domingo, 20 de julho de 2025

O Campeão

 


O Campeão


Havia um grande rei, soberano de um reino glorioso e eterno, cujos domínios se estendiam além do que os olhos podiam alcançar. Este rei era justo e verdadeiro, e desejava ter em seu reino apenas aqueles que lhe fossem plenamente fiéis e obedientes.


Entre seus servos, havia um homem chamado Astenon. Ele não era um servo comum — era um atleta escolhido, um guerreiro do esforço e da disciplina. Certo dia, o rei o chamou diante de seu trono para lhe confiar a missão mais grandiosa que alguém poderia receber:


— Astenon, foste escolhido para participar da maior competição do mundo. Esta corrida não é apenas um desafio comum; é a mais importante que existe. Tudo que é precioso para Mim está ligado a esta disputa. Por isso te ordeno, com toda a autoridade da eternidade: tu deves ser o campeão. Nada menos que a vitória plena aceitarei.


Astenon curvou-se profundamente e respondeu com convicção:


— Sim, meu rei! Serei o campeão, porque o Senhor é digno de vitória.


No entanto, embora suas palavras fossem sinceras, seu coração não compreendia a profundidade do chamado. Ele pensava consigo: “Farei o meu melhor, me esforçarei com afinco. Se não for campeão, ao menos terei me esforçado e lutado para cumprir minha missão .”


E assim, Astenon iniciou seu treinamento. Corria ao alvorecer, alongava-se ao entardecer, mantinha uma alimentação rigorosa e estudava os fundamentos da vitória. Dedicava-se, sim, mas aos poucos surgiram pequenas concessões.


Certa noite, foi convidado para uma festa. Sabia que deveria acordar cedo no dia seguinte para manter seu ritmo de treino, mas pensou:

“Uma hora a mais de sono não me destruirá.”

Foi à festa, riu, dançou, e dormiu tarde. Na manhã seguinte, acordou atrasado. Treinou, porém, seu corpo já não respondeu como antes.


Outra vez, amigos o convidaram para uma confraternização. Pizza, risos, e ele aceitou, quebrando sua dieta. “Só uma vez”, justificou.


Mais tarde, quando os compromissos da vida apertaram, decidiu tirar um dia para descansar e resolver assuntos pessoais.

“Preciso cuidar de mim também”, pensou.


Assim os dias passaram, e Astenon treinava, mas não com a intensidade exigida pelo rei.


Finalmente, chegou o dia da competição. Atletas de todos os cantos do mundo estavam reunidos. O rei, ansioso, observava seu servo.


A corrida começou. Astenon correu com alma, força e tudo que tinha. Por muito tempo, liderou a disputa. Mas havia um outro competidor — alguém que treinara com renúncia absoluta, sem distrações ou concessões. Nos metros finais, esse competidor ultrapassou Astenon e venceu.


Astenon terminou em segundo lugar.


Apesar da decepção, saiu da pista com um sorriso contido, pensando:


“Quase fui campeão. O rei deve estar satisfeito.”


No fim do dia, foi chamado para encontrar o rei.


O rei olhou em seus olhos, e sua voz foi firme, porém triste:


— Astenon, tu não foste o campeão.


— É verdade, meu rei. Mas fiz o meu melhor, quase venci!


— Não fizeste tudo o que devias.


— Mas me esforcei, suei, lutei!


— Te lembras da festa? Da pizza? Do dia que deixaste de treinar? Cada concessão te afastou da vitória. Não obedeceste por inteiro à Minha ordem.


— Mas foi só uma vez…


— Não há ‘só uma vez’ quando se trata da tua vida. Só há uma corrida. E tu a desperdiçaste. Por isso, não és mais meu servo. Estás expulso do meu reino.


Astenon caiu em silêncio, com o coração partido. Pediu ao rei:


— Então, me dá mais uma chance, quando houver nova competição, eu serei campeão!


O rei respondeu:

— Não há nova chance. Só há uma vida, e a tua foi desperdiçada.


Assim foi a história de Astenon, o servo do rei, o atleta que recebeu a ordem de ser campeão, mas que não entregou tudo de si. Por isso, foi lançado fora do reino.


🟦 Reflexão


Há uma verdade evidente para todo aquele que raciocina com honestidade, com a mente livre de influências que obscurecem o entendimento: Deus se revela. Esta não é uma conclusão mística ou apenas emocional, mas uma verdade óbvia, racional e patente à vista de todos os que não têm o entendimento cegado por forças externas.


Se Deus não se revelasse, o ser humano viveria como quisesse, sem direção, sem sentido moral. Não existiria o conceito de bem ou mal de forma objetiva, e o mundo mergulharia em um caos sem propósito, sem lógica, sem referência. Mas Deus se revela.


E a forma concreta, objetiva e inteligível pela qual Deus se revela é através da Bíblia. A Bíblia não é um livro comum. Ela é a revelação de Deus ao homem. Sua lógica interna, sua coerência, sua profundidade espiritual e seu poder de transformar vidas são evidências claras para qualquer um que tenha a capacidade de pensar com lucidez.


Só não reconhece isso aquele cujo entendimento está obscurecido, incapacitado de perceber o que é claro. A Bíblia é a única fonte confiável que nos dá conhecimento verdadeiro a respeito de Deus. Sem ela, a humanidade estaria perdida, mergulhada em especulações, opiniões humanas e confusão religiosa.


Tudo o que sabemos de verdadeiro sobre Deus vem da Bíblia. Se a Bíblia não existisse, não haveria revelação de Deus. Portanto, todo aquele que é capaz de raciocinar honestamente entende que a Bíblia é a revelação de Deus e de Sua vontade.


Diante dessa verdade, vamos refletir sobre a história de Astenon e o Rei, e o que essa parábola nos ensina sobre o nosso chamado, nossa missão e nossa responsabilidade diante do Deus que se revela.

Na parábola que lemos, os personagens e os elementos representados carregam significados profundos. Vamos refletir sobre cada um deles com clareza.


👑 O Rei — Deus

Na parábola, o rei representa Deus. Assim como o rei tinha um plano específico para Astenon, Deus tem um propósito para cada ser humano.

Não vivemos à deriva, como se a existência fosse um acaso. Existe uma vontade santa, justa e perfeita — a vontade do Rei dos reis — e ela é que deve governar a vida de cada um de nós.


📌 A vontade do rei era clara:

Astenon precisava ser o campeão.


Não era apenas um desejo ou um conselho real — era uma ordem, um propósito. Ele não deveria apenas competir, mas viver de forma que o tornasse o campeão. Tudo em sua rotina deveria estar subordinado a esse objetivo.


✨ Assim também é com Deus:

Sua vontade é que O obedeçamos inteiramente.

E tudo em nossa vida deve se ajustar ao Seu plano — não o contrário.


🧍‍♂️ Astenon — O Servo

Astenon era servo, e como tal, tinha uma missão. Assim como todos nós, enquanto vivemos neste mundo, somos chamados a cumprir a vontade de Deus.


Cada ser humano tem, diante de si, um chamado divino — seja qual for sua vocação ou área de atuação —, mas a finalidade é a mesma:


> viver de forma que glorifique o Rei.


🏁 A Corrida — A Vida

A competição na qual Astenon foi chamado a correr representa a nossa vida. A corrida é a existência terrena, cheia de decisões, renúncias, esforços e escolhas.


🎯 E o alvo dessa corrida é a vontade de Deus.

Esse deve ser o objetivo central de cada passo, de cada escolha, de cada respiração:

--agradar ao Rei.


📖 Entendimento Necessário.

Diante desse entendimento, vamos refletir agora sobre o procedimento de Astenon diante do chamado que recebeu.

Como ele lidou com a responsabilidade de viver para o alvo?

O que sua história nos ensina sobre a forma como temos corrido a nossa própria carreira?


📖 Verdade Bíblica — Fundamento das Escrituras


A parábola de Astenon encontra seu eco direto na exortação do apóstolo Paulo, que compara a vida cristã a uma corrida espiritual, onde não basta apenas correr, mas correr para vencer. Este é o padrão exigido por Deus.

Vamos à passagem que nos dá esse fundamento eterno:


📜 1 Coríntios 9:24–27 (ARA – Almeida Revista e Atualizada)

 24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.

25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.

26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.

27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.


🟦 Reflexão — Parte 1: O Chamado Inquestionável para Vencer


📜 "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis." (1 Coríntios 9:24)


🎯 Verdade Absoluta:

Deus está dizendo que a vida deve ser vivida para vencer — e nada menos que isso.

Não é correr. É correr para ser o campeão.


👑 O campeão é o único aprovado.

Aquele que vence não é o que tenta, não é o que se esforça parcialmente, mas o que cumpre totalmente a vontade de Deus.

É aquele que vence o pecado, vence o mundo, vence a si mesmo — e obedece plenamente ao Rei.


💥 O desvio não é arriscado — é fatal.

Qualquer concessão, qualquer brecha, qualquer distração tira o homem da posição de campeão.

Deus não aceita o quase.

Aquele que não vence, está desqualificado.


⚠️ Ser campeão é difícil.

É ser o melhor. É ultrapassar todos os limites.

É dominar o corpo, a mente, as vontades.

É renunciar o conforto, o prazer, o mundo — em nome da missão dada por Deus.


🛡️ Essa é a vida que Deus exige:


Uma vida totalmente dedicada à Sua vontade.

Uma vida sem reservas, sem desculpas, sem “mas”.


📌 Correi de tal maneira significa:

Viva sabendo que apenas o campeão herdará o Reino.

Viva com o peso da responsabilidade de vencer ou ser rejeitado.

Deus não nos chamou para competir. Ele nos chamou para vencer.

 

A Disposição Mental do Campeão


A disposição mental de viver para ser campeão representa a integridade absoluta e a totalidade do nosso compromisso. Significa colocar o máximo esforço em todos os aspectos da vida, sem reservas, sem fragmentações. Mais do que isso, é colocar Deus em primeiro lugar, fazendo da vontade divina o objetivo supremo a ser alcançado.


Sem essa disposição, não há como ser considerado campeão. Qualquer que pense ter vencido, mas não tenha essa entrega completa, não alcançou a verdadeira vitória. E a Bíblia é clara: não ser campeão é sinônimo de condenação eterna, de afastamento definitivo de Deus.


Não há espaço para interpretações brandas ou para pensar que “tudo bem” perder um pouco, ou que o quase é suficiente. Ou se vence totalmente, ou se está desqualificado. A escolha é entre o reino eterno e a separação eterna do Rei. Portanto, essa decisão não pode ser tomada com leveza.


A vida cristã é uma corrida intensa e definitiva, que exige a entrega total, porque o prêmio — a vida eterna com Deus — é para os que vencem.


🟦 O Erro de Astenon — O Perigo da Compreensão Parcial


Quando Deus ordenou a Astenon que ele fosse campeão, Astenon entendeu aquilo como um objetivo motivacional, uma meta psicológica ou um propósito inspirativo. Ele sentiu como se fosse apenas um incentivo para viver bem, para ter uma boa vida — mas não percebeu que o chamado era literal e absoluto: ele deveria ser campeão de verdade.


Astenon acreditou que poderia viver uma vida razoavelmente boa, dentro daquilo que ele mesmo imaginava como aceitável para Deus.


Esse é o erro fatal que muitos cometem:


 Pensam que é suficiente fazer o que “não é tão ruim”, que é “mais ou menos” obedecer, que podem viver uma vida parcial, uma vida pela metade.


Mas a verdade bíblica é clara:


No Dia do Juízo, Deus dirá:

Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:23)


E o que é iniquidade?

Iniquidade não é só fazer o que é claramente errado.

É também deixar de fazer o que Deus quer que façamos.

É viver longe do propósito de Deus para a nossa vida, mesmo que externamente pareça “não ter nada de mais”.


O pecado é, antes de tudo, a desobediência a Deus.

E essa desobediência nem sempre é uma ação ruim — pode ser uma omissão, uma falta de entrega total, um afastamento do chamado.


Não ser guiado pelo Espírito Santo, não ter a disposição mental de ser campeão, é desobedecer a Deus.


E o que parecia “não ter importância” se torna o motivo da condenação.


🟦 O Falso Evangelho


O falso evangelho é viver como Astenon viveu:

 uma vida de esforço, luta e dedicação,

porém, com concessão e com desculpa.


Esse falso evangelho distorce a bondade de Deus, dizendo que Ele é bom e, por isso, abriria mão da Sua vontade para acomodar nossa fraqueza.

Mas, quando Astenon esteve diante do Rei, percebeu que o rei não era como ele imaginava.

E o rei o condenou, para sua profunda decepção.

Assim é o falso evangelho:

fazer a pessoa crer que está vivendo uma vida correta, quando na verdade está longe da vontade de Deus — que é integridade, totalidade e fidelidade.


E a verdade é dura:

Deus não abre mão da Sua vontade.

A vontade de Deus é que vivamos uma vida plena, total e fiel a Ele.

Sem isso, não há salvação.


Reflexão sobre o verso 25


Neste versículo, o apóstolo Paulo deixa algo profundamente claro e irrefutável:

os atletas do mundo se abstêm de tudo, ou seja, vivem uma vida de renúncia total, focados num único objetivo — ser campeão.


E o prêmio que eles almejam é algo corruptível — uma glória humana, um troféu, um reconhecimento passageiro.


Agora pare e pense:

Se eles fazem isso por algo que vai passar,

quanto mais nós devemos fazer por algo que jamais passará — a vida eterna.


➡️ Paulo está nos mostrando que a única forma de viver para Deus é com a mesma intensidade, dedicação e renúncia absoluta com que um atleta se entrega ao seu treinamento.


Mas, no nosso caso, o prêmio é infinitamente maior:

 a salvação, a coroa incorruptível, a eternidade com Deus.


É por isso que a disposição mental exigida por Deus é total.

Somente com essa disposição é possível viver uma vida íntegra e fiel, sem concessão e sem desculpa.


📌 E aqui está a verdade ainda mais profunda:

Se um atleta faz de tudo para ser campeão, mas nós não vivemos integralmente e totalmente para fazer a vontade de Deus, em fidelidade absoluta, então estamos dando a Deus um valor rélis.

Estamos dizendo, com nossas atitudes, que Deus não é digno do nosso tudo, que Ele não tem valor supremo.

Estamos colocando Deus numa posição inferior, negando aquilo que Ele é — Deus.


👉 E por isso, vem a condenação.

Porque rejeitar a vontade de Deus é rejeitar o próprio Deus.

Desvalorizar Sua glória é rejeitar Sua soberania.

Não há salvação onde não há reconhecimento do valor supremo de Deus.


🟦 Reflexão sobre os versos 26 e 27


🔹 Esses versos falam da luta, da dificuldade, do sofrimento e da renúncia necessária para alcançar o Reino de Deus —

realidades que o falso evangelho omite completamente, em nome de um cristianismo confortável e sem cruz.


🔹 Paulo está dizendo que corre com meta — ou seja, ele tem clareza de propósito.

Ele não vive de forma solta ou desorientada.

Ele não "desfere golpes no ar", não gasta energia com o que é vão, sem direção.


🔹 Ao dizer “esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão”,

Paulo está afirmando que não vive sujeito à sua carne.

Ele submete a sua natureza carnal, não fazendo a própria vontade.

Isso é o que ele expressa também em Gálatas 2:20:


 “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”


👉 Ou seja, o velho homem — o homem natural, carnal, dominado pelos sentidos, prazeres e vontades humanas —está morto.

E viver com Cristo significa matar a própria vontade todos os dias.


🔹 E ele faz um alerta ainda mais sério:

mesmo ele, Paulo — apóstolo, pregador, homem usado por Deus —temia ser desqualificado.

Temia que, enquanto pregava a outros, descuidasse de sua própria vida espiritual.


📌 Ou seja, é possível ganhar almas e perder a própria.

É possível levar a mensagem, e ser rejeitado por Deus, se a própria vida não estiver em fidelidade.


🔻 Aqui está a verdade nua e crua:

 Não há salvação sem renúncia, sem luta, sem sofrimento, sem morte para si.

A carne precisa ser colocada em sujeição total.

Cristo precisa ser tudo.

O evangelho verdadeiro não nos deixa espaço para viver uma fé relaxada.


🎯 A vida cristã não é só falar, pregar, ensinar — é ser aprovado diante de Deus, por viver de forma íntegra, com fidelidade total à vontade do Rei.


🏁 Conclusão e Apelo


Você pode ter lido esta mensagem e achado interessante.

Talvez tenha considerado uma boa reflexão, uma palavra tocante, algo bonito.

Mas esta não é uma mensagem para ser apenas admirada.


❗ Esta é a voz de Deus falando com você.


É o Rei dizendo:

“Esta é a vida que você tem que viver.”


📌 Esta mensagem não é uma inspiração momentânea.

É uma convocação para o resto da sua vida.


É Deus dizendo:

 “Você precisa viver como campeão. Essa é a única forma de alcançar a vida eterna.

Não há alternativa.

Não há segunda chance.

Não há espaço para concessão, nem desculpa.

Você precisa viver exatamente como Eu quero.

Essa é a Minha vontade para a sua vida.”


✝️ Este é o verdadeiro evangelho.

Não o evangelho das concessões, dos atalhos, das adaptações.

Mas o evangelho da total fidelidade, da renúncia diária, da vitória absoluta sobre o pecado e sobre si mesmo.


🎯 E agora é uma questão de escolha.


Você pode achar essa mensagem bonita, forte, diferente...

Mas se você não a viver,

se você não ativar esta palavra como Deus falando diretamente com você,

você vai se decepcionar no último dia.


👉 Troque a sua vida pela verdade.

Troque os seus gostos, suas opiniões, suas vontades pela vontade de Deus.


Porque:

A verdade é a vida real.

A verdade é o melhor para você.

A verdade é Deus.

E a verdade é a única forma de alcançar a completa vitória ao final da sua vida.


🏆 Viva como campeão.

Viva com disposição total, com entrega completa, com fidelidade absoluta.

Porque se você não for o campeão, você será rejeitado por Deus.


🛑 E rejeição por Deus é condenação eterna.

Não há como suavizar isso. Não há como maquiar isso.

Hoje é o dia de decidir:

 Ou você vive como Astenon, quase campeão, e é lançado fora...

Ou você vive como Deus ordena — e vence, para sempre, com Cristo.



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sábado, 19 de julho de 2025

A Carta de um Rei Irado 📜


A Carta de um Rei Irado 📜


Havia um rei. E esse rei era o rei de uma cidade. Mas, apesar de ser o rei daquela cidade, ele não morava dentro dela. Ele habitava longe, em sua própria morada, afastada. Um dia, ele escreveu uma carta. E essa carta foi enviada à cidade.


A maioria dos moradores não o reconhecia mais como rei. Alguns até diziam com os lábios que sim, mas não o conheciam. Outros falavam em seu nome, mas não compreendiam sua vontade. E havia muitos que zombavam da ideia de um rei. Mas a carta foi enviada.


No primeiro capítulo, o rei falava de si. Revelava sua identidade, seu poder, sua autoridade. Mostrava que nada estava fora do seu controle, e que a cidade não era esquecida. Ele observava tudo, ainda que de longe.


Nos capítulos dois e três, o rei falava daqueles que se diziam seu povo. E ali, ficou claro: havia muito poucos que realmente pertenciam a ele. Entre esses poucos, apenas dois de cada sete eram verdadeiros em sua lealdade. O restante havia sido enganado por falsos mensageiros, por influências disfarçadas, e andava em engano. Muitos usavam as vestes do rei, falavam como se fossem dele, mas seus caminhos estavam longe.


No capítulo quatro, a carta narrava que um homem foi tirado da cidade e levado até a presença do rei. Lá ele viu coisas que nenhum outro havia visto. Conheceu os salões da casa real, ouviu vozes, viu maravilhas, foi exposto à glória e à grandeza do rei. Aquilo que os da cidade ignoravam, aquele homem viu com os próprios olhos. E esse tirar daquele homem da cidade era um aviso: outros também seriam retirados. Um dia, muitos seriam levados da cidade e postos junto ao rei — tirados antes do que viria.


No capítulo cinco, a carta mostrava que o rei possuía um livro selado. E esse livro, fechado com sete selos, continha o plano de julgamento contra a cidade. O homem que havia sido levado viu que somente o rei tinha autoridade para abrir aquele livro. E, com isso, ficou claro que o tempo da paciência estava chegando ao fim.


No capítulo seis, a carta dizia que cada selo daquele livro, ao ser aberto, representaria um abalo, uma calamidade, um juízo contra a cidade. Mas deixava claro: ainda não era o grande juízo final. Aquilo era apenas o início, o princípio dos acontecimentos.


🔸 O primeiro selo falava de algo que viria sobre a cidade com aparência de bem, mas que era enganoso. Aquilo parecia solução, parecia conquista, mas era engano. E muitos na cidade acolheram aquilo com alegria, acreditando que os dias ruins acabariam.


🔸 O segundo selo trazia guerra e violência. O texto falava de sangue, de espada, de ódio entre vizinhos. E alguns moradores, vendo os tempos em que viviam, se perguntavam:

— Será que o segundo selo já foi aberto?

Pois estavam vivendo dias de sangue, de confronto, de caos.


🔸 O terceiro selo falava de fome, escassez e crise. Falava de medidas injustas, de valores alterados, de pão que custava o suor de uma semana. E muitos da cidade, lendo aquele trecho, olhavam ao redor e perguntavam:

— Teria o terceiro selo já se cumprido?

Pois a fome rondava as mesas, e a cidade passava por escassez e aflição.


🔸 O quarto selo falava de morte. Mas não de uma morte comum — era uma morte que levava à perdição. E dizia que ela viria em forma de peste, de espada, de fome e de feras. E muitos, ao perceberem a gravidade dos tempos, diziam em sussurros:

— O quarto selo está em andamento…

Pois a cidade estava cercada de morte, e poucos compreendiam seu significado.


E mesmo com tudo isso, a maioria dos moradores da cidade continuava zombando da carta. Outros ignoravam seu conteúdo. Alguns até liam, mas torciam seu significado para se adaptar ao que desejavam ouvir. E os que ainda falavam sobre a carta em público eram calados, ridicularizados ou expulsos.

No quinto selo, a carta mostrava ao povo da cidade uma cena da casa do rei.


Ali estavam reunidos aqueles que haviam sido mortos por serem fiéis à palavra do rei. Eram pessoas que tinham permanecido firmes, mesmo diante da rejeição, do desprezo, da perseguição e das ameaças da cidade. Não se dobraram, não se calaram, não negaram o que sabiam ser a verdade. E por isso, foram eliminados.


Tinham sido perseguidos por testemunhar a verdade.


E ao lerem aquela parte da carta, alguns da cidade começaram a refletir:


— Sou eu um daqueles que combatem a verdade?

— Ou sou um dos que sofrem por testemunhar a verdade do rei?


E então, cada um se viu diante da sua própria consciência, confrontado sem poder fugir 


O sexto selo falava de um grande terremoto, um abalo profundo que atingia tanto os céus quanto a terra. Havia uma mudança na estrutura do mundo, uma perturbação que não era apenas natural, mas também espiritual. Os sinais celestiais anunciavam que algo muito maior estava em curso. Era como se tudo estivesse sendo sacudido — o que era visível e o que era invisível, o que era firme e o que parecia inabalável.


Na cidade, as pessoas começaram a perceber. Aquilo não era mais apenas teoria ou relato antigo. Era visível. Era palpável. Estava diante de seus olhos. A ciência da cidade falava dos tremores das placas tectônicas, tentava medir e explicar os movimentos com instrumentos, mas os moradores viam que era mais do que isso. Eles viam que o mundo inteiro estava de cabeça para baixo.


A fé era abalada, a moral desmoronava, os fundamentos do certo e do errado se invertiam. A verdade era atacada com ódio, e a mentira era aplaudida como virtude. As vozes que antes sustentavam alguma lucidez foram silenciadas. O povo assistia à degradação da cidade, e o próprio sistema que sustentava tudo começou a ruir diante deles. O caos se manifestava de forma aberta. A estrutura se desfazia.


E então, entenderam: o sexto selo estava sobre eles.


E então, a carta revelou o sétimo selo.


Diferente dos anteriores, o que veio não foi juízo imediato, nem praga, nem fome. Mas um silêncio profundo, como se tudo aguardasse a próxima ordem. Era um tempo suspenso, como o intervalo entre duas tempestades. Esse silêncio marcava o fim de uma fase, e o anúncio de outra.


A carta mostrava que uma nova etapa estava prestes a começar: a etapa das trombetas.


Mensageiros se posicionaram com trombetas em mãos, prontos para anunciá-las sobre a cidade. Cada som seria um sinal, um aviso, um toque de juízo. E o povo da cidade entendeu que aquilo marcava o início da grande ira do rei.


Foi então que, entre os moradores da cidade, surgiu uma inquietação.


Alguns diziam:

— Será que o rei levará os seus antes que essas trombetas toquem?

— Será que acontecerá com os fiéis o mesmo que aconteceu com aquele homem que foi tirado da cidade e levado ao rei no capítulo quatro da carta?


Outros diziam:

— Não. Nós passaremos por isso. Estaremos aqui.


Mas muitos desses que falavam assim nem mesmo faziam parte dos dois sétimos que o rei havia reconhecido como seus.

Poucos, muito poucos, guardavam a esperança de que seriam levados, como aquele homem foi levado, antes que a grande tribulação alcançasse a cidade.


E assim, a primeira parte da carta se encerrava.


O restante da história —

As trombetas…

Os novos juízos…

Os segredos revelados ao longo dos dias…


Somente seriam conhecidos por aqueles que desejassem realmente saber o fim.


Então, aquele que lia a carta olhou para os que ouviam e perguntou:


— Vocês querem que eu continue?


E esperou a resposta.

Para saber quantos, de fato, estavam interessados em conhecer a verdade.


RELEXÃO 


A história contada na parábola não é apenas uma ilustração. Ela representa uma realidade espiritual e profética revelada por Deus. É um eco simbólico dos capítulos 1 ao 8 do livro de Apocalipse. Nela estão expressos, em figuras, os avisos de Deus à humanidade. E a verdade é esta: o juízo já começou, e há um juízo maior para vir.


A cidade da parábola representa este mundo, onde muitos dizem conhecer o Rei, mas poucos são, de fato, reconhecidos por Ele. Como a carta mostrou, apenas dois sétimos daqueles que se declaravam do Rei eram realmente fiéis. Isso aponta para o que o próprio Jesus disse:


Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22:14)


Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7:21)


O juízo de Deus já está sobre a terra — fome, guerras, enganos, morte, confusão moral, inversão de valores — tudo isso está diante dos nossos olhos, como selos sendo abertos. Mas ainda não é o fim. Está próximo, e o arrebatamento dos fiéis pode acontecer a qualquer momento.


Por isso, essa é a hora de se arrepender de verdade. Não apenas falar de Deus, mas viver para Deus.


 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” (2 Coríntios 13:5)


Chegou a hora de abandonar o pecado, rejeitar o mundo, odiar o mal e abraçar a santidade com todas as forças.


É hora de deixar as paixões deste mundo, a busca por fama, por status, por prazeres e conforto. É hora de negar a si mesmo.


 “Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Marcos 8:34)


É hora de buscar a Palavra com sinceridade. Lê-la, crer nela, obedecê-la. Não como um livro qualquer, mas como a própria voz de Deus.


Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)


A carta deixa claro: o número dos fiéis é pequeno, mas o chamado é real. Se você está ouvindo isso agora, não endureça o seu coração. Volte-se para Deus com arrependimento verdadeiro.


 “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.” (Apocalipse 22:11)


E lembre-se: o Rei é fiel. E Ele prometeu:

 “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)


Não importa o que custe. Vale a pena permanecer fiel ao Rei. Porque Ele vem.



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Eu Estou Errado

 


Eu Estou Errado


Introdução


Nesta mensagem, Deus, através de Sua Palavra, traz a revelação da importância desta frase para a vida. Ela define o nosso destino eterno.

E isso é o que este texto irá demonstrar, e o seu entendimento e conhecimento levará, certamente, a uma vida alinhada à vontade de Deus e determinante para um destino eterno na presença de Deus.

Portanto, negligenciar a importância desta mensagem, e ainda por ser ela uma reflexão naquilo que Deus diz, é a determinação ao afastamento da verdade, da justiça, da Palavra de Deus e a escolha por uma eternidade sem Deus.


1. A Realidade do Erro


A verdade se revela àqueles que se voltam para ela.

A condição atual do mundo é, por si só, uma evidência clara de que a humanidade, de modo geral, está longe da vontade de Deus. A sociedade caminha em uma direção contrária àquilo que Deus estabeleceu como certo.

Para compreender a verdade, para reconhecê-la e seguir por ela, é necessário ouvir a voz de Deus. E essa voz se manifesta por meio de Sua Palavra.

Foi pela Palavra de Deus que todas as coisas foram criadas. É por ela que o mundo subsiste. E é essa mesma Palavra que ilumina a mente e o coração, permitindo que o homem veja com clareza o que é verdadeiro.

A Palavra de Deus é racional, é lógica, é visível. Quando a mente humana se dispõe à reflexão sincera — uma reflexão que busca a verdade acima de tudo — esse processo conduz inevitavelmente à busca por Deus.

E quando se busca a Deus com sinceridade, é possível perceber a realidade: o mundo está no erro.

A Bíblia confirma isso. Ela mostra que o homem foi criado perfeito — e isso é evidente, pois o Criador de tudo é perfeito, e Ele não poderia criar algo imperfeito.

Mas esse Criador, sendo justo e amoroso, deu ao homem o livre-arbítrio — a capacidade de escolher entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre o certo e o errado.

A verdade é Deus. E Deus, como fonte de toda a verdade, se revelou ao homem de maneira plena por meio das Escrituras. Não há outra revelação além da Bíblia.

Ela é autêntica, verdadeira e suficiente. Sua mensagem, seus fatos, sua origem e seu impacto na história humana confirmam que ela é a única revelação legítima de Deus à humanidade.

Portanto, fica claro que o mundo está no caminho do erro.

O que veremos a seguir é a ação de Deus no sentido de restaurar, de recriar e de mudar a direção — não do mundo em si, mas daqueles que abrirem o coração para a verdade.

Aqueles que se dispuserem a receber a ação de Deus, estarão aptos a experimentar essa transformação, essa recriação e esse resgate do caminho do erro para o caminho da vida.


2. A Possibilidade de Mudança


A ação de Deus em favor da humanidade se manifestou plenamente em Seu Filho, Jesus Cristo.


Deus, sendo onisciente, sabia que o homem — mesmo tendo sido criado perfeito — escolheria se desviar do caminho da verdade para o caminho do mal. Ele sabia que Adão e Eva, com o livre-arbítrio que lhes foi dado, acabariam cedendo à desobediência.


Mas, antes mesmo que o pecado entrasse no mundo, Deus já havia providenciado o meio pelo qual o homem poderia ser restaurado: o sacrifício de Jesus na cruz.


Esse sacrifício não foi um improviso ou uma reação ao erro humano. Ele foi estabelecido antes da fundação do mundo, como a única solução possível para redimir o homem, sem comprometer a santidade de Deus.


Pois Deus, sendo absolutamente santo, não poderia tocar no mal ou se corromper com ele. Portanto, a única forma de resgatar o homem seria através de um sacrifício puro, sem mácula — e esse sacrifício é Cristo.

Jesus é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo. E é no reconhecimento do Seu sacrifício que se encontra a possibilidade real de mudança, de transformação da condição espiritual caída, que o pecado e a desobediência trouxeram à humanidade.

Por meio de Jesus, o homem pode ser restaurado. Pode deixar o caminho do erro e voltar-se para a verdade.


3. A Escolha entre o Certo e o Errado, e o Arrependimento


Adão e Eva foram criados corretos, perfeitos, na presença de Deus. Mas mesmo em estado de perfeição, escolheram o erro.

Hoje, diferentemente deles, a humanidade já nasce no erro, afastada de Deus.

Fundamentação bíblica:


📖 Romanos 5:12

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”


📖 Salmos 51:5

 “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”


Portanto, fica claro e evidenciado que todos os seres humanos precisam sair do caminho do erro e entrar no caminho correto.

Isso equivale a dizer que todos precisam de arrependimento.

Fica demonstrado — de forma clara, lógica e absolutamente coerente com a Palavra de Deus — que sem arrependimento ninguém é salvo.

Por isso, Jesus Cristo é chamado de O Salvador, porque Ele salva o homem do caminho do erro que leva à condenação.


📖 Atos 4:12

 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”


Para que Jesus seja verdadeiramente o Salvador de alguém, é necessário que esse alguém reconheça que está no caminho do erro, e que esse caminho leva à condenação.

Muitos afirmam que Jesus os salvou, mas não entendem de fato do que foram salvos, nem percebem que estavam em um caminho de condenação. Falam de salvação, mas não compreendem seu sentido real. Vivem como se nunca tivessem precisado ser salvos de nada.

Sem esse entendimento claro, não há arrependimento verdadeiro. A pessoa pode até repetir palavras religiosas, mas não houve uma mudança de direção, de mente e de coração.


Portanto, reconhecer o próprio estado de erro e condenação é indispensável para que o sacrifício de Cristo tenha sentido pessoal e seja eficaz na vida do homem.

Muitos até reconheceram erros em suas vidas, porém, não entenderam que esses erros os levavam para o inferno. Por isso, Jesus não é o Salvador de suas vidas.

Quem nunca reconheceu que esteve indo para o inferno, jamais será salvo.

Quem nunca compreendeu a gravidade desse caminho de erro, jamais foi salvo por Jesus.


Fundamentação Bíblica


📖 1 João 3:8

 "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

Esse texto mostra com clareza a origem e o domínio do pecado, e o propósito da vinda de Cristo: libertar o homem da escravidão do pecado.


📖 1 João 3:9

"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus."

Esse versículo confirma que aquele que verdadeiramente nasceu de Deus teve sua natureza transformada. Ele não vive mais no pecado, pois foi tirado do caminho do erro.


📖 João 3:36

 "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que desobedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."

Aqui vemos que a fé verdadeira em Cristo é o único meio de alcançar a vida eterna. E aquele que rejeita ou desobedece ao Filho permanece sob a condenação, no caminho da ira de Deus.


4. O Orgulho – O Grande Impedimento


Muitos pensam que estão no caminho da salvação apenas porque reconhecem pecados pontuais e se arrependem deles.

Mas, mesmo que alguém desobedeça a Deus, arrependa-se de um pecado específico e não o cometa mais, se ele continua praticando outros pecados e desobedecendo a Deus em outras áreas, então ele não saiu do caminho do erro — ele ainda está no caminho do pecado.

Esse tipo de arrependimento é parcial, superficial. Ele lamenta os frutos do caminho errado, mas não abandona o caminho em si.

Sair do caminho do erro é abandonar o pecado por completo.

É morrer para o pecado.

É mudar de direção, escolhendo um caminho de obediência e fidelidade a Deus, custe o que custar.

Sem essa decisão radical, o homem ainda está no caminho que leva à condenação, mesmo que reconheça alguns erros.

E para receber essa verdade, é preciso humildade.

Porque o diabo apresenta um falso evangelho — um evangelho de engano, fundado numa ideia errada sobre o que é salvação.

Esse engano vai sendo absorvido pelo homem. E o que acontece?

Ele passa a alimentar um falso status espiritual, convencido de que está salvo, de que está no caminho de Deus, quando, na verdade, ainda caminha na mentira e no erro.

E enquanto houver orgulho em seu coração, ele jamais reconhecerá isso.

Sem humildade, não há arrependimento verdadeiro. E sem arrependimento, não há salvação.

Portanto, é fundamental entender que o arrependimento verdadeiro não é o de continuar pedindo perdão pelos pecados cometidos, pois isso demonstra que a pessoa ainda continua produzindo pecado.

O arrependimento verdadeiro é o arrependimento do pecar, do produzir pecado.

É o arrependimento que leva a um compromisso de fidelidade completa e total a Deus, custe o que custar.

Mas como alguém poderá se arrepender desse entendimento incorreto, que o mantém no caminho do erro e, consequentemente, no caminho da condenação?

Para isso, seria necessário reconhecer o engano em que viveu.

Seria preciso arrepender-se, e esse arrependimento implicaria humilhação.


Por quê?


Porque essa pessoa já construiu um status de salvo, um entendimento de que está certa, que aprendeu corretamente, que está no caminho da verdade.

Para ela dizer:

"Eu estive errado. Eu aprendi errado. Eu me enganei."

...seria praticamente impossível.

Ela teria que abandonar tudo aquilo que construiu em cima de uma base falsa, e isso exige quebrantamento e coragem espiritual.

Só mesmo alguém que anseie pela verdade com todas as forças, alguém que deseje a verdade mais do que o conforto da religião, alguém que se agarre à verdade como alguém que se agarra a uma boia no meio do mar para não morrer afogado, poderá dar esse passo e verdadeiramente reconhecer Jesus como o Salvador — não apenas de palavras, mas de fato, em arrependimento e fidelidade.

Exemplo Bíblico: Nicodemos — Um religioso diante da Verdade


Um exemplo claro dessa realidade foi Nicodemos, um homem respeitado, líder religioso entre os judeus, mestre em Israel. Ele tinha posição, conhecimento, tradição, prática religiosa… mas, mesmo com tudo isso, estava no caminho errado.


Nicodemos foi até Jesus, e Jesus não o elogiou por sua religião ou sua posição.

Jesus disse algo que desafiava tudo o que ele havia construído:


 “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Jesus estava dizendo a ele, de forma direta e firme:

“Nicodemos, tudo o que você tem, sabe e faz… não serve. É preciso morrer para isso e nascer de novo.”


Agora pense:

Será que você, que é evangélico, cristão, que frequenta a igreja, que conhece a Bíblia e diz que crê em Jesus,

teria a humildade de reconhecer o que Nicodemos reconheceu?


Será que você teria a coragem de dizer:

 "Eu estou errado. Eu aprendi errado. Eu preciso nascer de novo."


Essa é a decisão que poucos conseguem tomar — porque ela exige humilhação, exige destruir o próprio status, e reconhecer que estava em engano, mesmo depois de tantos anos de vida religiosa.

Mas Nicodemos foi salvo — porque creu em Jesus acima de si mesmo, acima do status que tinha. 

Ele abriu mão da sua posição, do seu prestígio, do seu entendimento, e aceitou a verdade. Rejeitar a verdade é rejeitar Jesus. Ninguém tem acesso a Deus se não for pela Verdade.  

📖 João 14:6

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”


É preciso morrer para si mesmo.


📖 João 12:25

“Quem ama a sua vida perdê-la-á; e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.”


Infelizmente, muitos hoje não conseguem fazer isso, porque o orgulho os cega. Para receber a verdade é preciso matar o ego, o orgulho.   

O engano se disfarça de certeza, e o homem passa a acreditar firmemente que está certo, mesmo estando no erro.

O orgulho é um veneno que cega e mata.

Ele impede o arrependimento, fecha os olhos para a verdade e conduz à condenação.


📖 Salmos 101:5 (parte b)

 “O que tem o coração orgulhoso e altivo, não suportarei.”


📖 Provérbios 16:5

 “Abominável é ao Senhor todo o arrogante de coração; não ficará impune.”


📖 Tiago 4:6

 “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”


5. "Eu Estou Errado" — No Caminho da Santidade


Mesmo aqueles que já entraram no caminho da santidade,

aqueles que abandonaram definitivamente o pecado, que morreram para o pecado e que assumiram o compromisso de fidelidade a Deus custe o que custar,

aqueles que não vivem mais pedindo perdão por novos pecados, porque se arrependeram de verdade,

estes ainda precisam permanecer no caminho da humildade.


Por quê?


Porque o conhecimento da verdade, o aprofundamento na Palavra de Deus, a vida de santidade —

não anulam a necessidade contínua de reconhecer: “Eu estou errado.”


A Bíblia, a Palavra de Deus, tem dois grandes objetivos:


1. Salvar — através do reconhecimento de Jesus como Salvador,

reconhecendo o caminho do erro e suas consequências eternas,

mudando de direção,

abandonando o pecado,

abraçando a fidelidade absoluta a Deus.



2. Santificar — que é um processo de transformação contínua,

onde a alma, antes deformada pelo pecado, passa a ser moldada pela verdade.

E esse processo acontece todas as vezes que dizemos com sinceridade: "Eu estou errado."


A santificação é isso:

é uma jornada de morte para o “eu” — para as vontades próprias, para a busca de glória própria, para os desejos pessoais.

Somente quem morreu para si mesmo, quem não vive mais para ser reconhecido ou exaltado, é capaz de dizer continuamente:

 "Eu estou errado."


E é justamente essa humildade, esse espírito quebrantado, que abre espaço para que Deus continue transformando, moldando, guiando até que sejamos achados irrepreensíveis para o dia de Cristo.


📖 Fundamentação Bíblica: Eu Estou Errado no Caminho da Santidade


🟢 Romanos 6:2

 “Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”


🟢 Tiago 3:11-12

 “Porventura de uma mesma fonte jorra água doce e amarga? Pode também, meus irmãos, a figueira produzir azeitonas ou a videira figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.”


🟢 Gálatas 2:20

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...”


🟢 João 3:3 (sobre Nicodemos)

 “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”


🔶 Conclusão e Apelo


O que vimos até aqui é a verdade revelada pela Palavra de Deus.

O homem nasceu no caminho do erro — e este caminho leva à condenação eterna.

Reconhecer Jesus como Salvador é uma graça reservada somente àqueles que reconheceram que estavam no caminho do erro, ou seja, no caminho do inferno,

pois essa é a condenação que aguarda todo aquele que permanece no erro.

Quem nunca reconheceu que esteve perdido, jamais poderá ser salvo.

E o orgulho é o grande impedimento que cega, engana e prende o homem neste estado de condenação.

É preciso matar o orgulho.

É preciso eliminar o “eu” — essa vontade própria, esse desejo de autojustificação, de glória pessoal, de autoexaltação.

Só assim é possível reconhecer a verdade, dizer com sinceridade: “Eu estou errado”, reconhecer o caminho do erro, reconhecer Jesus como Salvador, e trilhar o caminho da santidade, onde há vida, verdade, transformação e salvação.

Essa decisão — de renunciar o próprio “eu” e submeter-se à verdade de Deus — é o que irá definir o seu destino eterno.

"Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará."

(Tiago 4:10)


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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Quando o Corpo Vai, Mas o Coração Fica

 



Quando o Corpo Vai, Mas o Coração Fica


Havia uma família que morava numa cidade conhecida por sua escuridão. Não era só a noite que era escura, mas o coração da cidade também. As ruas estavam sempre agitadas, repletas de bares, músicas mundanas, prostituição, violência, assaltos e vaidade. Ninguém confiava em ninguém. As amizades eram interesseiras, e até mesmo as igrejas, embora existissem, eram poucas as que permaneciam fiéis à Palavra de Deus.




Essa família era formada por Lozete, sua esposa Samira e suas duas filhas, Naiara e Rebeca. Eles eram cristãos. O homem era temente a Deus e sentia em sua alma que aquele lugar os contaminava. Suas filhas também ansiavam por uma nova vida, mas Samira, sua esposa, tinha um coração dividido. Ela ia à igreja, gostava das coisas de Deus, mas ainda se agradava de certas coisas do mundo. Tinha prazer em ouvir as músicas da cidade quando tocavam, gostava dos olhares que os homens lançavam sobre ela, e sua forma de se vestir carregava uma leve sensualidade — nada escandaloso, mas longe da modéstia que condizia com a santidade.


Certo dia, Lozete recebeu uma proposta para trabalhar em uma nova cidade. Essa nova cidade era completamente diferente: pacífica, cheia de igrejas fiéis, com congressos cristãos constantes. O prefeito era um homem honesto, e o presidente da empresa que o convidava era um cristão verdadeiro que via sua empresa como bênção e ministério. Era um ambiente transformador.


O convite exigia uma resposta rápida. O cargo precisava ser preenchido com urgência, e, caso Lozete não desse resposta até o fim daquela semana, outra pessoa seria chamada. Ele viu ali a mão de Deus. As filhas se alegraram com a oportunidade. Mas Samira, mais uma vez, hesitou.


— Não podemos sair assim, correndo — ela dizia. — Precisamos nos despedir dos amigos, vender algumas coisas... ainda tem muita coisa pra resolver.


Mas o tempo era curto. A decisão era agora, ou nunca mais.


Depois de orar e buscar direção, Lozete tomou a decisão: iriam partir. Colocaram as malas no carro e começaram a subida da serra, pois a antiga cidade ficava numa região mais baixa, e a nova, mais elevada. Era literalmente uma subida.


No caminho, num ponto mais alto, onde ainda se podia ver a cidade ao longe, Samira disse:


— Amor, você pode parar o carro um minutinho? Estou sentindo minha bexiga muito apertada... não vou aguentar até um posto.


Lozete, um pouco relutante, respondeu:


— Mas amor, estamos perto do próximo posto, é perigoso parar aqui nesse matagal...


— É rapidinho — insistiu ela.


O marido parou. As filhas permaneceram no carro. Mas Samira, em vez de procurar um lugar apenas para aliviar a bexiga, foi até a beira do morro. De lá, avistava a cidade que deixavam para trás. Ela ficou parada por alguns instantes. Seus olhos se encheram de saudade. Naquele silêncio, contemplando de longe, era como se ela dissesse adeus... mas um adeus de quem ainda amava. Ela pensava nas músicas, nas luzes, nas roupas, nos olhares, nos pequenos prazeres que deixava para trás. Seu corpo estava subindo, mas seu coração ainda estava lá embaixo.


No entanto, ela não percebeu que, entre os arbustos próximos, havia uma víbora venenosa — silenciosa, traiçoeira, escondida. A serpente a picou na perna.


Ela gritou, mas não viu o que foi. Voltou ao carro mancando, sentindo uma dor estranha.


— O que houve? — perguntou o marido.


— Acho que pisei em alguma coisa... tá doendo muito a minha perna...


Minutos depois, a perna começou a inchar. As veias escureceram. A dor ficou insuportável.


Desesperado, Lozete acelerou o carro em direção ao hospital mais próximo, mas estavam longe. A serra dificultava o caminho. Ele orava, as filhas choravam. Mas o veneno já havia se espalhado. Os batimentos de Samira foram diminuindo... e ela não resistiu.


Ao chegar no hospital, os médicos nada puderam fazer. A víbora era rara e extremamente letal. A morte foi rápida e silenciosa. O veneno destruiu por dentro.


Estavam a caminho de uma nova cidade, de alegria, de paz, de renovo. Mas Samira, simplesmente por causa de mais um apego, decidiu parar e olhar para trás. Olhar para a cidade que deveria ser abandonada, que deveria ficar no passado. Esse sentimento de apego, de indecisão, de ainda estar perto da cidade no seu coração, de contemplá-la mais uma vez, levou àquela decisão trágica. E por causa disso, a serpente encontrou nela a oportunidade de agir — e a destruiu.



Reflexão

“Quando o Corpo Vai, Mas o Coração Fica”


A história de Lozete, Samira e suas filhas não é apenas uma narrativa comum. Ela carrega em si uma mensagem de Deus para as nossas vidas. Uma mensagem profunda, urgente e reveladora.


Esta história fala, no fundo, de algo que atinge muitas pessoas: a indecisão diante do que Deus já mostrou que precisa ser deixado, a procrastinação de uma escolha clara, e o perigo de manter o coração preso ao que precisa ser abandonado.


Há um peso espiritual aqui que exige nossa atenção. Essa parábola não trata apenas de uma tragédia familiar, mas de uma escolha espiritual que define destinos. O que está em jogo é mais do que uma mudança de cidade — é a renúncia ao mundo, ao que contamina, ao que parece agradável, mas que se opõe à vontade de Deus.


Deus quer falar conosco por meio dessa história. E a nossa resposta a essa mensagem pode definir o resultado da nossa própria vida.


Vamos, então, refletir juntos sobre o que realmente aconteceu ali — e sobre o que pode estar acontecendo conosco, sem que percebamos.


1. A Necessidade da Renúncia


Muitas pessoas querem a Deus, querem o bem, querem o céu. Desejam o status de boas pessoas, querem estar no caminho certo, desejam agradar a Deus. Mas não com a convicção necessária, nem com a determinação que o Reino exige.


Estão dispostas a subir a serra, mas não a deixar completamente a planície. Elas até saem com o corpo, mas o coração continua ligado àquilo que Deus mandou abandonar.


Essa falta de renúncia acontece porque a velha natureza, aquela natureza carnal, ainda encontra prazer em certas coisas do mundo. A alma se prende em desejos, gostos, olhares, hábitos, pensamentos — muitas vezes considerados inofensivos — que parecem pequenos, mas que mantêm o coração amarrado ao que Deus mandou soltar.


E o inimigo sabe disso. Ele não age com pressa, nem com escândalo. Ele é sutil, traiçoeiro, silencioso. Ele permite que a pessoa vá para a igreja, cante, participe, leia, ore... mas com o coração dividido. Cria um engano tão bem estruturado, que a pessoa acredita que está livre, mas ainda está cativa. Crê que já saiu da cidade, mas o espírito da cidade ainda mora nela.


Samira é o retrato disso. Ela não era má, não era rebelde, não era abertamente contrária à fé. Mas não havia renunciado verdadeiramente. E foi ali, na beira da estrada, diante da cidade que já devia estar esquecida, que a víbora teve acesso — não por acaso, mas por consequência de um coração que ainda queria olhar para trás.


Ainda dentro da necessidade da renúncia, é essencial entender que obedecer a Deus inclui abrir mão não apenas do que é abertamente pecaminoso, mas também daquilo que, mesmo sendo aparentemente lícito, não faz parte da vontade de Deus para a vida da pessoa.


Na cidade onde estavam, havia sim coisas claramente contrárias ao Reino — prostituição, vaidade, imoralidade. Mas também havia coisas aparentemente neutras, aceitáveis, culturais. No entanto, o chamado que Deus havia feito àquela família exigia separação total, não apenas das práticas condenáveis, mas também de tudo o que não se encaixava no novo propósito que Deus queria cumprir neles e através deles.


Quando alguém permanece apegado a algo que Deus já sinalizou que deve ser deixado, mesmo que pareça inofensivo, essa pessoa está em desobediência — e isso é pecado.


Samira precisava compreender que Deus havia traçado para ela um novo caminho, um novo lugar, uma nova vida. Permanecer conectada à cidade, ainda que por sentimentos, lembranças ou costumes, era estar fora da direção de Deus. E tudo que está fora da direção de Deus é rebeldia sutil, é pecado travestido de neutralidade.


Ela não precisava estar escandalosamente errada para ser reprovada. Bastava continuar em algo que Deus já havia dito: saia. E o simples ato de olhar para trás foi a expressão do seu apego, da sua hesitação, e do seu desacordo com o que Deus queria para ela.


2. A Necessidade da Entrega Total


Samira precisava se entregar totalmente a Deus. Mas em seu coração ainda havia reservas, limites, resistências. Ela havia se separado de alguns pecados visíveis, sim — mas a entrega dela ainda não era plena. Ainda guardava certas práticas, pensamentos e gostos que a distanciavam da plenitude do plano de Deus.


No seu coração, ainda conviviam coisas ilícitas, que ela alimentava em segredo — mas, junto a isso, havia também um conjunto de coisas que, em outras circunstâncias, poderiam até parecer normais. Tradições, costumes sociais, padrões culturais, formas de entretenimento, vaidades disfarçadas, e uma vida voltada para si mesma.


Essas coisas, mesmo não sendo abertamente pecaminosas, eram impedimentos para o que Deus queria fazer em sua vida. Elas a prendiam emocional e espiritualmente à cidade que precisava ser deixada para trás.


A verdadeira entrega não é apenas abandonar o que é proibido. É abrir mão até do que seria permitido, quando esse "permitido" impede o avanço no propósito de Deus. Há momentos em que o que é lícito se torna peso, se torna desvio, se torna barreira para uma vida cheia de Deus.


Muitos hoje não se entregam completamente por esse motivo. Querem manter um tipo de neutralidade. Não vivem no pecado declarado, mas também não se consagram ao ponto de abandonar o que os segura longe da vontade perfeita de Deus.


E há um princípio que precisa ser entendido:


 Quem ama, entrega. Quem ama, abre mão.


Abre mão até de seus direitos, de sua vontade, de seus prazeres.


Abre mão daquilo que o mundo aplaude, para viver o que Deus sonhou.


Samira teve uma direção. Ela tinha uma chamada. Mas faltou entrega. E foi justamente essa falta de entrega total que a manteve em um ponto de vulnerabilidade espiritual. Ela não morreu apenas por olhar — ela morreu por não ter se rendido.



3. A Disposição do Coração


A forma de vida que vivemos reflete e atesta o valor que damos a Deus.

Nossas escolhas, preferências, atitudes e prioridades não são neutras — elas são declarações diárias de onde está o nosso coração e a quem ele pertence.

Não existe meio termo.

Ou vivemos para Deus, ou estamos vivendo à margem dEle.

Ou seguimos o propósito eterno, ou nos prendemos ao que é passageiro.


Samira era o exemplo de alguém que caminhava ao lado do certo, mas não havia feito a entrega do coração. Sua disposição interna ainda não estava ajustada ao plano de Deus. E no momento da decisão, o coração revelou sua verdadeira inclinação.


 “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6:21)


A disposição do coração determina o destino da alma. 


A disposição do coração de Samira determinou o seu destino. Trágico.


Quem está verdadeiramente disposto a seguir a Deus, não hesita, não olha para trás, não se apega ao que ficou, e renuncia a tudo.


Porque quem viu o valor do Reino, considera tudo o mais como lixo (Filipenses 3:7-8). Diante da glória de servir a Deus, nada mais tem brilho. Esse é o sentimento que todo verdadeiro servo precisa ter: Deus acima de tudo — sem reservas, sem vírgulas, sem condições.

Mas o inimigo é sujo, astuto e ardiloso.

Ele constrói um cristianismo falso, onde não existe cruz, nem renúncia real e total. Ele diz que você pode servir a Deus, pode ser usado, pode fazer a obra…

Mas sempre coloca o “mas”:


"Mas você também precisa disso…"

"Mas você também merece aquilo…"

"Mas o seu sonho também importa…"


E assim, o diabo não precisa colocar o "eu" no centro — ele só precisa mantê-lo vivo.

Permitir que o “eu” caminhe junto com Deus já é suficiente para anular o verdadeiro Evangelho.

Mas no caminho de Cristo, o “eu” não pode caminhar junto.

Paulo disse:

 “Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:20)

Para que Cristo viva, o eu tem que morrer.


E esse “eu” não morre apenas ao renunciar o pecado — ele morre ao abrir mão até daquilo que seria teoricamente lícito, quando isso compete com a vontade de Deus.


Um exemplo disso está em Moisés, quando Faraó permitiu que o povo saísse do Egito para adorar a Deus, mas disse:

"Podem ir, mas deixem os rebanhos… deixem as crianças…"

Mas Moisés respondeu com firmeza:


Nenhuma unha ficará. Iremos todos com nossos velhos, jovens, filhos e rebanhos.” (Êxodo 10:26)


Esse é o padrão de entrega que Deus exige: tudo.

Não podemos sair da “cidade” de qualquer jeito, com o coração dividido, com partes da nossa vida presas ao passado.

Ou é tudo para Deus — ou ainda não é nada.



Conclusão e Apelo


Quem não vive plenamente para Deus, abrindo mão de tudo — tanto do que é ilícito quanto do que é naturalmente lícito — para envolver-se intensa, fervorosa e completamente com a vida e o propósito de Deus, ainda não conhece verdadeiramente a Deus.

Não reconhece Sua santidade.

Não reconhece Sua glória.

E, por consequência, O nega.


Essa postura o coloca fora da posição em que Deus o quer.

Faz com que viva um evangelho distorcido.

E o torna uma vítima da astúcia do diabo, enganado por um cristianismo que não salva, que não transforma, que não exige a cruz, nem gera renúncia.

A disposição do coração para com Deus precisa ser total, completa e exclusiva.


Não basta apenas molhar os pés.

Não basta ir até os joelhos.

É preciso mergulhar.


Espiritualmente falando, se você ainda não se lançou por inteiro, você não está onde Deus deseja que esteja, e não reconhece quem Deus realmente é.

Tudo se trata de uma única coisa:

A disposição do coração.

Você precisa dispor o seu coração, intensamente, completamente, inteiramente para Deus.

E, ao fazer isso, você estará se dispondo para aquilo que é o melhor para a sua vida.

Você estará se entregando à vitória completa, à definição do seu ser como filho de Deus, como alguém que pertence à verdade e ao bem.

Você estará se posicionando para a vida eterna.

Samira não teve essa disposição e a serpente a matou. 

Ela esteve claudicante.

Ela esteve incompleta.

Ela esteve presa.

E o seu fim foi terrível.


Que esta mensagem seja luz diante de você.

Que ela te defina quem você precisa ser, e te leve à vitória eterna com Deus.

Mas não fique como Samira — indecisa, claudicante, dividida.

Mergulhe-se completamente na vida com Deus.

Morra totalmente para o seu eu.

Porque na vida que Deus tem para você, não há nada melhor. Nada mais puro. Nada mais eterno.

Esta é uma mensagem de Deus falando para você: 

"Lembrai-vos da mulher de Losete"


Fundamentos Bíblicos


1. A renúncia total é exigência do Evangelho


> Lucas 14:33


“Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.”


> Mateus 16:24-25

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.”


Filipenses 3:7-8

“Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo.”


2. O apego ao mundo é inimizade contra Deus


Tiago 4:4

“Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”


1 João 2:15-17

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”


3. A disposição do coração determina o destino da alma


 Mateus 6:21

“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”


 Provérbios 4:23

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.”


 Gálatas 2:20

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”


4. Deus requer entrega completa


 Romanos 12:1-2

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.”


 Êxodo 10:26 (Exemplo de Moisés diante de Faraó)

“Os nossos rebanhos irão também conosco; nenhuma unha ficará, porque deles havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus; e não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.”


5. O erro fatal de olhar para trás


 Lucas 9:62

“E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.”


Gênesis 19:26 (Fundamento oculto da parábola)

“E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.”


6. O caminho estreito exige definição


Mateus 7:13-14

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”


Apocalipse 3:15-16

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.”


Esses versículos são os pilares da mensagem. 



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quarta-feira, 16 de julho de 2025

O Homem Chamado Éu

  


O Homem Chamado Éu


Havia um homem chamado Éu. Um nome estranho, incomum, difícil de esquecer. Mas o que tornava Éu ainda mais peculiar não era apenas seu nome, e sim a sua história.


Éu era procurado pela justiça. Não por um ou dois crimes. Mas por uma lista imensa de delitos. Ele roubava, mentia, adulterava, enganava, destruía lares, ferias pessoas, zombava da fé, quebrava regras, causava confusão por onde passava. Desde pequeno, não conheceu o bem. Seus pais eram maus, e ele herdou deles a mesma natureza corrompida. Cresceu fazendo o mal como quem respira: naturalmente.


Se aproveitava da confiança dos outros. Aplicava golpes, trapaceava no mercado, enganava clientes, passava à frente de todos, se exaltava acima dos demais. Era arrogante, soberbo, sensual, ambicioso e insaciável.


Mas isso não era tudo. Ele também era um fugitivo internacional. Seu nome estava na lista vermelha da Interpol — a Organização Internacional de Polícia Criminal, que coopera com forças policiais de mais de 190 países. O mundo inteiro o procurava, mas ele ainda não sabia disso.


Até que um dia, tentaram prendê-lo. Ele escapou por pouco. Foi então que entendeu: a justiça estava atrás dele. De verdade.


Daquele dia em diante, passou a viver disfarçado. Usava máscaras, mudava de aparência, trocava de cidade, evitava lugares públicos. Mas a verdade é que, por mais que mudasse de fora, ele era o mesmo por dentro. O mesmo Éu. O mesmo criminoso.


Mas uma coisa mudou: ele começou a sentir o peso da sua vida. A culpa. A vergonha. A perseguição constante. A solidão. Era como se algo dentro dele estivesse morrendo.


Ele começou a frequentar uma cafeteria simples, num bairro afastado. Toda manhã pedia o mesmo café. E toda manhã era atendido por uma funcionária que tinha um olhar diferente. Era firme, mas sereno. Um dia, ela puxou conversa.


— Você parece cansado… — disse ela.


— Não dormi bem. — respondeu Éu, seco.


— Sabe… Jesus disse: Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.


Ele franziu a testa. Tentou mudar de assunto. Mas ela continuava, dia após dia, falando de Jesus. Falando de perdão. Falando de uma vida nova. Falando de um homem que morreu para que criminosos como ele pudessem ser libertos de verdade.


Algo começou a mudar dentro dele. Aquilo que antes era apenas culpa, passou a ser arrependimento. Aquilo que era só medo, passou a ser desejo de mudança.


Até que, um dia, ele fez algo que nunca havia feito antes: decidiu parar de fugir.


Depois de tantos anos fugindo, Éu tomou uma decisão impensável: entregar-se à justiça.


Ele caminhou até uma delegacia local, no interior de Tennessee, Estados Unidos, onde já havia um mandado de prisão emitido em seu nome. Confessou todos os seus crimes, um por um. De forma detalhada, ele assumiu sua culpa, sem justificar, sem mentir, sem culpar ninguém.


Mais do que isso: colocou todos os seus bens à disposição para tentar ressarcir as vítimas que ainda estavam vivas. Ele sabia que dinheiro nenhum apagaria as marcas que deixou, mas o mínimo que podia fazer agora era demonstrar arrependimento com ações reais.


Mas antes de comparecer ao tribunal, ele fez um pedido formal às autoridades:


— “Eu não quero mais ser chamado de Éu. Aquele homem morreu. Quero que meu nome agora seja Emmanuel.”


O oficial da penitenciária franziu a testa.


— “Por quê Emmanuel?”


— “Porque significa Deus conosco. Pela primeira vez na vida, Deus está comigo. E eu quero que o meu nome lembre isso todos os dias.”


O pedido foi aceito. E assim, quando o juiz o chamou, não disse mais “Éu”. Disse:


— “Compareça ao tribunal… Emmanuel.”


O juiz, conhecido por sua rigidez, avaliou cuidadosamente o caso. Era evidente que aquele homem tinha um passado sombrio. Mas também era evidente que ele estava quebrado por dentro. Suas palavras não vinham da boca apenas, vinham dos olhos, dos gestos, das lágrimas. Era um homem quebrantado.


— “É raro ver um caso assim…” — disse o juiz, encarando Emmanuel no tribunal — “Mas vejo aqui um arrependimento sincero. O sistema é duro, mas a justiça também pode ser temperada com misericórdia.”


E assim, a pena foi diminuída drasticamente. Ainda assim, ele precisaria cumprir alguns anos na prisão estadual.


Na prisão, Emmanuel se transformou completamente. Era exemplo de conduta entre os internos. Não apenas evitava confusão — ele levava paz. Orava todos os dias, lia a Bíblia com atenção, e começou a falar de Jesus aos outros detentos. Não eram sermões religiosos — eram palavras de alguém que conhecia o buraco onde esteve, e que agora havia encontrado a luz do perdão.


Aquela mulher da cafeteria… Ela nunca o abandonou. Visitava-o fielmente, levava livros, orava com ele, discipulava-o com amor e verdade. Foi ela quem lhe ensinou o significado de 2 Coríntios 5:17:


 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”


O testemunho de Emmanuel impactou guardas, internos, funcionários e até o diretor da prisão. Sua pena foi reduzida ainda mais por bom comportamento — mas, mais que isso, porque ele já não era o mesmo homem. O velho Éu morreu ali dentro. E um novo homem nasceu em Cristo.


Depois de alguns anos, Emmanuel saiu da prisão. Livre. Não apenas livre por fora — mas principalmente por dentro. Agora ele andava pelas ruas, não como um fugitivo, mas como um homem transformado. Ele passou a dizer a todos que o maior tribunal que enfrentou não foi o humano, mas o tribunal da sua consciência diante de Deus.


E dizia algo que se tornou seu lema:


“Se eu não tivesse matado o velho Éu, ele teria me matado. Mas graças a Jesus, o velho Éu morreu. E agora, vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim.”

(Gálatas 2:20)

Depois que saiu da prisão, Emmanuel continuou firme no caminho que havia escolhido.


Ele foi batizado nas águas, como testemunho da nova vida em Cristo. Passou a frequentar a igreja ao lado daquela mulher que Deus usou para alcançá-lo. Com o tempo, se dedicou ao ministério, pregava com autoridade e foi consagrado pastor. Aquele que um dia destruía vidas, agora era usado por Deus para salvá-las pela pregação do Evangelho.


E assim viveu por muitos anos.


Já velho, nos seus últimos dias, Emmanuel veio a partir.


Mas não morreu.

Porque o "eu" já havia sido morto há muito tempo, no dia em que ele se arrependeu e se entregou a Deus.

E desde aquele dia, Emmanuel passou a viver para sempre.


Jesus disse:


“E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?”

(João 11:26)


Por isso, quando Emmanuel partiu, ele apenas foi para junto de Deus.

Porque aquele que crê em Jesus não morre mais, tem a vida eterna.


O nome que ele escolheu carregava sua esperança:

Emmanuel – Deus conosco.


E agora, para sempre, ele está com Deus.

Não apenas nesta vida —

mas por toda a eternidade.


🔥 Reflexão


O homem da parábola, chamado Éu, sempre foi mau. Desde que nasceu, já era assim. E esse Éu precisava morrer para que um novo homem pudesse nascer — um homem que jamais morreria.


Essa história traz o que Jesus ensina em relação à vida.


Quando Moisés perguntou a Deus:

— “Quem direi que me enviou?”

Deus respondeu:


Eu Sou o que Sou.”

(Êxodo 3:14)


Esse “Eu Sou” é Deus — o único que existe por si mesmo, o eterno.


Mas o homem, enquanto o seu eu (o Éu da parábola) viver nele, quer tomar o lugar de Deus. Ele vive para si mesmo, para seu “eu”. E enquanto esse eu viver, Deus não pode habitar naquele coração.


No mundo, a vida das pessoas é assim:

Elas dizem:

— “Eu fiz isso.”

— “Eu sou assim.”

— “Eu quero aquilo.”

Elas vivem exaltando o seu próprio eu.


Mas esse eu é mau. Está condenado.

E a verdade é que, se você não matar esse eu, ele vai matar você.


Porque esse eu quer ser rei da vida, quer glória, quer poder — quer o lugar que só Deus pode ocupar.


Jesus ensinou:

 “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”

(Marcos 8:34)


Negar a si mesmo é matar o seu eu.

É entregar o trono para Deus.

É permitir que Cristo viva em nós.


Só assim o velho eu morre, e nasce o homem novo, o “Emmanuel” — Deus conosco, que jamais morrerá.

Troque o Eu da sua boca da sua vida e substitua por Jesus. 


Caro leitor,


O que Deus está falando com você é muito claro: essa é a sua história.

A história de Éu é a história da sua vida.

Você precisa reconhecer que nasceu mal, que sua natureza é má, e que está condenado diante de Deus. Não há outro caminho: você precisa de arrependimento verdadeiro, de uma mudança radical, de uma decisão definitiva.


Você precisa matar o seu eu.

Se não matar, ele vai matar você.


Você não pode mais continuar dizendo:

— “Eu posso.”

— “Eu sei.”

— “Eu acho.”

— “Eu quero.”


Agora, na sua vida, precisa ser Emmanuel — Deus com você.

É Deus que tem que viver.

É o que Deus diz.

É o que Deus quer.

É o que Deus faz.


Você precisa morrer para que possa declarar com verdade:


 "Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim."

(Gálatas 2:20)


Você precisa matar a sua vontade.

Tudo o que você aprendeu, toda a confiança em si mesmo, todo o orgulho, toda a glória pessoal — tudo isso precisa morrer com o seu eu.


A única coisa que pode permanecer em pé é:

O que Deus diz. O que Deus quer. O que Deus merece.


Toda glória é exclusivamente de Deus.

Está claro o que Deus está falando com você

E agora, a sua decisão é o que vai definir o seu destino eterno.


Ou você reconhece que o seu eu é mau, que sua natureza está em rebelião contra Deus, e você se arrepende, mata o seu eu, e deixa Cristo viver em você…

Ou você continua exaltando seu próprio nome, seu próprio querer, seu próprio entendimento — e perece.


Jesus disse:

 “Aquele que ama a sua vida, perdê-la-á; e aquele que neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.”

(João 12:25)


Você precisa odiar o seu eu.

Você precisa entregá-lo à justiça de Deus — arrepender-se de verdade.

E como Emmanuel, receber um novo nome, uma nova identidade, uma nova vida.


Agora é Deus que tem que viver em você, ou seja, não é mais a sua vontade, mas a vontade de Deus revelada em Sua Palavra a Bíblia. 


🔥 Conclusão e Apelo


Essa história é a história da sua vida.


Não se trata apenas de um personagem chamado Éu.

Se trata de você.

A decisão que você precisa tomar é a mesma que aquele homem tomou:

Primeiro, o reconhecimento de que era mau.

Depois, o arrependimento sincero.

E por fim, pagar o preço de uma nova vida: matar o seu eu e nascer de novo como uma nova pessoa.

Não adianta tentar mudar apenas o comportamento sem mudar a essência.

Você pode orar.

Você pode ir à igreja.

Você pode até falar de Jesus.

Pode abandonar alguns hábitos errados...

Mas, se o seu eu (o Éu) ainda estiver vivo, você continua sendo o mesmo — um Éu maquiado, um Éu melhorado segundo sua própria ideia, mas ainda Éu.

E o Éu nunca será bom.  

 "Será como na história: o Éu disfarçado para não ser pego pela justiça."


Você precisa matar o seu eu.

Você precisa deixar de viver a sua vontade.

Isso significa uma fidelidade completa àquilo que Deus diz.

E essa fidelidade real é o que confirma que o seu eu realmente morreu.

> Sem morte, não há novo nascimento.

Sem a cruz, não há ressurreição.

Sem renúncia, não há salvação.

E não se iluda:

Se o seu eu não morrer, você continuará separado de Deus, mesmo que esteja cercado de religiosidade.

"No inferno, muitos finalmente reconhecerão o quão perverso era o 'eu' que amavam, serviam e exaltavam durante toda a vida — o 'eu' que escolheram seguir em vez de negar, matar e enterrar."

A morte não marca hora, a morte não avisa.

E se você partir desta vida com o Éu ainda vivo, o Emmanuel não estará em você.

E se Emmanuel — Deus conosco — não estiver em você, então você não estará com Deus por toda a eternidade.

Decida agora.

Reconheça. Arrependa-se. Mate o seu eu.

Nasça de novo. Viva para Deus.


> “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”

(Gálatas 2:20)



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terça-feira, 15 de julho de 2025

A Família como Inimiga.


 Título:

A Família como inimiga. 


📜 Texto-base:


E assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”

(Mateus 10:36)



✍️ Introdução:


A Bíblia mostra algo que muitos evitam encarar: a Palavra de Deus — e aqui me refiro, evidentemente, ao conteúdo bíblico inspirado por Deus — será, sim, motivo de inimizade, de conflito e de oposição. Não porque haja erro nela, mas porque nela há verdade. E a verdade, quando confronta corações endurecidos, provoca resistência.


Jesus afirma, com clareza, que esse conflito não seria superficial. Ele seria profundo, a ponto de gerar inimizade dentro da própria casa. Isso revela algo espiritual, sério e inevitável: a divisão entre aqueles que estão do lado dEle e aqueles que estão contra Ele.


Não se trata de religião, de opinião, de tradição. Trata-se de estar a favor ou contra o conteúdo bíblico, e esse posicionamento define, de forma absoluta, o destino eterno de cada pessoa.


Portanto, é preciso refletir — porque a reflexão leva ao entendimento, e a ausência dela leva à ignorância espiritual. E ignorar o que Jesus está dizendo é ignorar a linha que separa vida e morte, luz e trevas, salvação e perdição.


🟡 1. A Palavra de Deus — que é o conteúdo bíblico — traz comunhão ou divisão


Entendimento errado em relação à pessoa de Deus e à sua vontade, ou seja, o entendimento incorreto quanto ao conteúdo bíblico, significa errar em relação à vontade de Deus. Ir contra ela.


🔹 Subponto 1 – O erro dos que caminham na verdade e o erro dos que rejeitam ou negligenciam a verdade


Todos nós nascemos afastados de Deus, em decorrência do pecado de nossos pais, Adão e Eva. Nascemos num mundo onde o príncipe que o governa é o diabo, o opositor de tudo o que é santo, justo e verdadeiro.


Mas Deus manifestou a Sua verdade — e essa verdade é Jesus Cristo — com o propósito de resgatar o homem da condenação, do pecado e do sistema deste mundo, que está sob o domínio de Satanás. Essa verdade eterna se apresenta a todos os homens, porque Deus deseja que todos se salvem e venham ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2:4).


Porém, a disposição do coração do homem diante dessa verdade é o que determina a sua posição espiritual: se estará em comunhão com Deus, com Sua Palavra (Cristo) e com o Espírito Santo, ou se estará em oposição, separado de Deus, rejeitando a verdade, resistindo ao Espírito e, consequentemente, sem comunhão com a igreja verdadeira de Deus.


Quando uma pessoa não está comprometida em obedecer a Deus, em servi-Lo e em viver para cumprir o propósito pelo qual foi criada, quando ela não busca a verdade acima de tudo, ela se mantém nas trevas — e as trevas são, por natureza, oposição à luz.


Ela então se oporá à Palavra de Deus, que é o conteúdo das Escrituras, não por lógica ou razão, mas porque está cega espiritualmente. E essa cegueira é consequência de um coração voltado para si mesma, e não para Deus. O engano passa a ser seu guia. O engano passa a governar sua maneira de agir. O engano passa a moldar sua maneira de pensar. E, assim, ela se engana a respeito da sua própria condição espiritual e também sobre o seu destino eterno.


🔹 Subponto 2 – Os que erram, mas estão no caminho da verdade


Todos nós, quando viemos do mundo, trazemos aprendizados do mundo, comportamentos formados pelo mundo, valores influenciados pelo mundo. Mas, à medida que encontramos a verdade — que é Jesus — e reconhecemos o Seu sacrifício, abandonamos o pecado e decidimos viver para conhecer e cumprir a vontade de Deus, entramos no caminho da verdade.


Esse caminho, porém, não é instantâneo, é um processo. Como bebês espirituais, nascemos de novo para uma nova vida, e essa nova vida precisa de alimento — e esse alimento é a Palavra de Deus. É através do conhecimento bíblico que crescemos espiritualmente, e esse crescimento é o que a Bíblia chama de santificação.


 “Desejai ardentemente, como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.”

(1 Pedro 2:2)


Todo aquele que está na luz, embora ainda com falhas, se encontra em crescimento. E a Bíblia afirma, em Provérbios 4:18:


Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Provérbios 4:18


Isso mostra que quem é justo caminha em direção à perfeição, ainda que com erros, mas com o coração voltado para Deus e para a verdade.


Se não tivéssemos erros, se não houvesse em nós coisas a serem transformadas, então seríamos perfeitos como Deus é perfeito. Mas é essencial compreender: os erros que surgem nesse caminho de luz não são frutos de rejeição da verdade, nem de negligência. Porque quem rejeita ou negligencia a verdade, e a verdade é o que a Bíblia diz — ou seja, o que Jesus Cristo diz, portanto, o que Deus diz — está, na verdade, negligenciando o próprio Deus. E essa é uma característica de quem anda nas trevas.


🟠 2. Como não errar e não negligenciar a Deus e a Sua vontade


Assim como vimos no texto bíblico, onde está escrito:

Desejai ardentemente, como meninos recém-nascidos, o leite espiritual...” (1 Pedro 2:2),


vemos que Deus está deixando claro que o conhecimento da verdade — que é o conteúdo bíblico — deve ser desejado com intensidade, assim como uma criança recém-nascida deseja o leite da mãe.


Esse leite, para a criança, é vida. É um instinto natural de preservação da vida. O bebê deseja o leite porque ele entende, ainda que instintivamente, que precisa daquilo para viver. Assim também deve ser nossa relação com a Palavra de Deus: uma busca vital, urgente, constante.


Portanto, quem trata a Bíblia — o conteúdo bíblico — de maneira diferente, sem o valor que ela tem, está negligenciando. E essa negligência não é apenas contra o texto, mas é contra Deus, porque a Palavra é dEle, e é Ele mesmo quem se revela por meio dela.


Quem não deseja a Palavra de Deus como o bebê deseja o leite, está revelando que não reconhece o valor de Deus, nem quem Deus é. E essa falta de reconhecimento, esse desinteresse, é sinal claro de trevas espirituais.


É exatamente esse estado de trevas, essa indiferença disfarçada, esse coração que não deseja a verdade, que faz com que a pessoa erre a respeito de Deus e de Sua vontade. Porque o erro não nasce da falta de oportunidade, mas do sentimento interior que rejeita, negligencia e desvaloriza a verdade — e, portanto, desvaloriza o próprio Deus.

O orgulho é a raiz que impede o homem de olhar para Deus como Ele realmente é, porque o orgulho faz com que o homem olhe para si mesmo. Foi exatamente isso que aconteceu com Adão e Eva: entre a Palavra de Deus e aquilo que Satanás propunha, eles escolheram aquilo que, segundo eles, seria glória para si mesmos. E hoje acontece da mesma forma — o mundo, dominado por Satanás, propõe glória para o homem, exaltação do ser humano, engrandecimento da criatura. Isso leva o homem a se enganar a si mesmo, tratando a Deus e à Sua Palavra de maneira parcial, incompleta, reduzida — e não da forma integral e total, como Deus é em Sua essência: único, santo, soberano, absoluto e digno de toda obediência.


🔴 3. A Verdadeira posição de Luz.


Quando Jesus anunciou aos discípulos sobre o Seu sofrimento e a Sua morte, Pedro, que já O seguia e O reconhecia como Mestre, reagiu tentando impedir aquele propósito, dizendo:


 “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.”

(Mateus 16:22)



Jesus respondeu com firmeza:

 “Para trás de mim, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.”

(Mateus 16:23)


Esse momento revela que Pedro não seguia a Jesus com total integridade. Ele não estava disposto, naquele ponto, a fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que custasse a sua própria vida. Esse estado de parcialidade espiritual foi plenamente demonstrado quando, diante da pressão, Pedro negou Jesus três vezes. Entre preservar a sua própria vida ou manter-se fiel a Cristo, ele optou por preservar a sua vida.


Mas ele começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais!”

(Marcos 14:71)


Isso demonstra que qualquer pessoa que não está disposta a obedecer a Deus integralmente, até mesmo entregando a própria vida, está em oposição a Deus. Ainda não está na luz, porque a luz exige entrega total à vontade do Pai.


No entanto, a Escritura relata que Pedro, depois disso, chorou amargamente:


E, lembrando-se Pedro das palavras que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.”

(Mateus 26:75)


Pedro se arrependeu, e após sua conversão, viveu uma vida completamente entregue a Cristo, inclusive preparado para morrer por Ele.


Jesus havia profetizado:

 “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queres.”

(João 21:18)


E o texto continua:

 “E disse isso para significar com que tipo de morte Pedro havia de glorificar a Deus.”

(João 21:19)


Pedro, que antes evitou a cruz, mais tarde glorificou a Deus com sua própria morte, entregando-se completamente por amor a Cristo.


Esse conteúdo bíblico revela que somente aquele que coloca a vontade de Deus acima de tudo, que vive fervorosamente pela verdade, e que não abre mão de absolutamente nada em favor de si mesmo, é quem verdadeiramente considera Deus como Deus — digno de obediência total, reverência absoluta e entrega incondicional


🟡 4. A oposição entre luz e trevas


Por uma pessoa ser luz, por ela seguir a Cristo, defender e viver em função da Palavra de Deus, inevitavelmente surgirá oposição com as trevas. E essa é a razão pela qual aquele que é de Deus enfrenta sofrimento, perseguição, humilhação. Esta é a cruz que todo verdadeiro seguidor de Cristo deve carregar.


A Bíblia nunca disse que o caminho da verdade seria fácil. Pelo contrário, é um caminho de esforço, de luta, de guerra espiritual, de renúncia e sofrimento. Jesus deixou isso muito claro:


Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos há que a encontrem.”

(Mateus 7:13-14)


E também:

 “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.”

(Mateus 10:37)


Essa é a essência da renúncia total exigida por Cristo. A luz não pode negociar com as trevas. E por isso, as trevas se levantam contra a luz, resistem, atacam, perseguem. Jesus revelou que essa oposição não está distante, mas muitas vezes acontece dentro da própria família.


Jesus revelou que essa oposição não está distante, mas muitas vezes acontece dentro da própria família.


Essa oposição que nasce dentro de casa, não se limita apenas à maneira de viver segundo o conteúdo bíblico, mas vai além: é uma oposição espiritual. Trata-se de uma resistência interior, muitas vezes inconsciente, mas real e intensa, contra a presença da luz.


Membros da própria casa, da própria família, muitas vezes, sem entender, passam a ter uma inclinação interior contrária, um incômodo, uma inquietação diante daquele que está buscando viver em santidade, anunciando a verdade, pregando o arrependimento, e chamando as pessoas à fidelidade a Deus.


E por estarem sem discernimento espiritual, por estarem dominados pelo orgulho ou até influenciados espiritualmente por forças malignas, passam a buscar falhas, defeitos e erros — não com honestidade de reflexão, mas com o objetivo interno de desacreditar aquele que está na luz.


Essa busca é muitas vezes natural ao coração carnal: procuram algo que, dentro de sua concepção, justifique sua resistência. Querem criticar, apontar, diminuir, porque a luz da verdade os incomoda. Mas isso não é apenas humano — é espiritual. É a ação das trevas reagindo contra a luz.


Essa oposição pode acontecer de forma inconsciente, mas é fruto da ignorância a respeito da verdade e da influência espiritual maligna, resultado direto de não terem o Espírito de Deus. E o Espírito de Deus só é dado àqueles que obedecem a Deus (Atos 5:32).


Quem não tem o Espírito de Deus, permanece sob o domínio das trevas, e passa a ser dirigido por um espírito enganoso, que o leva a acreditar que está certo e que o outro está errado — mesmo quando o outro está falando a verdade bíblica, chamando ao arrependimento, vivendo em santidade.


Essa é a real e profunda oposição entre luz e trevas: a luz denuncia o pecado, e as trevas resistem à verdade.


A inimizade dentro da própria família


Jesus afirmou que os inimigos do homem seriam os da sua própria casa (Mateus 10:36). E inimigo é inimigo. Essa declaração é literal e espiritual — trata-se de uma realidade profunda que se manifesta no plano mais importante e efetivo: o plano espiritual.


Essa é a realidade mais profunda e fundamental. O que realmente é efetivo é o plano espiritual. O plano natural é passageiro e irrelevante diante da eternidade e da verdade de Deus.


A relação de afeição natural que existe na família — como carinho, cuidado e até preocupação — não elimina a inimizade espiritual, pois essa afeição natural não significa amor verdadeiro, mas sim, como o texto bíblico descreve, afeição natural que provém da ligação sanguínea.


A inimizade que as trevas apresentam contra a luz não caracteriza amor. Portanto, mesmo quando existe algum tipo de vínculo afetivo no plano carnal, essa relação não é de amor, mas de afeto natural. E o afeto natural não tem valor diante da oposição espiritual que existe entre o salvo e o perdido.


Ainda que envolta na coberta do afeto natural — que pode se manifestar por meio de preocupação, carinho, cuidados e palavras —, no fundo, na realidade espiritual, na essência, trata-se de inimizade, que pode trazer ou não respingos fortes ou amenos, no plano natural ou de relacionamento familiar, mas isso não muda a realidade da inimizade, que é forte, determinante, a realidade, a verdade, por ser o aspecto espiritual. Levando a destinos eternos contrários. 

Cabe ao cristão amar a sua família e orar por ela.  

De certa forma, a inimizade por parte da família também acontece em relação ao ser humano e a Deus. Assim como está escrito: “os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mateus 10:36). Mesmo sendo da mesma casa, existe oposição, rejeição e resistência.


Da mesma maneira, o ser humano pode dizer que é filho de Deus, que crê em Deus, que fala com Deus em oração e acredita que Deus fala com ele. Pode até render louvores a Deus e falar respeitosamente sobre Ele. Porém, espiritualmente, é inimigo de Deus.


É inimigo de Deus porque está em oposição ao conteúdo bíblico — ou seja, ao que Deus diz — e, consequentemente, está em oposição ao próprio Deus. A separação, nesse caso, é inevitável, e o resultado disso é o afastamento eterno de Deus e a Sua ira sobre a vida dessa pessoa.


A Palavra de Deus declara:

 “Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.”

(Tiago 4:4)


 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser.”

(Romanos 8:7)



🔵 5. A comunhão entre os que estão na luz


Quando alguém aeita Jesus verdadeiramente e decide ser fiel a Deus, recebe o Espírito Santo, pois está escrito:


 “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem.” (Atos 5:32)


O Espírito Santo é quem guia à toda verdade (João 16:13), e Ele não ensina doutrinas diferentes para pessoas diferentes. O Espírito Santo revela a verdade única, absoluta e eterna, expressa na Palavra de Deus, a Bíblia.


Para conhecer essa verdade, para conhecer a vontade de Deus e viver de acordo com ela, é necessário um coração com disposição de fazer a vontade de Deus custe o que custar.

Jesus declarou:

 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina...” (João 7:17)


Ou seja, aquele que sinceramente deseja fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que custe a sua própria vida, este há de conhecer a verdadeira doutrina, estará em comunhão com a verdadeira igreja e será guiado pelo Espírito Santo.


Por outro lado, quem não está disposto a fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que isso implique perder tudo, inclusive a própria vida, está nas trevas, está perdido nas trevas, assim como Pedro estava quando Jesus lhe disse:


Arreda-te, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” (Mateus 16:23)


Pedro, diante da prova, ao ter que optar entre manter a fidelidade a Deus mesmo que isso o levasse à morte, ou preservar a sua própria vida, preferiu preservar a sua vida.

E com isso, negou quem Jesus é, pois negar a Jesus é negar sua autoridade, sua palavra, seu senhorio e sua glória, que exigem de nós obediência absoluta e entrega total — até a morte, se necessário for.


A Bíblia declara:


> “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

(1 João 1:7)




Andar na luz significa viver de acordo com a Palavra de Deus. E quem anda na luz tem comunhão com os outros que também estão na luz, ou seja, com a verdadeira Igreja — composta por aqueles que vivem em fidelidade absoluta à Bíblia, guiados pelo Espírito Santo.


Somente estes, que andam na luz e têm comunhão com os fiéis à Palavra de Deus, estão salvos.

Só estes são purificados pelo sangue de Jesus.


Os demais, que não vivem na luz e não estão em comunhão com a verdadeira Igreja, com a doutrina verdadeira, estes não são purificados, e o sangue de Jesus não tem valor sobre suas vidas, pois rejeitam a obediência e a verdade.


É preciso andar na luz, ou seja, andar de acordo com a Bíblia, e ter comunhão com os que estão na luz, fiéis à doutrina de Cristo.

Essa comunhão com a verdade é que demonstra que há luz — e, portanto, salvação. Onde não há comunhão verdadeira, há trevas.


Conclusão e Apelo


Acorda!

A vida é curta. Você pode morrer a qualquer hora. E você precisa decidir como vai viver: na luz ou nas trevas?

Na ignorância a respeito da Palavra de Deus ou em fidelidade a ela?

O Deus da Biblia é o Deus verdadeiro. E no inferno, se você não aceitar essa verdade, você vai ter que engolí-la — mas tarde demais.

E o inferno é o tormento eterno.

A verdade é o que tira o homem das trevas.

E Jesus é a verdade.

As palavras de Jesus estão na Bíblia. Siga-as!

Mas não basta você querer fazer a vontade de Deus de forma incompleta, não absoluta, não fervorosa.

Você tem que colocar Deus na posição que Ele é: Soberano, Senhor, digno de total obediência e adoração. E isso implica em você buscar o conhecimento da vontade de Deus e praticá-la, custe o que custar, por toda a sua vida.

Tome esta decisão:

Decida-se pela vida eterna com Deus e não pelo engano.

Só a verdade pode te libertar do engano.

Mas é preciso abandonar o orgulho e arrepender-se, mudar de vida e seguir a Verdade, que é Jesus, através da Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, custe o que custar, ainda que custe tudo, ou até mesmo a própria vida.

Estas palavras não são de homens, mas são do próprio Deus. Estão na Bíblia. Creia nEle.



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