terça-feira, 27 de maio de 2025

Os Bebês Reborn de Miriam


Título: Os Bebês Reborn de Miriam 


Os bebês reborn têm sido uma febre recentemente. Essas bonecas, que imitam bebês reais com grande realismo, atraem muitas pessoas. Porém, é preciso entender que transferir valores e emoções reais para um objeto inanimado é uma ilusão que merece reflexão.


Brincar com bonecas é uma fase natural e saudável para a criança. É parte do desenvolvimento infantil, quando a imaginação e o aprendizado sobre o cuidado e o amor estão em formação. Contudo, para o adulto, brincar com bonecas — ou com bebês reborn — não tem justificativa lógica ou saudável. Isso não é um hobby inocente; é uma fuga da realidade.


O uso de bonecas por adultos representa um distanciamento da vida real, uma confusão entre o que é imaginário e o que é concreto. Ao invés de enfrentar os desafios e responsabilidades da vida, o adulto se entrega a uma fantasia infantil, negando o amadurecimento emocional que Deus espera de cada pessoa.


Essa prática pode indicar uma fragilidade espiritual e psicológica, pois a verdade é que o ser humano foi criado para viver relacionamentos reais, para amar e ser amado de forma verdadeira — não para depositar sentimentos em um objeto sem vida.



A história de Miriam:


Miriam tinha 27 anos. Era uma mulher simples, sem filhos, e por curiosidade, resolveu experimentar algo diferente: brincar de boneca. Não qualquer boneca, mas um bebê reborn. Ao adquirir o boneco, encantou-se com o realismo e a doçura de sua aparência. Sentiu uma emoção que, segundo ela, nunca havia sentido antes. “Concebi o meu filho reborn”, disse, emocionada. Batizou-o de Orgulho, por sentir-se orgulhosa daquele que, para ela, representava seu primogênito.


Com o tempo, o que começou como uma brincadeira virou parte da rotina. Miriam trocava roupinhas, organizava horários de mamadas fictícias, saía com o bebê nos braços, o fotografava como se fosse real. Orgulho passou a ocupar o lugar de um filho real em sua vida.


Mas não parou por aí. Miriam dizia sentir “novamente” o desejo de ser mãe. E, contra as sugestões de familiares e amigos, ela “engravidou” outra vez — dessa vez, de uma menina, que nomeou como Teimosa, pois todos diziam que ela estava indo longe demais, e ela insistia: “Sou teimosa mesmo!”


Agora, com dois “filhos”, Miriam passava horas envolvida em cuidados, comprando roupas, acessórios e até berços. Seu tempo, sua energia e seus recursos iam quase que exclusivamente para o cuidado de bonecos. Enquanto isso, deixava de lado a convivência com pessoas reais, os compromissos com a vida adulta, e até sua vida espiritual. Dizia estar feliz, mas vivia em uma ilusão cuidadosamente construída. Um hobby que, na verdade, era uma fuga da realidade. Ela não percebia que estava tentando preencher vazios internos com uma fantasia que, por mais bem produzida, era falsa.

Miriam, cada vez mais envolvida com seus bebês reborn, começou a dizer que sonhava em ter uma grande família. “Enquanto eu puder engravidar, eu vou continuar tendo meus filhos”, dizia com firmeza. E assim, decidiu que teria mais um bebê.


Foi então que alguém mais próximo, preocupado com a situação, resolveu conversar seriamente com ela:

— Miriam, você pode achar que isso é só um hobby, uma diversão, mas a verdade é que isso pode ser um reflexo de algo mais profundo. Não é normal um adulto transferir afeto real e valores emocionais para um boneco. Isso pode ser carência afetiva, ou até mesmo uma fuga da realidade. Eu não sou psicólogo, mas isso não é um simples passatempo. Isso está tomando a sua vida.


Essas palavras tocaram Miriam, mas não da forma esperada. Em vez de refletir, ela ficou ressentida. Sentiu-se julgada. Achou que estavam tentando arrancar dela aquilo que lhe dava “felicidade”. E, em resposta, decidiu engravidar de mais uma criança.

— Dizem que é falso, né? Pois então eu vou chamar ela de Falsa — disse com sarcasmo. — Para lembrar que, mesmo sendo "falsa", é ela quem me faz feliz.

Apesar da recusa de Miriam em ouvir, havia pessoas que ainda se importavam com ela. Gente que a conhecia antes de tudo isso, que sabia de seu potencial, de sua inteligência, de sua sensibilidade. Tentaram alcançá-la não com julgamentos, mas com amor, com preocupação genuína.


— Miriam, isso vai te trazer consequências. Isso não é apenas um passatempo…

— Você está deixando de viver sua vida real.

— Isso vai te custar caro. Vai te prender em um mundo de ilusão.

— Você está sendo inconsequente…


Explicaram o que queriam dizer:

— Você está vivendo sem pensar nos frutos do que está semeando. Não está considerando as consequências. Você age como se nada fosse acontecer, como se não houvesse amanhã. Isso é ser inconsequente… Você não está cuidando da sua própria alma.


Mas Miriam, com o coração endurecido, respondeu com a atitude que já se tornara comum.


Com seu orgulho, que ela embalava no colo...

Com sua teimosia, que ela vestia com carinho...

Com sua falsidade emocional, que a fazia crer que tudo estava bem...

Com sua futilidade, que disfarçava sua solidão…


Ela então anunciou:

— Estou grávida de novo.


E assim, nasceu mais um bebê reborn, que ela nomeou de Inconsequente.


— Sim, é isso que acham de mim? Então ele vai se chamar Inconsequente.

— Porque eu sou assim mesmo. E não vou mudar.


Era como se cada filho fosse a defesa da sua alma ferida. Cada boneco um grito silencioso, dizendo: “não me toquem, não me digam quem eu sou”. Mas, sem perceber, Miriam ia se afundando ainda mais em uma existência artificial, onde os nomes que dava às suas “crianças” eram, na verdade, espelhos da própria realidade que ela se recusava a enxergar.


A situação de Miriam se agravou tanto que, em um certo dia, ela decidiu levar um de seus filhos para um atendimento médico. Carregando o boneco nos braços como se fosse uma criança de verdade, ela chegou determinada.


— Eu quero que meu filho seja atendido.


A atendente olhou com estranhamento. Era evidente que aquilo não era uma criança.


— Senhora… isso é um boneco.


— Para mim é uma criança! — respondeu Miriam com firmeza. — O que importa é o que eu sinto! O que importa é o que está dentro do meu coração!


A atendente, tentando manter a calma, falou:

— Mas, senhora, nós não podemos atender brinquedos. 


— Ele não é um brinquedo! Me respeite! Você está me desrespeitando?


Foi então que algo mudou no semblante de Miriam. Um espírito de vítima tomou conta da sua mente. Ela começou a chorar.


— Eu estou sendo maltratada… Ninguém me entende… Estão me agredindo… Isso não é justo comigo…


A cena chamou a atenção de outros. Miriam estava descontrolada, envolta em um sentimento profundo de injustiça. Como se o mundo estivesse contra ela, como se todos fossem cruéis por não aceitarem a sua verdade.


Diante da situação, os funcionários tentaram acalmá-la.


— Está tudo bem, senhora. Vamos ajudar, sim. Só precisamos fazer um cadastro seu, pode ser?


Pegaram seu nome, o endereço, e o contato de algum familiar. Depois, com gentileza, a liberaram para ir embora. Mas com as informações em mãos, entraram em contato com os parentes.


— Ela precisa de ajuda. A mente dela está em desequilíbrio.


Pouco tempo depois, Miriam foi internada. Diagnóstico: perda de contato com a realidade. Não temporária. Mas profunda.


Ela passou a viver sob cuidados médicos. E nunca mais voltou a viver em liberdade. Foi condenada a viver no lugar dos loucos… para sempre.


 Reflexão


Se refletirmos sobre o que aconteceu com Miriam — algo que ela mesma não fazia corretamente —, perceberemos que há muito a se aprender. Podemos chegar a conclusões profundas, e, mais do que isso, alcançar um entendimento real sobre algo que acontece, de forma mais sutil ou mais evidente, na vida de todas as pessoas: a escolha entre viver a realidade ou viver a ilusão.


O princípio dessa história abarca a todos nós. Ele toca numa questão essencial da existência humana: a necessidade de discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o que é real e o que é inventado, entre o que é apenas sentimento e o que é fato. Essa escolha define o rumo da vida de qualquer um.


Veja bem que tudo começou como uma brincadeira, uma coisa aparentemente simples, até inocente. E é assim mesmo que o engano entra: sorrateiramente, sem alarde, sem dar avisos. A ilusão, quando não é tratada com seriedade, cria raízes no coração. E com o tempo, ela toma o lugar da realidade, faz-se senhora dos pensamentos, das decisões, das crenças.


O engano não entra anunciando que é engano. Ele entra como “liberdade”, como “escolha pessoal”, como “direito de sentir”. Mas quando a verdade é abandonada, mesmo sem perceber, abre-se espaço para o delírio. Para a confusão. E, mais cedo ou mais tarde, para a destruição.


Por isso, viver na verdade exige firmeza. Exige um compromisso inabalável com aquilo que é verdadeiro, mesmo que doa, mesmo que vá contra os desejos do próprio coração. É preciso ser inalterável na busca pela verdade. Porque só a verdade preserva a sanidade. Só ela liberta. Só ela nos mantém no caminho da vida.


Miriam não percebeu aonde estava sendo levada. Mas nós podemos perceber. E podemos decidir diferente. A realidade é dura às vezes, mas a ilusão, no fim, é devastadora.


Quando não optamos pela verdade, nascem em nós os filhos de Miriam.


Miriam não percebia que os frutos de uma vida negligente com a verdade — ainda que tudo tivesse começado como brincadeira — se tornariam sementes de destruição. Ela não via que, ao abrir mão da verdade, estava gestando aquilo que um dia a destruiria. Assim também é o ser humano que rejeita a verdade. Assim é o homem que não se firma na verdade, que é Deus. Ele se torna vulnerável à ilusão, à mentira, ao pecado.


Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." (João 14:6). Optar pela verdade é, portanto, optar por seguir a Cristo. É obedecer a Cristo. E obedecer a Cristo é obedecer à verdade. Não se trata apenas de um conceito moral ou de uma opinião, mas de uma escolha espiritual com consequências eternas.


Miriam, ao abrir mão da verdade, gerou seus filhos — e seus filhos são a representação do pecado. Cada nome que ela deu, cada fruto nascido da sua ilusão, revela uma etapa da degeneração que ocorre quando se abandona a realidade de Deus.


Quando alguém decide não ser fiel à verdade, que é Jesus, essa decisão o transforma em uma árvore — uma árvore que produzirá frutos. E esses frutos serão maus. A Bíblia diz que “toda árvore é conhecida pelos seus frutos” (Lucas 6:44), e todos nós, naturalmente, somos essa árvore que produz frutos rápidos, imediatos, frutos do pecado.


Somente a decisão firme de reconhecer o sacrifício de Jesus e abandonar o pecado pode interromper essa produção de frutos destrutivos. Só a cruz tem o poder de mudar a natureza da árvore. Só o novo nascimento em Cristo pode nos libertar de produzirmos os frutos de Miriam — os frutos do engano, da confusão, da fuga da realidade, da rejeição à verdade.


Quem vive sem a verdade está à beira do mesmo fim de Miriam. Mas quem decide pela verdade, decide pela vida. 


O que Miriam precisava era abraçar a verdade.


A partir do momento em que ela decidiu seguir o seu próprio desejo — colocando sua vontade acima da obediência à verdade — ela abriu mão de ser fiel ao que era real. Miriam rejeitou a verdade para alcançar aquilo que, aos seus olhos, parecia melhor, mas que não era a realidade. Ela preferiu o seu desejo à obediência. E foi exatamente aí que tudo se perdeu.


Os filhos que Miriam gerou — os bebês reborns, bonecos artificiais que representavam filhos — foram apenas a consequência de uma decisão anterior: a de abandonar a verdade. Ela se colocou numa condição espiritual de engano, e quem vive nessa condição inevitavelmente gera frutos que são frutos do engano.


A Bíblia nos ensina que Jesus é a verdade. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Logo, abandonar a verdade é abandonar Cristo. E quem abandona a fidelidade a Cristo, inevitavelmente começará a gerar frutos maus. Essa geração de frutos não começa nas ações externas, mas na decisão interior de rejeitar a verdade.


Estar enraizado na verdade — sem negociar, sem abrir mão de absolutamente nada — é a única forma de gerar frutos verdadeiros. Se Miriam tivesse permanecido na verdade, ela seria uma mulher casada, teria filhos reais, viveria uma vida plena e verdadeira. Mas como ela colocou seu desejo acima da obediência, ela entrou num estado de rebeldia espiritual. Seus filhos reborns eram a prova visível de um coração separado da realidade. Frutos do engano. Frutos da rebeldia.


E assim como Miriam, todos nós nascemos nessa condição. Nascemos em engano, em rebelião, inclinados a produzir frutos maus. Mas há uma saída: quando decidimos reconhecer o sacrifício de Jesus Cristo, crer n’Ele como Senhor e Salvador, e viver em fidelidade à verdade que Ele é, então deixamos de produzir frutos para a morte e passamos a gerar frutos para a vida.


Só a fidelidade à verdade — que é Cristo — pode transformar a raiz do nosso ser. E só uma árvore transformada pela verdade pode produzir frutos verdadeiros.


O Sentimento Pela Verdade e o Destino Eterno


O sentimento que temos em relação à verdade definirá o nosso destino eterno. Míriam, ao decidir realizar seus próprios desejos, achou que poderia abrir mão da realidade — da verdade. Assim são muitos: desconsideram a verdade que é Cristo, ou seja, os seus ensinos, para realizar aquilo que querem. Míriam pensou: “Posso ser um pouquinho infiel à verdade. É só uma brincadeirinha leve. Não vamos ser radicais. Vamos viver uma vida suave, feliz.” E, assim, ela abriu mão da verdade.


As pessoas fazem exatamente o mesmo. Não levam a sério a verdade. A verdade é Jesus e tudo o que Ele ensinou. Em vez de se firmarem na verdade, de permanecerem fiéis a ela em tudo, estão mais preocupadas em se divertir, realizar os seus próprios desejos, viver para si mesmas. Quando alguém abre mão da fidelidade à verdade, ele entra em uma condição — uma condição de engano, de ilusão, de rebeldia — e, nesta condição, começa a produzir frutos dessa mesma natureza

O primeiro filho de Míriam foi o Orgulho. E o Orgulho aprende — prende, amarra, captura a alma. Míriam passou a amá-lo, a cuidar dele, a protegê-lo. Ele era o primogênito. Era o primeiro fruto do abandono da verdade.


Assim também são muitos hoje: não conseguem retornar à verdade — ou melhor, recebê-la — porque estão presos ao Orgulho. O Orgulho da sua religião, da sua própria maneira de pensar, da posição que querem manter:


“Eu sou uma pessoa boa.”

“Eu sou religioso.”

“Eu sou um líder espiritual.”

“Eu sou cristão.”

“Eu sou salvo.”

“Eu não sou perdido.”


Essas frases, ditas de forma autodefensiva, são correntes que os prendem. Impedem que enxerguem a verdade. E enquanto o Orgulho prende a pessoa —, Cristo, que é a verdade, não pode libertá-la, caso não abra mão do seu filho. O primeiro filho se torna o maior obstáculo.

O segundo filho de Míriam foi a Teimosia. Ela o acalentava no colo com todo carinho. A Teimosia é aquilo que nasce após o Orgulho, mas que se desenvolve como uma força própria. É a insistência em permanecer no erro, mesmo quando a verdade se apresenta. É o sentimento de luta para manter uma posição, para não ser derrubada dela. A Teimosia resiste à correção, resiste à luz. Ela é o apego emocional ao engano, a defesa ferrenha da própria vontade, ainda que contrária à vontade de Cristo.


Assim é a vida de muitos. Eles embalam no colo a Teimosia como se fosse uma virtude. Dizem: “Eu tenho personalidade”, “Eu tenho convicções”, mas essas convicções não estão alicerçadas na verdade de Cristo, e sim nos próprios sentimentos. A Teimosia mantém a pessoa presa, como se dissesse: “Mesmo que eu esteja errada, eu não volto atrás, eu não mudo, eu não cedo”.

O terceiro filho de Míriam foi a Desonestidade. Não uma desonestidade exterior apenas, mas uma desonestidade interior, profunda, que acontece no pensamento, na consciência. É quando a pessoa, para defender o seu orgulho e manter a sua posição, começa a abrir mão da verdade. Ela já não busca mais o que é justo, o que é reto, o que é verdadeiro — ela busca argumentos para sustentar aquilo que deseja manter.


Essa desonestidade se manifesta quando a pessoa passa a distorcer até mesmo aquilo que está claro, quando ela fecha os olhos para o que é evidente, para que não precise abrir mão do que construiu sobre o ego. É uma traição silenciosa à própria consciência. Ela deixa de ser sincera consigo mesma e com Deus. A verdade já não é prioridade — o que importa agora é defender a imagem, o status, a religião, a teologia, o sistema. Mesmo que a verdade de Cristo esteja diante dos olhos, ela prefere ignorá-la para não confrontar aquilo que já decidiu sustentar.


O quarto filho de Míriam foi a Futilidade. Ela o embalava com afeto, como se fosse algo precioso, mas tudo o que esse filho representava era vazio. A Futilidade é quando a mente se ocupa com aquilo que não tem valor eterno. É quando a pessoa vive em função das coisas que vão passar — aparência, status, conforto, entretenimento, conquistas materiais — e se esquece do que realmente importa: a verdade, a fidelidade a Cristo, os valores do Reino de Deus.


Míriam se dedicava ao que é temporário, ao que encanta os olhos, mas que não permanece. E assim são muitos: se prendem àquilo que é fútil e desprezam aquilo que é eterno. Vivem uma vida inteira investindo no que não tem peso de glória, enquanto negligenciam o chamado de Deus, a santidade, o arrependimento, a obediência à verdade. A Futilidade ocupa o tempo, o coração e os sonhos, e a alma vai se afastando, cada vez mais, da eternidade com Deus.


Todos nós nascemos com Míriam, no pecado — que é contrariarmos a verdade, que é Cristo.


"Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23).


"Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte; assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Romanos 5:12).

Mas assim como os Conselhos da Verdade se manifestaram a Míriam, os Conselhos da Verdade também se manifestaram a nós, nos chamando a um compromisso de fidelidade à verdade — ou seja, à fidelidade aos ensinos de Jesus Cristo que estão na Bíblia.

Como disse o Senhor Jesus:

“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:15-16).

O Evangelho é isso: é romper definitivamente com a ilusão — que é a desobediência à verdade, que é a Palavra de Deus — em reconhecimento ao sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

Essa decisão é a decisão de matar os filhos do estado de desobediência à verdade, que é a Palavra de Deus. É sair desse estado de desobediência e passar ao estado de fidelidade a Deus, para que agora possamos produzir frutos do Espírito, e não mais frutos da ilusão do pecado.


Qual a sua decisão?

Você vai continuar como Miriam, no estado de ilusão, ou seja, na infidelidade à verdade, que é Cristo e Sua Palavra?

Ou você vai assumir uma aliança de fidelidade à verdade, que é a Bíblia, a Palavra de Deus, e dar frutos do Espírito para a vida eterna?

Você vai continuar na ilusão dos rebornes espirituais ou vai viver a realidade da vida eterna?



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 




domingo, 25 de maio de 2025

A Real História de Cristina

 



A Real História de Cristina


Esta é a história de Cristina. Uma jovem como tantas outras. Inteligente, cheia de energia, cercada de amigos, vivendo a fase da juventude — uma das etapas mais intensas e decisivas da vida. Cristina representa uma geração que está em construção: jovens que saem da adolescência e começam a se inserir no mundo adulto, fazendo escolhas, enfrentando desafios, descobrindo caminhos e, muitas vezes, testando os próprios limites.


Ao contar a história de Cristina, nos aproximamos da realidade de muitos. Sua trajetória reflete a busca por liberdade, por aceitação, por felicidade. Ela é o espelho de uma juventude que quer viver intensamente, que busca aproveitar cada oportunidade, mas que, nem sempre, está atenta às consequências que determinadas decisões podem trazer. Este texto nos convida a refletir sobre isso — sobre os passos que damos quando estamos começando a trilhar o nosso próprio caminho.


Vamos falar a respeito de Cristina.


Cristina era uma bela jovem de um metro e sessenta e seis de altura, com um peso proporcional à sua estatura. Tinha cabelos longos e negros, que destacavam ainda mais sua beleza natural. Era notável aos olhos de quem a via: uma moça bonita, simpática, de sorriso fácil e presença marcante.


Alegre e extrovertida, Cristina gostava de se reunir com os amigos. Estudava, tinha seus compromissos, mas também valorizava os momentos de lazer. Era comum vê-la saindo para se divertir, especialmente à noite, quando se encontrava com seus colegas para conversar, rir e aproveitar a companhia uns dos outros.


Sentavam-se à mesa, como é de costume entre os jovens, e ali bebiam, conversavam, e compartilhavam momentos que faziam parte da rotina de sua juventude. Era uma prática comum, algo natural em sua vida.


Cristina também tinha seus anseios e expectativas em relação à vida. Sonhava em concluir a faculdade, conseguir um bom emprego, encontrar um verdadeiro amor — alguém com quem pudesse compartilhar sua vida. Desejava, quem sabe, formar uma família, ter filhos, construir um lar.


Ela queria viver a vida com alegria, aproveitar cada momento, se divertir, sorrir, estar cercada por pessoas queridas. Eram sonhos simples, mas cheios de significado. Sonhos que, na verdade, refletem os desejos de muitos jovens em sua fase de descobertas e esperanças.

Foi em um desses encontros entre amigos — regados a conversas, risos e uma pizza na mesa — que Cristina conheceu Rodrigo. Ele era um jovem de 25 anos, simpático, educado, calmo, e demonstrava ser um rapaz de boa índole. Já havia concluído seus estudos e trabalhava ao lado do pai em um pequeno negócio da família.


Logo no primeiro contato, houve entre os dois uma identificação natural. Olhares, sorrisos e gestos logo revelaram o encanto mútuo. Não demorou para que começassem um namoro.


No terceiro encontro, já mais próximos, Cristina e Rodrigo passaram a se envolver de forma mais íntima. Iniciaram uma vida sexual ativa, como era comum entre os jovens do seu grupo de amizades. Para eles, isso parecia apenas mais uma etapa natural do relacionamento.

Era um sábado à noite. Os jovens haviam combinado se reunir em um bar já conhecido por eles, para tomar cerveja, conversar e se divertir como sempre faziam. Estavam todos lá — amigos animados, risadas espalhadas, e entre eles, o casal Cristina e Rodrigo. Sentados lado a lado, abraçados, os dois transbordavam alegria. Cristina estava especialmente feliz: estava prestes a concluir a faculdade, tinha encontrado um grande amor e vivia momentos que ela mesma considerava maravilhosos ao lado de Rodrigo.


O tempo parecia voar. Entre conversas, cervejas, algumas caipirinhas e porções, a madrugada avançava sem que percebessem. Por volta das três horas da manhã, o bar já se preparava para fechar. Aos poucos, o grupo foi se dispersando, cada um tomando o rumo de casa.


Cristina e Rodrigo, que haviam ido em carros separados, se despediram ali mesmo. Marcaram um novo encontro para o domingo e seguiram cada um para sua casa.


No carro a caminho para sua casa, o celular de Cristina tocou. Era Rodrigo. O aparelho estava no banco do carro. Curiosa, talvez imaginando uma última palavra carinhosa, ela pegou o telefone para atender. No entanto, além de estar alcoolizada, aquele momento de distração foi o suficiente: o carro saiu da pista, subiu no meio-fio e, sem controle, chocou-se violentamente contra um poste.

Embora Cristina estivesse usando o cinto de segurança, a batida foi tão forte que ela não resistiu aos ferimentos. Teve morte instantânea.


Cristina — uma moça cheia de alegria, cheia de expectativas, feliz, espontânea, cheia de vida — teve sua existência abruptamente interrompida. Uma vida ceifada no auge da juventude, quando tudo parecia estar começando.


No dia do enterro de Cristina, estiveram presentes seus amigos, parentes, colegas de faculdade e familiares. Em meio à dor da perda, muitos tentavam consolar uns aos outros recordando o que Cristina havia sido em vida. Diziam que ela foi uma menina maravilhosa, sempre respeitosa e carinhosa com os pais, querida por todos na faculdade, uma jovem sorridente, alegre, cheia de vida, e que gostava de ajudar as pessoas. E assim, entre lágrimas, palavras de afeto e lembranças, despediram-se de Cristina.


Mas aquilo que você vai ouvir agora é algo que você desconhece a respeito dessa história. É algo que estava oculto e que você precisa saber.



Essa história que aconteceu com Cristina não é um caso isolado, nem raro. É algo que, infelizmente, se repete com muitas pessoas. Jovens que têm a vida pela frente, planos, sonhos, um caminho ainda por trilhar — e, de repente, tudo se encerra de forma inesperada. Mas o que vamos tratar agora é o que está por trás dessa história, algo que muitos desconhecem, mas que precisa ser revelado. Como já dizia Shakespeare, em “Hamlet”: ‘Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia.’

Na vida, existe uma realidade espiritual. E aqueles que estão alienados a essa realidade acabam se tornando vítimas da própria ignorância em relação a ela.

A vida não é apenas viver segundo os padrões da sociedade — ainda que esses padrões pareçam normais, adequados, e sejam amplamente aceitos pela maioria.

A jovem Cristina estava perfeitamente encaixada dentro dos padrões da sociedade. Ela queria estudar, ter um futuro, trabalhar, construir uma família, se alegrar, se divertir. Ela vivia conforme os valores que o mundo considera normais e aceitáveis.


Só que Cristina não conhecia a realidade espiritual que existe nesta vida. Ela estava alheia. Estava ignorante. Estava alienada a essa realidade espiritual.


Embora Cristina achasse que estivesse tudo bem — que estivesse trilhando o caminho certo, fazendo esforço para estudar, sendo alegre, cercada de amigos, vivendo sua vida da forma que julgava correta —, essa não era a verdadeira realidade.


Nessa história, há vários erros no comportamento de Cristina. Porém, eles só poderiam ser identificados por ela caso tivesse entendimento da realidade espiritual da vida. E talvez você, como leitor, também não tenha percebido esses erros à primeira vista. No entanto, aqueles que têm uma vida verdadeira diante de Deus, que conhecem a realidade espiritual da existência, conseguem discernir com clareza esses comportamentos que passam despercebidos aos olhos naturais.

Porém, os erros de Cristina não são o cerne da questão. São apenas consequências.

Mas qual seria, então, esse desconhecimento da realidade por parte de Cristina? Que realidade é esta, desconhecida por Cristina, que teve influência direta na sua história?


A realidade é que a vida não consiste apenas neste mundo. Existem grandes verdades a respeito da vida que Cristina deveria ter buscado.


Cristina cursava uma faculdade, aprendia aquilo que lhe possibilitaria o seu sustento, através do seu trabalho. Mas desconhecia aquilo que era fundamental: as grandes perguntas a respeito da vida, desconhecia a respeito da vida real que deveria viver segundo o seu Criador, desconhecia a respeito do seu destino eterno, que poderia a qualquer momento se manifestar. Na verdade, Cristina vivia de uma maneira louca, ou seja, ignorante, daquilo que é fundamental.

Por sua ignorância, por sua ausência de luz, Cristins estava presa, amarrada, cercada por tradições, por uma maneira de viver recebida do mundo em que vivia, Cristina seguia um caminho comum, mas afastado da verdade essencial.

Cristina tinha o seu próprio projeto de vida. E todo projeto de vida sem a luz da verdade tende a resultar em desgraça. Era como se Cristina fizesse um trabalho da sua faculdade completamente desprovida dos ensinamentos que a fundamentariam a fazer o projeto correto. Com certeza, Cristina seria reprovada.


Embora Cristina fosse uma excelente aluna e, em breve, seria aprovada com mérito e louvor, porém, na faculdade da vida Cristina era completamente ignorante e seria reprovada — como de fato foi.


O fim trágico de Cristina não foi a sua morte, mas sim o fato de morrer na escuridão, sem a luz — a luz que, com certeza, a levaria a uma vida diferente da que ela levava.


Qual era, então, o fundamento de vida que Cristina deveria ter? Qual é a verdade, a luz que deveria dirigir a vida de Cristina?


Cristina deveria ter buscado a Deus acima de tudo. Deveria ter disposto no seu coração o firme propósito de conhecer e fazer a vontade de Deus.


Essa disposição de conhecer o seu Criador e viver para fazer aquilo que é certo — ou seja, aquilo que está em conformidade com Deus — com certeza a levaria a Jesus Cristo, a verdade e a luz.


Esta Luz iluminaria o caminho de Cristina e modificaria os erros em que ela vivia — erros nos quais, infelizmente, ela morreu estando ainda neles.

Com certeza, no curso dos seus 23 anos de idade, Cristina já deveria ter ouvido falar a respeito de Jesus — o Filho de Deus que veio ao mundo, a Luz, o Caminho, a Verdade e a Vida.


Mas, infelizmente, Cristina morreu sem estar seguindo a Luz. Morreu sem estar no Caminho. Morreu sem estar, de fato, iluminada pela Verdade. Morreu sem o conhecimento da Verdade e sem a Vida.


Cristina deveria ter entregue a sua vida para Jesus. Deveria ter reconhecido Jesus como o Deus que se fez carne e veio ao mundo, e derramou o Seu sangue para pagar pelos nossos pecados.


Ele fez isso para que nós não vivêssemos mais em pecado, mas em fidelidade a Deus. E em fidelidade ao Deus que se revela através da Bíblia.


Através da Bíblia, Cristina estaria afastada dos pecados que a levaram àquela situação — e que fizeram com que ela morresse naquela condição.


A Bíblia diz:


"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite."

(Salmo 1:1-2 – Almeida Revista e Atualizada)


Se Cristina estivesse seguindo a Jesus, ela não estaria sentada naquela mesa de bar, em comunhão com pessoas que não tinham uma verdadeira vida com Deus. Ela estaria vivendo em obediência à Palavra, separada do caminho dos pecadores e dos escarnecedores, e buscando agradar ao Senhor com sua vida.


A Bíblia diz claramente:

"Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os fornicários, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus."

(1 Coríntios 6:9-10 – Almeida Revista e Corrigida)


O acidente de Cristina ocorreu enquanto ela estava embriagada. O álcool tirou seus reflexos, a prudência, a capacidade de julgamento e controle que poderiam ter evitado aquele trágico desfecho. Cristina morreu embriagada. E mais do que um fator físico ou acidental, isso representa uma condição espiritual diante de Deus.


Ela morreu em um estado que a Bíblia declara como condenável. Ela morreu embriagada, dentro de uma conduta que a Palavra de Deus afirma ser de quem está afastado de Deus — uma conduta que conduz à condenação eterna. Não é apenas a morte física que pesa nesse caso, mas a morte espiritual: morrer longe da luz, longe da Verdade, longe de Cristo.


Cristina mantinha uma vida sexual ativa com Rodrigo, e isso, segundo a Palavra de Deus, é fornicação. A Bíblia chama de fornicário aquele que pratica fornicação, que é o relacionamento sexual fora do casamento. Isso é um pecado sério, condenado por Deus, e a Palavra é clara: os fornicários não herdarão o Reino de Deus.


Cristina morreu nesta condição, vivendo aquilo que a Bíblia condena, sem arrependimento, sem conversão, e, portanto, afastada da herança da vida eterna prometida por Deus aos que vivem em santidade. Ela estava numa vida de pecado, sem luz, sem direção, longe de Jesus Cristo — a Verdade que liberta e salva.

Cristina morreu sem conhecer a Deus. Ela morreu na fornicação e na embriaguez, dois pecados que a Bíblia condena claramente. Ela morreu condenada, porque não tinha o conhecimento da vontade de Deus e não obedecia ao Evangelho de Jesus Cristo.


A Palavra de Deus é muito clara a respeito do destino daqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho:


"Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;

os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder."

(2 Tessalonicenses 1:8-9 – Almeida Revista e Corrigida)


Cristina padeceu essa eterna perdição, não por ignorância inocente, mas porque recusou buscar a Deus enquanto tinha tempo. Viveu em seus próprios caminhos, afastada da luz, fora da verdade, sem entregar sua vida ao Senhor Jesus, que é o único caminho de salvação.

"Apesar de que, no seu enterro, a história de Cristina foi contada de uma forma diferente — repleta de elogios, lembranças carinhosas e palavras de conforto — a verdade é que a real história de Cristina foi marcada por uma vida sem Cristo, vivida no pecado e sem salvação."


Conclusão


A história de Cristina pode ser a sua, ainda que em faixas etárias diferentes. Se você está vivendo sem conhecer a Deus através da sua Palavra, sem entregar a sua vida a Jesus Cristo, sem morrer para o pecado e viver em fidelidade aos ensinamentos de Cristo revelados na Bíblia, você está como Cristina.


A maioria das pessoas vive como Cristina: no pecado, longe de uma vida de fidelidade a Cristo — custe o que custar.


Você vai continuar vivendo como Cristina?

Você vai ter o mesmo fim de Cristina, morrendo no pecado?

Ou vai mudar a história da sua vida?



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 



sábado, 24 de maio de 2025

Escravos do Próprio Querer

 



Titulo: Escravos do Próprio Querer 


Introdução


Há um drama silencioso que domina a vida de muitas pessoas. É o drama de serem vencidas por um desejo intenso, que as impulsiona a fazer o que não gostariam, o que sabem que é errado, o que no fundo não querem praticar. Mesmo conscientes, não conseguem resistir — porque essa força parece maior do que elas.


Precisamos entender o que está por trás disso. Seria apenas uma questão interna? Ou existe algo externo alimentando esse impulso? O fato é que essa força cresce. O que começa como um desejo, se torna um hábito. E o hábito vira uma prisão. Se não for interrompido, se fortalece, até dominar completamente.


É por isso que precisamos compreender como isso funciona — e o que a Palavra de Deus revela sobre esse drama.


1. Primeiro passo: reconhecer o problema


Quem é dominado por seus desejos precisa, antes de tudo, admitir que está doente.

É como o alcoólatra que não aceita que precisa de ajuda, o dependente químico que acredita ter controle, ou a pessoa com transtornos psicológicos que rejeita tratamento.

Enquanto não há reconhecimento da enfermidade, não há cura.

O desejo incontrolável cresce como um câncer: silencioso, resistente e destrutivo.

Mas nem sempre o desejo se manifesta apenas como uma impulsão para o que é errado.

Às vezes, é a vontade de não fazer o que se deve fazer — uma força que retém, que paralisa.

É o mesmo poder operando de forma contrária, impedindo ações corretas, afastando do bem.

Negar esse estado é entregar-se cada vez mais à escravidão.

Esse estado, se não eliminado, se não extirpado, cresce e leva a pessoa a um ponto sem volta.

Destrói por completo, conduz as circunstâncias a uma condição irreversível, como qualquer enfermidade grave que, se ignorada, traz fortes sequelas e, por fim, a morte.


2. As consequências da não eliminação do problema


Ignorar o problema ou tentar conviver com ele é como tentar domar uma fera selvagem com palavras suaves. Por um tempo, pode até parecer controlável — mas ela está viva, crescendo, espreitando, esperando a oportunidade de dominar por completo.


Essa força que habita no desejo não extirpado é progressiva e invasiva. Ela se instala na mente, nos sentimentos e, pouco a pouco, vai moldando o caráter. O que antes causava repulsa passa a ser aceito. O que era condenado internamente começa a ser racionalizado, justificado, normalizado.


A consciência se torna insensível. A verdade já não confronta. O mal já não incomoda. A alma entra em estado de dormência espiritual. E é nesse ponto que o perigo se torna extremo.


O pecado que não é vencido se torna senhor. Ele assume o controle, determina ações, constrói padrões de pensamento, estabelece hábitos. A vontade humana, já enfraquecida, se curva diante da força do hábito, da inclinação e da ausência de resistência.


E, como a Palavra de Deus declara: “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Não se trata apenas de uma morte física, mas de uma desconexão com a vida verdadeira, com a presença de Deus, com o propósito eterno.


A não eliminação desse mal leva à escravidão completa. O ser humano, criado para viver em liberdade e comunhão com Deus, passa a viver acorrentado, dominado, sem forças para reagir. E quanto mais tempo se permanece nessa condição, mais difícil se torna retornar.


Por isso, o reconhecimento do problema deve ser seguido da ação urgente. Não basta admitir: é preciso agir. O câncer da alma precisa ser arrancado — com decisão, com arrependimento, com a verdade da Palavra e com a ajuda de Deus.


3. A ilusão da religião e o agravamento do mal


A religião, por si só, não resolve o problema. As práticas religiosas, ou até mesmo o cristianismo vivenciado sem a verdadeira eliminação do pecado, não curam — apenas mantêm a enfermidade oculta. Continuam existindo os mesmos sintomas, os mesmos sinais de escravidão, mas agora cobertos por uma aparência de piedade.


É como alguém que tem um câncer avançado, e ao invés de tratar a doença, se preocupa apenas em usar uma peruca para esconder a queda de cabelo, maquiar o rosto para disfarçar o abatimento e vestir-se bem para parecer saudável. A aparência muda — mas o mal continua lá, ativo, crescendo, avançando. E essa maquiagem religiosa impede justamente o que mais é necessário: o diagnóstico verdadeiro, o reconhecimento do problema.


O pecado precisa ser extirpado, eliminado. Se permanece, mesmo que disfarçado por atitudes externas como orações, idas à igreja, louvores, leitura bíblica, caridade ou até uma vida moral irrepreensível — ainda assim, ele segue dominando, enraizado. E isso é trágico, porque engana. Coloca o doente como se estivesse curado. Dá o atestado de saúde para alguém que está à beira da morte espiritual.


Por isso, essa é uma das formas mais graves de agravamento da enfermidade. O pecado não reconhecido, por causa da religiosidade, se torna invisível aos olhos da própria pessoa. E se não há consciência do mal, não há arrependimento. E se não há arrependimento, não há cura.


É exatamente isso que o texto de Apocalipse quer dizer ao afirmar: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda..." (Apocalipse 22:11). Não é um incentivo ao erro — é uma advertência severa. Porque enquanto o sujo se vê como limpo, ele jamais será lavado. Só há transformação quando se admite a impureza. Só há libertação quando se reconhece a escravidão.


A religião sem libertação apenas mascara o problema. E quem continua vivendo assim, ainda que externamente pareça piedoso, continuará morrendo aos poucos, escravizado por dentro, sem nunca ter dado o primeiro passo para a verdadeira cura: o reconhecimento da necessidade de ser purificado e liberto.

A cura: a libertação plena do pecado por meio de Cristo

É fundamental afirmar com toda clareza — não existe cura parcial. Ou a doença é eliminada por completo, ou ela continua matando. O pecado é exatamente assim. Ele não pode ser tratado superficialmente, nem atenuado com boas intenções ou comportamentos morais. O pecado precisa ser extirpado da vida do homem.


Jesus foi categórico: "Quem comete o pecado é escravo do pecado." (João 8:34). Isso significa que enquanto o pecado permanece, a vontade da carne segue dominando, e a pessoa continua em escravidão — mesmo que tenha uma aparência religiosa.


O apóstolo Paulo descreve essa realidade de forma dramática em Romanos 7: “O bem que quero fazer, esse não faço, mas o mal que não quero, esse faço.” E então ele exclama: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24).


Essa declaração é profunda. Paulo reconhece que está morto espiritualmente, dominado por uma vontade que ele mesmo não controla. A palavra “miserável” expressa a condição real de todo aquele que ainda não foi liberto do pecado — alguém que, mesmo desejando o bem, pratica o mal. E o próprio Senhor Jesus afirmou que “os que praticaram o mal sairão para a ressurreição da condenação” (João 5:29).


Mas a pergunta de Paulo abre caminho para a única resposta possível: “Quem me livrará do corpo desta morte?” A resposta vem logo adiante, no capítulo 8: Cristo Jesus. Ele é o único que pode libertar o homem do pecado, da morte e da condenação eterna.


A verdadeira cura e libertação total do pecado é através do reconhecimento do sacrifício de Jesus na cruz e do abandono do pecado. O sangue de Jesus é o poder, primeiro, para permitir que o homem seja curado e, portanto, livre da condenação eterna. A cura se dá pela aplicação do sangue de Jesus na vida da pessoa. É o reconhecimento deste sacrifício, na mente e no coração da pessoa, que dará a ela o poder para resistir ao pecado.


4. A consciência cauterizada e a impossibilidade da cura


Existe uma condição espiritual descrita na Bíblia que também encontra respaldo na neurociência: a consciência cauterizada.


O apóstolo Paulo afirma: “pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4:2). Isso significa que, por meio da repetição do erro, da resistência à verdade e da prática contínua do pecado, a consciência pode perder sua sensibilidade ao certo e ao errado.


A ciência chama isso de dessensibilização emocional e moral. O sistema límbico, responsável por emoções e juízo moral, começa a falhar. A pessoa deixa de sentir remorso, empatia, ou senso de culpa. Estruturas como a amígdala, relacionada ao medo e à percepção moral, e o córtex pré-frontal, ligado à tomada de decisão e julgamento, passam a funcionar de forma distorcida — ou podem até se tornar inativas diante de estímulos morais e espirituais.


A neurociência descreve esse estado como padrão neural fixo, ou em casos extremos, psicopatia funcional — quando o indivíduo simplesmente não responde mais a apelos morais, éticos ou espirituais. Ele não se arrepende, não sente, e não escuta mais a voz da consciência. É um ponto sem retorno.


Isso está diretamente ligado ao que Jesus chamou de pecado imperdoável contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32). Não porque Deus não queira perdoar, mas porque a mente da pessoa já não busca o perdão. Ela fechou a porta. A ponte foi queimada. O Espírito Santo falava, alertava, confrontava — mas após contínima resistência, a voz já não é mais ouvida.


Resumindo: o pecado contra o Espírito Santo é, neurocientificamente, um estado mental e espiritual irreversível, em que a pessoa se torna insensível à verdade, ao arrependimento e ao apelo divino. Isso ocorre pela repetição do erro, pela rejeição consciente da verdade, e pelo endurecimento constante do coração. O Espírito já não encontra espaço para operar — a rejeição foi definitiva.


Apelo Final: Enquanto Ainda Há Tempo.


Deus está te dando uma última oportunidade. Uma chance real.

Não ignore isso. Não é apenas um convite — é um alerta solene e urgente.

A sua vida pode terminar a qualquer momento.

O seu coração pode parar ainda hoje.

E a sua mente pode se fechar para sempre.


Decida-se enquanto ainda há tempo.

Enquanto há tempo cronológico, porque você pode morrer amanhã.

Enquanto há tempo mental e espiritual, porque o pecado não destrói apenas o espírito — ele também corrompe a mente e o corpo.


Arrependa-se enquanto a doença não corromper o seu cérebro.

Enquanto houver plasticidade neural, há possibilidade de transformação e mudança verdadeira.

Enquanto ainda não houve alteração dos padrões cerebrais de forma definitiva, ainda há caminho para o arrependimento.


Mas quando o pecado endurece o coração e a pessoa insiste em resistir à verdade, considerando o arrependimento inconcebível,  a consciência se cala, o Espírito Santo já não é mais ouvido, e a alma entra num estado irreversível de perdição.

Isso é o pecado imperdoável — não porque Deus não queira perdoar, mas porque a pessoa não quer mais se arrepender. A ponte foi queimada.


Por isso, enquanto ainda há um suspiro de vida na sua consciência — antes que ela morra, antes que ela seja cauterizada, antes que não haja mais solução, antes que a sua morte e a sua condenação sejam definitivas, ainda que você esteja vivo — você precisa agir. Pode ser que a sua consciência morra e não haverá mais condições de arrependimento para a salvação 

Alguns dizem: “Enquanto há vida, há esperança”, mas a verdade é que a esperança pode morrer antes, quando a consciência já foi cauterizada.


Aplique o único remédio: o sangue de Jesus Cristo, derramado na cruz pelos seus pecados.

Reconheça esse sacrifício. Abandone imediatamente o pecado.

Sujeite-se a Deus e resista ao diabo, e ele fugirá de vós.

Busque o poder do Espírito Santo. Permita que Ele transforme a sua mente e salve a sua alma.

E então você poderá morrer liberto do pecado, salvo pela graça e herdeiro da vida eterna.


Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 



sexta-feira, 23 de maio de 2025

Qual a relação entre a sua maneira de viver e a vontade de Deus.


Título: Qual a relação entre a sua maneira de viver e a vontade de Deus. 


Introdução


O que Deus tem a ver com a maneira como você vive?


Você já parou para pensar quanto tempo realmente dura a vida?


Alguns chegam aos 100 anos, é verdade. Mas são poucos. Outros vivem 80, 70, talvez 60 anos. Há os que partem ainda jovens, e há os que morrem no próprio nascimento. Se fizermos uma média geral da vida humana ao redor do mundo, hoje ela gira em torno de 73 anos.


Agora pense comigo: isso é pouco tempo.


73 anos — e olhe lá — diante da eternidade, não são nem um sopro. E, ainda assim, quantos vivem esses poucos anos sem nunca se fazer perguntas essenciais? Perguntas que definem não só como vivemos aqui, mas também para onde iremos depois.


Nesse tempo curto, já parou para pensar na maneira como você está vivendo?


Deus se importa com isso?

Existe uma maneira correta de viver?

Você está vivendo de acordo com ela?

E se você estiver enganado sobre o que é viver certo?

A maneira como você vive hoje tem relação com o seu destino eterno?


São essas perguntas que vamos refletir. Com lógica, com razão, com coerência — e, acima de tudo, com base na Bíblia, que é a revelação de Deus ao homem.


1. Deus tem um propósito — e uma maneira certa para você viver


Deus criou tudo com um propósito.

Nada existe sem um fim determinado.

Não há criação consciente sem intenção.

Uma pessoa que age sem propósito, perde a razão.

Logo, é irracional pensar que Deus criou o ser humano sem um propósito claro.


Portanto, é racional — é lógico — entendermos que Deus criou você, e a todos, com um propósito.


Viver de forma contrária ao propósito para o qual Deus o criou é rebelião contra Deus — e também é loucura.


Isso nos leva, naturalmente, a uma pergunta essencial:

Qual é o propósito de Deus para a sua vida?


E a conclusão mais lógica, mais coerente com a razão, é que você deve buscar conhecer esse propósito — a vontade de Deus.


Pensar assim é estar coerente — é pensar de forma lógica, racional. Ignorar é lançar fora a razão, é viver de forma louca, insensata e em rebelião contra o Criador.


2. Como conhecer a vontade de Deus


É lógico: ninguém pode conhecer a vontade de outro se este não a revelar. Achar que se pode saber o que Deus quer sem que Ele diga é loucura.


Mas é assim que muitos vivem: imaginando qual seria a vontade de Deus, criando uma vontade ilusória, moldando um “deus” conforme suas convicções, interesses e a imagem da própria mente — e não conforme quem Deus é e como Ele realmente se revela.


Portanto, para se conhecer a vontade de Deus, é preciso conhecer a revelação que Ele mesmo fez da sua vontade.

Qual é a revelação de Deus e de sua vontade?


Chegamos a uma conclusão clara e lógica: é necessário que Deus se revele. Se Ele não o fizesse, seria impossível conhecer sua vontade — o que nos levaria a viver em rebelião contra Ele. Portanto, Deus se revela.


A questão é: como Deus revela a si mesmo e a sua vontade?


É evidente: tudo o que deve permanecer íntegro, claro e fiel ao longo do tempo precisa estar registrado por escrito. A memória humana é falha, subjetiva e se desgasta. O que não se registra, se perde, se esquece ou se distorce.


O registro escrito é a única forma segura de preservar uma informação de forma objetiva, verificável e acessível no futuro. Isso é algo que utilizamos constantemente em nossa vida: decisões, compromissos, leis, fatos e orientações — tudo o que desejamos manter com exatidão é registrado. Essa é uma forma racional e indispensável de conservar a verdade.


Negar essa realidade, justamente quando se trata da revelação de Deus, é incoerente, contraditório e desonesto.


Portanto, é lógico: se Deus quis tornar sua vontade conhecida, era necessário que ela fosse registrada por escrito.


A Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade, e comprova ser, por si mesma, exatamente isso.


3. A Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade, e comprova ser, por si mesma, exatamente isso.


A ciência reconhece que a Bíblia foi escrita há milhares de anos. São manuscritos antigos, preservados, analisados, datados e estudados profundamente. A arqueologia e a história confirmam povos, costumes, locais, guerras e eventos mencionados nas Escrituras, fortalecendo o fato de que a Bíblia é um registro real e não uma invenção mítica.


Ela foi escrita por cerca de 40 homens, de diferentes épocas, culturas e níveis sociais, ao longo de aproximadamente 1600 anos — sem se contradizer, com uma unidade perfeita de pensamento e propósito. Tal feito é impossível sem uma mente única por trás de tudo. É uma evidência inquestionável de uma ação sobrenatural. Negar isso é negar o óbvio, é fugir da razão.


Além disso, a Bíblia transforma vidas. Pessoas escravizadas em vícios, na prostituição, no crime, na homossexualidade, no transexualismo, são libertas, curadas e regeneradas. A medicina não explica, os profissionais se admiram, mas a verdade é que há um poder vivo e atuante nas Escrituras. Elas curam o interior do homem, quebram grilhões, restauram identidades, redirecionam destinos.


E há também as profecias — anunciadas com séculos de antecedência e cumpridas com exatidão. Somente Deus conhece o futuro. E a Bíblia mostra que Ele o revela. Não há margem para coincidência. O que está escrito, cumpre-se. O que foi dito, acontece.


Diante disso, rejeitar a Bíblia como a revelação de Deus não é um problema de razão, é um problema de disposição. Não é que a pessoa não entenda, é que ela não quer. Ela rejeita a verdade porque não quer se submeter a ela. Ela deseja viver conforme a sua própria vontade. Mas isso não muda os fatos. A verdade é clara, é racional, é coerente — e está diante de todos. Só não vê quem não quer.

Sem a Bíblia, não conheceríamos nada a respeito de Deus, de seu Filho Jesus, de seu sacrifício, nem de sua vontade. Não haveria qualquer referência segura ou verdadeira sobre quem Deus é. Cada um viveria à sua própria maneira, conforme seus próprios conceitos, como se fosse o seu próprio deus. Isso significaria que Deus não teria vontade revelada, nem direção para a humanidade. Seria como se Deus estivesse morto ou simplesmente não existisse.


Portanto, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade.


4. A Disposição Íntima que Leva o Homem a Conhecer Verdadeiramente e Fazer a Vontade de Deus. 


Você já sabe:

Deus tem um propósito para a sua vida.

Deus e Sua vontade são conhecidos por meio da Sua própria revelação.

A Bíblia é a revelação de Deus e de Sua vontade.


Agora precisamos entender a disposição e o esforço do coração que levam o homem a conhecer verdadeiramente e fazer a vontade de Deus.

O ponto central é a cruz de Cristo.

A vida de Jesus, sua morte e ressurreição, o pecado e o destino eterno do homem — tudo converge para esse ponto.

A mensagem da cruz é o cerne da revelação de Deus.

Sem entendê-la de forma correta, não há possibilidade nenhuma de conhecer e fazer a vontade de Deus verdadeiramente. 

Ao criar o homem, Deus se revela como seu Criador, como aquele que é superior e ao qual o homem deve sujeição. A criatura deve obedecer ao seu Criador. Isso é um raciocínio lógico: tudo o que é criado tem um propósito, e viver fora do propósito para o qual se foi criado é loucura e rebelião contra aquele que criou.

A primeira conclusão lógica é que, ao ser criado, o homem sabe que deve viver em obediência e fidelidade ao seu Criador. Caso contrário, viverá em loucura e rebelião contra Ele. 

Assim, a decisão do ser humano está em sua disposição de coração: se viverá em fidelidade a Deus e à sua vontade, ou se seguirá um caminho de rejeição e rebelião.

Adão e Eva optaram pelo pecado, ou seja, optaram por não reconhecer quem Deus é — o Criador e Soberano. E assim, fecharam seus ouvidos à verdade e abraçaram o engano e as consequências dele.

A consequência foi a morte espiritual de Adão e Eva, e a degeneração de suas naturezas, que haviam sido criadas perfeitas. Naturalmente, essa condição foi transmitida a toda a humanidade. Assim, todos passaram a nascer em um estado de rebelião, contaminados pelo pecado. É nesse cenário que se revela o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Agora, a mesma situação se apresenta: a raça humana degenerada e pecadora. A escolha de Adão e Eva foi comer ou não do fruto sobre o qual Deus havia dado orientação. Hoje, a escolha diante de cada ser humano é receber ou rejeitar o sacrifício de Jesus — abandonando o pecado, reconhecendo o sacrifício do Filho de Deus e, assim, submetendo-se a Deus como Salvador Senhor e Soberano, na pessoa de seu Filho Jesus. 


A mensagem vinda com o sacrifício de Jesus — sua humilhação, sua vinda ao mundo e sua morte na cruz do Calvário — manifestou-se em favor do ser humano, para pagar o preço do pecado e, assim, possibilitar à raça humana uma nova decisão, visto que estava condenada pela sua primeira escolha.


Quando Adão e Eva rejeitaram a verdade de que Deus é o Criador e Soberano, e que deveriam ser fiéis a Ele em tudo, permitiram que o mal entrasse neles — o orgulho, a rebelião e a degeneração de suas naturezas. Seus entendimentos foram cegados, e o engano se apoderou deles. A morte espiritual trouxe consigo as trevas e o engano. Mas com a manifestação da luz, que é Jesus Cristo, hoje a raça humana — e cada indivíduo como parte dela — recebe novamente a possibilidade de decidir novamente. 

Esta nova decisão foi possibilitada pelo sacrifício de Jesus. O sacrifício do Filho de Deus pagou a sentença de morte e condenação eternas, e deu ao homem a chance de optar novamente: reconhecer Deus como Criador e Soberano, a quem deve submissão, ou permanecer no pecado, mantendo a mesma decisão de Adão e Eva. Portanto, jamais o sacrifício de Jesus pode ser interpretado como apenas o pagamento pela condenação do homem, como o simples cumprimento da sentença condenatória, sem que isso implique uma nova decisão de fidelidade e submissão a Deus.

O simples reconhecimento de que Jesus Cristo é Deus, que veio ao mundo, se fez carne e morreu na cruz para pagar a condenação sentenciada aos homens, sem o reconhecimento dEle como Senhor — aquele que deve receber obediência absoluta — é insuficiente para transformar a natureza do homem de volta à sua condição original de criação, e para livrá-lo da morte espiritual e da condenação eterna.

Portanto, não morrer para o pecado é manter-se na mesma decisão de Adão e Eva. É negar Deus como Criador e Senhor. Portanto, reconhecimento  do sacrifício de Jesus, sem a morte para o pecado, não é real ou verdadeira. 


A palavra de Deus foi clara à raça humana em Adão e Eva: “Se pecar, morrerá.” Hoje, essa mesma palavra, revelada em Jesus Cristo, te diz: se você não reconhecer verdadeiramente o sacrifício de Jesus — que pagou a sentença de morte para que você tenha vida e seja transformado em sua natureza original pela renúncia ao pecado —, você também morrerá.

O sangue de Jesus só tem poder sobre aqueles que escolhem a fidelidade a Deus. Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Mas se o pecado permanecer em sua vida, o sangue não operará em seu favor. Permanecer no pecado é manter-se na mesma decisão de Adão e Eva — a decisão que trouxe a degeneração, o engano e a condenação eterna.


Conclusão 

Esta mensagem da cruz e esta decisão são o cerne da questão. Decidir reconhecer Deus como Criador e Salvador é a decisão da fidelidade a Deus. É essa fidelidade que conduz ao verdadeiro reconhecimento do sacrifício de Jesus e à aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. A verdade se manifesta àquele que tem um firme compromisso com a fidelidade a Deus. Sem essa fidelidade, a mensagem da salvação não é compreendida, não é conhecida, e o homem permanece incapaz de fazer a vontade de Deus, estando, assim, condenado.

 

Por isso, não adianta querer ensinar a vontade de Deus àquele que não quer se submeter a ela. Quem não deseja ser fiel a Deus continua sob engano e cegueira espiritual. As trevas dominarão sua vida. A única forma de libertação está no abandono do pecado e no verdadeiro reconhecimento do sacrifício de Jesus na cruz.

Adão e Eva, a raça humana, movidos pelo orgulho, decidiram pelo pecado. Essa decisão levou o mundo à condição em que vivemos hoje — um estado de corrupção, engano e morte espiritual. Mas a sua decisão de ser fiel aos ensinos de Cristo, conforme revelados na Bíblia, custe o que custar, te conduzirá ao novo mundo preparado por Deus e à restauração da natureza original, criada para refletir a santidade e a verdade do Criador e assim realizar a Sua vontade. 

A sua decisão de fidelidade ao ensino de Cristo, conforme está na Bíblia, não define mais o destino da raça humana, que já está corrompida, mas definirá o seu destino pessoal e a regeneração da sua natureza. Tome esta decisão enquanto ainda há tempo.


Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 















quinta-feira, 22 de maio de 2025

As Casas e os Construtores

 


As Casas e os Construtores


Havia um homem rico que queria investir seu dinheiro na ccnstrução de algumas casas  e chamou cinco servos e lhes deu uma missão:

“Ide até a terra que preparei e construí uma casa para mim. Eu vos darei tudo o que precisardes para a jornada: ferramentas, alimento, recursos e tempo. Mas lembrai-vos: a casa é para mim, e quando eu voltar, quero encontrá-la pronta.”


E assim os cinco servos partiram.


O primeiro servo, ao chegar à terra, viu que havia espinhos, pedras e feras. Então disse:

“Antes de qualquer coisa, preciso me proteger.”

Construiu uma pequena cabana para si. Depois, cercas. Plantou, negociou, expandiu.

Quando lembrava da casa do senhor, dizia: “Depois que resolver estas outras coisas, eu começo.”

Mas os dias viraram meses, e os meses anos. E a casa do senhor nunca foi sequer iniciada.


O segundo servo começou a obra, mas logo pensou:

“Não é bom que eu esteja só.”

Formou uma família, construiu uma casa maior para abrigá-la, cuidou dos filhos, dos campos e dos animais.

Era trabalhador, honesto, respeitado. Mas deixava sempre a casa do senhor para depois.

O terreno separado para ela ficou vazio por muito tempo.

E quando pensou em começar a construí-la, o tempo já era escasso e não tinha mais ânimo.


O terceiro  servo também começou bem. Usou as ferramentas, levantou os alicerces, ergueu os  alicerces da casa do senhor.

Mas, com o tempo, passou a se ocupar mais com a sua própria casa.

“Vou terminar primeiro a minha, e depois darei o melhor acabamento à do senhor”, dizia.

Sua casa era bela, bem cuidada, sólida.

A do senhor, porém, ficou com falhas: rachaduras nas paredes, telhado incompleto, portas mal ajustadas.

Ele até se alegrava por tê-la construído, mas não percebia que dera a ela o resto do seu tempo e do seu zelo.

O quarto Servo foi o que construiu para si na casa do seu Senhor

Este quarto servo, à primeira vista, parece irrepreensível. Ele trabalhou, se esforçou, edificou com zelo, dedicação e esmero. 

A casa estava bela, forte, bem-feita, e diferente das demais, não havia negligência aparente. Mas quando o Senhor veio e examinou a casa, descobriu que ela estava sendo ocupada pelo próprio servo, como se fosse sua. O que ele construiu não foi para o seu Senhor, mas para si mesmo.

O quinto servo chegou e logo ergueu uma pequena tenda para si, apenas o suficiente.

E então começou a trabalhar diligentemente na casa do seu senhor.

Supria suas necessidades com o que o senhor lhe havia dado — alimento, vestes, descanso.

Mas nunca deixou que essas coisas ocupassem o lugar da missão.

E ainda que enfrentasse dias difíceis, não parou até que a casa estivesse firme, bela e pronta.

Ele vigiava dia e noite, aguardando a volta de seu senhor.


Quando o Senhor voltou, chamou os cinco servos diante de si, e a cada um falou conforme suas obras:


1. Ao primeiro servo, que não começou a obra:


 “Servo negligente, a quem confiei recursos, tempo e missão. Foste à terra, mas não me edificaste casa alguma. Preferiste cuidar de ti mesmo. Não foste digno da missão que te confiei.”


Versículo:


 “Aquele, porém, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.”

(Tiago 4:17)



2. Ao segundo servo, que começou a obra, mas parou e desistiu:


 “Servo inconstante. Começaste bem, mas foste sufocado pelas preocupações da vida. Deixaste minha casa de lado, e não perseveraste até o fim. Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o meu reino.”


Versículo:


Mas os que caem em meio aos espinhos são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição.”

(Lucas 8:14)


Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.”

(Lucas 9:62)



3. Ao terceiro servo, que fez a obra do Senhor de forma relaxada, sem prioridade, dando o resto do seu tempo e zelo:


> “Servo morno e relaxado. Começaste, mas não me honraste com excelência. Deste a mim o que sobrou, enquanto tua casa era tua prioridade. Minha obra ficou com rachaduras, tua fidelidade estava dividida.”


Versículo:


Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente.”

(Jeremias 48:10)


Conheço as tuas obras, que não és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno... estou a ponto de vomitar-te da minha boca.”

(Apocalipse 3:15-16)


4. Ao quarto servo, que construiu uma bela casa, mas para sua própria glória, e não para o Senhor:


> “Servo vaidoso. Usaste o que te dei, mas fizeste tudo para tua exaltação. Construíste bem, mas para ti. A minha glória, não dividirei com ninguém. Tudo que fizeste para tua vanglória, de nada te servirá.”


Versículo:


 “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem.”

(Isaías 42:8)


Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém.”

(Romanos 11:36)


5. Ao quinto servo, que fez tudo conforme a vontade do Senhor, com fidelidade, dedicação e humildade:


> “Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Edificaste minha casa com zelo, honra e temor. Entrai no gozo do vosso Senhor!”


Versículo:

“Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.”

(Mateus 25:21)





Reflexão 

Introdução: Um Chamado à Reflexão


Esta parábola é Deus falando com você.

Ela foi construída para abrir os seus olhos e trazer entendimento sobre a vida que você está vivendo — e sobre a vida que você deve viver.


É um chamado à consciência, à sinceridade diante de Deus, e à reflexão profunda.

Porque muitos têm se dedicado ao que é necessário — trabalho, família, saúde, sustento — mas têm perdido de vista o que é essencial: a vontade de Deus e a eternidade.


O que é necessário nunca deveria tomar o lugar do que é eterno.

Mas, na prática, é isso que acontece com muitos.


Essa parábola revela como os compromissos da vida podem, aos poucos, se transformar em obstáculos para aquilo que realmente importa.

E mostra que não basta dar algum valor ao Reino de Deus — é preciso dar o valor supremo.

Porque quem dá menos que tudo, já deu menos do que o necessário.


Portanto, leia com atenção.

Reflita.

E pergunte com sinceridade:

Em qual desses servos estou me tornando?

A casa do meu Senhor está sendo construída… ou deixada de lado?



Aplicação 


1. O Primeiro Servo – Aquele que Recebeu as Ferramentas, Mas Não Fez Nada


Esse servo representa a pessoa que recebeu de Deus tudo o que precisava para cumprir a Sua vontade, mas não fez nada.

Ela tem vida, tempo, força, recursos, oportunidades, entendimento — mas vive como se essas coisas tivessem sido dadas apenas para ela própria.

Ela até ouve falar de Deus, sabe da existência do Reino, mas isso não se transforma em ação, em prática, em compromisso.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquela que:


Vive ocupada com tudo, menos com Deus.


Diz que crê, mas não ora, não lê a Palavra com sinceridade, não busca santificação.


Trabalha, se diverte, se organiza, mas quando se trata das coisas de Deus, não tem tempo, não tem interesse, não tem urgência.


Está sempre dizendo: “Depois eu vejo isso…”, “Um dia eu mudo…”, mas esse dia nunca chega.



A motivação interna desse servo


Esse tipo de pessoa está presa à uma forma de viver baseada no comodismo espiritual.

Ele não enxerga o valor do Reino. O que domina sua mente é o aqui e o agora.

Ele tem um foco totalmente terreno, e não sente a urgência da eternidade.

O que o move é o desejo de conforto, de estabilidade, de segurança humana — e por isso ele não quer se envolver com o que vai exigir renúncia, sacrifício, entrega.


Aspecto psicológico


Esse servo muitas vezes vive em autoengano.

Ele se convence — e pensa — que “não está fazendo nada de errado”. Mas ele só pensa assim porque não conhece a vontade de Deus.

Na verdade, está fazendo tudo errado, pois deixa de fazer o que é certo.

A ausência de ação diante da vontade de Deus é, por si só, desobediência.

Seu erro não é só a omissão, mas o abandono daquilo que Deus requer dele.


Versículo para meditação:


> “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.”

(Tiago 4:17)


2. O Segundo Servo – Aquele que Começou, Mas Não Terminou


Este servo representa aquela pessoa que começa bem na caminhada com Deus.

Recebe as ferramentas, ouve a Palavra, até se alegra, se envolve, se compromete — mas com o tempo esfria, se distrai e abandona o que começou.

Ele iniciou a construção, mas não perseverou até o fim.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquela que:


Teve um encontro com a verdade, entendeu o chamado, até se envolveu em algum ministério, evangelismo, oração, leitura da Palavra...


Mas depois foi esfriando, distraindo-se com outras coisas, se acomodando, deixando para depois.


Parou de orar, de buscar, de se consagrar. Começou, mas não deu continuidade com seriedade e fidelidade.


Sempre diz: “Um dia eu volto a fazer”, “Eu sei que preciso voltar”, “Eu estava firme, mas me desanimei”...



Motivação interna


Esse servo teve uma motivação inicial sincera, mas faltou profundidade, firmeza, raiz.

Ele começou com emoção, com empolgação, mas não consolidou compromisso nem disciplina espiritual.

Se deixou levar por problemas, desilusões, cansaço, ou pelas preocupações desta vida.


Aspecto psicológico


É alguém que vive em constante culpa e frustração espiritual.

Sabe que está errado, mas não tem forças — ou não tem decisão — para recomeçar e continuar.

Costuma viver de memórias do passado: “Naquela época eu estava bem com Deus...”.


Fundamentação bíblica


“Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”

(Mateus 24:13)



O Terceiro Servo – Aquele que Construiu, Mas Relaxadamente


Este servo não rejeitou a obra, nem a abandonou — ele até fez, mas de forma relaxada, superficial, sem zelo, sem temor. Ele representa aquele que tem uma aparência de religiosidade, mas não vive a verdadeira fé. Sua vida cristã é morna, e sua obra, reprovável.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquele que participa da igreja, diz crer, canta, lê a Bíblia, faz orações. Mas tudo isso sem profundidade, sem amor verdadeiro por Deus, sem a chama viva do Espírito.


É alguém que até está no caminho, mas não caminha com fidelidade. Não há entrega total, não há prioridade para Deus. Está envolvido, mas não consagrado. É servo, mas não fiel.


Ele não possui o entendimento correto da doutrina e, por isso, não reconhece sua condição. Falta-lhe o verdadeiro amor a Deus — aquele amor que produz obediência, zelo e dedicação fervorosa. Sua vida cristã é incompleta, inconsistente e relaxada.


E diante de Deus, não existe fidelidade parcial. Ou é fiel, ou não é.


Motivação interna


Este servo deseja manter uma vida cristã confortável. Faz o mínimo para se sentir bem e parecer comprometido, mas evita tudo que exige renúncia, esforço, dedicação e mudança real.


Sua motivação não é agradar a Deus, mas manter uma consciência tranquila diante dos homens e de si mesmo.


Aspecto psicológico


Vive iludido. Acredita estar fazendo o suficiente, mas não se examina à luz da verdade.


É morno, inconstante, facilmente distraído com as coisas deste mundo.


Sua fé é fraca, e sua vida espiritual, sem frutos.


Não tem temor. Falta-lhe o fogo do Espírito, a reverência, a santidade prática. Vive uma religiosidade vazia.


Texto bíblico de base


 “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente...”

(Jeremias 48:10)


 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”

(Apocalipse 2:4)


 “Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.”

(Apocalipse 3:16)


4. O Quarto Servo – Aquele que Construiu, Mas para Si Mesmo


Este servo não é negligente. Ele trabalha, jejua, ora, prega, se dedica à obra de Deus, está presente e ativo. À vista de muitos, ele é visto como um servo zeloso, espiritual, e até exemplar.

Porém, há uma corrupção sutil em seu coração: o orgulho.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É alguém que vive a vida religiosa com intensidade, mas o faz com o objetivo de ser reconhecido como bom, como alguém “espiritual”, como um “homem ou mulher de Deus”.


Quer ser bom para si mesmo, e não para agradar a Deus.


Deseja a primazia: quer estar à frente, ser notado, ser ouvido, ser respeitado.


Tem dificuldade em reconhecer a verdade, pois seu orgulho espiritual o impede de aprender – ele não quer ser ensinado, quer ensinar.


Muitos chegam ao ponto de construir um ministério, uma igreja ou até um império religioso, não para a glória de Deus, mas para si mesmos – ainda que inconscientemente.


No íntimo, ele acha que está fazendo tudo para Deus, mas está dividindo a glória com Ele, o que Deus nunca aceitará.



Motivação interna


Seu maior desejo não é agradar a Deus, mas se agradar com a ideia de estar agradando a Deus.

Ele se satisfaz com a imagem de ser bom. Sua espiritualidade é, na verdade, alimentada pelo desejo de status espiritual.

No fundo, ele quer a glória de Deus para si, mesmo que diga o contrário.


Aspecto psicológico


Vive sob autoengano.


Confunde zelo com vaidade.


Tem carência de reconhecimento, que mascara com aparência de humildade.


Sua insegurança interior o faz buscar controle, posição, domínio.


É alguém que, aos olhos dos outros, é santo, mas aos olhos de Deus, está corrompido por dentro.



Texto bíblico de base


> “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens.” Isaías 42:8


Esse servo quer a glória para si, e isso Deus não divide com ninguém. É um servo reprovado, mesmo tendo feito muito, pois fez com motivações erradas.



O Quinto Servo – Aquele que Construiu para a Glória de Deus


Este servo é o exemplo de fidelidade. Ele não apenas fez a obra, mas a fez do modo certo, com o coração certo, para o Deus certo. Ele não buscou reconhecimento, nem posição, nem glória — seu alvo era agradar a Deus.


Seu trabalho foi movido pelo amor, pela fé e pela obediência. Ele compreendeu que tudo pertence ao Senhor, e que a única glória digna é a de Deus.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquele que serve com sinceridade, com zelo, com temor, com humildade. Não está preocupado com títulos ou com a opinião dos outros, mas em ser achado fiel aos olhos do Senhor.


É um servo presente, disponível, constante. Vive para glorificar a Deus em tudo o que faz, seja no púlpito ou no anonimato. Trabalha com excelência, mas sempre reconhecendo que tudo vem de Deus e para Ele é.


Não divide a glória com o Senhor. Ele sabe que é apenas um instrumento, e que toda honra e todo louvor pertencem ao Criador.


Motivação interna


Sua motivação é amar e agradar a Deus acima de todas as coisas.


Não busca recompensa ou reconhecimento humano — o seu prazer está em ver Deus glorificado através da sua vida.


Ele sabe que é servo, e que o Senhor é tudo.


Aspecto psicológico


Tem identidade firmada em Cristo. Não precisa provar nada para ninguém, porque sabe quem é em Deus.


É humilde, constante, perseverante. Tem um coração ensinável e dependente do Espírito Santo.


Sua segurança está na Palavra, e sua vida é guiada pela vontade de Deus, não por ambições pessoais.


Texto bíblico de base


 "Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21


> "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." 1Corintios 10:31



Conclusão Final


A casa que Deus deseja habitar é a sua vida. Ele não mora em templos feitos por mãos humanas, mas em corações quebrantados e obedientes. Quando você constrói sua vida segundo a Palavra, segundo a vontade de Deus, então Ele vem e faz morada. Ele quer habitar em você — mas a casa precisa estar construída conforme o projeto dEle, e não o seu.


A construção da casa é a sua caminhada diária com Deus. É o caráter que você forma, é a fidelidade que você mantém, é o amor que você cultiva, é a verdade que você vive. Cada decisão, cada atitude, cada pensamento está colocando tijolos nessa casa.


Então a pergunta é: qual tipo de construtor você é?


Você é o primeiro servo? Aquele que vive a sua própria vida e diz que religião não salva, mas por isso mesmo não lê a Bíblia, não ora, não se arrependeu, não foi batizado no batismo do arrependimento. Vive longe de Deus, ainda que diga que crê nEle.


Ou é o segundo servo? Aquele que um dia começou bem, se entregou a Jesus, foi à igreja, foi batizado, teve um início com Deus — mas os cuidados desta vida, os desejos do mundo, o esfriamento, o afastaram da fidelidade. Hoje, vive longe da presença de Deus, ainda que tenha boas lembranças do que viveu no começo.


Ou talvez seja o terceiro? Aquele que até vive uma vida cristã, mas ainda presa ao pecado. Que não se entregou completamente, que vive dividido. Um pouco de Deus, um pouco do mundo. Frequenta a igreja, ora, mas não é fervoroso. Não tem paixão por Deus nem pelos perdidos. É morno. E como Jesus disse em Apocalipse 3:16, “porque és morno, vomitar-te-ei da minha boca”.


Será que é o quarto? Aquele que trabalha muito na obra de Deus, prega, jejua, ora, está sempre envolvido... mas no fundo, quer ser visto, quer reconhecimento. É movido pelo orgulho espiritual. Fala muito de Deus, mas não quer ser corrigido. Defende sua denominação mais do que a verdade. Faz tudo, mas para sua própria glória — não para a glória de Deus.


Ou, finalmente, você é o quinto? Aquele servo bom e fiel, que constrói sua vida com temor e tremor diante de Deus. Que ama a verdade, que serve em humildade, que obedece mesmo quando ninguém está vendo. Que tem prazer na vontade de Deus, e não na própria. Que entende que tudo é dEle, por Ele e para Ele. Aquele que abandonou definitivamente o pecado para que Deus possa habitar. 


Em qual desses servos você se enquadra?


A boa notícia é que ainda há tempo de reconstruir. Se você se identificou com o primeiro, o segundo, o terceiro ou o quarto, arrependa-se. Jesus está te chamando para ser o quinto. Para ser aquele que constrói com ouro, prata e pedras preciosas, e não com palha e madeira. Para que, quando vier o fogo, a sua obra permaneça, e você receba do Senhor:


> “Muito bem, servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor!” (Mateus 25:23)


Hoje é tempo de rever a construção. Deus quer habitar em você. Mas a casa precisa estar limpa, firme, e construída sobre a rocha que é Cristo.


Construa sua casa com os alicerces da Palavra de Deus. Abandone definitivamente o pecado, para que o Espírito Santo possa fazer morada em você.  O Espírito Santo é dado àqueles que lhe obedecem (Atos 5:32).



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 








quarta-feira, 21 de maio de 2025

O Fazedor de Desejos e o Guia da Verdade

 


O Fazedor de Desejos e o Guia da Verdade 


Era conhecido como o Fazedor de Desejos. Não porque ele possuía uma varinha mágica ou algum poder sobrenatural visível, mas porque sua missão — não sua natureza, mas sua missão — era realizar o desejo das pessoas.


Ele vivia para isso.


Tinha uma inteligência fora do comum. Um verdadeiro conhecedor da alma humana. Entendia a natureza dos homens e mulheres com uma precisão quase assustadora. Observador incansável, estudava cada gesto, cada palavra, cada silêncio. Ele sabia. Sabia o que cada um desejava — mesmo antes de o próprio desejar plenamente.


Seu trabalho era silencioso, discreto. Ele não impunha nada. Apenas se aproximava, no momento certo, com a palavra certa, o conselho preciso. Ele criava as oportunidades, soprava ideias, acendia vontades. E então a mágica acontecia — não por feitiço, mas por influência. Ele era o mestre da inspiração.


Um homem desejava ser rico. Não apenas queria — ele desejava com todas as suas forças. O Fazedor de Desejos se apresentou, como quem não quer nada. Em pouco tempo, o homem percebeu uma chance surgindo no horizonte. Era real. E ele aproveitou. Com a orientação daquele estranho tão sábio, as portas se abriram. A riqueza veio.


Outro caso, uma mulher desejava um homem. Não qualquer homem, mas aquele. Queria-o como companheiro, como parceiro de vida. O Fazedor de Desejos a incentivou: “Deseje com todas as suas forças. Nada deve te impedir. O desejo sincero tem poder.” E assim ela o conquistou. Era como se o próprio destino tivesse sido dobrado a seu favor.


Mas o segredo era este: quanto mais forte era o desejo da pessoa, mais força o Fazedor de Desejos tinha. Ele se alimentava daquela energia, daquela chama acesa no íntimo do ser humano. Era como se o desejo dos outros o fortalecesse, lhe desse combustível. Por isso, ele os encorajava a desejar com intensidade. Porque quanto mais ardente o desejo, mais rápido ele podia agir.


Ele era sábio, sim. Mas não deixava de ser enigmático. Nunca dizia de onde vinha, nem para onde iria. Apenas aparecia, e sumia quando o desejo era realizado.

Mas havia também aqueles que desejavam justiça.


Uma mulher, marcada por um sentimento de injustiça, manifestava sua dor. Havia sido ferida por alguém, e guardava aquilo no coração. Quando o Fazedor de Desejos se apresentou, ele já conhecia a situação. Conhecia bem a pessoa que a havia ferido — sabia o ponto exato que a tocaria mais profundamente. Sabia como agir de forma que aquela pessoa sentisse, de verdade, o peso do que havia feito.


No início, ele mesmo intervinha. Criava as situações. A justiça acontecia. Mas o mais importante não era isso. O Fazedor de Desejos ensinava.


Ele mostrava àquela mulher qual ponto atingir, como agir, o que dizer, o que fazer. Ele mostrava o caminho para que ela mesma realizasse o seu desejo. Ele dizia:


— A justiça precisa ser feita. Você não pode aceitar ser injustiçada. E essa pessoa precisa aprender a não repetir o mal que fez, especialmente com você.


E assim, ela começava a desejar — com força, com convicção. Ele ensinava que o desejo intenso dava poder. E quanto mais a pessoa desejava, mais perto chegava de realizar.


O convívio com ele transformava as pessoas. Elas passavam a pensar como ele. A ver como ele via. A agir com a sabedoria dele. Aos poucos, tornavam-se como ele — ganhavam a mesma inteligência, a mesma capacidade, a mesma identidade.

E o Fazedor de Desejos continuava sua missão: despertar e alimentar o desejo nas pessoas. Ele fazia com que aquilo que, às vezes, era apenas uma vontade discreta, se tornasse um desejo ardente. Ensinava que quanto mais forte fosse o desejo, maiores seriam as chances de alcançá-lo. Incentivava cada um a desejar com intensidade, a acreditar que aquilo era bom, necessário, até essencial. E com o tempo, aqueles que conviviam com ele passavam a pensar como ele, a observar como ele, a entender como ele. Aprendiam suas técnicas, seus métodos, sua maneira de ver as pessoas e o mundo. E, pouco a pouco, assumiam a sua forma de pensar, sua forma de agir, sua sabedoria, sua capacidade — sua identidade.



Mas nem tudo era maravilha.


Com o tempo, começaram a aparecer sinais de que aquele caminho não era tão leve quanto parecia. O forte desejo que as pessoas cultivavam dentro de si, incentivadas pelo Fazedor de Desejos, começava a mostrar também o outro lado — um lado que doía.


Ele ensinava a desejar, não apenas a querer. Ele fazia com que as pessoas acreditassem que quanto mais forte fosse o desejo, maior seria a chance de conquistá-lo. E muitos aprenderam essa lição com dedicação. Desejar se tornou quase uma arte. Mas, por trás disso, algo crescia em silêncio.


Acontecia que o Fazedor de Desejos nem sempre aparecia. E aquele desejo, agora intenso, ardente, permanecia ali. Vivo. Pulsando. Incontrolável. E o que era para ser força, começava a consumir por dentro.


Havia aqueles que, por um tempo, alcançavam o que queriam — uma conquista, um relacionamento, uma riqueza. Mas bastava perder o que haviam obtido, para que o impacto fosse devastador. Aquele que tinha conseguido o parceiro que tanto desejava, o viu partir. E, porque havia desejado com tanta força, a perda se tornou uma ferida profunda. A tristeza tomou conta. Uma tristeza que não passava com o tempo. A ausência se tornou um abismo.


Outros, ao conseguirem a riqueza que buscavam com tanta ansiedade, perderam tudo em um único momento. E como haviam aprendido a amar intensamente aquilo que desejavam — não com amor verdadeiro, mas com um apego moldado pelo desejo — o prejuízo abalava suas estruturas. Era como se tivessem perdido a si mesmos.


Havia também os que nunca alcançavam o que tanto desejavam. E só isso bastava para que se sentissem derrotados. O desejo, tão forte, tão presente, agora se tornava fonte de frustração, angústia e dor. Muitos entravam em tristeza profunda. A alma se apertava, a mente se fechava. Alguns viviam em constante tormento. E, em certos casos, o sofrimento se tornava tão intenso que buscavam qualquer forma de aliviar aquela dor. Usavam todos os recursos, todas as forças, todos os caminhos que podiam para realizar aquele desejo — mesmo quando isso os levava ao limite. E, quando percebiam que não conseguiam mais, que não havia saída, alguns tomavam a decisão mais trágica: tiravam a própria vida.


Tudo porque o desejo, aquele mesmo desejo que parecia ser a solução, havia se tornado um fardo que esmagava. Um peso invisível, mas real. Um vazio que o Fazedor de Desejos, aos poucos, já não parecia tão interessado em preencher.

O Fazedor de Desejos implantava a sua natureza nas pessoas, fazendo-as acreditar que a realização dos seus desejos era o propósito principal da vida. Ele ensinava que viver era buscar intensamente aquilo que se desejava — e que tudo o que impedisse essa busca deveria ser visto como inimigo, como ameaça. Assim, ele moldava uma filosofia, um estilo de vida, uma maneira de pensar totalmente voltada para a realização dos desejos. O mal, nesse sistema, era tudo aquilo que colocava limites. Ele preparava as pessoas para rejeitar qualquer ideia que contrariasse seus anseios, criando nelas um entendimento onde o desejo ocupava o lugar mais alto. Moralidade, responsabilidade, limites — tudo isso era apresentado como opressor, como uma falsa moral, como um freio à liberdade. Viver sem realizar os desejos era, para eles, viver de forma limitada, frustrada, infeliz. E, dessa forma, o Fazedor de Desejos construiu toda uma estrutura mental e emocional que ligava diretamente o desejo à felicidade. Ele preparava o terreno para que, quando a verdade fosse anunciada, ela encontrasse resistência — porque agora, contrariar os desejos era quase como cometer uma ofensa pessoal, era tocar no centro da identidade moldada por ele.

Entre os que eram influenciados por ele, o Fazedor de Desejos difundia frases que resumiam sua maneira de pensar: “viva intensamente”, “aproveite a vida”, “seja feliz”, “siga seu coração”. Essas expressões pareciam simples, mas carregavam sua marca. Com elas, ele ensinava que o mais importante era satisfazer o próprio desejo, acima de qualquer coisa. Tudo o que contrariava essa busca — como a submissão, a responsabilidade, a crítica, ou qualquer limite — era tratado como opressivo, ultrapassado, inimigo da felicidade. A submissão, em especial, era rejeitada, pois implicava fazer a vontade do outro, não a própria. Isso ia contra a estrutura que ele formava, marcada pela insubmissão e pelo impulso de viver apenas para si. A crítica, por sua vez, era vista como uma ameaça direta, pois expunha o engano e freava a vontade. Assim, formava-se uma estrutura interior resistente a qualquer confronto, rejeitando tudo o que não alimentasse o desejo próprio.

O Fazedor de Desejos, apesar de aparentar ser uma boa pessoa — simpático, acolhedor e cheio de palavras agradáveis —, era na verdade um foragido. Havia sobre ele uma sentença de condenação, e ele era procurado pela justiça.

 Naquela região, porém, existia uma outra pessoa. Essa pessoa sabia exatamente quem o Fazedor era, conhecia sua condenação e entendia como ele agia entre as pessoas. No entanto, naquele momento, sua missão não era executar o juízo contra ele, nem levá-lo à prisão. Seu propósito era outro: libertar as pessoas da influência do Fazedor, livrá-las do engano e da ameaça disfarçada que ele representava. Assim, ele se aproximava das pessoas, buscava conversar com elas, abrir os olhos delas, mostrar que por trás da forma como pensavam, viviam e sofriam, havia uma influência perigosa. Mas não era uma tarefa simples — era uma missão difícil e cheia de resistência. Essa pessoa era conhecida como o Guia da Verdade. 


Era difícil sua tarefa, porque aquela estrutura já estava profundamente enraizada naquelas pessoas. Era como uma árvore de raízes antigas e firmes, que não se arrancava com facilidade. 


Além disso, ao se identificarem e se alinharem com o fazedor de desejos, ajudando a implantar sua missão, aquelas pessoas se tornavam coparticipantes, coadjuvantes em suas ações, e também passavam a estar sob a mesma sentença de condenação que pesava sobre ele.


Aquele que se denominava Guia da Verdade tinha uma missão difícil, pois enfrentava a resistência enraizada nas pessoas pelo fazedor de desejos. Porém, o Guia da Verdade era poderoso, pois trazia a verdade que libertava. Se as pessoas parassem para ouvi-lo com sinceridade, ele certamente realizaria sua obra e cumpriria sua missão. Bastava que elas abrissem seus corações e dessem ouvidos à sua voz.

O Guia da Verdade buscava libertar as pessoas dos seus próprios desejos, e tambem mostrar a verdade da condenação que já pesava sobre elas. Ele deixava claro que, por se alinharem e participarem da obra do fazedor de desejos, elas haviam cometido um crime espiritual e estavam sob sentença. Não bastava apenas deixarem de agir conforme aquela influência, pois ainda precisavam ser libertas dessa situação e também absolvidas dessa condenação.


As pessoas, então, perguntavam: “Mas como nós podemos ser absolvidos se já estamos condenados? Se a sentença do juiz já está contra nós?”


E aqueles que acreditavam no Guia da Verdade diziam: “Como podemos ser livres se a sentença está lançada contra nós?”


O Guia da Verdade respondia: “Existe um amigo que pode cumprir a sentença por vocês. Ele já cumpriu essa sentença, e esse cumprimento pode dar a vocês a liberdade que precisam. Vocês podem usar esse cumprimento de sentença que esse amigo colocou à disposição, mesmo que ele não tenha cometido nenhum crime.”


As pessoas, então, perguntavam: “Quem é esse amigo? Quem é essa pessoa que sabia que estávamos condenados e que pagou a nossa sentença? Queremos conhecer esse nome e usar essa graça que ele oferece.”


O Guia da Verdade respondia: “O nome dele é Jesus Cristo.”


O Guia da Verdade então dizia: “É necessário que vocês se apoderem da sentença já cumprida por esse amigo e a usem em favor de vocês. Mas é essencial abandonar a velha maneira de viver, pois, se continuarem em uma conduta ilícita, vivendo à margem da lei do Juiz, a sentença que receberam será profanada e perderá o seu valor. Ela foi paga com justiça e verdade, e não pode ser usada por aqueles que persistem em crimes e transgressões. A graça está à disposição, mas requer arrependimento e abandono da velha vida.”

Alguns dos que eram orientados pelo Guia da Verdade ainda carregavam dentro de si o sentimento alimentado durante tanto tempo: o apego às suas próprias vontades. Então, com sinceridade, perguntavam ao Guia da Verdade:


— Mas como podemos viver sem realizar as nossas vontades? É muito difícil...


O Guia da Verdade, com paciência e firmeza, lhes respondia:


— É necessário que vocês compreendam uma coisa essencial: a vontade de vocês não é boa. Ela não trará benefício algum. Pelo contrário, manterá vocês acorrentados e sujeitos às consequências malignas que essa vontade trará sobre suas vidas. É uma vontade em desacordo com as leis do Juiz. Ela é criminosa, perversa e rebelde. Por isso, é preciso que vocês morram para essa vontade. É necessário um rompimento com ela.


Então, com inquietação, eles perguntavam:


— Mas qual é a vontade que devemos querer, se não podemos mais querer as nossas próprias vontades?


E o Guia da Verdade dizia:


— Há uma vontade que é superior a todas. Uma vontade que fará bem a vocês, um bem profundo e eterno. Essa vontade é a do mesmo que pagou a sentença de condenação em favor de vocês. Aquele que ofereceu libertação, mesmo sendo justo e sem culpa, colocou à disposição de vocês a vida. A vontade Dele é sábia, é perfeita, é boa, é agradável. E é essa vontade que vocês devem desejar e permitir que viva em vocês.


E o Guia da Verdade concluiu:


— Guardem bem esta palavra: “A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.” (Romanos 12:2)

 Estes, então, que agora estavam sendo guiados pelo Guia da Verdade — e não mais pelo Fazedor de Vontades — disseram com convicção:


— Queremos! Queremos esta vontade! Como podemos conhecê-la e caminhar na direção dela?


O Guia da Verdade, então, com alegria e solenidade, lhes apresentou o livro:


— Aqui está o livro. Este livro contém todas as orientações daquele que entregou a vocês a sua sentença cumprida. Cada palavra nele foi dada por Ele mesmo, para que vocês saibam como devem viver. Este é o caminho.


Ele continuou:


— Vocês devem meditar nele diariamente. Devem cumpri-lo com zelo, custe o que custar. Nunca mais vivam segundo a vontade de vocês, mas estejam sempre guiados por esta vontade revelada aqui. E eu estarei com vocês, ao lado de cada um, orientando e ajudando nessa caminhada. Não estarão sozinhos.


Aqueles que receberam o Livro e se determinaram a viver conforme tudo o que nele está escrito, foram convidados pelo Guia da Verdade a oficializar essa decisão. Era um ato solene, o mais precioso de todos, pois não era apenas uma escolha em meio às decisões da vida, mas uma determinação que estava registrada no Livro Oficial da Vida, um registro que transcendia todas as dimensões da existência.


O Guia da Verdade disse a eles:


— Esta decisão não é comum. Ela é eterna. E como tudo que é eterno deve ser reconhecido de forma solene, existe um ato que sela essa escolha diante do céu, da terra e de todo o reino espiritual.


Então, o Guia da Verdade os conduzia a esse ato. Eles desciam às águas, e quando voltavam a emergir, estavam declarando que haviam morrido para sua antiga vida e agora viviam uma nova vida, conforme a vontade daquele que havia cumprido a sentença por eles.


O Guia da Verdade, aquele que os guiava no novo caminho, era quem os impulsionava a realizar esse ato. Era ele quem levava cada um à decisão firme e ao cumprimento do que estava determinado no Livro.


Eles perguntavam ao Guia da Verdade:


— Mas qual é o nome deste ato? Que nome tem este gesto que sela a nossa decisão?


E o Guia da Verdade respondia:


— Este é o Batismo do Arrependimento.


E o Guia da Verdade disse:


— Guardem esta palavra!


Então, ele abriu o Livro e leu diante deles:


"Ide por todo o mundo, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado. E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." (Mateus 28:19-20)


Estas palavras tinham autoridade qualitativa — eram o fundamento daquele ato solene que eles haviam acabado de praticar. Elas selavam com valor eterno a decisão tomada por cada um.


Não era apenas um mandamento, era uma missão, um chamado para todos os que haviam se apoderado da sentença de libertação. E o Guia da Verdade os exortava a levarem adiante esse ensinamento, conduzindo outros ao mesmo arrependimento, à mesma entrega, à mesma vida.


E o Guia da Verdade os advertiu:


— Olhem, cuidado! Vigiem! Porque o Fazedor de Vontades ainda está solto. Ainda não chegou a hora da sua prisão. Ele está ao derredor de vocês, sempre à espreita, tentando atraí-los de volta à velha maneira de viver, levando vocês a fazerem as suas próprias vontades, a duvidarem da verdade, a se afastarem do caminho.


Ele é astuto, mentiroso desde o princípio, e sabe como disfarçar o mal com aparência de bem. Por isso, guardem esta palavra:


"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Resistir e firme na fé..."

(1 Pedro 5:8-9a)

Mas o Guia da Verdade sabia que muitos daqueles que haviam tomado aquela decisão solene iriam voltar atrás. Outros iriam viver de forma relaxada, negligente, sem zelo, sem vigilância, e estes seriam novamente enlaçados pelo Fazedor de Vontades. Porém, poucos permaneceriam fiéis, determinados, vigiando e crescendo continuamente na direção do Caminho Verdadeiro, firmados na Palavra e orientados pelo Guia da Verdade.


Conclusão


Diante de tudo isso, só existem duas alternativas.


Qual vida você vai viver?

A vida na orientação do Fazedor de Vontades ou do Guia da Verdade?

 

Há duas opções: seguir o orgulho de Satanás, que quis impor sua vontade acima da de Deus; ou a humildade de Jesus Cristo, que como homem, se submeteu à vontade do Pai.

 

A primeira mantém a natureza original.

A segunda cria uma nova natureza.


A primeira atende à carne, aos desejos da natureza caída.

A segunda atende ao espírito e crucifica a carne, obedecendo à nova natureza — a natureza de Deus.


A primeira está, assim como o Fazedor de Vontades, condenada à sentença eterna.

A segunda está destinada à vida eterna, conforme a promessa do Autor da Verdade.


Portanto, faça a escolha certa. Viva para conhecer e fazer a vontade de Deus.



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus.