sexta-feira, 23 de maio de 2025

Qual a relação entre a sua maneira de viver e a vontade de Deus.


Título: Qual a relação entre a sua maneira de viver e a vontade de Deus. 


Introdução


O que Deus tem a ver com a maneira como você vive?


Você já parou para pensar quanto tempo realmente dura a vida?


Alguns chegam aos 100 anos, é verdade. Mas são poucos. Outros vivem 80, 70, talvez 60 anos. Há os que partem ainda jovens, e há os que morrem no próprio nascimento. Se fizermos uma média geral da vida humana ao redor do mundo, hoje ela gira em torno de 73 anos.


Agora pense comigo: isso é pouco tempo.


73 anos — e olhe lá — diante da eternidade, não são nem um sopro. E, ainda assim, quantos vivem esses poucos anos sem nunca se fazer perguntas essenciais? Perguntas que definem não só como vivemos aqui, mas também para onde iremos depois.


Nesse tempo curto, já parou para pensar na maneira como você está vivendo?


Deus se importa com isso?

Existe uma maneira correta de viver?

Você está vivendo de acordo com ela?

E se você estiver enganado sobre o que é viver certo?

A maneira como você vive hoje tem relação com o seu destino eterno?


São essas perguntas que vamos refletir. Com lógica, com razão, com coerência — e, acima de tudo, com base na Bíblia, que é a revelação de Deus ao homem.


1. Deus tem um propósito — e uma maneira certa para você viver


Deus criou tudo com um propósito.

Nada existe sem um fim determinado.

Não há criação consciente sem intenção.

Uma pessoa que age sem propósito, perde a razão.

Logo, é irracional pensar que Deus criou o ser humano sem um propósito claro.


Portanto, é racional — é lógico — entendermos que Deus criou você, e a todos, com um propósito.


Viver de forma contrária ao propósito para o qual Deus o criou é rebelião contra Deus — e também é loucura.


Isso nos leva, naturalmente, a uma pergunta essencial:

Qual é o propósito de Deus para a sua vida?


E a conclusão mais lógica, mais coerente com a razão, é que você deve buscar conhecer esse propósito — a vontade de Deus.


Pensar assim é estar coerente — é pensar de forma lógica, racional. Ignorar é lançar fora a razão, é viver de forma louca, insensata e em rebelião contra o Criador.


2. Como conhecer a vontade de Deus


É lógico: ninguém pode conhecer a vontade de outro se este não a revelar. Achar que se pode saber o que Deus quer sem que Ele diga é loucura.


Mas é assim que muitos vivem: imaginando qual seria a vontade de Deus, criando uma vontade ilusória, moldando um “deus” conforme suas convicções, interesses e a imagem da própria mente — e não conforme quem Deus é e como Ele realmente se revela.


Portanto, para se conhecer a vontade de Deus, é preciso conhecer a revelação que Ele mesmo fez da sua vontade.

Qual é a revelação de Deus e de sua vontade?


Chegamos a uma conclusão clara e lógica: é necessário que Deus se revele. Se Ele não o fizesse, seria impossível conhecer sua vontade — o que nos levaria a viver em rebelião contra Ele. Portanto, Deus se revela.


A questão é: como Deus revela a si mesmo e a sua vontade?


É evidente: tudo o que deve permanecer íntegro, claro e fiel ao longo do tempo precisa estar registrado por escrito. A memória humana é falha, subjetiva e se desgasta. O que não se registra, se perde, se esquece ou se distorce.


O registro escrito é a única forma segura de preservar uma informação de forma objetiva, verificável e acessível no futuro. Isso é algo que utilizamos constantemente em nossa vida: decisões, compromissos, leis, fatos e orientações — tudo o que desejamos manter com exatidão é registrado. Essa é uma forma racional e indispensável de conservar a verdade.


Negar essa realidade, justamente quando se trata da revelação de Deus, é incoerente, contraditório e desonesto.


Portanto, é lógico: se Deus quis tornar sua vontade conhecida, era necessário que ela fosse registrada por escrito.


A Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade, e comprova ser, por si mesma, exatamente isso.


3. A Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade, e comprova ser, por si mesma, exatamente isso.


A ciência reconhece que a Bíblia foi escrita há milhares de anos. São manuscritos antigos, preservados, analisados, datados e estudados profundamente. A arqueologia e a história confirmam povos, costumes, locais, guerras e eventos mencionados nas Escrituras, fortalecendo o fato de que a Bíblia é um registro real e não uma invenção mítica.


Ela foi escrita por cerca de 40 homens, de diferentes épocas, culturas e níveis sociais, ao longo de aproximadamente 1600 anos — sem se contradizer, com uma unidade perfeita de pensamento e propósito. Tal feito é impossível sem uma mente única por trás de tudo. É uma evidência inquestionável de uma ação sobrenatural. Negar isso é negar o óbvio, é fugir da razão.


Além disso, a Bíblia transforma vidas. Pessoas escravizadas em vícios, na prostituição, no crime, na homossexualidade, no transexualismo, são libertas, curadas e regeneradas. A medicina não explica, os profissionais se admiram, mas a verdade é que há um poder vivo e atuante nas Escrituras. Elas curam o interior do homem, quebram grilhões, restauram identidades, redirecionam destinos.


E há também as profecias — anunciadas com séculos de antecedência e cumpridas com exatidão. Somente Deus conhece o futuro. E a Bíblia mostra que Ele o revela. Não há margem para coincidência. O que está escrito, cumpre-se. O que foi dito, acontece.


Diante disso, rejeitar a Bíblia como a revelação de Deus não é um problema de razão, é um problema de disposição. Não é que a pessoa não entenda, é que ela não quer. Ela rejeita a verdade porque não quer se submeter a ela. Ela deseja viver conforme a sua própria vontade. Mas isso não muda os fatos. A verdade é clara, é racional, é coerente — e está diante de todos. Só não vê quem não quer.

Sem a Bíblia, não conheceríamos nada a respeito de Deus, de seu Filho Jesus, de seu sacrifício, nem de sua vontade. Não haveria qualquer referência segura ou verdadeira sobre quem Deus é. Cada um viveria à sua própria maneira, conforme seus próprios conceitos, como se fosse o seu próprio deus. Isso significaria que Deus não teria vontade revelada, nem direção para a humanidade. Seria como se Deus estivesse morto ou simplesmente não existisse.


Portanto, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade.


4. A Disposição Íntima que Leva o Homem a Conhecer Verdadeiramente e Fazer a Vontade de Deus. 


Você já sabe:

Deus tem um propósito para a sua vida.

Deus e Sua vontade são conhecidos por meio da Sua própria revelação.

A Bíblia é a revelação de Deus e de Sua vontade.


Agora precisamos entender a disposição e o esforço do coração que levam o homem a conhecer verdadeiramente e fazer a vontade de Deus.

O ponto central é a cruz de Cristo.

A vida de Jesus, sua morte e ressurreição, o pecado e o destino eterno do homem — tudo converge para esse ponto.

A mensagem da cruz é o cerne da revelação de Deus.

Sem entendê-la de forma correta, não há possibilidade nenhuma de conhecer e fazer a vontade de Deus verdadeiramente. 

Ao criar o homem, Deus se revela como seu Criador, como aquele que é superior e ao qual o homem deve sujeição. A criatura deve obedecer ao seu Criador. Isso é um raciocínio lógico: tudo o que é criado tem um propósito, e viver fora do propósito para o qual se foi criado é loucura e rebelião contra aquele que criou.

A primeira conclusão lógica é que, ao ser criado, o homem sabe que deve viver em obediência e fidelidade ao seu Criador. Caso contrário, viverá em loucura e rebelião contra Ele. 

Assim, a decisão do ser humano está em sua disposição de coração: se viverá em fidelidade a Deus e à sua vontade, ou se seguirá um caminho de rejeição e rebelião.

Adão e Eva optaram pelo pecado, ou seja, optaram por não reconhecer quem Deus é — o Criador e Soberano. E assim, fecharam seus ouvidos à verdade e abraçaram o engano e as consequências dele.

A consequência foi a morte espiritual de Adão e Eva, e a degeneração de suas naturezas, que haviam sido criadas perfeitas. Naturalmente, essa condição foi transmitida a toda a humanidade. Assim, todos passaram a nascer em um estado de rebelião, contaminados pelo pecado. É nesse cenário que se revela o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Agora, a mesma situação se apresenta: a raça humana degenerada e pecadora. A escolha de Adão e Eva foi comer ou não do fruto sobre o qual Deus havia dado orientação. Hoje, a escolha diante de cada ser humano é receber ou rejeitar o sacrifício de Jesus — abandonando o pecado, reconhecendo o sacrifício do Filho de Deus e, assim, submetendo-se a Deus como Salvador Senhor e Soberano, na pessoa de seu Filho Jesus. 


A mensagem vinda com o sacrifício de Jesus — sua humilhação, sua vinda ao mundo e sua morte na cruz do Calvário — manifestou-se em favor do ser humano, para pagar o preço do pecado e, assim, possibilitar à raça humana uma nova decisão, visto que estava condenada pela sua primeira escolha.


Quando Adão e Eva rejeitaram a verdade de que Deus é o Criador e Soberano, e que deveriam ser fiéis a Ele em tudo, permitiram que o mal entrasse neles — o orgulho, a rebelião e a degeneração de suas naturezas. Seus entendimentos foram cegados, e o engano se apoderou deles. A morte espiritual trouxe consigo as trevas e o engano. Mas com a manifestação da luz, que é Jesus Cristo, hoje a raça humana — e cada indivíduo como parte dela — recebe novamente a possibilidade de decidir novamente. 

Esta nova decisão foi possibilitada pelo sacrifício de Jesus. O sacrifício do Filho de Deus pagou a sentença de morte e condenação eternas, e deu ao homem a chance de optar novamente: reconhecer Deus como Criador e Soberano, a quem deve submissão, ou permanecer no pecado, mantendo a mesma decisão de Adão e Eva. Portanto, jamais o sacrifício de Jesus pode ser interpretado como apenas o pagamento pela condenação do homem, como o simples cumprimento da sentença condenatória, sem que isso implique uma nova decisão de fidelidade e submissão a Deus.

O simples reconhecimento de que Jesus Cristo é Deus, que veio ao mundo, se fez carne e morreu na cruz para pagar a condenação sentenciada aos homens, sem o reconhecimento dEle como Senhor — aquele que deve receber obediência absoluta — é insuficiente para transformar a natureza do homem de volta à sua condição original de criação, e para livrá-lo da morte espiritual e da condenação eterna.

Portanto, não morrer para o pecado é manter-se na mesma decisão de Adão e Eva. É negar Deus como Criador e Senhor. Portanto, reconhecimento  do sacrifício de Jesus, sem a morte para o pecado, não é real ou verdadeira. 


A palavra de Deus foi clara à raça humana em Adão e Eva: “Se pecar, morrerá.” Hoje, essa mesma palavra, revelada em Jesus Cristo, te diz: se você não reconhecer verdadeiramente o sacrifício de Jesus — que pagou a sentença de morte para que você tenha vida e seja transformado em sua natureza original pela renúncia ao pecado —, você também morrerá.

O sangue de Jesus só tem poder sobre aqueles que escolhem a fidelidade a Deus. Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Mas se o pecado permanecer em sua vida, o sangue não operará em seu favor. Permanecer no pecado é manter-se na mesma decisão de Adão e Eva — a decisão que trouxe a degeneração, o engano e a condenação eterna.


Conclusão 

Esta mensagem da cruz e esta decisão são o cerne da questão. Decidir reconhecer Deus como Criador e Salvador é a decisão da fidelidade a Deus. É essa fidelidade que conduz ao verdadeiro reconhecimento do sacrifício de Jesus e à aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. A verdade se manifesta àquele que tem um firme compromisso com a fidelidade a Deus. Sem essa fidelidade, a mensagem da salvação não é compreendida, não é conhecida, e o homem permanece incapaz de fazer a vontade de Deus, estando, assim, condenado.

 

Por isso, não adianta querer ensinar a vontade de Deus àquele que não quer se submeter a ela. Quem não deseja ser fiel a Deus continua sob engano e cegueira espiritual. As trevas dominarão sua vida. A única forma de libertação está no abandono do pecado e no verdadeiro reconhecimento do sacrifício de Jesus na cruz.

Adão e Eva, a raça humana, movidos pelo orgulho, decidiram pelo pecado. Essa decisão levou o mundo à condição em que vivemos hoje — um estado de corrupção, engano e morte espiritual. Mas a sua decisão de ser fiel aos ensinos de Cristo, conforme revelados na Bíblia, custe o que custar, te conduzirá ao novo mundo preparado por Deus e à restauração da natureza original, criada para refletir a santidade e a verdade do Criador e assim realizar a Sua vontade. 

A sua decisão de fidelidade ao ensino de Cristo, conforme está na Bíblia, não define mais o destino da raça humana, que já está corrompida, mas definirá o seu destino pessoal e a regeneração da sua natureza. Tome esta decisão enquanto ainda há tempo.


Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 















quinta-feira, 22 de maio de 2025

As Casas e os Construtores

 


As Casas e os Construtores


Havia um homem rico que queria investir seu dinheiro na ccnstrução de algumas casas  e chamou cinco servos e lhes deu uma missão:

“Ide até a terra que preparei e construí uma casa para mim. Eu vos darei tudo o que precisardes para a jornada: ferramentas, alimento, recursos e tempo. Mas lembrai-vos: a casa é para mim, e quando eu voltar, quero encontrá-la pronta.”


E assim os cinco servos partiram.


O primeiro servo, ao chegar à terra, viu que havia espinhos, pedras e feras. Então disse:

“Antes de qualquer coisa, preciso me proteger.”

Construiu uma pequena cabana para si. Depois, cercas. Plantou, negociou, expandiu.

Quando lembrava da casa do senhor, dizia: “Depois que resolver estas outras coisas, eu começo.”

Mas os dias viraram meses, e os meses anos. E a casa do senhor nunca foi sequer iniciada.


O segundo servo começou a obra, mas logo pensou:

“Não é bom que eu esteja só.”

Formou uma família, construiu uma casa maior para abrigá-la, cuidou dos filhos, dos campos e dos animais.

Era trabalhador, honesto, respeitado. Mas deixava sempre a casa do senhor para depois.

O terreno separado para ela ficou vazio por muito tempo.

E quando pensou em começar a construí-la, o tempo já era escasso e não tinha mais ânimo.


O terceiro  servo também começou bem. Usou as ferramentas, levantou os alicerces, ergueu os  alicerces da casa do senhor.

Mas, com o tempo, passou a se ocupar mais com a sua própria casa.

“Vou terminar primeiro a minha, e depois darei o melhor acabamento à do senhor”, dizia.

Sua casa era bela, bem cuidada, sólida.

A do senhor, porém, ficou com falhas: rachaduras nas paredes, telhado incompleto, portas mal ajustadas.

Ele até se alegrava por tê-la construído, mas não percebia que dera a ela o resto do seu tempo e do seu zelo.

O quarto Servo foi o que construiu para si na casa do seu Senhor

Este quarto servo, à primeira vista, parece irrepreensível. Ele trabalhou, se esforçou, edificou com zelo, dedicação e esmero. 

A casa estava bela, forte, bem-feita, e diferente das demais, não havia negligência aparente. Mas quando o Senhor veio e examinou a casa, descobriu que ela estava sendo ocupada pelo próprio servo, como se fosse sua. O que ele construiu não foi para o seu Senhor, mas para si mesmo.

O quinto servo chegou e logo ergueu uma pequena tenda para si, apenas o suficiente.

E então começou a trabalhar diligentemente na casa do seu senhor.

Supria suas necessidades com o que o senhor lhe havia dado — alimento, vestes, descanso.

Mas nunca deixou que essas coisas ocupassem o lugar da missão.

E ainda que enfrentasse dias difíceis, não parou até que a casa estivesse firme, bela e pronta.

Ele vigiava dia e noite, aguardando a volta de seu senhor.


Quando o Senhor voltou, chamou os cinco servos diante de si, e a cada um falou conforme suas obras:


1. Ao primeiro servo, que não começou a obra:


 “Servo negligente, a quem confiei recursos, tempo e missão. Foste à terra, mas não me edificaste casa alguma. Preferiste cuidar de ti mesmo. Não foste digno da missão que te confiei.”


Versículo:


 “Aquele, porém, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.”

(Tiago 4:17)



2. Ao segundo servo, que começou a obra, mas parou e desistiu:


 “Servo inconstante. Começaste bem, mas foste sufocado pelas preocupações da vida. Deixaste minha casa de lado, e não perseveraste até o fim. Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o meu reino.”


Versículo:


Mas os que caem em meio aos espinhos são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição.”

(Lucas 8:14)


Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.”

(Lucas 9:62)



3. Ao terceiro servo, que fez a obra do Senhor de forma relaxada, sem prioridade, dando o resto do seu tempo e zelo:


> “Servo morno e relaxado. Começaste, mas não me honraste com excelência. Deste a mim o que sobrou, enquanto tua casa era tua prioridade. Minha obra ficou com rachaduras, tua fidelidade estava dividida.”


Versículo:


Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente.”

(Jeremias 48:10)


Conheço as tuas obras, que não és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno... estou a ponto de vomitar-te da minha boca.”

(Apocalipse 3:15-16)


4. Ao quarto servo, que construiu uma bela casa, mas para sua própria glória, e não para o Senhor:


> “Servo vaidoso. Usaste o que te dei, mas fizeste tudo para tua exaltação. Construíste bem, mas para ti. A minha glória, não dividirei com ninguém. Tudo que fizeste para tua vanglória, de nada te servirá.”


Versículo:


 “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem.”

(Isaías 42:8)


Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém.”

(Romanos 11:36)


5. Ao quinto servo, que fez tudo conforme a vontade do Senhor, com fidelidade, dedicação e humildade:


> “Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Edificaste minha casa com zelo, honra e temor. Entrai no gozo do vosso Senhor!”


Versículo:

“Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.”

(Mateus 25:21)





Reflexão 

Introdução: Um Chamado à Reflexão


Esta parábola é Deus falando com você.

Ela foi construída para abrir os seus olhos e trazer entendimento sobre a vida que você está vivendo — e sobre a vida que você deve viver.


É um chamado à consciência, à sinceridade diante de Deus, e à reflexão profunda.

Porque muitos têm se dedicado ao que é necessário — trabalho, família, saúde, sustento — mas têm perdido de vista o que é essencial: a vontade de Deus e a eternidade.


O que é necessário nunca deveria tomar o lugar do que é eterno.

Mas, na prática, é isso que acontece com muitos.


Essa parábola revela como os compromissos da vida podem, aos poucos, se transformar em obstáculos para aquilo que realmente importa.

E mostra que não basta dar algum valor ao Reino de Deus — é preciso dar o valor supremo.

Porque quem dá menos que tudo, já deu menos do que o necessário.


Portanto, leia com atenção.

Reflita.

E pergunte com sinceridade:

Em qual desses servos estou me tornando?

A casa do meu Senhor está sendo construída… ou deixada de lado?



Aplicação 


1. O Primeiro Servo – Aquele que Recebeu as Ferramentas, Mas Não Fez Nada


Esse servo representa a pessoa que recebeu de Deus tudo o que precisava para cumprir a Sua vontade, mas não fez nada.

Ela tem vida, tempo, força, recursos, oportunidades, entendimento — mas vive como se essas coisas tivessem sido dadas apenas para ela própria.

Ela até ouve falar de Deus, sabe da existência do Reino, mas isso não se transforma em ação, em prática, em compromisso.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquela que:


Vive ocupada com tudo, menos com Deus.


Diz que crê, mas não ora, não lê a Palavra com sinceridade, não busca santificação.


Trabalha, se diverte, se organiza, mas quando se trata das coisas de Deus, não tem tempo, não tem interesse, não tem urgência.


Está sempre dizendo: “Depois eu vejo isso…”, “Um dia eu mudo…”, mas esse dia nunca chega.



A motivação interna desse servo


Esse tipo de pessoa está presa à uma forma de viver baseada no comodismo espiritual.

Ele não enxerga o valor do Reino. O que domina sua mente é o aqui e o agora.

Ele tem um foco totalmente terreno, e não sente a urgência da eternidade.

O que o move é o desejo de conforto, de estabilidade, de segurança humana — e por isso ele não quer se envolver com o que vai exigir renúncia, sacrifício, entrega.


Aspecto psicológico


Esse servo muitas vezes vive em autoengano.

Ele se convence — e pensa — que “não está fazendo nada de errado”. Mas ele só pensa assim porque não conhece a vontade de Deus.

Na verdade, está fazendo tudo errado, pois deixa de fazer o que é certo.

A ausência de ação diante da vontade de Deus é, por si só, desobediência.

Seu erro não é só a omissão, mas o abandono daquilo que Deus requer dele.


Versículo para meditação:


> “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.”

(Tiago 4:17)


2. O Segundo Servo – Aquele que Começou, Mas Não Terminou


Este servo representa aquela pessoa que começa bem na caminhada com Deus.

Recebe as ferramentas, ouve a Palavra, até se alegra, se envolve, se compromete — mas com o tempo esfria, se distrai e abandona o que começou.

Ele iniciou a construção, mas não perseverou até o fim.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquela que:


Teve um encontro com a verdade, entendeu o chamado, até se envolveu em algum ministério, evangelismo, oração, leitura da Palavra...


Mas depois foi esfriando, distraindo-se com outras coisas, se acomodando, deixando para depois.


Parou de orar, de buscar, de se consagrar. Começou, mas não deu continuidade com seriedade e fidelidade.


Sempre diz: “Um dia eu volto a fazer”, “Eu sei que preciso voltar”, “Eu estava firme, mas me desanimei”...



Motivação interna


Esse servo teve uma motivação inicial sincera, mas faltou profundidade, firmeza, raiz.

Ele começou com emoção, com empolgação, mas não consolidou compromisso nem disciplina espiritual.

Se deixou levar por problemas, desilusões, cansaço, ou pelas preocupações desta vida.


Aspecto psicológico


É alguém que vive em constante culpa e frustração espiritual.

Sabe que está errado, mas não tem forças — ou não tem decisão — para recomeçar e continuar.

Costuma viver de memórias do passado: “Naquela época eu estava bem com Deus...”.


Fundamentação bíblica


“Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”

(Mateus 24:13)



O Terceiro Servo – Aquele que Construiu, Mas Relaxadamente


Este servo não rejeitou a obra, nem a abandonou — ele até fez, mas de forma relaxada, superficial, sem zelo, sem temor. Ele representa aquele que tem uma aparência de religiosidade, mas não vive a verdadeira fé. Sua vida cristã é morna, e sua obra, reprovável.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquele que participa da igreja, diz crer, canta, lê a Bíblia, faz orações. Mas tudo isso sem profundidade, sem amor verdadeiro por Deus, sem a chama viva do Espírito.


É alguém que até está no caminho, mas não caminha com fidelidade. Não há entrega total, não há prioridade para Deus. Está envolvido, mas não consagrado. É servo, mas não fiel.


Ele não possui o entendimento correto da doutrina e, por isso, não reconhece sua condição. Falta-lhe o verdadeiro amor a Deus — aquele amor que produz obediência, zelo e dedicação fervorosa. Sua vida cristã é incompleta, inconsistente e relaxada.


E diante de Deus, não existe fidelidade parcial. Ou é fiel, ou não é.


Motivação interna


Este servo deseja manter uma vida cristã confortável. Faz o mínimo para se sentir bem e parecer comprometido, mas evita tudo que exige renúncia, esforço, dedicação e mudança real.


Sua motivação não é agradar a Deus, mas manter uma consciência tranquila diante dos homens e de si mesmo.


Aspecto psicológico


Vive iludido. Acredita estar fazendo o suficiente, mas não se examina à luz da verdade.


É morno, inconstante, facilmente distraído com as coisas deste mundo.


Sua fé é fraca, e sua vida espiritual, sem frutos.


Não tem temor. Falta-lhe o fogo do Espírito, a reverência, a santidade prática. Vive uma religiosidade vazia.


Texto bíblico de base


 “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente...”

(Jeremias 48:10)


 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”

(Apocalipse 2:4)


 “Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.”

(Apocalipse 3:16)


4. O Quarto Servo – Aquele que Construiu, Mas para Si Mesmo


Este servo não é negligente. Ele trabalha, jejua, ora, prega, se dedica à obra de Deus, está presente e ativo. À vista de muitos, ele é visto como um servo zeloso, espiritual, e até exemplar.

Porém, há uma corrupção sutil em seu coração: o orgulho.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É alguém que vive a vida religiosa com intensidade, mas o faz com o objetivo de ser reconhecido como bom, como alguém “espiritual”, como um “homem ou mulher de Deus”.


Quer ser bom para si mesmo, e não para agradar a Deus.


Deseja a primazia: quer estar à frente, ser notado, ser ouvido, ser respeitado.


Tem dificuldade em reconhecer a verdade, pois seu orgulho espiritual o impede de aprender – ele não quer ser ensinado, quer ensinar.


Muitos chegam ao ponto de construir um ministério, uma igreja ou até um império religioso, não para a glória de Deus, mas para si mesmos – ainda que inconscientemente.


No íntimo, ele acha que está fazendo tudo para Deus, mas está dividindo a glória com Ele, o que Deus nunca aceitará.



Motivação interna


Seu maior desejo não é agradar a Deus, mas se agradar com a ideia de estar agradando a Deus.

Ele se satisfaz com a imagem de ser bom. Sua espiritualidade é, na verdade, alimentada pelo desejo de status espiritual.

No fundo, ele quer a glória de Deus para si, mesmo que diga o contrário.


Aspecto psicológico


Vive sob autoengano.


Confunde zelo com vaidade.


Tem carência de reconhecimento, que mascara com aparência de humildade.


Sua insegurança interior o faz buscar controle, posição, domínio.


É alguém que, aos olhos dos outros, é santo, mas aos olhos de Deus, está corrompido por dentro.



Texto bíblico de base


> “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens.” Isaías 42:8


Esse servo quer a glória para si, e isso Deus não divide com ninguém. É um servo reprovado, mesmo tendo feito muito, pois fez com motivações erradas.



O Quinto Servo – Aquele que Construiu para a Glória de Deus


Este servo é o exemplo de fidelidade. Ele não apenas fez a obra, mas a fez do modo certo, com o coração certo, para o Deus certo. Ele não buscou reconhecimento, nem posição, nem glória — seu alvo era agradar a Deus.


Seu trabalho foi movido pelo amor, pela fé e pela obediência. Ele compreendeu que tudo pertence ao Senhor, e que a única glória digna é a de Deus.


Na vida prática, quem é essa pessoa?


É aquele que serve com sinceridade, com zelo, com temor, com humildade. Não está preocupado com títulos ou com a opinião dos outros, mas em ser achado fiel aos olhos do Senhor.


É um servo presente, disponível, constante. Vive para glorificar a Deus em tudo o que faz, seja no púlpito ou no anonimato. Trabalha com excelência, mas sempre reconhecendo que tudo vem de Deus e para Ele é.


Não divide a glória com o Senhor. Ele sabe que é apenas um instrumento, e que toda honra e todo louvor pertencem ao Criador.


Motivação interna


Sua motivação é amar e agradar a Deus acima de todas as coisas.


Não busca recompensa ou reconhecimento humano — o seu prazer está em ver Deus glorificado através da sua vida.


Ele sabe que é servo, e que o Senhor é tudo.


Aspecto psicológico


Tem identidade firmada em Cristo. Não precisa provar nada para ninguém, porque sabe quem é em Deus.


É humilde, constante, perseverante. Tem um coração ensinável e dependente do Espírito Santo.


Sua segurança está na Palavra, e sua vida é guiada pela vontade de Deus, não por ambições pessoais.


Texto bíblico de base


 "Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21


> "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." 1Corintios 10:31



Conclusão Final


A casa que Deus deseja habitar é a sua vida. Ele não mora em templos feitos por mãos humanas, mas em corações quebrantados e obedientes. Quando você constrói sua vida segundo a Palavra, segundo a vontade de Deus, então Ele vem e faz morada. Ele quer habitar em você — mas a casa precisa estar construída conforme o projeto dEle, e não o seu.


A construção da casa é a sua caminhada diária com Deus. É o caráter que você forma, é a fidelidade que você mantém, é o amor que você cultiva, é a verdade que você vive. Cada decisão, cada atitude, cada pensamento está colocando tijolos nessa casa.


Então a pergunta é: qual tipo de construtor você é?


Você é o primeiro servo? Aquele que vive a sua própria vida e diz que religião não salva, mas por isso mesmo não lê a Bíblia, não ora, não se arrependeu, não foi batizado no batismo do arrependimento. Vive longe de Deus, ainda que diga que crê nEle.


Ou é o segundo servo? Aquele que um dia começou bem, se entregou a Jesus, foi à igreja, foi batizado, teve um início com Deus — mas os cuidados desta vida, os desejos do mundo, o esfriamento, o afastaram da fidelidade. Hoje, vive longe da presença de Deus, ainda que tenha boas lembranças do que viveu no começo.


Ou talvez seja o terceiro? Aquele que até vive uma vida cristã, mas ainda presa ao pecado. Que não se entregou completamente, que vive dividido. Um pouco de Deus, um pouco do mundo. Frequenta a igreja, ora, mas não é fervoroso. Não tem paixão por Deus nem pelos perdidos. É morno. E como Jesus disse em Apocalipse 3:16, “porque és morno, vomitar-te-ei da minha boca”.


Será que é o quarto? Aquele que trabalha muito na obra de Deus, prega, jejua, ora, está sempre envolvido... mas no fundo, quer ser visto, quer reconhecimento. É movido pelo orgulho espiritual. Fala muito de Deus, mas não quer ser corrigido. Defende sua denominação mais do que a verdade. Faz tudo, mas para sua própria glória — não para a glória de Deus.


Ou, finalmente, você é o quinto? Aquele servo bom e fiel, que constrói sua vida com temor e tremor diante de Deus. Que ama a verdade, que serve em humildade, que obedece mesmo quando ninguém está vendo. Que tem prazer na vontade de Deus, e não na própria. Que entende que tudo é dEle, por Ele e para Ele. Aquele que abandonou definitivamente o pecado para que Deus possa habitar. 


Em qual desses servos você se enquadra?


A boa notícia é que ainda há tempo de reconstruir. Se você se identificou com o primeiro, o segundo, o terceiro ou o quarto, arrependa-se. Jesus está te chamando para ser o quinto. Para ser aquele que constrói com ouro, prata e pedras preciosas, e não com palha e madeira. Para que, quando vier o fogo, a sua obra permaneça, e você receba do Senhor:


> “Muito bem, servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor!” (Mateus 25:23)


Hoje é tempo de rever a construção. Deus quer habitar em você. Mas a casa precisa estar limpa, firme, e construída sobre a rocha que é Cristo.


Construa sua casa com os alicerces da Palavra de Deus. Abandone definitivamente o pecado, para que o Espírito Santo possa fazer morada em você.  O Espírito Santo é dado àqueles que lhe obedecem (Atos 5:32).



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 








quarta-feira, 21 de maio de 2025

O Fazedor de Desejos e o Guia da Verdade

 


O Fazedor de Desejos e o Guia da Verdade 


Era conhecido como o Fazedor de Desejos. Não porque ele possuía uma varinha mágica ou algum poder sobrenatural visível, mas porque sua missão — não sua natureza, mas sua missão — era realizar o desejo das pessoas.


Ele vivia para isso.


Tinha uma inteligência fora do comum. Um verdadeiro conhecedor da alma humana. Entendia a natureza dos homens e mulheres com uma precisão quase assustadora. Observador incansável, estudava cada gesto, cada palavra, cada silêncio. Ele sabia. Sabia o que cada um desejava — mesmo antes de o próprio desejar plenamente.


Seu trabalho era silencioso, discreto. Ele não impunha nada. Apenas se aproximava, no momento certo, com a palavra certa, o conselho preciso. Ele criava as oportunidades, soprava ideias, acendia vontades. E então a mágica acontecia — não por feitiço, mas por influência. Ele era o mestre da inspiração.


Um homem desejava ser rico. Não apenas queria — ele desejava com todas as suas forças. O Fazedor de Desejos se apresentou, como quem não quer nada. Em pouco tempo, o homem percebeu uma chance surgindo no horizonte. Era real. E ele aproveitou. Com a orientação daquele estranho tão sábio, as portas se abriram. A riqueza veio.


Outro caso, uma mulher desejava um homem. Não qualquer homem, mas aquele. Queria-o como companheiro, como parceiro de vida. O Fazedor de Desejos a incentivou: “Deseje com todas as suas forças. Nada deve te impedir. O desejo sincero tem poder.” E assim ela o conquistou. Era como se o próprio destino tivesse sido dobrado a seu favor.


Mas o segredo era este: quanto mais forte era o desejo da pessoa, mais força o Fazedor de Desejos tinha. Ele se alimentava daquela energia, daquela chama acesa no íntimo do ser humano. Era como se o desejo dos outros o fortalecesse, lhe desse combustível. Por isso, ele os encorajava a desejar com intensidade. Porque quanto mais ardente o desejo, mais rápido ele podia agir.


Ele era sábio, sim. Mas não deixava de ser enigmático. Nunca dizia de onde vinha, nem para onde iria. Apenas aparecia, e sumia quando o desejo era realizado.

Mas havia também aqueles que desejavam justiça.


Uma mulher, marcada por um sentimento de injustiça, manifestava sua dor. Havia sido ferida por alguém, e guardava aquilo no coração. Quando o Fazedor de Desejos se apresentou, ele já conhecia a situação. Conhecia bem a pessoa que a havia ferido — sabia o ponto exato que a tocaria mais profundamente. Sabia como agir de forma que aquela pessoa sentisse, de verdade, o peso do que havia feito.


No início, ele mesmo intervinha. Criava as situações. A justiça acontecia. Mas o mais importante não era isso. O Fazedor de Desejos ensinava.


Ele mostrava àquela mulher qual ponto atingir, como agir, o que dizer, o que fazer. Ele mostrava o caminho para que ela mesma realizasse o seu desejo. Ele dizia:


— A justiça precisa ser feita. Você não pode aceitar ser injustiçada. E essa pessoa precisa aprender a não repetir o mal que fez, especialmente com você.


E assim, ela começava a desejar — com força, com convicção. Ele ensinava que o desejo intenso dava poder. E quanto mais a pessoa desejava, mais perto chegava de realizar.


O convívio com ele transformava as pessoas. Elas passavam a pensar como ele. A ver como ele via. A agir com a sabedoria dele. Aos poucos, tornavam-se como ele — ganhavam a mesma inteligência, a mesma capacidade, a mesma identidade.

E o Fazedor de Desejos continuava sua missão: despertar e alimentar o desejo nas pessoas. Ele fazia com que aquilo que, às vezes, era apenas uma vontade discreta, se tornasse um desejo ardente. Ensinava que quanto mais forte fosse o desejo, maiores seriam as chances de alcançá-lo. Incentivava cada um a desejar com intensidade, a acreditar que aquilo era bom, necessário, até essencial. E com o tempo, aqueles que conviviam com ele passavam a pensar como ele, a observar como ele, a entender como ele. Aprendiam suas técnicas, seus métodos, sua maneira de ver as pessoas e o mundo. E, pouco a pouco, assumiam a sua forma de pensar, sua forma de agir, sua sabedoria, sua capacidade — sua identidade.



Mas nem tudo era maravilha.


Com o tempo, começaram a aparecer sinais de que aquele caminho não era tão leve quanto parecia. O forte desejo que as pessoas cultivavam dentro de si, incentivadas pelo Fazedor de Desejos, começava a mostrar também o outro lado — um lado que doía.


Ele ensinava a desejar, não apenas a querer. Ele fazia com que as pessoas acreditassem que quanto mais forte fosse o desejo, maior seria a chance de conquistá-lo. E muitos aprenderam essa lição com dedicação. Desejar se tornou quase uma arte. Mas, por trás disso, algo crescia em silêncio.


Acontecia que o Fazedor de Desejos nem sempre aparecia. E aquele desejo, agora intenso, ardente, permanecia ali. Vivo. Pulsando. Incontrolável. E o que era para ser força, começava a consumir por dentro.


Havia aqueles que, por um tempo, alcançavam o que queriam — uma conquista, um relacionamento, uma riqueza. Mas bastava perder o que haviam obtido, para que o impacto fosse devastador. Aquele que tinha conseguido o parceiro que tanto desejava, o viu partir. E, porque havia desejado com tanta força, a perda se tornou uma ferida profunda. A tristeza tomou conta. Uma tristeza que não passava com o tempo. A ausência se tornou um abismo.


Outros, ao conseguirem a riqueza que buscavam com tanta ansiedade, perderam tudo em um único momento. E como haviam aprendido a amar intensamente aquilo que desejavam — não com amor verdadeiro, mas com um apego moldado pelo desejo — o prejuízo abalava suas estruturas. Era como se tivessem perdido a si mesmos.


Havia também os que nunca alcançavam o que tanto desejavam. E só isso bastava para que se sentissem derrotados. O desejo, tão forte, tão presente, agora se tornava fonte de frustração, angústia e dor. Muitos entravam em tristeza profunda. A alma se apertava, a mente se fechava. Alguns viviam em constante tormento. E, em certos casos, o sofrimento se tornava tão intenso que buscavam qualquer forma de aliviar aquela dor. Usavam todos os recursos, todas as forças, todos os caminhos que podiam para realizar aquele desejo — mesmo quando isso os levava ao limite. E, quando percebiam que não conseguiam mais, que não havia saída, alguns tomavam a decisão mais trágica: tiravam a própria vida.


Tudo porque o desejo, aquele mesmo desejo que parecia ser a solução, havia se tornado um fardo que esmagava. Um peso invisível, mas real. Um vazio que o Fazedor de Desejos, aos poucos, já não parecia tão interessado em preencher.

O Fazedor de Desejos implantava a sua natureza nas pessoas, fazendo-as acreditar que a realização dos seus desejos era o propósito principal da vida. Ele ensinava que viver era buscar intensamente aquilo que se desejava — e que tudo o que impedisse essa busca deveria ser visto como inimigo, como ameaça. Assim, ele moldava uma filosofia, um estilo de vida, uma maneira de pensar totalmente voltada para a realização dos desejos. O mal, nesse sistema, era tudo aquilo que colocava limites. Ele preparava as pessoas para rejeitar qualquer ideia que contrariasse seus anseios, criando nelas um entendimento onde o desejo ocupava o lugar mais alto. Moralidade, responsabilidade, limites — tudo isso era apresentado como opressor, como uma falsa moral, como um freio à liberdade. Viver sem realizar os desejos era, para eles, viver de forma limitada, frustrada, infeliz. E, dessa forma, o Fazedor de Desejos construiu toda uma estrutura mental e emocional que ligava diretamente o desejo à felicidade. Ele preparava o terreno para que, quando a verdade fosse anunciada, ela encontrasse resistência — porque agora, contrariar os desejos era quase como cometer uma ofensa pessoal, era tocar no centro da identidade moldada por ele.

Entre os que eram influenciados por ele, o Fazedor de Desejos difundia frases que resumiam sua maneira de pensar: “viva intensamente”, “aproveite a vida”, “seja feliz”, “siga seu coração”. Essas expressões pareciam simples, mas carregavam sua marca. Com elas, ele ensinava que o mais importante era satisfazer o próprio desejo, acima de qualquer coisa. Tudo o que contrariava essa busca — como a submissão, a responsabilidade, a crítica, ou qualquer limite — era tratado como opressivo, ultrapassado, inimigo da felicidade. A submissão, em especial, era rejeitada, pois implicava fazer a vontade do outro, não a própria. Isso ia contra a estrutura que ele formava, marcada pela insubmissão e pelo impulso de viver apenas para si. A crítica, por sua vez, era vista como uma ameaça direta, pois expunha o engano e freava a vontade. Assim, formava-se uma estrutura interior resistente a qualquer confronto, rejeitando tudo o que não alimentasse o desejo próprio.

O Fazedor de Desejos, apesar de aparentar ser uma boa pessoa — simpático, acolhedor e cheio de palavras agradáveis —, era na verdade um foragido. Havia sobre ele uma sentença de condenação, e ele era procurado pela justiça.

 Naquela região, porém, existia uma outra pessoa. Essa pessoa sabia exatamente quem o Fazedor era, conhecia sua condenação e entendia como ele agia entre as pessoas. No entanto, naquele momento, sua missão não era executar o juízo contra ele, nem levá-lo à prisão. Seu propósito era outro: libertar as pessoas da influência do Fazedor, livrá-las do engano e da ameaça disfarçada que ele representava. Assim, ele se aproximava das pessoas, buscava conversar com elas, abrir os olhos delas, mostrar que por trás da forma como pensavam, viviam e sofriam, havia uma influência perigosa. Mas não era uma tarefa simples — era uma missão difícil e cheia de resistência. Essa pessoa era conhecida como o Guia da Verdade. 


Era difícil sua tarefa, porque aquela estrutura já estava profundamente enraizada naquelas pessoas. Era como uma árvore de raízes antigas e firmes, que não se arrancava com facilidade. 


Além disso, ao se identificarem e se alinharem com o fazedor de desejos, ajudando a implantar sua missão, aquelas pessoas se tornavam coparticipantes, coadjuvantes em suas ações, e também passavam a estar sob a mesma sentença de condenação que pesava sobre ele.


Aquele que se denominava Guia da Verdade tinha uma missão difícil, pois enfrentava a resistência enraizada nas pessoas pelo fazedor de desejos. Porém, o Guia da Verdade era poderoso, pois trazia a verdade que libertava. Se as pessoas parassem para ouvi-lo com sinceridade, ele certamente realizaria sua obra e cumpriria sua missão. Bastava que elas abrissem seus corações e dessem ouvidos à sua voz.

O Guia da Verdade buscava libertar as pessoas dos seus próprios desejos, e tambem mostrar a verdade da condenação que já pesava sobre elas. Ele deixava claro que, por se alinharem e participarem da obra do fazedor de desejos, elas haviam cometido um crime espiritual e estavam sob sentença. Não bastava apenas deixarem de agir conforme aquela influência, pois ainda precisavam ser libertas dessa situação e também absolvidas dessa condenação.


As pessoas, então, perguntavam: “Mas como nós podemos ser absolvidos se já estamos condenados? Se a sentença do juiz já está contra nós?”


E aqueles que acreditavam no Guia da Verdade diziam: “Como podemos ser livres se a sentença está lançada contra nós?”


O Guia da Verdade respondia: “Existe um amigo que pode cumprir a sentença por vocês. Ele já cumpriu essa sentença, e esse cumprimento pode dar a vocês a liberdade que precisam. Vocês podem usar esse cumprimento de sentença que esse amigo colocou à disposição, mesmo que ele não tenha cometido nenhum crime.”


As pessoas, então, perguntavam: “Quem é esse amigo? Quem é essa pessoa que sabia que estávamos condenados e que pagou a nossa sentença? Queremos conhecer esse nome e usar essa graça que ele oferece.”


O Guia da Verdade respondia: “O nome dele é Jesus Cristo.”


O Guia da Verdade então dizia: “É necessário que vocês se apoderem da sentença já cumprida por esse amigo e a usem em favor de vocês. Mas é essencial abandonar a velha maneira de viver, pois, se continuarem em uma conduta ilícita, vivendo à margem da lei do Juiz, a sentença que receberam será profanada e perderá o seu valor. Ela foi paga com justiça e verdade, e não pode ser usada por aqueles que persistem em crimes e transgressões. A graça está à disposição, mas requer arrependimento e abandono da velha vida.”

Alguns dos que eram orientados pelo Guia da Verdade ainda carregavam dentro de si o sentimento alimentado durante tanto tempo: o apego às suas próprias vontades. Então, com sinceridade, perguntavam ao Guia da Verdade:


— Mas como podemos viver sem realizar as nossas vontades? É muito difícil...


O Guia da Verdade, com paciência e firmeza, lhes respondia:


— É necessário que vocês compreendam uma coisa essencial: a vontade de vocês não é boa. Ela não trará benefício algum. Pelo contrário, manterá vocês acorrentados e sujeitos às consequências malignas que essa vontade trará sobre suas vidas. É uma vontade em desacordo com as leis do Juiz. Ela é criminosa, perversa e rebelde. Por isso, é preciso que vocês morram para essa vontade. É necessário um rompimento com ela.


Então, com inquietação, eles perguntavam:


— Mas qual é a vontade que devemos querer, se não podemos mais querer as nossas próprias vontades?


E o Guia da Verdade dizia:


— Há uma vontade que é superior a todas. Uma vontade que fará bem a vocês, um bem profundo e eterno. Essa vontade é a do mesmo que pagou a sentença de condenação em favor de vocês. Aquele que ofereceu libertação, mesmo sendo justo e sem culpa, colocou à disposição de vocês a vida. A vontade Dele é sábia, é perfeita, é boa, é agradável. E é essa vontade que vocês devem desejar e permitir que viva em vocês.


E o Guia da Verdade concluiu:


— Guardem bem esta palavra: “A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.” (Romanos 12:2)

 Estes, então, que agora estavam sendo guiados pelo Guia da Verdade — e não mais pelo Fazedor de Vontades — disseram com convicção:


— Queremos! Queremos esta vontade! Como podemos conhecê-la e caminhar na direção dela?


O Guia da Verdade, então, com alegria e solenidade, lhes apresentou o livro:


— Aqui está o livro. Este livro contém todas as orientações daquele que entregou a vocês a sua sentença cumprida. Cada palavra nele foi dada por Ele mesmo, para que vocês saibam como devem viver. Este é o caminho.


Ele continuou:


— Vocês devem meditar nele diariamente. Devem cumpri-lo com zelo, custe o que custar. Nunca mais vivam segundo a vontade de vocês, mas estejam sempre guiados por esta vontade revelada aqui. E eu estarei com vocês, ao lado de cada um, orientando e ajudando nessa caminhada. Não estarão sozinhos.


Aqueles que receberam o Livro e se determinaram a viver conforme tudo o que nele está escrito, foram convidados pelo Guia da Verdade a oficializar essa decisão. Era um ato solene, o mais precioso de todos, pois não era apenas uma escolha em meio às decisões da vida, mas uma determinação que estava registrada no Livro Oficial da Vida, um registro que transcendia todas as dimensões da existência.


O Guia da Verdade disse a eles:


— Esta decisão não é comum. Ela é eterna. E como tudo que é eterno deve ser reconhecido de forma solene, existe um ato que sela essa escolha diante do céu, da terra e de todo o reino espiritual.


Então, o Guia da Verdade os conduzia a esse ato. Eles desciam às águas, e quando voltavam a emergir, estavam declarando que haviam morrido para sua antiga vida e agora viviam uma nova vida, conforme a vontade daquele que havia cumprido a sentença por eles.


O Guia da Verdade, aquele que os guiava no novo caminho, era quem os impulsionava a realizar esse ato. Era ele quem levava cada um à decisão firme e ao cumprimento do que estava determinado no Livro.


Eles perguntavam ao Guia da Verdade:


— Mas qual é o nome deste ato? Que nome tem este gesto que sela a nossa decisão?


E o Guia da Verdade respondia:


— Este é o Batismo do Arrependimento.


E o Guia da Verdade disse:


— Guardem esta palavra!


Então, ele abriu o Livro e leu diante deles:


"Ide por todo o mundo, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado. E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." (Mateus 28:19-20)


Estas palavras tinham autoridade qualitativa — eram o fundamento daquele ato solene que eles haviam acabado de praticar. Elas selavam com valor eterno a decisão tomada por cada um.


Não era apenas um mandamento, era uma missão, um chamado para todos os que haviam se apoderado da sentença de libertação. E o Guia da Verdade os exortava a levarem adiante esse ensinamento, conduzindo outros ao mesmo arrependimento, à mesma entrega, à mesma vida.


E o Guia da Verdade os advertiu:


— Olhem, cuidado! Vigiem! Porque o Fazedor de Vontades ainda está solto. Ainda não chegou a hora da sua prisão. Ele está ao derredor de vocês, sempre à espreita, tentando atraí-los de volta à velha maneira de viver, levando vocês a fazerem as suas próprias vontades, a duvidarem da verdade, a se afastarem do caminho.


Ele é astuto, mentiroso desde o princípio, e sabe como disfarçar o mal com aparência de bem. Por isso, guardem esta palavra:


"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Resistir e firme na fé..."

(1 Pedro 5:8-9a)

Mas o Guia da Verdade sabia que muitos daqueles que haviam tomado aquela decisão solene iriam voltar atrás. Outros iriam viver de forma relaxada, negligente, sem zelo, sem vigilância, e estes seriam novamente enlaçados pelo Fazedor de Vontades. Porém, poucos permaneceriam fiéis, determinados, vigiando e crescendo continuamente na direção do Caminho Verdadeiro, firmados na Palavra e orientados pelo Guia da Verdade.


Conclusão


Diante de tudo isso, só existem duas alternativas.


Qual vida você vai viver?

A vida na orientação do Fazedor de Vontades ou do Guia da Verdade?

 

Há duas opções: seguir o orgulho de Satanás, que quis impor sua vontade acima da de Deus; ou a humildade de Jesus Cristo, que como homem, se submeteu à vontade do Pai.

 

A primeira mantém a natureza original.

A segunda cria uma nova natureza.


A primeira atende à carne, aos desejos da natureza caída.

A segunda atende ao espírito e crucifica a carne, obedecendo à nova natureza — a natureza de Deus.


A primeira está, assim como o Fazedor de Vontades, condenada à sentença eterna.

A segunda está destinada à vida eterna, conforme a promessa do Autor da Verdade.


Portanto, faça a escolha certa. Viva para conhecer e fazer a vontade de Deus.



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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Botox, Harmonização Facial e Outros Procedimentos: Riscos e Uma Reflexão Necessária


Botox, Harmonização Facial e Outros Procedimentos: Riscos e Uma Reflexão Necessária



Introdução


Vivemos em uma era em que o espelho, muitas vezes, se transforma em juiz. O culto à juventude, impulsionado por redes sociais, mídia e padrões estéticos globais, levou milhões de pessoas a buscar procedimentos para rejuvenescer o rosto. Botox, preenchimentos, harmonizações faciais e lifting cirúrgico tornaram-se comuns até entre jovens adultos. Mas o que está por trás dessa busca incessante pela aparência ideal?



Parte 1. O Olhar Científico e Médico


1.1 Botox e Preenchimentos: O que são?


Toxina botulínica (Botox): é uma substância que paralisa temporariamente os músculos, suavizando rugas dinâmicas, especialmente na testa e ao redor dos olhos.


Preenchimentos faciais (ácido hialurônico, entre outros): usados para restaurar volume perdido, como nas bochechas ou lábios, ou redefinir contornos faciais.



1.2. Harmonização Facial: Técnica ou tendência?

A harmonização combina múltiplos procedimentos minimamente invasivos para atingir simetria e proporção facial. Envolve, muitas vezes, preenchimentos, botox, bioestimuladores de colágeno e fios de sustentação.


1.3. Cirurgias Plásticas Faciais

Lifting facial, blefaroplastia (cirurgia das pálpebras) e rinoplastia são cirurgias que prometem rejuvenescer a aparência de forma mais permanente, mas com maiores riscos e tempo de recuperação.


1.4. Riscos e Complicações


Hematomas, infecções, reações alérgicas e assimetrias.


Dependência estética: a repetição contínua desses procedimentos pode levar à distorção da autoimagem.


Casos extremos incluem necroses e até cegueira, em procedimentos mal realizados.


1.5. Dados Estatísticos


De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é o segundo país no mundo em número de procedimentos estéticos, atrás apenas dos EUA.


Entre 2017 e 2023, houve um aumento de mais de 50% na procura por procedimentos faciais não cirúrgicos no público entre 18 e 35 anos.


Parte 2: Aspectos Psicológicos e Culturais


2.1- Autoestima e Pressão Social

Estudos mostram que, embora muitos relatem aumento temporário da autoestima após procedimentos estéticos, isso não resolve questões mais profundas de identidade e aceitação.


2.2- Transtorno Dismórfico Corporal (TDC)

Um transtorno psicológico em que a pessoa tem uma preocupação obsessiva com defeitos imaginários ou mínimos em sua aparência. Muitos que buscam repetidamente procedimentos estéticos podem estar sofrendo desse transtorno.


2.3. A cultura da perfeição nas redes sociais

Filtros, selfies e comparações constantes alimentam uma visão distorcida da beleza. O rosto “ideal” do Instagram se torna o modelo a ser alcançado — muitas vezes artificialmente.



Parte 3: Tratamentos para Viver Mais?


Embora alguns procedimentos estéticos possam contribuir para o bem-estar emocional e social, não há evidências de que eles aumentem a longevidade. Envelhecer com saúde envolve alimentação equilibrada, atividade física, sono de qualidade e paz interior — o que passa por uma vida emocional e espiritual equilibrada.

3.1- O Preço Invisível da Juventude — Quando o Rosto Paga a Conta


Por trás dos rostos perfeitamente esculpidos nos filtros de redes sociais, existe uma realidade muitas vezes silenciada: a dor, os traumas e até a morte causados por procedimentos estéticos. Embora a maioria dessas intervenções prometa resultados rápidos e minimamente invasivos, as complicações podem ser graves — e às vezes irreversíveis.


3.2- Morte por Vaidade: Casos Reais


Casos documentados ao redor do mundo mostram que, embora raros, os riscos não são desprezíveis:


A injeção acidental de preenchimentos faciais em artérias pode causar cegueira irreversível, AVCs e até morte cerebral.


Um estudo publicado no Aesthetic Surgery Journal relatou mais de 100 casos de perda de visão, sendo 16 com cegueira bilateral permanente, causadas por aplicações faciais em áreas de risco.


Em outros casos, substâncias como PMMA ou ácido hialurônico entraram na corrente sanguínea e causaram embolia pulmonar, levando à morte.



No Brasil, casos como o da bancária Liliane Amorim (26 anos), que morreu após uma lipoescultura, ou de pacientes que buscaram harmonizações com profissionais não habilitados e morreram por infecção generalizada ou choque anafilático, escancaram a realidade negligenciada.


Deformações Permanentes e Arrependimento


Em casos menos extremos, há quem saia do consultório estético com o rosto definitivamente deformado:


Assimetrias, inchaços permanentes, rigidez muscular, perda de expressão natural e colapsos de tecidos são apenas alguns dos danos relatados.


Há também o efeito cumulativo: o uso repetido de botox e preenchimentos, sem pausas adequadas, pode levar a um rosto artificial, inchado, plastificado — distante da juventude natural que se desejava recuperar.



3.3- Conflitos Psicológicos e Sociais


Além das consequências físicas, muitos enfrentam um conflito interno:


A chamada “dismorfia corporal” — distorção da autoimagem — é cada vez mais associada ao uso excessivo de filtros e comparações em redes sociais.


O sentimento de arrependimento, vergonha ou culpa após procedimentos malsucedidos gera ansiedade, depressão e, em alguns casos, isolamento social.



Muitos entram nesse ciclo buscando autoafirmação, mas acabam saindo com feridas mais profundas do que as marcas do tempo: feridas emocionais e existenciais.



Parte 3: As Raízes Psicológicas da Obsessão pela Juventude e Aparência


A busca incessante por uma aparência jovem e “perfeita” é resultado de múltiplas causas interligadas, que atuam em níveis profundos da mente e da sociedade:


1. Fragilidade da Autoimagem e do Valor Pessoal


Muitas pessoas baseiam sua autoestima na aparência externa. O envelhecimento, nesse contexto, é percebido como perda de valor, poder, amor e visibilidade social. O rosto, sendo a parte mais exposta, torna-se o campo de batalha contra o tempo.


2. Pressão Cultural e Padrões Inalcançáveis


A sociedade ocidental supervaloriza juventude, beleza e produtividade. Envelhecer é quase uma ofensa aos padrões modernos de sucesso. Quem não se adapta, se sente excluído ou invisível. Isso gera ansiedade social, depressão e um sentimento de urgência estética.


3. Redes Sociais e Narcisismo Digital


A cultura do “selfie”, dos filtros e dos algoritmos que premiam rostos simétricos, lisos e jovens alimenta um ciclo de comparação constante. A imagem se torna identidade. O "eu digital" pressiona o "eu real" a se submeter a intervenções para manter o padrão.


4. Medo da Morte e Desejo de Controle


Há também uma ânsia existencial por controle sobre o corpo e o tempo. Procedimentos estéticos oferecem uma falsa sensação de domínio sobre o envelhecimento e, por extensão, sobre a morte. A vaidade, nesse caso, mascara uma angústia espiritual não resolvida.


5. Sistema Global de Consumo e Manipulação


A indústria da beleza, do rejuvenescimento e da longevidade lucra com a insegurança humana. Ela cria o problema (insatisfação com a aparência) e vende a solução (procedimentos). O indivíduo, desprovido de reflexão crítica, torna-se vítima e cúmplice do sistema.




Parte 4Questão Espiritual da Vaidade e da Busca Pela Juventude e Longevidade


1. A Verdade de Deus e o Corpo Humano


A Palavra de Deus nos revela que o corpo humano é criação de Deus e foi feito para glorificá-Lo:


> “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.”

(1 Coríntios 6:20)


Deus nos criou com um corpo sujeito ao tempo, à decadência, à morte. Isso não é maldição, mas consequência do pecado original (Gênesis 3:19). Porém, o cristão não teme o envelhecimento, porque espera a redenção final — um corpo glorificado (Filipenses 3:21).


A tentativa de anular os sinais da velhice, de manipular a aparência para buscar aceitação ou prazer pessoal, pode se tornar rebelião contra a vontade de Deus e idolatria do próprio eu.


2. A Influência das Forças Espirituais


Essa obsessão coletiva não é apenas uma questão social ou cultural: tem raiz espiritual.


> “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo.”

(2 Coríntios 4:4)


Satanás opera através dos valores do mundo, promovendo a vaidade, a idolatria do corpo, a busca por glória humana e a negação da morte — para afastar o homem da dependência de Deus.


A cultura da beleza eterna, da juventude forçada, e da longevidade a qualquer custo é uma tentação moderna que oferece o que só Cristo pode dar: vida verdadeira e eterna. 


3. A Consequência Espiritual: Perigo para a Alma


Quem vive em função da imagem, da aparência, da aceitação social, coloca seu coração nas coisas terrenas:


> “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”

(1 João 2:15-16)


Essa busca desenfreada revela um coração vazio da verdade e distante da cruz. É um sintoma de desconhecimento de Deus, da falta de temor ao Senhor e de ausência do Espírito Santo.


Vivemos numa cultura de idolatria à beleza, à juventude e à perfeição estética. Quem não se enquadra nesse padrão — seja por idade, aparência ou limitações físicas — é frequentemente desprezado e colocado à margem. Não há lugar para o velho, para o imperfeito, para quem está fora desse padrão. Essa realidade pressiona muitos a se moldarem ao mundo para serem aceitos.


Mas o cristão é chamado a uma postura contrária. A Bíblia diz:


> E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

(Romanos 12:2


4. A Posição do Cristão: Submissão à Verdade e Simplicidade


O cristão verdadeiro não vive pelas aparências, mas pela fé. Ele não precisa parecer jovem para se sentir aceito, pois sua identidade está em Cristo. Ele não teme o tempo, pois sua esperança é eterna.


> “O homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.”

(1 Samuel 16:7)


> “Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.”

(2 Coríntios 4:16)


A vida do cristão deve refletir a modéstia, a sobriedade e a confiança no propósito eterno de Deus. Procedimentos extremos, vaidade exagerada e obsessão com o corpo revelam uma alma presa ao presente século, que ainda não entendeu o valor da cruz.


A beleza que Deus deseja não está no rosto nem na juventude preservada artificialmente, mas no coração transformado pelo Espírito:


> “O enfeite delas não seja o exterior... mas o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.”

(1 Pedro 3:3-4)


A busca do cristão não é por prolongar a juventude, mas por viver em santidade, aguardando a glória futura.


5. O que está por trás dessa febre do culto ao corpo, aparência e juventude. 


Na verdade, no fundo, essa busca por procedimentos que afastam a velhice e a naturalidade da vida revela uma tentativa de esconder da mente do homem a realidade da morte. A estrutura do mundo, influenciada pelo mal, trabalha para que o homem não pense na morte, porque o pensamento da morte leva à reflexão sobre o Criador, o juízo e a eternidade — e isso pode levá-lo ao arrependimento.


> Melhor é ir à casa onde há luto do que à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.

(Eclesiastes 7:2)


Por isso, o sistema oferece tudo para distraí-lo, para que ele fuja dessa verdade. Mas a morte está nas mãos de Deus, e nenhum procedimento pode mudar o dia determinado por Ele. É essa verdade que o mundo tenta esconder, porque ela confronta o homem com seu destino eterno.


6. O outro caminho que a Bíblia aponta


Diante dessa cultura que exalta a aparência e a juventude, a Palavra de Deus apresenta um caminho totalmente oposto. O ser humano precisa refletir, conhecer a Deus e a Sua vontade, para que não seja conduzido pelos valores do mundo. Quem domina este mundo é o diabo, e toda a estrutura presente nele visa afastar o homem de Deus e da verdade.


O homem deve viver separado do mundo, buscando o conhecimento de Deus. Esse conhecimento o liberta e o conduz à esperança da vida eterna. A Bíblia ensina que o nosso foco deve estar na eternidade, e que a única coisa a que devemos nos apegar neste mundo é ao serviço a Deus — à Sua obra — para que vidas sejam alcançadas e salvas. Esse é o verdadeiro propósito que deve prender o ser humano à existência presente.


Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.

Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne.

(Filipenses 1:23-24)



Conclusão e Apelo


Diante de tudo isso, é importante entender que o mais valioso neste mundo não é a aparência, nem a juventude, nem os padrões impostos pela sociedade, mas sim o conhecimento da verdade que salva. A mensagem mais importante é a do evangelho: Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados, e somente por meio dEle podemos ser reconciliados com Deus.


O pecado nos separa de Deus, e enquanto estivermos vivendo em rebeldia, não conseguiremos compreender o propósito da vida nem discernir a realidade espiritual ao nosso redor. Mas quando nos voltamos para Deus com sinceridade e fidelidade, a nossa mente se abre, passamos a enxergar como o mundo realmente funciona, como o diabo tem enganado as pessoas, e descobrimos o caminho certo de viver.


Essa verdade nos revela o céu e o inferno como realidades eternas, e nos conduz a um comportamento completamente distinto do mundo. Por isso, você precisa tomar uma decisão: receber Jesus Cristo como o único e suficiente Senhor e Salvador da sua vida, e viver não para agradar a si mesmo ou aos outros, mas para conhecer a Deus e fazer a Sua vontade. 

"O diabo já sabe que foi derrotado e que o juízo de Deus está selado contra ele. Sua intenção agora é apenas causar o maior estrago possível, enganando, destruindo e desviando o maior número de vidas. É como um homem condenado à morte que sabe que vai morrer, mas tenta adiar esse dia ao máximo. Ele luta contra o inevitável, tentando resistir ao juízo que virá, ainda que em vão."

Assim também são muitos homens: vivem tentando escapar da verdade, evitando encarar a realidade eterna. Buscam recursos para prolongar sua vida terrena — investem em procedimentos estéticos, cirurgias, exercícios físicos, dietas, tratamentos, e tudo o que possa dar a sensação de controle e saúde. Procuram a beleza do corpo, o vigor da juventude, como se isso pudesse afastar o juízo de Deus.


Mas tudo isso é vaidade. É uma tentativa inútil de adiar o inevitável: o encontro com a infinita realidade, onde cada um prestará contas  do Senhor. Fugir da verdade não muda a verdade. Só há um caminho de salvação: arrependimento e seguir à Jesus Cristo.

Na verdade, aquele que tem um destino eterno com Deus não teme esse dia — pelo contrário, ele anseia por estar com o Senhor. Ele ama a vinda do Senhor e vive com essa esperança viva. Já os que vivem sem Deus, quanto mais se aproxima o dia da morte, mais desespero sentem. Tentam adiar ao máximo o que não podem evitar, sem saber que o dia da prestação de contas já está marcado, e ninguém pode fugir dele."


Essa é a única vida que realmente vale a pena ser vivida — aquela que aponta para a eternidade com Deus.


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Orgulho contra Consciência: Quem vencerá?

 



Orgulho contra Consciência: Quem vencerá?


Havia uma vila chamada Acertos, onde todos se esforçavam para parecer justos. Não porque amavam a verdade, mas porque queriam ser vistos como corretos. O orgulho de ser bem-visto era mais forte do que o desejo de ser verdadeiro.


Nessa vila vivia um homem chamado Lúcio. Desde moço, Lúcio era conhecido por sua inteligência e habilidade com as palavras. Ele sabia o que dizer, como dizer e para quem dizer. Mas suas palavras raramente batiam com seus pensamentos.


Lúcio dizia "conte comigo", quando no coração pensava "que se vire". Dizia "fico feliz por você", enquanto secretamente morria de inveja. Falava sobre honestidade em público, mas manipulava os números de seus negócios em segredo.


Ele também mentia em sua declaração de bens, escondia patrimônio para não ser taxado justamente. E na sua vida sexual guardava segredos ainda mais obscuros: práticava pornografia e gastava o seu dinheiro com garotas de programas, atividades que escondia com zelo, mantendo uma fachada moralista enquanto vivia em duplicidade.


Com o tempo, Lúcio prosperou. Sua imagem era respeitada. Conselhos vinham a ele, pedidos de ajuda, elogios — tudo por causa da mentira disfarçada de virtude.


Mas a mentira não conhece limites. E o que começou como estratégia virou hábito. E o hábito, natureza. Lúcio começou a acreditar nas mentiras que dizia. E pior: começou a desconfiar das verdades que os outros falavam.


Um dia, um forasteiro chegou à vila com um negócio promissor. Falava com clareza e simplicidade, oferecia parceria sem rodeios. Lúcio, por estar tão acostumado com a dissimulação, achou que aquilo era armadilha. Pensou: "ninguém fala a verdade assim. Ele deve estar querendo me passar pra trás."


Movido por sua desconfiança, Lúcio armou um plano para proteger seus bens. Fez parecer que confiava no forasteiro, mas preparou um contrato oculto que transferia tudo para o seu nome. Só que o forasteiro, que de fato era honesto, percebeu o movimento e desistiu da sociedade.


Mas não parou por aí. Com a desistência, começou a circular na vila a verdadeira razão do rompimento. Línguas se soltaram. Pessoas começaram a revisitar antigas palavras de Lúcio que não batiam com os fatos. Um contador, que antes fora demitido em silêncio, decidiu revelar os números manipulados. Um antigo relacionamento veio à tona e expôs detalhes íntimos que Lúcio escondia. E finalmente, descobriram as irregularidades em sua declaração de bens.


Foi como se a máscara caísse de uma vez. A imagem de homem íntegro desmoronou. E então todos viram que o maior enganado havia sido o próprio Lúcio.


Pois a mentira que ele lançou contra os outros foi a mesma que ele usou para esconder de si mesmo a verdade.

Lúcio não olhava para dentro de si. Recusava-se a encarar sua própria alma, porque sabia — ainda que inconscientemente — que havia ali coisas que ele não queria ver. O que desejava enxergar a seu respeito era algo que o exaltasse, algo que o colocasse acima dos outros. Seu orgulho o impedia de aceitar a verdade.


Por isso, fixava seus olhos na feiura dos outros. Quando não encontrava algo suficientemente condenável, criava. Aumentava falhas, sugeria intenções maliciosas, interpretava o bem como vaidade e zombava de qualquer fragilidade. Criticar os outros o fazia sentir-se superior. Reconhecer o bem neles era, para ele, um rebaixamento.


Contudo, havia um tipo de pessoa que Lúcio considerava grande: os que alcançavam fama, poder, riquezas e status. Para ele, essas eram as verdadeiras medidas do sucesso. O caráter pouco importava — o que importava era o prestígio.


Isso ficava ainda mais claro em seus desejos para os próprios filhos. Lúcio queria que seus filhos e filhas se casassem com pessoas que pudessem lhes trazer status, influência e reconhecimento social. Não buscava, para eles, companheiros de caráter, de valores, ou de coração puro. Seu critério era o poder e a aparência. Isso revelava a sua pobreza interior e o profundo desvio de valores que habitava dentro dele.


A verdade, para Lúcio, era moldada pela conveniência. E o que ele chamava de sabedoria não passava de astúcia orgulhosa, nascida de um coração vazio.


Lúcio também não recebia críticas. Para ele, qualquer repreensão era uma agressão direta ao seu ego. Quando alguém ousava confrontá-lo ou apontar algo errado, ele imediatamente se justificava, tentando proteger sua imagem. Mas não parava por aí. Como retaliação, voltava-se contra aquele que o criticava, vasculhando falhas, distorcendo palavras, levantando suspeitas. Suas críticas não vinham de um desejo sincero de corrigir ou orientar, mas de uma necessidade de se vingar e rebaixar o outro, apenas para restaurar sua própria exaltação ferida.


A vida de Lúcio era voltada para alimentar e exaltar o seu próprio ego. Cada escolha, cada relação, cada decisão era orientada por esse impulso: buscar honra e glória para si. Ele não vivia para servir, nem para amar — mas para ser visto, aplaudido e reconhecido. Tudo o que fazia tinha como pano de fundo a construção de uma imagem que o colocasse acima dos demais.


Lúcio tinha uma necessidade constante de ser considerado uma boa pessoa. Isso fazia parte da imagem que ele cultivava diante dos outros. Ele se empenhava em proteger sua família, orientar, prover — atitudes que, embora tivessem aparência de virtude, serviam principalmente para alimentar a imagem de alguém nobre, justo e admirável.


Mas Lúcio não buscava essa imagem apenas para os outros. Ele também precisava acreditar nela. Desejava ver a si mesmo como alguém bom, alguém digno de honra. Essa convicção pessoal era tão importante quanto a opinião alheia, pois reforçava internamente o sentimento de superioridade que sustentava seu ego. Ser “bom” — aos seus próprios olhos — era parte do trono invisível em que se assentava. Não por amor à virtude, mas porque isso o fazia se sentir grande.

Por isso, Lúcio cuidava de sua família com zelo, ajudava alguns ao seu redor, protegia e orientava — mas não para ser visto como bom pelos outros. Na verdade, esse comportamento era parte de uma construção mental que alimentava a ilusão que ele fazia de si mesmo. Lúcio precisava acreditar que era uma boa pessoa. E quanto mais ele fazia isso em silêncio, sem alardear, mais essa imagem interior ganhava força, como se ele olhasse para um espelho fabricado por ele mesmo, no qual aparecia como um homem justo, generoso e íntegro. Essa imagem interna lhe servia como um alívio, um contraponto que diminuía o peso dos erros que ele cometia e escondia. 

Era como se essas ações positivas fossem suficientes para abafar a consciência do mal que praticava. E esse mal não era simplesmente ignorado — ele era deliberadamente abafado pela recusa de Lúcio em observá-lo, avaliá-lo ou identificá-lo com clareza. Lúcio fechava seus olhos e ouvidos à verdade, evitando qualquer confronto real com a própria maldade. Fazia isso para que suas trevas não fossem dissipadas pela luz, pois, se a luz viesse, ele mesmo e todos ao seu redor veriam aquilo que ele se esforçava tanto para esconder: a realidade de quem ele verdadeiramente era.

Lúcio escondia a sua real condição tanto dos outros quanto de si mesmo, mantendo uma aparência construída e evitando qualquer confronto com a verdade que pudesse expor sua essência.


A mãe de Lúcio

Lúcio tinha uma mãe, uma senhora crente, marcada por uma vida de oração e temor a Deus. Era uma mulher que frequentava a igreja com constância, orava com os irmãos e se dedicava ativamente ao serviço do Senhor. Ao longo dos anos, foi adquirindo sabedoria através do conhecimento da Palavra de Deus, tornando-se referência entre os que a conheciam. Diferente de Lúcio, ela buscava a crítica para si mesma com alegria, pois via nela uma oportunidade de crescimento. Quando alguém lhe trazia um ensinamento ou uma correção, sentia-se feliz, como está escrito: “Repreende o sábio, e ele te amará”. Essa disposição em amar a verdade moldou sua vida e fez dela uma mulher amável no falar, firme na fé e dotada de profunda sabedoria. Tinha aversão ao pecado e à idolatria, e não se calava diante do erro.

Ela era uma mulher dura contra o pecado, tanto em relação à sua própria vida quanto à vida dos outros, porque sabia que o pecado separa o homem de Deus e conduz à condenação eterna. Ela conhecia a realidade do inferno e, por isso, tinha profundo amor pelas almas perdidas. Esse amor a movia a pregar incessantemente a Palavra de Deus, com firmeza e compaixão, sempre desejando que todos se arrependessem e fossem salvos.

Jamais aceitava exaltação. Jamais se vangloriava de algo, pois tinha a convicção de que nada era, e de que tudo deveria ser para a glória de Deus. Por isso, rejeitava firmemente qualquer tentativa de exaltar sua pessoa. Sempre que podia, contava sobre seu passado, da vida idólatra que levava antes de conhecer a verdade, e como Jesus a salvou e a libertou. Dizia que sua vida verdadeira começou no dia em que morreu para a idolatria e para o orgulho, quando foi batizada nas águas, enterrando ali a velha mulher. Isso já se fazia há mais de quarenta anos.

 Sua mãe orava há anos por seu filho Lúcio, e seu coração sofria, pois o seu maior desejo era vê-lo na igreja, louvando a Deus, pregando a Palavra e estudando as Escrituras com sinceridade. Ela ansiava por vê-lo vivendo uma vida agradável diante de Deus.


A história de Lúcio pode terminar de duas formas. São dois caminhos possíveis, dois finais que revelam as escolhas que todo ser humano pode fazer diante da verdade revelada por Deus. Um caminho é o da rejeição e do endurecimento. O outro é o da humildade e da conversão. O leitor pode refletir sobre qual desses caminhos representa a verdadeira saída diante da revelação da própria condição. Aqui estão os dois finais:


Final 1 – O Caminho da Rejeição


O tempo passou e, em determinado momento, a verdade sobre Lúcio veio à tona. Uma série de acontecimentos expôs sua real condição, suas práticas ocultas e as máscaras que ele sustentava com tanto zelo. Pessoas que o admiravam se afastaram, e até os que se beneficiaram com suas boas ações ficaram em silêncio. Sua imagem foi arruinada.


Mas, em vez de reconhecer sua condição e buscar arrependimento, Lúcio mergulhou ainda mais em si mesmo. Ele rejeitou qualquer correção e endureceu o coração. Começou a frequentar lugares ainda mais sombrios, entregando-se completamente às práticas que antes escondia. A verdade o libertaria, mas ele a recusou. Sua consciência foi cauterizada, e a voz que o chamava ao arrependimento foi abafada por suas próprias escolhas.


Lúcio se perdeu. Não apenas dos outros, mas de si mesmo e, principalmente, de Deus. E Dona Esther, ao perceber isso, chorava em oração, sem cessar, lamentando a cegueira espiritual de seu filho. Ela sabia que a única esperança era um verdadeiro milagre da parte de Deus. E assim continuou intercedendo, mesmo sem ver frutos visíveis de arrependimento.


Final 2 – O Caminho da Salvação


Mas há outro desfecho possível para essa história. Quando a verdade sobre Lúcio finalmente veio à tona, ele ficou devastado. Sua imagem, construída por anos com tanto cuidado, foi destruída diante dos olhos de todos. Pela primeira vez, ele se viu nu de todas as suas ilusões. E isso o abalou profundamente.


Lúcio entrou em um processo silencioso de reflexão. As palavras de sua mãe, que antes pareciam duras, agora ecoavam como vozes de misericórdia. Ele se lembrou de sua infância, das orações que ouvia em casa, das verdades bíblicas que sua mãe lhe ensinava com tanto amor. E ali, em meio às ruínas de seu orgulho, ele começou a clamar a Deus.


Buscou ajuda. Passou a ler a Bíblia. Foi à igreja. Pediu perdão. Chorou. Jejuou. E, aos poucos, foi se transformando. Deus começou a operar nele aquilo que o homem não pode produzir por si mesmo. Lúcio foi regenerado. Sua mente foi renovada. Sua vida foi restaurada.


Dona Esther, ao ver o filho convertido, chorou novamente. Mas dessa vez, não de tristeza, mas de alegria. Ela viu seu filho louvando a Deus, pregando a Palavra, vivendo uma vida de santidade, como sempre sonhou. A mulher que orava há mais de 40 anos agora glorificava a Deus por sua fidelidade. O filho que estava perdido havia sido achado. O cego agora via. E Deus foi glorificado.


"Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus... porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus"

(Deuteronômio 11:26-28)


Assim também é a história de Lúcio. Dois caminhos, dois finais. A escolha entre a bênção da vida com Deus ou a maldição de uma existência distante Dele. Que cada leitor reflita: diante da verdade revelada, qual caminho você escolherá ?

Dois caminhos. Dois finais.

A escolha que você faz para o final dessa história revela a escolha que você precisa fazer para a sua própria vida.

Qual será a sua?



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domingo, 18 de maio de 2025

O Status do Reino que Alterou a Figura do Rei: O Mordomo Atrevido.


 

O Status  do Reino que Alterou a Figura do Rei: O Mordomo Atrevido. 



Havia um grande rei, justo e misericordioso, que governava um reino vasto e cheio de glória. Entre todos os seus servos, havia um homem de confiança, a quem o rei amava e em quem depositava grande responsabilidade. Este servo era como a mão direita do rei: planejava suas jornadas, organizava suas festas, executava suas ordens e coordenava toda a casa real. Ele tinha livre acesso ao trono e andava nos pátios mais internos do palácio, onde poucos podiam pisar.


O rei o considerava com prazer, pois ele servia com excelência. Contudo, com o passar do tempo, o coração do servo começou a se exaltar. Ele pensava: “Sou especial ao rei. Ele me ama como a nenhum outro. Mesmo que eu não siga todas as ordens à risca, ele me perdoará. Mesmo que eu tome decisões por mim mesmo, o rei entenderá. Afinal, sou único para ele.” 


E assim, começou a relaxar no zelo e na obediência. Agia de forma independente em certas ordens, deixava de corrigir erros na administração, e tratava os outros servos com altivez. Os demais, ao verem isso, passaram a imitá-lo. E logo, muitos servos começaram a achar que, por estarem próximos ao rei, poderiam agir de maneira leviana. “O rei é bom”, diziam, “ele não vai nos castigar. Somos seus escolhidos. Ele perdoará qualquer falha nossa.”

O sentimento de pertencimento ao Reino se tornou tão intenso, e sua confiança no status tão cega, que ele passou a pensar que, mesmo se errasse, não seria nada grave — afinal, era próximo do Rei. Já não via necessidade de meditar nas Suas leis, e tamanha familiaridade o fez perder a reverência, como se pudesse, por um momento, tocar no trono.


E essa maneira de pensar se espalhava como fermento por toda a casa real.


Mas o rei, que tudo via e tudo observava, ainda que calado, sondava os corações. Ele sabia que aquilo que começara com um só servo, agora contaminava toda a sua casa.


Quanto aos que estavam fora do palácio — os que não faziam parte da casa real, que não eram servos do rei, nem convidados às suas festas — estes eram vistos de forma diferente pelos que estavam dentro. Os servos do palácio julgavam que os de fora não podiam errar. “Eles não têm o amor do rei”, diziam. “Eles não são íntimos do rei. Se desobedecerem, serão condenados.” E de fato, quando os de fora cometiam algum erro, eram severamente punidos. Eram açoitados, lançados à prisão, desprezados, pois, não sendo considerados próximos ao rei, não tinham espaço para falhar.


Certo dia, o rei chamou o servo principal à sua presença e lhe disse:

Mas o rei, que tudo via e tudo observava, ainda que calado, sondava os corações. Ele sabia que aquilo que começara com um só servo se espalhava por toda a sua casa. Sua longanimidade era grande, e sua misericórdia, conhecida de todos, mas o coração do rei se entristecia ao ver que sua benevolência era tratada como desculpa para a infidelidade.


A paciência do rei se esgotava. O cálice da sua ira começava a se encher. Pois os que se diziam seus aliados o desconsideravam quando faziam o que lhes aprazia. Desprezavam sua palavra, mesmo tendo recebido tanto. Não eram fiéis às suas determinações, ainda que conhecessem sua vontade.


E chegou o grande dia.


O rei chamou seus servos fiéis e disse:


— A justiça será feita.


Então, todos os que do povo foram negligentes com a vontade do rei, que viviam infringindo as regras do reino, foram lançados na prisão.


Mas também foram chamados à presença do rei todos os que faziam parte do palácio — inclusive o mordomo e os demais que o seguiram em seu desvio. Eles foram reunidos no grande salão, e diante de todos, o rei falou ao mordomo:


— Porventura, porque te dei livre acesso ao trono, pensaste que podias ser maior que minha palavra? Porque te honrei com responsabilidades, julgaste que eu desprezaria a justiça? Não te dei posição para que me servisses com mais fidelidade? Não te dei autoridade para que temesses ainda mais o meu nome? Não te confiei os bens do reino para que os usasses a favor do meu governo?


E o rei continuou:


— Achastes que minha justiça seria apenas para os infiéis do povo? Pensastes que porque cantáveis louvores ao meu nome e fazíeis festas em minha homenagem, eu me alegrava em vossa hipocrisia? Quando vos reuníeis, quando faláveis da grandeza do meu nome ao povo, quando exortáveis os outros a seguirem as minhas regras, eu via tudo aquilo... e sentia repulsa. Porque os vossos corações estavam longe de mim.


— O cálice da minha ira foi se enchendo, e hoje vos dou a paga de vossos atos.


E então, foram todos lançados à prisão perpétua. Porque maior juízo recai sobre os que receberam mais, mas usaram o privilégio como escudo para a desobediência.

Porque tinham o status de serem povo do reino, de estarem próximos ao trono, de terem acesso às coisas do reino, julgavam que sua desobediência seria tratada de forma diferente. Mas o rei declarou com firmeza que a infidelidade deles os tornava iguais aos infiéis do povo. Pois diante da justiça do rei, não havia distinção: quem conhecia sua vontade e a rejeitava, era digno de juízo tanto quanto aquele que estava fora do palácio.


Reflexão


Esta parábola nos conduz a uma compreensão profunda e decisiva sobre a direção de nossas vidas diante do Reino de Deus. E para iluminar ainda mais essa verdade, devemos voltar nosso olhar para um dos episódios mais antigos e dramáticos registrados nas Escrituras: a queda de Lúcifer.


Lúcifer não era um ser qualquer. Ele estava no reino celestial, em plena comunhão com Deus. Sua posição era de honra e destaque, como declara o profeta Ezequiel: “Perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti”. Ele estava entre os querubins da glória, adornado com sabedoria, formosura e privilégios que nenhum outro ser criado possuía. No entanto, algo aconteceu dentro de seu coração: ele se encheu de orgulho. Exaltou-se em seu íntimo, e ao olhar para si mesmo, julgou que poderia ser semelhante ao Altíssimo. E foi justamente esse sentimento — de grandeza autônoma — que o levou à rebelião.


Lúcifer rebelou-se contra Deus. E sua desobediência não ficou restrita a si mesmo. Ele arrastou consigo uma multidão de anjos, que também se insurgiram contra o Criador. Aqueles que estavam no céu, que contemplavam a glória de Deus, se tornaram adversários do Rei eterno. Por isso, foram expulsos, e hoje conhecemos esses seres como Satanás e seus demônios — os que trocaram a luz da verdade pela escuridão da desobediência.


Da mesma forma, na parábola do reino, a história se repete. Aqueles que estavam dentro, que tinham acesso ao trono, ao reino, aos benefícios e à glória de estarem perto do rei, permitiram que seu coração se distanciasse. Julgaram que por estarem dentro, por conhecerem a estrutura do reino, por falarem em nome do rei e se apresentarem como seus servos, poderiam desobedecê-lo sem consequências. Mas o rei, em sua justiça, não fez acepção: tanto os de fora quanto os de dentro que foram infiéis, todos foram julgados.


E assim continua a acontecer nos nossos dias. Quantos há que, um dia, se entregaram a Deus, foram batizados, se declararam cristãos, frequentam igrejas, oram, falam de Jesus, leem a Bíblia, vivem experiências espirituais, testemunham milagres, recebem dons, e se consideram povo de Deus? Quantos se apoiam na convicção de que por conhecerem as Escrituras e falarem de Cristo, estão automaticamente seguros no Reino de Deus? O 


Mas cometem o mesmo erro de Lúcifer. Assim como ele acreditou que sua posição o autorizava a desobedecer, muitos hoje pensam que por terem um passado de experiências com Deus, estão isentos de seguir com obediência e temor. Iludem-se quanto à verdadeira vontade de Deus. Enganam-se sobre a natureza do Senhor que é Santo, Justo e Fiel. E, no fim, acabam desprezando o próprio Deus a quem dizem servir.

O orgulho é a semente perversa que, ao brotar no coração daqueles que se dizem povo de Deus, os leva a crer que sua posição lhes confere liberdade para agir acima da vontade do próprio Deus. Esse sentimento — o mesmo que corrompeu Lúcifer — nasce da exaltação interna: por serem do Reino, por terem experiências com Deus, por conhecerem a verdade, passam a se considerar intocáveis. Acreditam que o amor de Deus os isenta de juízo, que sua aliança com o Senhor lhes garante impunidade. Assim, em sua mente enferma, constroem uma doutrina própria, em que o amor de Deus é separado da Sua santidade, e a intimidade com o Senhor se transforma em licença para desobedecer. Eles deturpam o caráter de Deus, anulam Sua soberania e, como Satanás, desejam um reino onde Deus esteja, mas não reine absoluto. 


Eles criam um evangelho antropocêntrico, centrado no homem, em vez de um evangelho verdadeiramente cristocêntrico. É um evangelho em que o homem é o protagonista e Deus é apenas o coadjuvante — embora, na teoria, confessem o contrário, na prática é exatamente isso que acontece. Suas músicas exaltam mais o valor do ser humano do que a glória de Deus, falam do que Deus pode fazer pelo homem, mas não de quem Deus é em Sua santidade e majestade. Suas doutrinas apresentam um Deus que existe para servir ao homem, proteger, guardar, abençoar, tornar santo, atender às suas necessidades — mesmo que o homem não seja de fato santo. Essa é uma visão distorcida de um Deus que não existe.

Na verdade, eles forjam um deus em função da sua corrupção pelo orgulho e rejeitam a verdade de Deus, assim como acontecia com os religiosos na época de Jesus. Eles são doentes, pervertidos, mas trajados de santos — embora a santidade deles baseie-se no sentimento que têm de serem pertencentes ao reino de Deus. Mas, na verdade, não é o verdadeiro reino de Deus, é um reino forjado com o mesmo espírito de Satanás, porque é a mesma coisa, é o mesmo engano e o mesmo fundamento de Lúcifer: acreditam que podem desobedecer a Deus porque são os escolhidos, os eleitos de Deus.


Mas o que a Bíblia diz?


O fato de alguém professar o nome de Jesus e reconhecer que Ele morreu na cruz por seus pecados não lhe dá o direito de pecar. Pecar é negar a soberania de Deus. Deus é supremo, absoluto, e digno de ser obedecido. Quem peca está, na prática, dizendo que sua própria vontade está acima da vontade de Deus. Isso é rebelião. E como Deus falou por meio dos profetas, até mesmo aquele que conhecia o caminho, se se desviar e pecar, morrerá — e aquele que não o advertir também será culpado.



"Quando eu também disser ao justo que certamente viverá, se ele, confiando na sua justiça, praticar a iniquidade, não se lembrarão de todos os seus atos de justiça, mas na sua iniquidade, que cometeu, ele morrerá; e o seu sangue eu o requererei da tua mão."

Ezequiel 3:20



"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?"

1 Pedro 4:17


"De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor... As vossas festas da lua nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer."

Isaías 1:11,14

Da mesma forma que Lúcifer e seus anjos foram lançados fora da presença de Deus por causa da desobediência, também serão lançados fora todos aqueles que, embora afirmem estar no reino de Deus, vivem em pecado. O simples fato de professarem o nome de Jesus não os isenta da obediência. Aqueles que continuam em pecado serão lançados eternamente fora do reino, afastados da presença de Deus, e condenados ao inferno eterno, junto com o diabo e seus anjos.



"E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre."

Apocalipse 20:10



"Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos."

Mateus 25:41




"E, se alguém não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."

Apocalipse 20:15



Conclusão e Apelo 


Tudo isso deve trazer à sua mente a verdade: assim como na parábola, havia aqueles que estavam no reino ou pensavam estar debaixo da proteção do rei, mas foram surpreendidos, assim também acontecerá com muitos hoje.


Estes que professam que Jesus morreu na cruz por eles, mas desobedecem a Sua Palavra, estão se enganando. Eles reconhecem Jesus com os lábios, mas vivem em rebeldia. Desconsideram a soberania do Rei, assim como fez Lúcifer. E o fim deles será o mesmo.

Portanto, tome uma decisão:

Seja fiel a Jesus.

Não se iluda. 

"Não permita que o status de cristão (o orgulho) deturpe sua visão do Rei. Ele precisa ser obedecido, custe o que custar."

Tema ao Senhor e obedeça custe o que custar. 



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