, as mentiras e os falsos brilhos daquela cidade, e a voltarem-se ao Deus verdadeiro.


Mas a cidade começou a se revoltar contra os dois. Os líderes religiosos se indignaram, os comerciantes se enfureceram, os moradores os chamavam de fanáticos, e todos se uniram em fúria. Eles foram agarrados, espancados e lançados em prisão. Depois de um julgamento injusto, foram condenados à morte.


O primeiro a ser executado foi José da Fidelidade. Ele foi levado à praça central, onde uma forca estava armada. Mas mesmo enquanto era enforcado, ele glorificava a Deus em alta voz e se despediu de Cristãonaldo dizendo:


— "Nos encontraremos lá na Cidade do Livramento. Eu espero por você."


E assim partiu José da Fidelidade, selando com seu sangue o testemunho da verdade.


Cristãonaldo era o próximo. Sua execução estava marcada para o dia seguinte. Mas, naquela mesma noite, alguns dos moradores da cidade que haviam crido na mensagem dos dois, tocaram em silêncio as grades da prisão e, na calada da noite, libertaram Cristãonaldo.


Ele, ao sair, abraçou cada um dos que o ajudaram e disse:


— "Vocês saiam desta cidade e sigam o caminho. Não permaneçam aqui onde a verdade é perseguida."


Eles acenaram com a cabeça, dizendo que sim. E assim, com lágrimas nos olhos, prometeram seguir a luz.


E Cristãonaldo continuou agora sozinho no caminho, na sua jornada.

Cristãonaldo, continuando a sua caminhada, percebeu que o seu fardo já não era mais pesado — agora estava leve. Ele olhava para a sua roupa e via que estava limpa. A sua bolsa com alimentos estava cheia. E o livro que ele levava, permanecia firme em suas mãos — ele não conseguia deixá-lo, pois era precioso demais para ele.


E assim, Cristãonaldo aproximava-se da cidade. Próximo à entrada, ele encontrou um homem vestido de branco. Cristaonaldo contou-lhe a sua história e falou da sua preocupação com a sua família, que havia ficado na cidade de Perdinópolis.


Aquele homem, com voz serena, respondeu:


— Não se preocupe. Nós enviaremos a eles um convite para que sigam a luz e encontrem a Cidade do Livramento. João Evangelista estará lá também para persuadi-los.

Mas o homem disse:


— Eu tenho uma boa notícia para você. Sua  esposa e seus filhos já estão a caminho, correndo em direção à cidade.

E Cristãonaldo naldo chorou de alegria.

E assim, depois de uma longa e dura jornada, Cristaonaldo chegou à cidade. Os portões lhe foram abertos, e os seus olhos se maravilharam ao contemplar a glória que ali havia.


Então, foi-lhe dito:


— Vinde, bendito de meu Pai.


Ali, ele reencontrou José da Fidelidade, junto com muitos outros, todos vestidos de branco, com uma luz intensa resplandecendo em seus corpos, diante d’Aquele que tudo criou.


Reflexão


Esta mensagem traz profundos ensinamentos, que o leitor poderá identificar se dispuser a ler, reler e refletir sobre tudo o que está escrito, motivado pelo interesse nas coisas celestiais.


A mensagem central do texto precisa ser recebida por todos, e é esta: Perdinópolis será destruída. E só escaparão da condenação aqueles que saírem da cidade:


Guiados pela luz.

Nas mãos, o livro.

No caminho, a sacola com mantimentos.

Na mente, a palavra do evangelista, que diz: não desviar, não parar, não retroceder, mas seguir em frente até alcançar a cidade.


Perdinópolis é o mundo em que vivemos. O livro é a Palavra de Deus. A luz é Cristo. Os alimentos na bolsa são os frutos do Espirito Santo, a Cidade do Livramento é o lugar destinado a todos aqueles que viverem para conhecer e fazer a vontade de Deus, custe o que custar.

Decida-se.

Receba o convite.

Largue tudo.

E envolva-se na peregrinação que o levará à cidade do livramento.

Faça isso agora, enquanto ainda há tempo.



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Mensagem inspirada no livro e filme : O Peregrino.