terça-feira, 22 de outubro de 2024

CONVENCA-SE DO PECADO, DA JUSTICA E DO JUIZO DE DEUS.

 



Tema: O Convencimento do Pecado, da Justiça e do Juízo pelo Espírito Santo

Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Jo16.8

Introdução


Deus quer que voce compreenda o Pecado, a Justica e o Juizo. O Espírito Santo tem um papel fundamental na vida do ser humano, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo, conforme ensinado por Jesus em João 16:8. Esses três elementos são essenciais para que o homem compreenda sua condição diante de Deus, se arrependa e viva conforme a vontade divina. Este estudo busca esclarecer como o Espírito Santo age em cada um desses aspectos, diferenciando o convencimento do pecado, que ocorre quando a pessoa está distante de Deus, do convencimento da justiça, que se dá no processo de santificação daqueles que já estão em Cristo e do juízo que é a condenação ao sofrimento eterno. 


1. Convencimento do Pecado

O primeiro passo da obra do Espírito Santo na vida de uma pessoa é convencê-la do pecado. Pecado não é apenas a prática de ações erradas; é um estado de separação de Deus. A pessoa que está em pecado não está em comunhão com Deus, independentemente das suas práticas religiosas. Duas pessoas podem realizar a mesma ação, como usar roupas inadequadas, mas em contextos diferentes: uma recém-convertida, que ainda não compreendeu plenamente a necessidade de modéstia, pode não estar em pecado, pois ainda está sendo ensinada. A outra, que já conhece a doutrina, mas persiste em suas escolhas de maneira deliberada, está em pecado.

Tito 1:15 diz: "Todas as coisas são puras para os puros; mas para os impuros e infiéis, nada é puro, pois até a mente e a consciência deles estão corrompidas." Isso demonstra que quem já foi convencido do pecado e vive em fidelidade a Deus faz todas as coisas de maneira pura, mesmo que ainda cometa erros por ignorância. Por outro lado, quem vive em infidelidade, separado de Deus, permanece em pecado, e todas as suas ações, por mais aparentemente boas que sejam, estão contaminadas por essa separação de Deus.

Um exemplo claro desse convencimento é a história do Jovem Rico, que, embora afirmasse cumprir todos os mandamentos, evitou o chamado de Jesus para vender tudo o que tinha e dar aos pobres (Mateus 19:16-22). Isso ilustra que o convencimento do pecado não é apenas um reconhecimento de falhas, mas um convite à fidelidade a Deus, custe o que custar em todas as coisas, sentimento que caracteriza o verdadeiro reconhecimento de Deus como Deus. O Jovem Rico tinha a oportunidade de seguir a Cristo plenamente, mas sua avareza o impediu de demonstrar a verdadeira fidelidade. Portanto, o convencimento do pecado é uma chamada à total entrega e comprometimento com a vontade de Deus

Jesus enfatiza isso em Apocalipse 22:11: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda." Aqueles que estão em pecado vivam consoante a sua realidade de afastados de Deus,  no seu estado de impureza, enquanto os que estão em Cristo entram num processo de santificação, santificando-se cada vez mais. O apóstolo Paulo também fala sobre a necessidade de exclusão da igreja em 1 Coríntios 5, para que aqueles que estão em pecado não permaneçam enganados, pensando que práticas religiosas externas são suficientes.

Conclusão do item 1: O Espírito Santo convence do pecado, mostrando que este é um estado de separação de Deus. Aqueles que estão em pecado permanecem afastados de Deus, independentemente de práticas religiosas, e precisam reconhecer sua condição para que possam ser reconciliados com Deus.


2. Convencimento da Justiça

Uma vez que a pessoa é convencida do pecado e se reconcilia com Deus, o Espírito Santo começa a convencê-la da justiça, ou seja, da verdade de Deus. Esse convencimento ocorre no processo de santificação, quando o crente vai aprendendo e aplicando a doutrina de Deus em sua vida. Provérbios 4:18 afirma: "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Esse é o processo de crescimento contínuo na vida cristã, onde o crente se torna cada vez mais justo e santo.

Durante esse processo, o crente pode cometer erros, mas esses erros não são classificados como pecado, pois ele está sendo ensinado e transformado pela verdade. O Espírito Santo atua em sua consciência, mostrando o que é certo e o que precisa ser corrigido. O crente vai abandonando práticas que antes não via como erradas à medida que vai sendo convencido da justiça, como no caso de alguém que, após aceitar a Cristo, vai aprendendo sobre modéstia e outros aspectos da vida cristã.

Além disso, o orgulho é um obstáculo a esse conhecimento, pois os orgulhosos não entrarão no reino de Deus (Tiago 4:6; 1 Pedro 5:5). O orgulho, seja ele religioso, denominacional, pode fazer com que as pessoas resistam à luz da verdade. A Bíblia afirma que, se andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros (1 João 1:7). Isso significa que a luz se refere à doutrina; se andarmos na mesma doutrina, temos comunhão. Portanto, se há diferenças doutrinárias persistentes, é um indicativo de que a parte incorreta não está sendo convencida pelo Espírito Santo da justiça, pois a luz é a justiça e a rejeita.


Conclusão do item 2: O convencimento da justiça é o processo contínuo de santificação, onde o crente, já reconciliado com Deus, vai sendo moldado pela verdade divina, tornando-se mais justo a cada dia (Provérbios 4:18). Quem está em Cristo está em processo de santificação, e quem está em pecado está afastado de Deus, independentemente de ter uma vida religiosa, está divergente quanto a doutrina verdadeira, já que o Espírito Santo quia a toda a verdade, ou seja, na justiça (Jo16.13). 



O Convencimento do Juízo


O convencimento do juízo, através do Espírito Santo, é um aspecto essencial da obra da salvação. A palavra "juízo" refere-se à condenação, e, nesse contexto, está diretamente ligada ao entendimento da realidade do inferno e das consequências eternas do pecado. O Espírito Santo atua no coração do homem, mostrando que o pecado é a causa da separação de Deus e que essa separação resulta em condenação eterna.

O Espírito Santo convence do juízo, que se refere à condenação eterna. O pecado é o instrumento que leva ao inferno, e a mensagem da Bíblia nos ensina que Jesus salva da condenação eterna. O erro em relação à doutrina do inferno reflete um erro no entendimento do convencimento do juízo. A Bíblia diz claramente que o Espírito Santo convence do juízo. Portanto, se uma pessoa não é convencida, não é porque o Espírito Santo está falhando, mas porque essa pessoa ainda não está convertida; ela não recebeu o Espírito Santo em sua vida. Isso significa que não decidiu ser fiel a Cristo, conforme Atos 5:32, que afirma que o Espírito Santo é dado àqueles que lhe obedecem.

A doutrina do purgatório, por exemplo, presente na Igreja Católica, sugere que existe um estado intermediário onde as almas pagam por seus pecados antes de entrarem no céu. Essa crença, ao oferecer uma alternativa à salvação imediata em Cristo, nega a eficácia do sacrifício de Jesus, que é suficiente para a purificação dos pecados. O purgatório implica que a salvação pode ser alcançada por meio de um processo de purificação que se afasta da graça imerecida que Cristo oferece.

Da mesma forma, a doutrina do adventismo, que fala do aniquilamento da alma, nega a realidade do tormento eterno descrito na Bíblia. Essa crença pode parecer mais palatável, pois muitos preferem não enfrentar a ideia de um sofrimento eterno. No entanto, ao alterar a mensagem da salvação, o adventismo diminui a gravidade do pecado e a necessidade de um Salvador. A Bíblia descreve claramente o inferno como um lugar de fogo eterno, onde "o seu verme nunca morre, e o fogo nunca se apaga" (Marcos 9:48). O aniquilamento da alma, portanto, é uma distorção que diminui a grandeza do sacrifício de Cristo e a urgência do arrependimento.

Ademais, a doutrina espírita, com sua crença na reencarnação, também altera a mensagem de Cristo como Salvador. Ao afirmar que a alma reencarna em diversos corpos ao longo do tempo para aprender e evoluir, essa visão nega a necessidade de um Salvador que redime a alma de sua condição pecaminosa. A reencarnação implica que o indivíduo pode, de alguma forma, corrigir seus erros em vidas futuras, o que contradiz a mensagem cristã de que somos salvos pela graça por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Essa doutrina desvia a atenção do arrependimento e da necessidade de transformação através de Cristo, colocando a responsabilidade de salvação nas mãos do próprio ser humano.

Este convencimento acerca do juízo é vital para que as pessoas reconheçam que suas ações têm consequências eternas. A Bíblia nos ensina que "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23), e essa morte refere-se não apenas à morte física, mas à morte espiritual, que é a separação eterna de Deus.


Conclusão


O convencimento do Espírito Santo sobre o pecado, a justiça e o juízo é essencial para o livramento do inferno e a bênção da vida eterna. Você precisa dar ouvidos à voz do Espírito Santo de Deus. É fundamental que você busque de forma total e integral o conhecimento da vontade de Deus e de Seu caráter para aplicar em sua vida. A vida é curta e passageira; se você não for convencido do pecado, a ponto de abandonar o pecado e morrer para o pecado, não for convencido da justiça—ou seja, viver em santidade e em fidelidade aos ensinos de Cristo—e do juízo, que é a condenação eterna, não estará aceitando a mensagem de salvação. Isso implicará no seu afastamento eterno de Deus. Portanto, medite sobre estas palavras e aplique em sua vida para que você tenha a vida eterna com Deus. Não se engane pois esta não é uma mensagem religiosa, mas é a revelação de Deus de sua vontade que foi deixada ao ser humano de forma registrada, escrita na Bíblia.  



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