O Homem Chamado Éu
Havia um homem chamado Éu. Um nome estranho, incomum, difícil de esquecer. Mas o que tornava Éu ainda mais peculiar não era apenas seu nome, e sim a sua história.
Éu era procurado pela justiça. Não por um ou dois crimes. Mas por uma lista imensa de delitos. Ele roubava, mentia, adulterava, enganava, destruía lares, ferias pessoas, zombava da fé, quebrava regras, causava confusão por onde passava. Desde pequeno, não conheceu o bem. Seus pais eram maus, e ele herdou deles a mesma natureza corrompida. Cresceu fazendo o mal como quem respira: naturalmente.
Se aproveitava da confiança dos outros. Aplicava golpes, trapaceava no mercado, enganava clientes, passava à frente de todos, se exaltava acima dos demais. Era arrogante, soberbo, sensual, ambicioso e insaciável.
Mas isso não era tudo. Ele também era um fugitivo internacional. Seu nome estava na lista vermelha da Interpol — a Organização Internacional de Polícia Criminal, que coopera com forças policiais de mais de 190 países. O mundo inteiro o procurava, mas ele ainda não sabia disso.
Até que um dia, tentaram prendê-lo. Ele escapou por pouco. Foi então que entendeu: a justiça estava atrás dele. De verdade.
Daquele dia em diante, passou a viver disfarçado. Usava máscaras, mudava de aparência, trocava de cidade, evitava lugares públicos. Mas a verdade é que, por mais que mudasse de fora, ele era o mesmo por dentro. O mesmo Éu. O mesmo criminoso.
Mas uma coisa mudou: ele começou a sentir o peso da sua vida. A culpa. A vergonha. A perseguição constante. A solidão. Era como se algo dentro dele estivesse morrendo.
Ele começou a frequentar uma cafeteria simples, num bairro afastado. Toda manhã pedia o mesmo café. E toda manhã era atendido por uma funcionária que tinha um olhar diferente. Era firme, mas sereno. Um dia, ela puxou conversa.
— Você parece cansado… — disse ela.
— Não dormi bem. — respondeu Éu, seco.
— Sabe… Jesus disse: Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Ele franziu a testa. Tentou mudar de assunto. Mas ela continuava, dia após dia, falando de Jesus. Falando de perdão. Falando de uma vida nova. Falando de um homem que morreu para que criminosos como ele pudessem ser libertos de verdade.
Algo começou a mudar dentro dele. Aquilo que antes era apenas culpa, passou a ser arrependimento. Aquilo que era só medo, passou a ser desejo de mudança.
Até que, um dia, ele fez algo que nunca havia feito antes: decidiu parar de fugir.
Depois de tantos anos fugindo, Éu tomou uma decisão impensável: entregar-se à justiça.
Ele caminhou até uma delegacia local, no interior de Tennessee, Estados Unidos, onde já havia um mandado de prisão emitido em seu nome. Confessou todos os seus crimes, um por um. De forma detalhada, ele assumiu sua culpa, sem justificar, sem mentir, sem culpar ninguém.
Mais do que isso: colocou todos os seus bens à disposição para tentar ressarcir as vítimas que ainda estavam vivas. Ele sabia que dinheiro nenhum apagaria as marcas que deixou, mas o mínimo que podia fazer agora era demonstrar arrependimento com ações reais.
Mas antes de comparecer ao tribunal, ele fez um pedido formal às autoridades:
— “Eu não quero mais ser chamado de Éu. Aquele homem morreu. Quero que meu nome agora seja Emmanuel.”
O oficial da penitenciária franziu a testa.
— “Por quê Emmanuel?”
— “Porque significa Deus conosco. Pela primeira vez na vida, Deus está comigo. E eu quero que o meu nome lembre isso todos os dias.”
O pedido foi aceito. E assim, quando o juiz o chamou, não disse mais “Éu”. Disse:
— “Compareça ao tribunal… Emmanuel.”
O juiz, conhecido por sua rigidez, avaliou cuidadosamente o caso. Era evidente que aquele homem tinha um passado sombrio. Mas também era evidente que ele estava quebrado por dentro. Suas palavras não vinham da boca apenas, vinham dos olhos, dos gestos, das lágrimas. Era um homem quebrantado.
— “É raro ver um caso assim…” — disse o juiz, encarando Emmanuel no tribunal — “Mas vejo aqui um arrependimento sincero. O sistema é duro, mas a justiça também pode ser temperada com misericórdia.”
E assim, a pena foi diminuída drasticamente. Ainda assim, ele precisaria cumprir alguns anos na prisão estadual.
Na prisão, Emmanuel se transformou completamente. Era exemplo de conduta entre os internos. Não apenas evitava confusão — ele levava paz. Orava todos os dias, lia a Bíblia com atenção, e começou a falar de Jesus aos outros detentos. Não eram sermões religiosos — eram palavras de alguém que conhecia o buraco onde esteve, e que agora havia encontrado a luz do perdão.
Aquela mulher da cafeteria… Ela nunca o abandonou. Visitava-o fielmente, levava livros, orava com ele, discipulava-o com amor e verdade. Foi ela quem lhe ensinou o significado de 2 Coríntios 5:17:
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
O testemunho de Emmanuel impactou guardas, internos, funcionários e até o diretor da prisão. Sua pena foi reduzida ainda mais por bom comportamento — mas, mais que isso, porque ele já não era o mesmo homem. O velho Éu morreu ali dentro. E um novo homem nasceu em Cristo.
Depois de alguns anos, Emmanuel saiu da prisão. Livre. Não apenas livre por fora — mas principalmente por dentro. Agora ele andava pelas ruas, não como um fugitivo, mas como um homem transformado. Ele passou a dizer a todos que o maior tribunal que enfrentou não foi o humano, mas o tribunal da sua consciência diante de Deus.
E dizia algo que se tornou seu lema:
“Se eu não tivesse matado o velho Éu, ele teria me matado. Mas graças a Jesus, o velho Éu morreu. E agora, vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim.”
(Gálatas 2:20)
Depois que saiu da prisão, Emmanuel continuou firme no caminho que havia escolhido.
Ele foi batizado nas águas, como testemunho da nova vida em Cristo. Passou a frequentar a igreja ao lado daquela mulher que Deus usou para alcançá-lo. Com o tempo, se dedicou ao ministério, pregava com autoridade e foi consagrado pastor. Aquele que um dia destruía vidas, agora era usado por Deus para salvá-las pela pregação do Evangelho.
E assim viveu por muitos anos.
Já velho, nos seus últimos dias, Emmanuel veio a partir.
Mas não morreu.
Porque o "eu" já havia sido morto há muito tempo, no dia em que ele se arrependeu e se entregou a Deus.
E desde aquele dia, Emmanuel passou a viver para sempre.
Jesus disse:
“E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?”
(João 11:26)
Por isso, quando Emmanuel partiu, ele apenas foi para junto de Deus.
Porque aquele que crê em Jesus não morre mais, tem a vida eterna.
O nome que ele escolheu carregava sua esperança:
Emmanuel – Deus conosco.
E agora, para sempre, ele está com Deus.
Não apenas nesta vida —
mas por toda a eternidade.
🔥 Reflexão
O homem da parábola, chamado Éu, sempre foi mau. Desde que nasceu, já era assim. E esse Éu precisava morrer para que um novo homem pudesse nascer — um homem que jamais morreria.
Essa história traz o que Jesus ensina em relação à vida.
Quando Moisés perguntou a Deus:
— “Quem direi que me enviou?”
Deus respondeu:
“Eu Sou o que Sou.”
(Êxodo 3:14)
Esse “Eu Sou” é Deus — o único que existe por si mesmo, o eterno.
Mas o homem, enquanto o seu eu (o Éu da parábola) viver nele, quer tomar o lugar de Deus. Ele vive para si mesmo, para seu “eu”. E enquanto esse eu viver, Deus não pode habitar naquele coração.
No mundo, a vida das pessoas é assim:
Elas dizem:
— “Eu fiz isso.”
— “Eu sou assim.”
— “Eu quero aquilo.”
Elas vivem exaltando o seu próprio eu.
Mas esse eu é mau. Está condenado.
E a verdade é que, se você não matar esse eu, ele vai matar você.
Porque esse eu quer ser rei da vida, quer glória, quer poder — quer o lugar que só Deus pode ocupar.
Jesus ensinou:
“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”
(Marcos 8:34)
Negar a si mesmo é matar o seu eu.
É entregar o trono para Deus.
É permitir que Cristo viva em nós.
Só assim o velho eu morre, e nasce o homem novo, o “Emmanuel” — Deus conosco, que jamais morrerá.
Troque o Eu da sua boca da sua vida e substitua por Jesus.
Caro leitor,
O que Deus está falando com você é muito claro: essa é a sua história.
A história de Éu é a história da sua vida.
Você precisa reconhecer que nasceu mal, que sua natureza é má, e que está condenado diante de Deus. Não há outro caminho: você precisa de arrependimento verdadeiro, de uma mudança radical, de uma decisão definitiva.
Você precisa matar o seu eu.
Se não matar, ele vai matar você.
Você não pode mais continuar dizendo:
— “Eu posso.”
— “Eu sei.”
— “Eu acho.”
— “Eu quero.”
Agora, na sua vida, precisa ser Emmanuel — Deus com você.
É Deus que tem que viver.
É o que Deus diz.
É o que Deus quer.
É o que Deus faz.
Você precisa morrer para que possa declarar com verdade:
"Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim."
(Gálatas 2:20)
Você precisa matar a sua vontade.
Tudo o que você aprendeu, toda a confiança em si mesmo, todo o orgulho, toda a glória pessoal — tudo isso precisa morrer com o seu eu.
A única coisa que pode permanecer em pé é:
O que Deus diz. O que Deus quer. O que Deus merece.
Toda glória é exclusivamente de Deus.
Está claro o que Deus está falando com você
E agora, a sua decisão é o que vai definir o seu destino eterno.
Ou você reconhece que o seu eu é mau, que sua natureza está em rebelião contra Deus, e você se arrepende, mata o seu eu, e deixa Cristo viver em você…
Ou você continua exaltando seu próprio nome, seu próprio querer, seu próprio entendimento — e perece.
Jesus disse:
“Aquele que ama a sua vida, perdê-la-á; e aquele que neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.”
(João 12:25)
Você precisa odiar o seu eu.
Você precisa entregá-lo à justiça de Deus — arrepender-se de verdade.
E como Emmanuel, receber um novo nome, uma nova identidade, uma nova vida.
Agora é Deus que tem que viver em você, ou seja, não é mais a sua vontade, mas a vontade de Deus revelada em Sua Palavra a Bíblia.
🔥 Conclusão e Apelo
Essa história é a história da sua vida.
Não se trata apenas de um personagem chamado Éu.
Se trata de você.
A decisão que você precisa tomar é a mesma que aquele homem tomou:
Primeiro, o reconhecimento de que era mau.
Depois, o arrependimento sincero.
E por fim, pagar o preço de uma nova vida: matar o seu eu e nascer de novo como uma nova pessoa.
Não adianta tentar mudar apenas o comportamento sem mudar a essência.
Você pode orar.
Você pode ir à igreja.
Você pode até falar de Jesus.
Pode abandonar alguns hábitos errados...
Mas, se o seu eu (o Éu) ainda estiver vivo, você continua sendo o mesmo — um Éu maquiado, um Éu melhorado segundo sua própria ideia, mas ainda Éu.
E o Éu nunca será bom.
"Será como na história: o Éu disfarçado para não ser pego pela justiça."
Você precisa matar o seu eu.
Você precisa deixar de viver a sua vontade.
Isso significa uma fidelidade completa àquilo que Deus diz.
E essa fidelidade real é o que confirma que o seu eu realmente morreu.
> Sem morte, não há novo nascimento.
Sem a cruz, não há ressurreição.
Sem renúncia, não há salvação.
E não se iluda:
Se o seu eu não morrer, você continuará separado de Deus, mesmo que esteja cercado de religiosidade.
"No inferno, muitos finalmente reconhecerão o quão perverso era o 'eu' que amavam, serviam e exaltavam durante toda a vida — o 'eu' que escolheram seguir em vez de negar, matar e enterrar."
A morte não marca hora, a morte não avisa.
E se você partir desta vida com o Éu ainda vivo, o Emmanuel não estará em você.
E se Emmanuel — Deus conosco — não estiver em você, então você não estará com Deus por toda a eternidade.
Decida agora.
Reconheça. Arrependa-se. Mate o seu eu.
Nasça de novo. Viva para Deus.
> “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”
(Gálatas 2:20)
Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus.
"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."