sábado, 23 de novembro de 2024

Entendimentos Diferentes da Biblia e a Fidelidade a Deus- Relação

 


Título: Entendimentos Diferentes da Biblia e a Fidelidade a Deus- Relação 


Tema: O entendimento correto da Palavra de Deus começa com um compromisso de fidelidade a Ele, sendo o Espírito Santo quem guia na verdade.


Introdução:

Hoje, vivemos em um mundo repleto de religiões, igrejas e denominações, cada uma apresentando diferentes interpretações da Bíblia. Essa multiplicidade de doutrinas não reflete a vontade de Deus, mas sim uma ação demoníaca que visa trazer confusão, dividir o povo de Deus e afastar as pessoas da verdade que salva. A Bíblia é clara e única em sua mensagem, e Deus jamais seria autor de tal confusão (1 Coríntios 14:33).

Aqueles que interpretam a Palavra de forma errada, introduzindo doutrinas contraditórias, estão afastados de Deus. Eles erram porque não possuem o Espírito Santo, que é dado àqueles que obedecem a Deus (Atos 5:32). Pior ainda, ao se desviarem da verdade, eles não apenas se enganam, mas também enganam outras pessoas, levando-as ao erro. Por isso, é fundamental entender que a verdadeira doutrina começa com o princípio da fidelidade a Deus e está fundamentada em Cristo e na mensagem de salvação. Vamos destrinchar essa questão crucial para a salvação da alma humana e compreender a importância de uma única doutrina fiel à Palavra de Deus.


Princípio Fundamental:

O ponto inicial de toda a compreensão bíblica e doutrinária é a fidelidade a Deus. A Bíblia é clara ao ensinar que o Espírito Santo, quem nos guia em toda a verdade, é dado àqueles que obedecem a Deus (Atos 5:32). Jesus também declarou: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina” (João 7:17). Isso significa que, sem arrependimento, abandono do pecado e compromisso de fidelidade a Deus, uma pessoa não pode compreender plenamente a Palavra de Deus nem receber Seus ensinamentos.

Esse princípio é essencial porque, sem fidelidade, qualquer doutrina, por mais bíblica que pareça, pode se tornar instrumento de engano. Assim como um alicerce fraco compromete toda a estrutura, a falta de uma base sólida no Evangelho – arrependimento, sangue de Jesus e santidade – torna a doutrina ineficaz ou até mesmo perigosa para aqueles que não estão aptos a recebê-la.



Pontos principais:


1. A clareza da Palavra de Deus:

A Bíblia foi escrita de forma clara e objetiva, para que aqueles que buscam a verdade com um coração fiel possam compreendê-la. Assim como um contrato expressa os termos de maneira inequívoca e garante direitos, a Palavra de Deus transmite Suas verdades de forma precisa e direta. Ninguém que assina um contrato aceita múltiplas interpretações do que está escrito, especialmente quando se trata de garantir seus próprios direitos. Negar a possibilidade de múltiplas interpretações em um contrato e, ao mesmo tempo, admitir diferentes interpretações da Bíblia é uma clara demonstração de hipocrisia.


Essa atitude revela que muitos valorizam a clareza apenas quando lhes convém, mas relativizam a Palavra de Deus para justificar suas próprias vontades. Essa confusão doutrinária não é natural, mas espiritual. A Bíblia diz que Deus não é autor de confusão (1 Coríntios 14:33). Logo, conceber a possibilidade de várias interpretações para a Bíblia é conceber o objetivo de Satanás, que é fazer com que a vontade de Deus não seja aceita.


2. A necessidade de fidelidade como base:

Aqueles que têm um compromisso real de fidelidade a Deus estão aptos a receber a doutrina divina. Quando a fidelidade não é o alicerce, qualquer doutrina pode ser mal interpretada ou usada de forma destrutiva. É por isso que discipular ou ensinar alguém que ainda não se comprometeu com Deus pode ser prejudicial tanto para a pessoa quanto para a igreja. O discipulado deve ser reservado para aqueles que já fizeram uma aliança verdadeira com Deus. Sem isso, a doutrina pode endurecer o coração, como aconteceu com Faraó diante das palavras de Deus.

Por isso, a Igreja é chamada de Congregação dos Santos, porque só podem participar aqueles que decidiram abandonar o pecado e viver uma vida de fidelidade a Deus. É nesse contexto que entram no processo chamado de santificação, conforme está escrito: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14). A Igreja é chamada de Congregação dos Santos em Filipenses 1:1, que diz: "Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos." Nesse versículo, Paulo se dirige aos membros da igreja como "santos", mostrando que apenas aqueles que são fiéis e santificados em Cristo podem fazer parte da Igreja.


3. O perigo da hipocrisia:

Muitos reconhecem a importância das palavras em situações cotidianas, como contratos e acordos, mas relativizam essas mesmas palavras quando se trata da Bíblia. Valorizam a exatidão em seu benefício, mas abrem espaço para múltiplas interpretações quando querem moldar a Palavra de Deus a suas vontades, dessa forma, negando o direito de Deus de governar, transferindo este governo ao homem de uma forma velada, já que este interpretará conforme suas tendências e desejos.  Isso é hipocrisia! A confusão gerada por essa atitude não é natural, mas espiritual. A Bíblia diz que Deus não é autor de confusão (1 Coríntios 14:33); logo, permitir interpretações que contradizem a verdade divina é abrir portas para o engano e negar a Deus o direito de governar o mundo, o que vale dizer, exercer sua condição de Deus.


4. A doutrina sem fidelidade é prejudicial:

Sem a base de fidelidade a Deus, a doutrina se torna um engano, afastando ainda mais a pessoa de Deus. Jesus afirmou que a pior condição é a daquele que pensa estar firme, mas está perdido, como os religiosos que crucificaram o Salvador. Já as prostitutas e os publicanos, conscientes de sua condição, encontraram arrependimento e salvação.

Por isso, é necessário ter cuidado ao discipular alguém que ainda não entendeu o princípio da fidelidade a Deus. Se uma pessoa não está arrependida, vivendo em santidade e disposta a obedecer, é melhor que ela permaneça no mundo. Assim, ela não será enganada quanto à sua real situação de afastamento de Deus. Uma pessoa que pensa ser cristã, mas não é, está em uma posição ainda pior do que quem reconhece sua condição de pecador.



5. A responsabilidade da igreja:

A igreja deve ser um lugar de santidade e verdade. Discipular ou permitir a participação ativa de pessoas que não têm compromisso com Deus pode trazer prejuízo tanto para elas quanto para a comunidade de fé. A Bíblia nos chama a sermos santos, separados para Deus (1 Pedro 1:16). Portanto, o discipulado deve ser reservado para aqueles que, em arrependimento, já começaram a viver em fidelidade ao Senhor. 

Uma outra questão que se relaciona com a igreja é o fato que as diferenças doutrinárias traz divisão. Em Gálatas 5:19-21, Paulo fala sobre as obras da carne, incluindo facções e contendas, que representam divisões no corpo da Igreja. A palavra "facções" (do grego hairesis) está relacionada a divisões causadas por doutrinas falsas, ou heresias, que geram separações e conflitos entre os crentes. Paulo deixa claro que aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus, pois essas divisões são frutos da carne e não do Espírito Santo, portanto não há possibilidade para a manutenção de erros doutrinários, o que vale dizer, diferentes interpretações.  

Em 1 João 1:7, João explica que "se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado". A "luz" aqui representa a verdade da palavra de Deus. Andar na luz significa viver em conformidade com a verdade revelada na Bíblia. Apenas quem anda na luz, isto é, na verdade da palavra de Deus, pode ter comunhão com os outros crentes e ser purificado do pecado pelo sangue de Cristo.

Quando a pessoa se desvia da verdade e cai em doutrinas erradas, não está mais vivendo sob a orientação do Espírito e, portanto, não está sendo purificada de seus pecados. O erro doutrinário rompe a comunhão verdadeira com Deus e com os outros crentes, e a pessoa, ao se afastar da verdade, está em condenação, pois não está mais sendo guiada pelo Espírito de Deus.


6. A estrutura política da igreja e seu impacto na doutrina:

A forma como a igreja é estruturada politicamente pode ter grande influência na pureza da doutrina. Muitas igrejas de hoje têm uma estrutura política hierárquica que visa o controle e a dominação. Mesmo aquelas que se apresentam como democráticas, na prática, funcionam de maneira autoritária, com decisões sendo tomadas por uma pequena elite que exerce o poder sobre a congregação. Isso cria um ambiente onde a doutrina da Igreja não é debatida, questionada ou analisada de forma saudável, ficando completamente à mercê daqueles que têm o poder sobre a congregação.

Esse tipo de estrutura impede que a verdadeira Igreja, formada pelo povo de Deus, possa exercer sua função natural de discutir a Palavra de Deus e avaliar a veracidade das doutrinas. Em Atos dos Apóstolos, quando houve uma questão doutrinária divergente, a Igreja se reuniu em Jerusalém para discutir a questão e tomar decisões coletivas (Atos 15:1-29). Essa prática de se reunir e discutir as doutrinas é um modelo de como a Igreja deve ser. O processo democrático e de comunhão do corpo de Cristo foi feito por todos os membros, e não por um único líder ou grupo de líderes.

Portanto, a Igreja deve ser estruturada de maneira que permita a participação ativa dos membros e o livre debate sobre a Palavra de Deus, sempre com base na fidelidade a Ele. As estruturas autoritárias e hierárquicas precisam ser desafiadas, pois elas não refletem o modelo de Cristo e dificultam o crescimento saudável da Igreja. Quem ensina a Palavra de Deus deve ser comissionado por Deus e preparado por Ele, e não por uma estrutura política humana que coloca poder nas mãos de uma minoria.

A Bíblia também nos alerta sobre os maus exemplos de liderança em 1 Pedro 5:2-3: "Pastoreai o rebanho de Deus que está entre vós, não por força, mas voluntariamente, conforme a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, antes sendo modelos do rebanho." A palavra "dominadores" é destacada para demonstrar que tal procedimento contraria a vontade de Deus, porque aponta para um tipo de liderança autoritária.



Conclusão 

A permanência de diferentes doutrinas é inaceitável, pois a vontade de Deus não pode ser dividida. A vontade de Deus deve ser cumprida integralmente, sem distorções ou interpretações humanas que se afastem da verdade revelada nas Escrituras. Como já ficou claro nesta mensagem, a fidelidade a Deus, que se expressa no reconhecimento do sacrifício de Jesus na cruz e no abandono do pecado, é a única forma de se chegar à verdade, que é Jesus, a Palavra que se fez carne. Portanto, é urgente que você assuma um compromisso de fidelidade à Cristo(seus ensinos) e coloque conhecer e fazer  a vontade de Deus como o objetivo central de sua vida.




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