domingo, 10 de agosto de 2025

A Escolha de Um Homem Entre Duas Mulheres.


A Escolha de Um Homem Entre Duas Mulheres.


Havia um jovem chamado Cristão, filho de pais evangélicos que o ensinavam a andar no caminho reto diante de Deus. Desde pequeno, ele frequentava a igreja, embora nem sempre com fervor. Seus amigos eram dois grupos: um da igreja, que vivia buscando a Deus, e outro do mundo, que se entregava às vaidades e prazeres passageiros.


Cristão estava dividido. Queria a Deus, mas também desejava experimentar o que o mundo oferecia — festas, bebidas, palavrões, um namoro livre e leve, com abraços e conversas descompromissadas. Essa dualidade o tornava inquieto, confuso, e às vezes distante dos caminhos de Deus.


Ele conheceu duas moças. A primeira moça, Renúncia, ele conheceu dentro da igreja. Ela era simples, recatada, discreta. Não buscava holofotes, não vestia roupas para chamar atenção. Seu sorriso era humilde, seu olhar tranquilo, e sua presença transmitia paz e confiança. Ela era constante, fiel, e despertava a esperança de estabilidade e amor verdadeiro.


A segunda moça, Vanglória, ele conheceu fora da igreja. Ela era encantadora, linda e radiante — todos os olhos se voltavam para ela. Ela gostava de ser o centro das atenções, valorizava elogios e se vestia para impressionar, exibindo sua beleza com orgulho. Era uma moça que não aceitava correção, queria sempre destacar-se, buscar o brilho e a primazia. Apesar de sua beleza e charme, havia nela um vazio difícil de preencher.


Cristão sentia-se dividido entre essas duas. Por um lado, havia a atração irresistível de Vanglória — a vaidade, o prazer imediato, o brilho que encantava seus sentidos. Por outro, havia a certeza no coração de que Renúncia era o melhor caminho — o caminho da renúncia, do compromisso, da vida reta.


Por algum tempo, Cristão tentou resistir, decidiu que seguiria Renúncia. Mas o fascínio de Vanglória era forte demais. Ele se envolveu com ela, e dela teve um filho. Essa escolha começou a prender Cristão, tornando-o dependente, não apenas do afeto instável de Vanglória, mas também de suas demandas e conflitos.


Para sustentar Vanglória e seu filho, Cristão teve que abandonar os estudos que tanto sonhara concluir. Seu trabalho aumentou, e a pressão sobre ele crescia. Os pais, ao perceberem o caminho perigoso que o filho trilhava, o chamavam à razão, exortavam-no a voltar para Deus. Mas ele se sentia humilhado e revoltado com as correções, afundando cada vez mais naquilo que o afastava da luz.


Mesmo sem casamento, Cristão passou a morar com Vanglória, vivendo um tormento constante. Sua vida, antes cheia de sonhos, transformou-se numa cadeia de sofrimentos e problemas.


Até que um dia, numa viagem com Vanglória e o filho, o carro em que viajavam capotou, e tragicamente, perderam a vida.


No enterro de Cristão, seus pais estavam arrasados. Dobraram seus joelhos, choraram e clamaram a Deus, perguntando por que aquela tragédia havia acontecido. Em seus corações, entenderam que haviam sido negligentes na educação do filho. Reconheceram que não foram firmes, não oraram e jejuaram com fervor suficiente, não estiveram atentos à vida espiritual do jovem.


Eles perceberam que perderam seu filho porque não foram o fundamento que ele precisava. Que, embora ele estivesse entre a escolha certa — Renúncia —, ele optou pela vaidade de Vanglória, e esse caminho o levou a um fim diferente do que teria se tivesse escolhido com sabedoria.


🟢 Reflexão


A história de Cristão, dividido entre Vanglória e Renúncia, reflete a realidade da vida de muitas pessoas. Ela apresenta dois caminhos distintos, dois destinos que conduzem a resultados completamente diferentes. É fundamental conhecermos e meditarmos sobre essa parábola para que possamos escolher o melhor caminho, o que garante um destino seguro e eterno após a morte.


Mais do que isso, é essencial identificar qual dessas escolhas está presente em nossa própria vida — pois dela depende o nosso futuro espiritual e a paz verdadeira que tanto buscamos. Vamos, então, aprofundar nossa reflexão para que essa mensagem possa transformar a nossa maneira de viver e decidir.


🟠 Vanglória


Cristão se interessou por Vanglória principalmente por sua beleza e aparência, que chamavam a atenção e despertavam fascínio. Ao buscar Vanglória, Cristão estava, na verdade, buscando a aparência — um desejo profundo de ser visto, notado e valorizado pelos outros através da imagem que ele transmitia.


Esse interesse revela algo sobre o próprio Cristão: ele estava preocupado com o que os outros iam pensar, como o veriam e qual status isso lhe daria. A busca pela aparência é o anseio de mostrar algo que ele acredita que o colocará em uma posição de destaque, de importância.


Assim, ao se entregar à Vanglória, Cristão manifestava sua vaidade, pois a aparência não passa de um reflexo externo daquilo que o coração deseja: ser reconhecido e exaltado, mesmo que isso seja às custas da verdadeira essência e dos valores reais.


Toda exaltação, toda glória e reconhecimento que não sejam dados exclusivamente a Deus são vanglória. Essa busca pelo próprio louvor é contrária ao que a Bíblia ensina.


Filipenses 2:3 nos adverte:


"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo."


Provérbios 27:2 também orienta:


"Que outro te louve, e não a tua própria boca; um estranho, e não os teus lábios."


Cristão não estava firmemente ancorado na Palavra de Deus. Embora frequentasse a igreja, ele não possuía uma convicção profunda e inabalável de estar separado do mundo e dedicado exclusivamente à comunhão com Deus. Esse estado de vida, dividido entre a igreja e o mundo, abriu espaço para que o mundo influenciasse sua caminhada.


O mundo, por sua própria natureza, oferece convivência com aquilo que não está fundamentado na Bíblia — valores, costumes e prazeres que desviam do caminho reto. Foi justamente essa convivência que trouxe Vanglória para a vida de Cristão.


Assim, a proximidade com o mundo expôs Cristão à sedução da aparência e do ego, representados por Vanglória. Por não estar firme na verdade, ele se deixou atrair por aquilo que o mundo valoriza: o brilho externo, a aprovação alheia e o status que a vaidade proporciona.


Como diz a Palavra em 1 João 2:15-16:

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."


Essa passagem revela que o que Cristão encontrou fora da igreja, no mundo, não podia edificar sua vida espiritual, pois tudo que o mundo oferece é passageiro e contrário ao caminho de Deus.


🟢 Renúncia


Renúncia representa o oposto de Vanglória. Ela é humilde, verdadeira, digna e agradável, sendo a melhor escolha para a vida de Cristão. Com Renúncia, ele teria uma vida abençoada, uma família frutífera e harmonia com a igreja e com Deus.


Estar com Renúncia é experimentar a verdadeira paz — aquela que só vem do Senhor. Essa paz não é superficial, mas profunda e duradoura, porque está fundamentada na vontade de Deus.


A Bíblia nos ensina que para entrar no Reino de Deus é necessário nascer de novo — uma transformação radical onde o homem natural morre e nasce um novo homem em Cristo. Paulo expressa isso claramente quando diz:

"Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:20).


Isso significa morrer para toda exaltação pessoal, para toda busca de glória própria. Toda honra e glória agora pertencem a Deus. O objetivo da vida cristã é fazer a vontade de Deus, glorificando-O, e não buscar glória para si mesmo.


Assim, a Renúncia não é apenas uma escolha moral, mas um caminho espiritual que conduz à verdadeira felicidade, à paz e à vida abundante que Jesus prometeu.

Renunciar é abdicar de tudo aquilo que nos afasta da fidelidade à Palavra de Deus. Ao optar pela renúncia, o cristão escolhe viver em obediência e fidelidade ao Senhor.


A vida de renúncia traz a verdadeira paz, a alegria genuína e a comunhão sincera com Deus e com a verdadeira Igreja. Ela é uma demonstração concreta do amor a Deus — uma escolha consciente por aquilo que Ele preparou para nós.


Por isso, o cristão renuncia a tudo que contraria a vontade de Deus e se compromete a andar em fidelidade. Viver a renúncia é escolher o caminho acertado, que conduz à vida plena e abundante prometida por Jesus.


Paulo ensina que, ao receber Cristo, nos tornamos uma nova criatura. Isso significa renunciar à velha vida — com seus pensamentos, atitudes e hábitos — e viver segundo a vontade de Deus.


"Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas passaram; tudo se fez novo." (2 Coríntios 5:17)

Jesus declarou claramente:

"Se alguém vem a mim e não abandona seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo." (Lucas 14:26)


Para seguir a Cristo, é preciso renunciar a tudo que possa afastar nossa fidelidade a Ele. Isso significa abandonar a religião — pois a religião não salva, quem salva é Cristo — abandonar prazeres mundanos, abandonar a própria maneira de pensar, de sentir e de agir, tudo aquilo que não esteja de acordo com a Palavra de Deus.


Também é necessário abandonar tradições humanas, o orgulho, a vaidade e tudo que impeça uma entrega plena e fiel a Cristo. Somente assim podemos viver em verdadeira comunhão e fidelidade a Deus.


🟣 Duas escolhas e dois destinos


Muitas pessoas pensam que podem conviver com a Vanglória sem sofrer consequências. Elas se iludem, acreditando que é possível desfrutar das aparências e do orgulho sem pagar um preço.


Mas a Vanglória é perigosa porque prende. Como no caso de Cristão, que ao se relacionar com Vanglória teve um filho e acabou amarrado a ela, a vanglória é traiçoeira: ela seduz, prende, escraviza e conduz a um fim trágico.


Na história que contamos, o fim trágico de Cristão e de sua família não foi por uma escolha simples ou por mero acaso, mas reflete o que a Bíblia revela sobre o caminho da vanglória — um caminho que leva ao afastamento eterno de Deus.


A Escritura é clara:

"O orgulho precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda." (Provérbios 16:18)


E também alerta:

"Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado." (Lucas 14:11)


Quem não morre para si mesmo, para o orgulho e para a vaidade, permanecerá escravo dessas coisas e sofrerá as consequências, conforme está escrito:

"Porque quem quiser salvar a sua vida, a perderá; e quem perder a sua vida por minha causa, a salvará." (Lucas 9:24)


🟠 Conclusão e apelo


Esta história não é mais  uma mensagem religiosa. Ela é a própria Palavra de Deus, é Deus falando diretamente para você sobre a condição necessária para alcançar a vida eterna.


Essa condição é o afastamento completo da Vanglória e o casamento com a Renúncia. É essa a escolha que Deus apresenta claramente a você — a escolha correta que te conduzirá à vida eterna.


No inferno, muitos se lamentarão por terem feito a escolha errada. Por isso, case-se com a Renúncia, e não com a Vanglória.


Morre completamente para o que não glorifica a Deus — pois a Vanglória é tudo aquilo que não é feito exclusivamente para a glória d’Ele. Essa morte representa a renúncia à nossa própria vontade, à nossa própria exaltação, para viver a vida de Cristo, a vida que Ele deseja que vivamos.

Se algum dia, em algum momento da sua vida, a Vanglória se lhe apresentar, fuja dela, rejeite-a, agarre-se à Renúncia, apegue-se à Renúncia e seja fiel a ela. Pois isso mostrará e determinará o seu casamento com aquilo que é de Deus para você, porque a Vanglória levará a um fim trágico.


É essa escolha que te dará a vida eterna, a vitória completa — algo indescritível e maravilhoso. O contrário, porém, levará a um fim trágico: o inferno, onde haverá lamento eterno, sofrimento e perdição sem fim.



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