"Trilha, Plantas Alucinógenas Loucura e Morte"
Havia uma trilha muito conhecida por aventureiros que buscavam contato com a natureza. Essa trilha os levava a um local misterioso, escondido entre as matas, onde muitos desapareciam sem deixar vestígios. Curiosamente, todos os que ali passavam se sentiam irresistivelmente atraídos por uma espécie de portal natural — uma entrada envolta por luz suave, musgos brilhantes e um aroma adocicado que parecia acolher os viajantes. Nenhum deles resistia. Todos entravam.
Ao atravessar o portal, encontravam o Vale Encantado. Para os olhos daqueles que o viam, era um lugar maravilhoso: flores de todas as cores, jardins reluzentes, riachos calmos e um céu sempre limpo. Mas, na realidade, aquele lugar era terrível.
O vale era repleto de armadilhas naturais e mortais: encostas íngremes, espinheiros escondidos, rios profundos cheios de piranhas e jacarés, trilhas cobertas por cobras venenosas, onças silenciosas rondando as árvores, e barrancos escorregadios que levavam a abismos profundos. Mas ninguém via. Aqueles que entravam não enxergavam nada disso.
Isso porque o ar do vale estava carregado por uma substância invisível, liberada por certas plantas neurotóxicas. Elas liberavam compostos alucinógenos que, ao serem inalados, penetravam na corrente sanguínea e atingiam diretamente o sistema nervoso central, afetando os neurônios e as funções cognitivas. O efeito era devastador: alucinações visuais, euforia, sensação de bem-estar falso, perda da percepção do perigo e da realidade.
As vítimas ficavam mentalmente comprometidas, como sob efeito de uma droga potente. Não sabiam mais quem eram, nem onde estavam. Algumas sorriam diante do perigo, outras dançavam à beira dos penhascos, outras mergulhavam nos rios infestados. O vale era, na verdade, um campo de morte disfarçado de paraíso. E muitos, a maioria, morriam ali — vítimas da ilusão.
Preocupado com os desaparecimentos naquela região, um cientista experiente, o Dr. Elías Evangelista montou uma equipe de especialistas em ecologia e neurociência e decidiu investigar o local. Eles se aproximaram com extremo cuidado, utilizando roupas de proteção e máscaras de filtragem avançada.
Assim que entraram, o Dr. Elías Evangelista logo identificou os compostos no ar.
— “Este lugar está infestado de substâncias psicoativas. Essas pessoas estão drogadas sem saber. A intoxicação é grave e neurológica. Elas não têm mais discernimento da realidade.”
Enquanto caminhavam protegidos pelo vale, a equipe avistou dezenas de pessoas naquele estado. Algumas cantavam, outras deitadas na lama acreditando estar em jardins floridos. Algumas caminhavam em direção ao abismo, sorrindo.
Um dos membros da equipe perguntou: — “Doutor Elías, por que elas estão assim? Como não conseguem ver o perigo?”
E ele respondeu: — “Elas não estão apenas intoxicadas. Seus cérebros estão sob domínio dessas toxinas. Seus sistemas de percepção e julgamento estão comprometidos. Estão presas numa ilusão. Elas pensam que estão bem, mas estão à beira da morte.”
A equipe, então, instalou placas de alerta na entrada do portal: PERIGO: ÁREA TOXICAMENTE ALUCINÓGENA – RISCO DE MORTE. Também passaram a trabalhar incansavelmente para resgatar aquelas pessoas.
Porém, mesmo com esforço, a maioria se recusava a sair. Quando tentavam convencê-las, diziam: — “Não estamos perdidas! Aqui é lindo! Estamos em paz!”
Mas alguns poucos, ao verem as roupas e o tom sóbrio dos pesquisadores, começaram a duvidar da própria percepção. Com muito esforço, alguns foram retirados do vale. Esses, depois de recuperados, choravam ao perceber o estado em que estavam e a morte de tantos amigos que não quiseram sair.
Interpretação da Parábola
Essa parábola ilustra o mundo tomado pelo pecado: uma ilusão sedutora, onde muitos estão cegos, alucinados pelo engano, incapazes de enxergar o perigo. E aqueles que já foram libertos pela verdade de Deus entram ali, protegidos pela armadura do Espírito, para resgatar os que ainda podem ser salvos — mesmo que a maioria recuse.
Essa parábola nos revela de forma simbólica a realidade da vida no mundo. O chamado "Vale Encantado" representa o mundo e seus encantos, prazeres e ilusões. É um lugar que parece belo, prazeroso e livre, mas na verdade é perigoso, mortal e destruidor. Aqueles que ali vivem estão à beira da morte eterna, mesmo sem perceber. A beleza do vale é uma armadilha, e o cheiro exalado pelas plantas representa o pecado — uma droga espiritual que penetra no coração e na mente, atacando o entendimento e levando à loucura espiritual.
O pecado é como uma substância alucinógena que altera a percepção da realidade, impedindo que a pessoa veja o perigo à sua volta. Assim como os habitantes do vale não viam os barrancos, os espinhos, os rios perigosos e os animais mortais, também as pessoas neste mundo não veem a gravidade do pecado, a proximidade da morte, e o juízo eterno que se aproxima. Elas estão completamente dominadas pelo pecado, alucinadas espiritualmente, vivendo como se tudo estivesse bem, mas caminhando diretamente para o abismo da condenação eterna.
“Aquele que comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” 1 João 3:8
A Palavra de Deus é anunciada. Elas ouvem que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, mas não conseguem entender, nem permitir que essa verdade se torne prática em suas vidas. A droga do pecado produz uma inércia espiritual. Elas não conseguem ler a Bíblia, orar, ir à igreja, se batizar, participar da Ceia do Senhor, viver em santidade, nem compreender a verdade das Escrituras. Vivem num estado de entorpecimento espiritual, presas às heresias, enganadas por falsos profetas, porque o pecado cega o entendimento e as torna incapazes de discernir a verdade. Ainda que a Bíblia diga claramente que "quem comete pecado é do diabo", que "a mulher está ligada ao marido enquanto ele vive", que "a mulher não pode exercer o ministério pastoral", e tantas outras verdades, elas estão cegas, presas à alucinação religiosa, vivendo um evangelho distorcido, acreditando numa mentira, e rejeitando a verdade como se fosse loucura — porque estão sob o efeito da droga que é o pecado.
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” 2 Coríntios 4:3-4
Esta parábola se cumprirá realmente na vida das pessoas. Elas morrerão no Vale Encantado. O pecado continuará agindo até que, após a morte, o entendimento lhes será devolvido, e então perceberão — tarde demais — que estavam cegas, que estavam no mundo, no pecado, e que o inferno as esperava, assim como esperou e tragou muitos outros.
Mas há uma esperança. Embora a saída do pecado seja impossível para muitos, para alguns ainda é possível. É necessário sair do Vale Encantado. É necessário despertar. É necessário tomar o antídoto para a droga do pecado, que é o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz. Abandone o pecado, entregue-se a Cristo, viva em santidade, e receba o entendimento que vem de Deus.
Qual a trilha que voce está seguindo?
A trilha que Deus quer que você siga não é a do mundo e do pecado, mas a da palavra de Deus e da fidelidade a ela, saia da trilha errada enquanto você ainda pode.
Faça isso — e tenha a vida
Mirtes.....,...... não quero a morte do pecador mas que ele volte se converta tenha vida....
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