terça-feira, 15 de julho de 2025

A Família como Inimiga.


 Título:

A Família como inimiga. 


📜 Texto-base:


E assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.”

(Mateus 10:36)



✍️ Introdução:


A Bíblia mostra algo que muitos evitam encarar: a Palavra de Deus — e aqui me refiro, evidentemente, ao conteúdo bíblico inspirado por Deus — será, sim, motivo de inimizade, de conflito e de oposição. Não porque haja erro nela, mas porque nela há verdade. E a verdade, quando confronta corações endurecidos, provoca resistência.


Jesus afirma, com clareza, que esse conflito não seria superficial. Ele seria profundo, a ponto de gerar inimizade dentro da própria casa. Isso revela algo espiritual, sério e inevitável: a divisão entre aqueles que estão do lado dEle e aqueles que estão contra Ele.


Não se trata de religião, de opinião, de tradição. Trata-se de estar a favor ou contra o conteúdo bíblico, e esse posicionamento define, de forma absoluta, o destino eterno de cada pessoa.


Portanto, é preciso refletir — porque a reflexão leva ao entendimento, e a ausência dela leva à ignorância espiritual. E ignorar o que Jesus está dizendo é ignorar a linha que separa vida e morte, luz e trevas, salvação e perdição.


🟡 1. A Palavra de Deus — que é o conteúdo bíblico — traz comunhão ou divisão


Entendimento errado em relação à pessoa de Deus e à sua vontade, ou seja, o entendimento incorreto quanto ao conteúdo bíblico, significa errar em relação à vontade de Deus. Ir contra ela.


🔹 Subponto 1 – O erro dos que caminham na verdade e o erro dos que rejeitam ou negligenciam a verdade


Todos nós nascemos afastados de Deus, em decorrência do pecado de nossos pais, Adão e Eva. Nascemos num mundo onde o príncipe que o governa é o diabo, o opositor de tudo o que é santo, justo e verdadeiro.


Mas Deus manifestou a Sua verdade — e essa verdade é Jesus Cristo — com o propósito de resgatar o homem da condenação, do pecado e do sistema deste mundo, que está sob o domínio de Satanás. Essa verdade eterna se apresenta a todos os homens, porque Deus deseja que todos se salvem e venham ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2:4).


Porém, a disposição do coração do homem diante dessa verdade é o que determina a sua posição espiritual: se estará em comunhão com Deus, com Sua Palavra (Cristo) e com o Espírito Santo, ou se estará em oposição, separado de Deus, rejeitando a verdade, resistindo ao Espírito e, consequentemente, sem comunhão com a igreja verdadeira de Deus.


Quando uma pessoa não está comprometida em obedecer a Deus, em servi-Lo e em viver para cumprir o propósito pelo qual foi criada, quando ela não busca a verdade acima de tudo, ela se mantém nas trevas — e as trevas são, por natureza, oposição à luz.


Ela então se oporá à Palavra de Deus, que é o conteúdo das Escrituras, não por lógica ou razão, mas porque está cega espiritualmente. E essa cegueira é consequência de um coração voltado para si mesma, e não para Deus. O engano passa a ser seu guia. O engano passa a governar sua maneira de agir. O engano passa a moldar sua maneira de pensar. E, assim, ela se engana a respeito da sua própria condição espiritual e também sobre o seu destino eterno.


🔹 Subponto 2 – Os que erram, mas estão no caminho da verdade


Todos nós, quando viemos do mundo, trazemos aprendizados do mundo, comportamentos formados pelo mundo, valores influenciados pelo mundo. Mas, à medida que encontramos a verdade — que é Jesus — e reconhecemos o Seu sacrifício, abandonamos o pecado e decidimos viver para conhecer e cumprir a vontade de Deus, entramos no caminho da verdade.


Esse caminho, porém, não é instantâneo, é um processo. Como bebês espirituais, nascemos de novo para uma nova vida, e essa nova vida precisa de alimento — e esse alimento é a Palavra de Deus. É através do conhecimento bíblico que crescemos espiritualmente, e esse crescimento é o que a Bíblia chama de santificação.


 “Desejai ardentemente, como meninos recém-nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo.”

(1 Pedro 2:2)


Todo aquele que está na luz, embora ainda com falhas, se encontra em crescimento. E a Bíblia afirma, em Provérbios 4:18:


Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Provérbios 4:18


Isso mostra que quem é justo caminha em direção à perfeição, ainda que com erros, mas com o coração voltado para Deus e para a verdade.


Se não tivéssemos erros, se não houvesse em nós coisas a serem transformadas, então seríamos perfeitos como Deus é perfeito. Mas é essencial compreender: os erros que surgem nesse caminho de luz não são frutos de rejeição da verdade, nem de negligência. Porque quem rejeita ou negligencia a verdade, e a verdade é o que a Bíblia diz — ou seja, o que Jesus Cristo diz, portanto, o que Deus diz — está, na verdade, negligenciando o próprio Deus. E essa é uma característica de quem anda nas trevas.


🟠 2. Como não errar e não negligenciar a Deus e a Sua vontade


Assim como vimos no texto bíblico, onde está escrito:

Desejai ardentemente, como meninos recém-nascidos, o leite espiritual...” (1 Pedro 2:2),


vemos que Deus está deixando claro que o conhecimento da verdade — que é o conteúdo bíblico — deve ser desejado com intensidade, assim como uma criança recém-nascida deseja o leite da mãe.


Esse leite, para a criança, é vida. É um instinto natural de preservação da vida. O bebê deseja o leite porque ele entende, ainda que instintivamente, que precisa daquilo para viver. Assim também deve ser nossa relação com a Palavra de Deus: uma busca vital, urgente, constante.


Portanto, quem trata a Bíblia — o conteúdo bíblico — de maneira diferente, sem o valor que ela tem, está negligenciando. E essa negligência não é apenas contra o texto, mas é contra Deus, porque a Palavra é dEle, e é Ele mesmo quem se revela por meio dela.


Quem não deseja a Palavra de Deus como o bebê deseja o leite, está revelando que não reconhece o valor de Deus, nem quem Deus é. E essa falta de reconhecimento, esse desinteresse, é sinal claro de trevas espirituais.


É exatamente esse estado de trevas, essa indiferença disfarçada, esse coração que não deseja a verdade, que faz com que a pessoa erre a respeito de Deus e de Sua vontade. Porque o erro não nasce da falta de oportunidade, mas do sentimento interior que rejeita, negligencia e desvaloriza a verdade — e, portanto, desvaloriza o próprio Deus.

O orgulho é a raiz que impede o homem de olhar para Deus como Ele realmente é, porque o orgulho faz com que o homem olhe para si mesmo. Foi exatamente isso que aconteceu com Adão e Eva: entre a Palavra de Deus e aquilo que Satanás propunha, eles escolheram aquilo que, segundo eles, seria glória para si mesmos. E hoje acontece da mesma forma — o mundo, dominado por Satanás, propõe glória para o homem, exaltação do ser humano, engrandecimento da criatura. Isso leva o homem a se enganar a si mesmo, tratando a Deus e à Sua Palavra de maneira parcial, incompleta, reduzida — e não da forma integral e total, como Deus é em Sua essência: único, santo, soberano, absoluto e digno de toda obediência.


🔴 3. A Verdadeira posição de Luz.


Quando Jesus anunciou aos discípulos sobre o Seu sofrimento e a Sua morte, Pedro, que já O seguia e O reconhecia como Mestre, reagiu tentando impedir aquele propósito, dizendo:


 “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.”

(Mateus 16:22)



Jesus respondeu com firmeza:

 “Para trás de mim, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.”

(Mateus 16:23)


Esse momento revela que Pedro não seguia a Jesus com total integridade. Ele não estava disposto, naquele ponto, a fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que custasse a sua própria vida. Esse estado de parcialidade espiritual foi plenamente demonstrado quando, diante da pressão, Pedro negou Jesus três vezes. Entre preservar a sua própria vida ou manter-se fiel a Cristo, ele optou por preservar a sua vida.


Mas ele começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais!”

(Marcos 14:71)


Isso demonstra que qualquer pessoa que não está disposta a obedecer a Deus integralmente, até mesmo entregando a própria vida, está em oposição a Deus. Ainda não está na luz, porque a luz exige entrega total à vontade do Pai.


No entanto, a Escritura relata que Pedro, depois disso, chorou amargamente:


E, lembrando-se Pedro das palavras que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.”

(Mateus 26:75)


Pedro se arrependeu, e após sua conversão, viveu uma vida completamente entregue a Cristo, inclusive preparado para morrer por Ele.


Jesus havia profetizado:

 “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queres.”

(João 21:18)


E o texto continua:

 “E disse isso para significar com que tipo de morte Pedro havia de glorificar a Deus.”

(João 21:19)


Pedro, que antes evitou a cruz, mais tarde glorificou a Deus com sua própria morte, entregando-se completamente por amor a Cristo.


Esse conteúdo bíblico revela que somente aquele que coloca a vontade de Deus acima de tudo, que vive fervorosamente pela verdade, e que não abre mão de absolutamente nada em favor de si mesmo, é quem verdadeiramente considera Deus como Deus — digno de obediência total, reverência absoluta e entrega incondicional


🟡 4. A oposição entre luz e trevas


Por uma pessoa ser luz, por ela seguir a Cristo, defender e viver em função da Palavra de Deus, inevitavelmente surgirá oposição com as trevas. E essa é a razão pela qual aquele que é de Deus enfrenta sofrimento, perseguição, humilhação. Esta é a cruz que todo verdadeiro seguidor de Cristo deve carregar.


A Bíblia nunca disse que o caminho da verdade seria fácil. Pelo contrário, é um caminho de esforço, de luta, de guerra espiritual, de renúncia e sofrimento. Jesus deixou isso muito claro:


Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos há que a encontrem.”

(Mateus 7:13-14)


E também:

 “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.”

(Mateus 10:37)


Essa é a essência da renúncia total exigida por Cristo. A luz não pode negociar com as trevas. E por isso, as trevas se levantam contra a luz, resistem, atacam, perseguem. Jesus revelou que essa oposição não está distante, mas muitas vezes acontece dentro da própria família.


Jesus revelou que essa oposição não está distante, mas muitas vezes acontece dentro da própria família.


Essa oposição que nasce dentro de casa, não se limita apenas à maneira de viver segundo o conteúdo bíblico, mas vai além: é uma oposição espiritual. Trata-se de uma resistência interior, muitas vezes inconsciente, mas real e intensa, contra a presença da luz.


Membros da própria casa, da própria família, muitas vezes, sem entender, passam a ter uma inclinação interior contrária, um incômodo, uma inquietação diante daquele que está buscando viver em santidade, anunciando a verdade, pregando o arrependimento, e chamando as pessoas à fidelidade a Deus.


E por estarem sem discernimento espiritual, por estarem dominados pelo orgulho ou até influenciados espiritualmente por forças malignas, passam a buscar falhas, defeitos e erros — não com honestidade de reflexão, mas com o objetivo interno de desacreditar aquele que está na luz.


Essa busca é muitas vezes natural ao coração carnal: procuram algo que, dentro de sua concepção, justifique sua resistência. Querem criticar, apontar, diminuir, porque a luz da verdade os incomoda. Mas isso não é apenas humano — é espiritual. É a ação das trevas reagindo contra a luz.


Essa oposição pode acontecer de forma inconsciente, mas é fruto da ignorância a respeito da verdade e da influência espiritual maligna, resultado direto de não terem o Espírito de Deus. E o Espírito de Deus só é dado àqueles que obedecem a Deus (Atos 5:32).


Quem não tem o Espírito de Deus, permanece sob o domínio das trevas, e passa a ser dirigido por um espírito enganoso, que o leva a acreditar que está certo e que o outro está errado — mesmo quando o outro está falando a verdade bíblica, chamando ao arrependimento, vivendo em santidade.


Essa é a real e profunda oposição entre luz e trevas: a luz denuncia o pecado, e as trevas resistem à verdade.


A inimizade dentro da própria família


Jesus afirmou que os inimigos do homem seriam os da sua própria casa (Mateus 10:36). E inimigo é inimigo. Essa declaração é literal e espiritual — trata-se de uma realidade profunda que se manifesta no plano mais importante e efetivo: o plano espiritual.


Essa é a realidade mais profunda e fundamental. O que realmente é efetivo é o plano espiritual. O plano natural é passageiro e irrelevante diante da eternidade e da verdade de Deus.


A relação de afeição natural que existe na família — como carinho, cuidado e até preocupação — não elimina a inimizade espiritual, pois essa afeição natural não significa amor verdadeiro, mas sim, como o texto bíblico descreve, afeição natural que provém da ligação sanguínea.


A inimizade que as trevas apresentam contra a luz não caracteriza amor. Portanto, mesmo quando existe algum tipo de vínculo afetivo no plano carnal, essa relação não é de amor, mas de afeto natural. E o afeto natural não tem valor diante da oposição espiritual que existe entre o salvo e o perdido.


Ainda que envolta na coberta do afeto natural — que pode se manifestar por meio de preocupação, carinho, cuidados e palavras —, no fundo, na realidade espiritual, na essência, trata-se de inimizade, que pode trazer ou não respingos fortes ou amenos, no plano natural ou de relacionamento familiar, mas isso não muda a realidade da inimizade, que é forte, determinante, a realidade, a verdade, por ser o aspecto espiritual. Levando a destinos eternos contrários. 

Cabe ao cristão amar a sua família e orar por ela.  

De certa forma, a inimizade por parte da família também acontece em relação ao ser humano e a Deus. Assim como está escrito: “os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mateus 10:36). Mesmo sendo da mesma casa, existe oposição, rejeição e resistência.


Da mesma maneira, o ser humano pode dizer que é filho de Deus, que crê em Deus, que fala com Deus em oração e acredita que Deus fala com ele. Pode até render louvores a Deus e falar respeitosamente sobre Ele. Porém, espiritualmente, é inimigo de Deus.


É inimigo de Deus porque está em oposição ao conteúdo bíblico — ou seja, ao que Deus diz — e, consequentemente, está em oposição ao próprio Deus. A separação, nesse caso, é inevitável, e o resultado disso é o afastamento eterno de Deus e a Sua ira sobre a vida dessa pessoa.


A Palavra de Deus declara:

 “Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.”

(Tiago 4:4)


 “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser.”

(Romanos 8:7)



🔵 5. A comunhão entre os que estão na luz


Quando alguém aeita Jesus verdadeiramente e decide ser fiel a Deus, recebe o Espírito Santo, pois está escrito:


 “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem.” (Atos 5:32)


O Espírito Santo é quem guia à toda verdade (João 16:13), e Ele não ensina doutrinas diferentes para pessoas diferentes. O Espírito Santo revela a verdade única, absoluta e eterna, expressa na Palavra de Deus, a Bíblia.


Para conhecer essa verdade, para conhecer a vontade de Deus e viver de acordo com ela, é necessário um coração com disposição de fazer a vontade de Deus custe o que custar.

Jesus declarou:

 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina...” (João 7:17)


Ou seja, aquele que sinceramente deseja fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que custe a sua própria vida, este há de conhecer a verdadeira doutrina, estará em comunhão com a verdadeira igreja e será guiado pelo Espírito Santo.


Por outro lado, quem não está disposto a fazer a vontade de Deus custe o que custar, ainda que isso implique perder tudo, inclusive a própria vida, está nas trevas, está perdido nas trevas, assim como Pedro estava quando Jesus lhe disse:


Arreda-te, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” (Mateus 16:23)


Pedro, diante da prova, ao ter que optar entre manter a fidelidade a Deus mesmo que isso o levasse à morte, ou preservar a sua própria vida, preferiu preservar a sua vida.

E com isso, negou quem Jesus é, pois negar a Jesus é negar sua autoridade, sua palavra, seu senhorio e sua glória, que exigem de nós obediência absoluta e entrega total — até a morte, se necessário for.


A Bíblia declara:


> “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

(1 João 1:7)




Andar na luz significa viver de acordo com a Palavra de Deus. E quem anda na luz tem comunhão com os outros que também estão na luz, ou seja, com a verdadeira Igreja — composta por aqueles que vivem em fidelidade absoluta à Bíblia, guiados pelo Espírito Santo.


Somente estes, que andam na luz e têm comunhão com os fiéis à Palavra de Deus, estão salvos.

Só estes são purificados pelo sangue de Jesus.


Os demais, que não vivem na luz e não estão em comunhão com a verdadeira Igreja, com a doutrina verdadeira, estes não são purificados, e o sangue de Jesus não tem valor sobre suas vidas, pois rejeitam a obediência e a verdade.


É preciso andar na luz, ou seja, andar de acordo com a Bíblia, e ter comunhão com os que estão na luz, fiéis à doutrina de Cristo.

Essa comunhão com a verdade é que demonstra que há luz — e, portanto, salvação. Onde não há comunhão verdadeira, há trevas.


Conclusão e Apelo


Acorda!

A vida é curta. Você pode morrer a qualquer hora. E você precisa decidir como vai viver: na luz ou nas trevas?

Na ignorância a respeito da Palavra de Deus ou em fidelidade a ela?

O Deus da Biblia é o Deus verdadeiro. E no inferno, se você não aceitar essa verdade, você vai ter que engolí-la — mas tarde demais.

E o inferno é o tormento eterno.

A verdade é o que tira o homem das trevas.

E Jesus é a verdade.

As palavras de Jesus estão na Bíblia. Siga-as!

Mas não basta você querer fazer a vontade de Deus de forma incompleta, não absoluta, não fervorosa.

Você tem que colocar Deus na posição que Ele é: Soberano, Senhor, digno de total obediência e adoração. E isso implica em você buscar o conhecimento da vontade de Deus e praticá-la, custe o que custar, por toda a sua vida.

Tome esta decisão:

Decida-se pela vida eterna com Deus e não pelo engano.

Só a verdade pode te libertar do engano.

Mas é preciso abandonar o orgulho e arrepender-se, mudar de vida e seguir a Verdade, que é Jesus, através da Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, custe o que custar, ainda que custe tudo, ou até mesmo a própria vida.

Estas palavras não são de homens, mas são do próprio Deus. Estão na Bíblia. Creia nEle.



Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

O Futebol e o Comportamento Humano sob a Ótica Bíblica


O Futebol e o Comportamento Humano sob a Ótica Bíblica


 Introdução


O futebol é hoje o esporte mais popular do mundo. Presente em praticamente todas as nações, ele reúne milhões de torcedores, praticantes e simpatizantes, sendo um dos principais fenômenos culturais da sociedade contemporânea. Seu alcance ultrapassa fronteiras e idiomas, conectando pessoas dos mais diversos contextos por meio de campeonatos locais, nacionais e internacionais.


Além do envolvimento massivo de grande parte da população mundial, o futebol também movimenta cifras bilionárias. Clubes, jogadores, empresas de mídia, patrocinadores e diversas outras áreas da economia giram em torno desse esporte, fazendo dele um dos maiores mercados financeiros da atualidade.


Diante disso, torna-se óbvia a necessidade de se refletir sobre o comportamento humano em relação ao futebol. O modo como as pessoas se comportam, se envolvem e reagem dentro desse cenário precisa ser avaliado com seriedade, porque revela muito da sua relação com Deus. Há um perigo real quando o envolvimento com o futebol passa a influenciar negativamente atitudes, pensamentos e escolhas, afastando o ser humano dos princípios que agradam a Deus. O comportamento diante desse fenômeno não é algo neutro ou sem importância: ele pode indicar um caminho de submissão a Deus — ou de rebelião contra Ele. Por isso, é necessário ouvir, refletir e considerar com atenção a direção espiritual que estamos tomando, especialmente na maneira como nos comportamos, reagimos e nos envolvemos com esse fenômeno.


1. A autoavaliação e a relação com a vontade de Deus


Quem não olha para dentro de si e não reflete sobre seu comportamento e sua maneira de agir mostra que não se importa com a vontade de Deus.


Aquele que não busca esse exame pessoal está claramente mostrando desrespeito, desconsideração e desprezo pela vontade do Criador. Isso ocorre porque seu foco não está em obedecer a Deus, mas sim em satisfazer sua própria vontade — fruto do orgulho, que é a essência do diabo (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-17).


Antes mesmo de considerar como o futebol pode afetar o comportamento, é fundamental compreender que toda a vida foi criada por Deus e deve estar em conformidade com Sua vontade soberana. Ir contra essa vontade é agir segundo a natureza do diabo, que resulta em afastamento eterno de Deus. Esse afastamento produz sofrimento eterno, pois tudo de bom vem de Deus, e a ausência dEle traz dor insuportável e perpétua (Romanos 6:23).


Portanto, a reflexão sobre o próprio comportamento, sentimentos e motivações é um dever daquele que reconhece a verdade incontestável: Deus é soberano e Senhor de toda a criação.

Aqueles que ainda não foram alcançados pela verdade de Deus têm o comportamento de proteger o próprio ego. Em vez de usar a palavra de Deus para fazer uma faxina no próprio coração, limpando suas falhas e erros, eles se preocupam em apontar os defeitos dos outros. Essa é uma característica do orgulho — o desejo de manter um alto conceito de si mesmo, de parecer sempre certo e bom. Por isso, em vez de se submeterem ao julgamento da verdade, buscam julgar o próximo para se protegerem. Essa atitude revela claramente que não conhecem a verdadeira vontade de Deus, pois Ele chama cada um a examinar-se com sinceridade e humildade.


O desejo de estar limpo e de agradar a Deus é o que possibilita a Palavra de Deus ser eficaz na vida da pessoa. A Palavra só produz efeito naquele que a recebe com o propósito de, primeiro, examinar a si mesmo, fazer uma faxina e tirar tudo que é contrário à vontade de Deus.


Porém, aqueles que ouvem a Palavra e logo querem aplicá-la aos outros sem esse exame próprio continuam presos ao orgulho e à autojustificação. Isso revela que ainda não entenderam o verdadeiro papel da Palavra de Deus, que é, antes de tudo, para nós mesmos — para que a verdade fundamente o nosso viver.


2. A presença maligna no futebol


É evidente, claro e inegável que, dentro do ambiente do futebol, se manifestam atitudes e comportamentos que são maus e totalmente contrários à vontade de Deus. Violência, rivalidade extrema, insultos, brigas, desrespeito, idolatria, orgulho e até mortes têm se tornado parte comum desse cenário. São práticas que não agradam a Deus e revelam claramente a presença do mal.


No entanto, é importante reconhecer que a ação do Diabo não está limitada ao futebol. Ele age em todas as áreas da vida humana — no trabalho, na política, nas famílias, na religião — e até tenta usar a própria Bíblia para espalhar o engano e a mentira (Mateus 4:6). Sua atuação é sutil, estratégica e tem o objetivo de afastar o homem da verdade de Deus.


Por isso, o papel do cristão é vigiar em todas as áreas da vida, avaliando cada situação à luz da Palavra. Como está escrito:

📖 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.” (1 Coríntios 6:12)

📖 “Examinai tudo. Retende o bem.” (1 Tessalonicenses 5:21)


Se o futebol fosse vivido como uma simples atividade física, uma forma saudável de exercício e interação social — em que houvesse respeito, carinho, união entre as pessoas, e não a exaltação do orgulho pela vitória, nem o desprezo pela derrota — talvez pudesse ser enxergado com outro olhar. Se, ao final da partida, houvesse abraços, boas conversas, reconhecimento mútuo, e tudo fosse feito com humildade e moderação, então se extrairia algo útil.


Se o objetivo não fosse competir para se sentir superior, mas sim compartilhar alegria, criatividade, talento e convivência, a prática poderia ter um valor social. Mas o que vemos, na maioria dos casos, é o oposto disso: a busca pela vitória como sinal de glória pessoal, o desprezo pelo outro, a idolatria de jogadores, clubes e paixões que tomam o lugar que pertence a Deus.

Quando o futebol cega o entendimento, e as pessoas deixam de avaliar o próprio comportamento à luz da Palavra de Deus, ele passa a ocupar o lugar que pertence a Deus. Nesse ponto, torna-se idolatria. A paixão toma o coração e domina as atitudes, fazendo com que muitos ajam em total contrariedade com os ensinos cristãos.


O que passa a prevalecer não é mais o que a Palavra ensina, nem o comportamento de alguém que busca agradar a Deus, mas sim as reações de um apaixonado — alguém dominado por sentimentos e emoções que desconsideram a vontade de Deus. A razão é abafada pela emoção, e a verdade de Deus é ignorada por causa de um envolvimento cego, que leva à exaltação do homem, à raiva, à divisão, ao orgulho e à desobediência. Isso é exatamente o que Satanás deseja: substituir Deus por qualquer outra coisa, mesmo que seja algo socialmente aceito, desde que roube a centralidade de Deus na vida do homem.


Entre a paixão pelo futebol e a fidelidade a Deus

Para aqueles que buscam avaliar seu comportamento e seus sentimentos à luz da Palavra de Deus — como é próprio daqueles que desejam verdadeiramente servir ao Senhor — é imperioso analisar com sinceridade as atitudes relacionadas ao futebol. Nesse sentido, é necessário observar de que forma essa prática tem influenciado a vida espiritual, as prioridades, os relacionamentos e a obediência à vontade de Deus.

É necessário refletir com seriedade sobre os comportamentos que surgem a partir da valorização exagerada do futebol. Quando essa prática ocupa o lugar que deveria ser dado a Deus — tomando o tempo da oração, da leitura da Palavra, da comunhão com os irmãos e até levando pessoas a deixarem de ir à igreja para assistir a jogos — isso revela um estado de profunda contaminação espiritual. A pessoa está afastada da realidade da vida com Deus, mesmo que ainda diga que O serve.


Essa contaminação também se manifesta quando alguém nega a verdade por causa da paixão. Quando o coração está dominado por esse envolvimento, o indivíduo passa a defender aquilo que sabe não ser verdadeiro, apenas para proteger seu time ou justificar sua torcida. É o caso de quem, por exemplo, vê claramente algo injusto e, ainda assim, nega a verdade para não admitir o erro do lado que escolheu apoiar. Isso mostra que a verdade deixou de ser prioridade, e que o sentimento assumiu o controle da razão e da consciência.


Além disso, o futebol se torna motivo de sofrimento exagerado, orgulho, deboche e desentendimentos. Há quem sofra profundamente com a derrota do time, ou se exalte com a vitória, humilhando os outros, zombando, se achando superior. Em tudo isso, não há traços do caráter de Cristo. O que se vê é uma conduta que desonra a Deus e exalta o ego humano.

Quando a paixão por um time se sobrepõe ao amor ao próximo, isso é uma prova incontestável de uma cegueira espiritual profunda — uma demonstração clara da completa ausência de entendimento sobre o verdadeiro sentido da vida que Deus revelou.


Infelizmente, essa é a realidade: o futebol, quando não vigiado, pode se tornar um caminho de perdição. Quem deseja realmente agradar a Deus, ser limpo do pecado e viver em comunhão com Ele, precisa enxergar o perigo. O cuidado, porém, não deve existir apenas com o futebol. O mesmo zelo deve estar presente em todas as áreas da vida — no trabalho, na família, na alimentação, na sexualidade, no uso do dinheiro — pois o propósito da existência não é outro senão agradar a Deus, servi-Lo e ganhar almas para Jesus.


Aqueles que já entenderam que o propósito da vida é servir e agradar a Deus, e por isso usam a Palavra como instrumento de limpeza interior — para remover o que desagrada a Deus e transformar a própria vida em santificação — esses precisam reavaliar com sinceridade a questão do futebol. Devem eliminar de suas rotinas tudo aquilo que impede uma vida de verdadeira obediência, tendo zelo por suas almas e vigilância sobre seus comportamentos, pois sabem que a vontade de Deus deve estar acima de tudo.


Por outro lado, aqueles que ainda não assumiram um compromisso real de fidelidade a Deus, que continuam presos ao pecado e não vivem com o desejo de serem transformados a cada dia pela Palavra, estão livres para viver conforme seus próprios desejos — inclusive no futebol e em todas as demais áreas da vida. Eles mesmos mandam em suas decisões, porque Jesus ainda não é o Senhor de suas vidas. Pois onde Cristo é verdadeiramente Senhor, não há divisão: a vida está completamente entregue em Suas mãos. Qualquer postura parcial, em que se permite que Jesus governe apenas em algumas áreas, mas não em todas, é uma ilusão diabólica. E essa ilusão não representa uma vida sob o senhorio de Cristo.


Conclusão e Apelo


A vida um dia chega ao fim, e ninguém sabe quando será a sua hora. O tempo passa, e com ele, cada escolha feita ao longo da caminhada constrói o destino eterno de cada alma. Se alguém vive afastado do verdadeiro propósito da existência — que é servir a Deus, obedecer à Sua vontade e ser guiado por Sua Palavra — ao final da vida será conduzido ao destino que o seu próprio comportamento determinou.


Para os que compreenderam que a vida pertence a Deus, e que Ele é soberano, haverá vida eterna. Vida essa preparada para aqueles que permitiram que a Palavra de Deus os transformasse, moldasse seus sentimentos, direcionasse seus comportamentos e governasse totalmente suas decisões.


Mas para os que rejeitaram essa direção — por descuido, por negligência, por orgulho ou por amor às paixões deste mundo — resta apenas o juízo. O inferno será o destino inevitável para aqueles que recusaram se submeter à verdade, que preferiram alimentar o mal que havia neles ao invés de permitir que Deus os limpasse e os conduzisse conforme a Sua vontade.


Hoje é tempo de refletir. De examinar a si mesmo. De permitir que a Palavra de Deus revele quem você é, e de tomar a decisão de deixar tudo aquilo que te afasta d’Ele. Enquanto há vida, há tempo. Mas quando a vida acabar, só restará o destino que cada um escolheu com suas atitudes. Escolha a obediência. Escolha a verdade. Escolha a vida com Deus.

Abandone tudo aquilo que o afasta da vontade revelada de Deus em Sua Palavra, a Bíblia. Saiba que essa decisão é a que o conduzirá à vida eterna. O verdadeiro foco da sua vida deve ser conhecer e obedecer a Deus. Esse amor por Deus, unido a uma decisão firme, irreversível e determinada de fazer a Sua vontade, é o que abrirá os seus olhos para perceber toda a astúcia do diabo e todos os laços que ele usa para tentar desviá-lo do propósito eterno que o Senhor tem para você.


O propósito de Deus é claro: a vida eterna com Ele. Por isso, viva com esse foco. Viva para que a Palavra de Deus, em primeiro lugar, tenha efeito em você, para que ela o limpe, o transforme e o guie pelo caminho correto. E, uma vez andando nesse caminho, use também essa mesma Palavra para ajudar aqueles que estão desviados do verdadeiro propósito da vida. Seja instrumento de Deus, não apenas para si mesmo, mas para a salvação de outros.


Fundamentos Bíblicos da Mensagem


1. A necessidade da autoavaliação diante de Deus:

📖 "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos."

— 2 Coríntios 13:5


📖 "Quem encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia."

— Provérbios 28:13


2. O perigo do orgulho e da autojustificação:

📖 "Porque todos os que são exalçados serão humilhados, e os que se humilham serão exaltados."

— Lucas 14:11


📖 "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte."

— Provérbios 14:12


3. A atuação do diabo nas estruturas humanas (inclusive no futebol):

📖 "Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno."

— 1 João 5:19


📖 "Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar."

— 1 Pedro 5:8


4. O perigo da idolatria e da paixão desordenada:

📖 "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos."

— 1 João 5:21


📖 "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças."

— Marcos 12:30


5. A prioridade da vontade de Deus sobre todas as áreas da vida:

📖 "Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

— Mateus 6:33


📖 "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus."

— 1 Coríntios 10:31


📖 "Examinai tudo. Retende o bem."

— 1 Tessalonicenses 5:21


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domingo, 13 de julho de 2025

A História de Paulo e Tânia

 


A História de Paulo e Tânia


Paulo e Tânia viviam uma vida que, aos olhos do mundo, parecia exemplar. Ele, com seus 58 anos, era um homem respeitado, de fala mansa, cuidadoso com sua saúde e atento aos detalhes da vida. Tânia, aos 50, carregava uma vitalidade admirável. Ainda que o tempo marcasse suavemente sua pele, seus olhos tinham brilho de juventude. Estavam juntos desde a juventude, unidos em um só casamento, que atravessara décadas.




Tinham filhos e netos. A casa deles era cheia de vida, de risos nos almoços de domingo, de memórias sendo construídas ano após ano. Era uma família que se amava de verdade. E, como muitos, cada geração seguiu caminhos diferentes. Os filhos de Paulo e Tânia haviam passado a seguir a fé evangélica. Tornaram-se cristãos com práticas diferentes dos pais, com outra forma de ver e viver a fé. Honravam os pais, amavam-nos sinceramente — mas havia algo que, por vezes, trazia tensão: a religião.


Paulo e Tânia eram católicos praticantes. Não de aparência, mas de convicção. Iam às missas, participavam das celebrações, mantinham firme o que aprenderam desde a infância. Não admitiam que lhes dissessem que poderiam estar errando. Quando os filhos, com boa intenção, tentavam apresentar a fé evangélica que haviam abraçado, a reação era sempre a mesma: uma resistência firme, embora respeitosa. “Cada um com sua fé”, diziam. Amavam os filhos, os netos, e nada quebrava a convivência familiar — exceto quando sentiam que alguém queria mudar sua forma de crer.


Mesmo assim, as reuniões de família eram cheias de afeto. Os netos corriam pela casa, Tânia preparava os pratos preferidos de cada um, e Paulo contava histórias da juventude. Eram unidos, e ninguém poderia dizer o contrário.


Naquele ano, a neta mais velha completaria 15 anos. A comemoração estava sendo preparada com carinho. Era um marco na família. Paulo e Tânia não esconderam a alegria ao receber o convite. Planejaram a viagem com entusiasmo: roupa nova, presente comprado com antecedência, hotel reservado, tudo nos conformes. A estrada era longa, mas o tempo parecia favorável. Saíram de casa cedo, com o sol ainda se espreguiçando por trás das montanhas.


Durante a viagem, conversavam sobre a neta, sobre a festa, sobre como o tempo passava rápido. Fizeram pausas para o almoço, tomaram café juntos, como sempre faziam. Iam com cautela, sem pressa. Era um dia feliz.

Até que a tragédia veio, sem aviso.

Numa curva estreita e traiçoeira, um caminhão desgovernado surgiu diante deles. Paulo tentou reagir, mas do lado direito havia apenas o vazio da ribanceira. Não havia saída. Tânia gritou. Paulo apertou o volante. E no último segundo, ambos exclamaram juntos, quase num reflexo da alma:

Nossa Senhora!

Quando viram que o caminhão não desviaria, que vinha desgovernado em direção a eles e que o impacto seria inevitável, num último clamor por socorro, eles gritaram:

Nossa Senhora!


Aquela expressão saiu de seus lábios de forma instantânea, como um reflexo inevitável. Mas não foi algo apenas repentino. Estava cravada em suas mentes, enraizada ao longo de uma vida inteira. Era o que viviam. Era o que conheciam. A devoção que tinham estava alicerçada por anos de tradição, e por isso, naquele momento extremo, foi esse nome que brotou. Em muitos momentos da convivência familiar, quando usavam expressões como “Ave Maria”, “Nossa Senhora” ou “Santa Mãe de Deus”, seus filhos os alertavam e os repreendiam. Mas Paulo e Tânia não aceitavam aquilo, achavam exagero, e isso acabava gerando conflitos.


Mas foi essa expressão — Nossa Senhora — que usaram quando a tragédia lhes sobreveio. Foi esse o nome que clamaram.


O impacto foi imediato. O caminhão os atingiu em cheio. O carro ficou irreconhecível. A morte foi instantânea.

A notícia chegou como um raio sobre a família. A festa, que estava prestes a começar, foi suspensa. O salão decorado, o vestido novo da neta, o bolo, as fotos — tudo silenciou. O que seria um dia de celebração virou um dia de luto. Lágrimas tomaram o lugar dos risos. Os corações estavam quebrados.


Mas em que condições morreram Paulo e Tânia? Por que não foram socorridos? Por que morreram naquele momento? O que clamaram? E por que clamaram aquilo?


Essas perguntas têm respostas. E as respostas não estão nos sentimentos, nas tradições ou nas opiniões humanas.


As respostas estão na Bíblia.


E é sobre elas que passamos a tratar agora, na segunda parte desta mensagem, chamada: Relexão



Reflexão


Há duas maneiras de se viver a vida: crendo naquilo que se deseja crer, ou crendo em Deus.


Crer em Deus não é simplesmente acreditar que Ele existe — porque até o diabo sabe e crê que Deus existe. Crer em Deus é crer naquilo que Deus fala. É submeter a mente, o coração e o viver àquilo que procede da boca do Senhor.


Mas para que se possa crer no que Deus diz, é necessário que Ele fale, que haja revelação. E essa revelação nos foi dada por meio da palavra de Deus, que se manifestou ao mundo na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo.


As palavras de Deus chegaram até nós porque foram registradas. Não se perderam, não ficaram apenas na memória de homens, não foram confiadas à tradição dos séculos. Foram escritas, preservadas e entregues — e estão reunidas em um único livro: a Bíblia Sagrada.


É nesse livro, e apenas nele, que encontramos as respostas que realmente importam.


Quem eram, de fato, Paulo e Tânia?


Em quem eles realmente criam?


Qual é a relação entre a vida que viviam e a tragédia que os alcançou?


Qual é o destino eterno de alguém que vive assim?


Essas perguntas só podem ser respondidas com base no que Jesus Cristo disse — e é sobre isso que passamos agora a tratar.


Atestado pela Escritura


📖 João 5:39

 “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.”


📖 2 Timóteo 3:16-17

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”


📖 2 Pedro 1:20-21

 “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”


📖 Hebreus 1:1-2

 “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.”


📖 Mateus 24:35

 “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.”



Unidos como família, mas separados na fé


Paulo e Tânia tinham com seus filhos e netos um vínculo forte e sincero. Eram pais amorosos, participativos, presentes. A família os amava, respeitava, e havia entre todos eles um laço natural de carinho e unidade. No entanto, no que dizia respeito à fé, à espiritualidade e à compreensão da verdade de Deus, eles estavam separados.


Essa separação não era perceptível nos abraços, nos almoços, nas conversas comuns do dia a dia. Mas era absolutamente real e clara quando o assunto era Deus. Eles não criam da mesma forma, não seguiam o mesmo caminho, nem falavam as mesmas coisas sobre as Escrituras. Não podiam caminhar juntos na fé, porque o entendimento que tinham era diferente — e a Bíblia declara com firmeza:


📖 Amós 3:3

 “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”


A Palavra de Deus mostra que não há comunhão onde há divergência espiritual, porque o Espírito de Deus não é autor de confusão, nem fala coisas opostas a pessoas diferentes.


A separação entre Paulo, Tânia e seus filhos era visível no momento em que o assunto era o culto a Deus, a adoração, o ensino da Bíblia. A conversa espiritual se tornava difícil, gerava atritos, e o motivo é claro: não estavam em unidade de fé.


📖 2 Coríntios 6:14

 “Que comunhão tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”


📖 1 Coríntios 14:33

 “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”


📖 Gálatas 5:20

“...inimizades, porfias, divisões, heresias...”


A Bíblia apresenta a divisão doutrinária como obra da carne, e não como fruto do Espírito. Por isso, quando há separação de fé, há também ruptura de comunhão diante de Deus, mesmo que continue havendo afeto humano.


E essa separação — ainda que muitos não a vejam — é uma realidade espiritual, declarada e ensinada pelas Escrituras.


Essa separação em relação à fé entre Paulo, Tânia e sua família revela algo incontestável: eles caminhavam em direções diferentes quanto ao destino eterno.


Se há um Deus, uma verdade, e um plano eterno revelado por Ele, então não é possível que pessoas que creem de forma diferente estejam trilhando o mesmo caminho. A lógica é simples: se dois seguem guias diferentes ou entendem de forma oposta a direção do único guia, estarão, inevitavelmente, indo para destinos diferentes.


É como se houvesse um único guia em uma trilha: ele aponta a direção. Mas um grupo insiste que o caminho é para um lado, e outro grupo entende que é para o lado oposto. Ambos não podem estar ouvindo o mesmo guia. Alguém está enganado — e isso define o destino final.


Embora houvesse entre eles laços de afeto, respeito e história familiar, Paulo, Tânia e os seus filhos não caminhavam na mesma direção espiritual.


E essa divergência no entendimento da fé já indicava, de forma inevitável, que o destino eterno de cada um também não era o mesmo.


Portanto, Paulo e Tânia caminhavam para um destino eterno diferente do resto da família.


Atestado pela Escritura


📖 1 João 1:7

 “Se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”


📖 2 Coríntios 6:14

“Não vos ponhais em jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”


📖 Efésios 5:8

 “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.”



O Socorro


Na vida, há momentos que surgem repentinamente e nos confrontam com o imprevisto — situações que fogem ao controle, que desestruturam nossa segurança, que nos colocam diante da morte, da perda, da impotência. Nesses momentos, a alma humana, marcada pela limitação, reage: clama por socorro.


Com Paulo e Tânia não foi diferente. Naquele instante em que viram a tragédia inevitável se aproximando, eles clamaram por socorro. O problema não foi o clamor, mas a quem clamaram. A expressão “Nossa Senhora” saiu dos lábios como um reflexo automático, construído por uma vida inteira baseada em crenças e tradições aprendidas — mas que não estão fundamentadas na verdade revelada por Deus.


A Bíblia não deixa dúvidas: o verdadeiro socorro vem do Senhor. O único nome digno de confiança, o único que pode salvar, socorrer e agir sobrenaturalmente é o nome de Jesus Cristo.


Outros nomes, por mais religiosos ou respeitados que sejam, não carregam autoridade espiritual nem poder salvífico.


O que aconteceu com Paulo e Tânia é o que acontece com muitos: clamam por um socorro errado. E por que clamam errado? Porque foram ensinados assim. Porque construíram sua espiritualidade em cima de tradições humanas, herdadas, passadas, praticadas sem confronto com a verdade da Palavra.


Há ainda aqueles que, diante do perigo ou da tragédia, não clamam por nenhum nome, mas confiam em si mesmos. Depositam sua esperança na própria força, na habilidade pessoal, no dinheiro, na saúde, no preparo, ou até mesmo na sorte. Acreditam que, de alguma maneira, conseguirão escapar ou vencer por seus próprios meios. Mas a Bíblia é clara: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço.” Quando o verdadeiro socorro é necessário, nem a força humana, nem os recursos terrenos, nem o autocontrole são suficientes. Só há um socorro verdadeiro, eficaz, eterno: o Senhor.


Assim muitos vivem, até que um dia, sem que esperem, a desgraça lhes sobrevém, sem que escapem.


Mas isso não é tudo. Não é apenas uma questão de ignorância ou de falta de conhecimento. É também uma questão de resistência. Muitos rejeitam a verdade não porque não a conheçam, mas porque se recusam a aceitá-la. Por quê?


Porque a verdade, quando chega, derruba estruturas. Mostra que tudo aquilo que parecia firme e sólido era, na verdade, areia. A verdade confronta o ego, exige arrependimento, humilhação, renúncia. E nem todos estão dispostos a se render.


Para muitos, sua fé se tornou parte da sua identidade, um símbolo de moralidade e status espiritual. Desconstruir isso significaria admitir que estavam errados — e isso fere o orgulho. Seria reconhecer que precisam começar do zero. Que precisam de salvação. Que precisam ser resgatados. Que precisam se render a Cristo.


E essa rendição só é possível aos humildes e àqueles que amam a verdade. Porque a verdade não agrada ao ego, ela o desmonta. E só permanece nela quem ama mais a luz do que a sua própria imagem.


Atestado pela Escritura


📖 Salmo 121:1-2

> “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro?O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”


📖 Atos 4:12

> “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”


📖 Jeremias 17:5

> “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor.”


📖 2 Tessalonicenses 2:10-12

 “...porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na injustiça.”


📖 Provérbios 16:18

 “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.”


📖 Tiago 4:6

 “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”


Há ainda aqueles que, diante do perigo ou da tragédia, não clamam por nenhum nome, mas confiam em si mesmos. Depositam sua esperança na própria força, na habilidade pessoal, no dinheiro, na saúde, no preparo, ou até mesmo na sorte. Acreditam que, de alguma maneira, conseguirão escapar ou vencer por seus próprios meios. Mas a Bíblia é clara: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço.” Quando o verdadeiro socorro é necessário, nem a força humana, nem os recursos terrenos, nem o autocontrole são suficientes. Só há um socorro verdadeiro, eficaz, eterno: o Senhor.


Assim muitos vivem, até que um dia, sem que esperem, a desgraça lhes sobrevém, sem que escapem.



Heresias – Divisões


O erro de Paulo e Tânia não foi meramente o de, impulsivamente, clamarem por um nome errado diante da morte. Aquilo foi apenas a expressão natural de uma condição interior, o reflexo de uma estrutura de fé que não estava fundamentada na verdade. Clamar corretamente, naquele momento, não mudaria o destino deles, pois o que determina o fim não é o impulso do desespero, mas a condição da alma e da vida diante de Deus.


A separação espiritual que existia entre eles e sua família não era superficial. Era profunda. Não era apenas uma divergência de opinião, mas uma evidência clara de que estavam em fundamentos diferentes, espíritos diferentes, e, portanto, destinos diferentes. A verdade é que diferenças doutrinárias revelam naturezas diferentes, e a verdadeira comunhão só existe entre os que têm o mesmo Espírito.


O Espírito Santo é o Espírito da Verdade, e Jesus declarou:


📖 “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:13).


Ora, se o Espírito Santo guia à verdade, como podem os que estão sob sua direção viverem em heresias? Se há contradição entre doutrinas, não é o mesmo Espírito. E onde há heresias, há divisão — e a Bíblia diz que as heresias são obras da carne, não do Espírito:


📖 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: [...] dissenções, heresias” (Gálatas 5:19-20).


Por isso, não bastaria corrigir Paulo e Tânia em um ponto doutrinário ou outro. O problema não era um erro isolado, mas sim a natureza que carregavam, o espírito que os conduzia. Sua fé não estava fundamentada no temor a Deus, mas na tradição, no orgulho, e na glória própria.


Mesmo quando alertados pelos filhos — que apresentavam com amor e clareza o que estava escrito na Palavra — eles não se humilhavam diante das Escrituras, não se quebrantavam diante da verdade, não consideravam: “E se estivermos errados?”. Não havia neles o temor que leva à obediência. Havia apego ao status religioso, ao conforto da posição que ocupavam como bons cidadãos, bons pais, bons religiosos. Mas diante de Deus, isso não substitui o quebrantamento e a submissão à verdade.


📖 “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento” (Provérbios 9:10).


Para exemplificar o que significa ter temor a Deus, olhamos para Abraão. Homem que andava com Deus, Abraão não hesitou em entregar o que tinha de mais precioso, quando Deus o provou pedindo seu filho Isaque. Ele não reteve sua glória, seu afeto, seu direito como pai. Ele temeu ao Senhor e rendeu tudo.

📖 “Agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, o teu único filho” (Gênesis 22:12).


Paulo e Tânia, ao contrário, recusaram-se a entregar aquilo que os exaltava. Não quiseram abrir mão do reconhecimento humano, da segurança emocional de sua religião, da falsa paz que sua tradição lhes oferecia. Não se humilharam, não permitiram que a verdade os confrontasse. E por isso, permaneceram nas heresias, e as heresias mantiveram a divisão, até o fim.


A raiz do impedimento: o orgulho


Paulo e Tânia não estavam apenas enganados por uma prática religiosa incorreta, mas presos por algo ainda mais profundo e destrutivo: o orgulho. Ao longo dos anos, haviam construído ao redor de si uma estrutura espiritual baseada em status e aceitação. Criaram, para si e diante dos outros, a imagem de pessoas boas, corretas, religiosas e salvas. E foi exatamente essa imagem que se tornou seu alicerce, seu orgulho, sua segurança.


O problema é que a verdade exige entrega. A verdade de Deus destrói toda glória humana. Ela revela que todos pecaram, que todos se desviaram, e que só há salvação na humilhação verdadeira diante de Deus. Mas para quem edificou sua vida numa estrutura de autoexaltação religiosa, abandonar tudo isso é como morrer. E é. É morrer para si mesmo.


Jesus Cristo, sendo Deus, se humilhou. Como está escrito:


De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

(Filipenses 2:5–8)


Se o próprio Filho de Deus desceu, esvaziou-se, foi rejeitado e morreu, quem somos nós para resistirmos à verdade de Deus com base em orgulho e exaltação pessoal?


Havia um homem chamado Nicodemos, que era o líder dos religiosos e ensinava as pessoas. Ele conhecia profundamente a religião e era respeitado como mestre. No entanto, ao ouvir Jesus — e não pense que ouvir Jesus hoje significa vê-lo fisicamente ou escutá-lo audivelmente, pois Jesus continua falando por meio da Sua Palavra —, Nicodemos entendeu que tudo o que havia aprendido não o capacitava para ser salvo. Ele percebeu que, para alcançar a salvação, precisava começar do zero. Precisava nascer de novo. Ora, qual religioso hoje — seja ele católico, evangélico, espírita, livre pensador ou adepto de qualquer outra fé — está disposto a aceitar o que a Bíblia diz, se isso significar reconhecer que tudo o que sempre acreditou está errado? É muito difícil. É, na verdade, impossível para a grande maioria das pessoas. Foi o que aconteceu com Paulo e Tânia. 


Porém, Jesus diz a você que o pecado separa o homem de Deus. É o pecado que impede que você seja guiado pelo Espírito Santo. Enquanto houver em você o domínio do ego, o apego ao próprio entendimento e a busca pela própria glória, o Espírito da Verdade não poderá conduzi-lo. Mas, se houver em seu coração um compromisso real de fidelidade a Deus, uma decisão de morrer para toda exaltação própria e viver exclusivamente para a glória de Deus, então o Espírito Santo virá habitar em você. E é Ele quem guiará você a toda verdade, porque foi para isso que Ele veio: para conduzir os humildes e os que amam a verdade ao pleno conhecimento da vontade de Deus.


Versículos que atestam:


📖 Atos 5:32

“E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”


📖 João 7:17

“Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.”


📖 João 3:36

“Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.”


📖 Isaías 59:1-2

“Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”


🛑 Conclusão e Apelo


Paulo e Tânia tomaram uma decisão ao longo de sua vida. Decidiram manter o discurso: "Eu estou certo. Eu sou de Deus. Eu sou salvo. Eu tenho Deus." Recusaram abrir mão do orgulho, rejeitaram a humildade e não abraçaram a verdade que os chamava ao arrependimento. Mantiveram o "eu sou", quando na verdade deveriam ter dito com sinceridade: "Eu nada sou. Preciso de arrependimento. Preciso de conserto."


Mas o orgulho os impediu. E o orgulho é a própria natureza do diabo.


Quando Moisés foi enviado por Deus ao Faraó, perguntou: "Quem direi que me enviou?" E Deus respondeu: “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3:14).


Ou seja, o "Eu Sou" pertence somente a Deus.


Nós, seres humanos, não somos nada.


Mas Paulo e Tânia quiseram manter o "eu sou", e isso os levou àquela morte — e às consequências eternas que ninguém poderá alterar.


Aquele que mantém o "eu sou", que não se humilha, que não se arrepende e não entrega toda a glória a Deus, está caminhando para uma eternidade sem Deus.


E, depois da morte, não há mais tempo.


As consequências são irreversíveis e terríveis.

Mas você ainda está vivo.

E Jesus está falando com você.

Não faça como Paulo e Tânia.

Faça como Nicodemos.


Nasça de novo. Comece a sua vida do zero — longe do pecado, fundamentado exclusivamente na vontade de Deus revelada na Bíblia Sagrada, morto para sua própria glória e vivendo unicamente para a glória de Deus.


Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

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sábado, 12 de julho de 2025

Por se multiplicar a iniquidade, o amor de quase todos esfriará"


Título: "Por se multiplicar a iniquidade, o amor de quase todos esfriará"


📌 Versículo Base

📖 Mateus 24:12 –

 “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”




🔰 Introdução:


O estado de amor frio, que os que estão nele não identificam, leva à perda do interesse pelos ensinamentos de Cristo.

Perde-se o desejo de ouvir as palavras de Jesus, de refletir sobre elas, e de analisar sinceramente a própria vida diante do que Deus diz.


Falta tempo.

Falta paciência.

Falta disposição.

A mente se dispersa com facilidade, e muitas outras coisas surgem para impedir que a mensagem de Deus seja ouvida, entendida e praticada.


A Palavra de Deus já não tem mais a intensidade que merece.

E esse é o estado de amor frio: uma condição espiritual gerada pela iniquidade que impera nos nossos dias — nos dias em que vivemos, os últimos dias a que Jesus se refere.


Esta mensagem é uma tentativa de Deus de tirar você dessa condição.

A maneira como você reage a esta mensagem de Deus revela o seu estado interior.

A falta de interesse verdadeiro, profundo e fervoroso por estas palavras de Deus é um reflexo claro da frieza espiritual que tomou conta da maioria dos corações.

E o seu?


Portanto, permita que esta tentativa não seja apenas uma tentativa,

mas que esta mensagem, estas palavras de Deus, possam despertá-lo para refletir

e levá-lo ao pleno conhecimento da verdade.


Pontos


1. A  Realidade da Condição dos Últimos Dias. 


🔹 Então, a condição dos dias de hoje


Os dias de hoje são dias maus.

Mas muita gente se engana ao pensar que os dias são maus por causa das guerras, da violência, da fome, da miséria, do sofrimento ou das tragédias que se multiplicam pelo mundo.


Essas coisas, por mais graves que sejam, não são a essência do mal.

Elas são consequências.


O verdadeiro mal dos últimos dias está na condição espiritual do ser humano.

O problema está na alma — no interior — onde falta a verdade de Deus, onde o pecado se tornou comum, e onde o amor já não queima mais.

📌 Portanto, o que precisa ser tratado não é apenas o que acontece fora, mas o que está acontecendo dentro.

É a alma, a mente, o coração, o estado espiritual de milhões que já não reconhecem mais a voz de Deus, porque estão cegos, frios e enganados.

Essa condição espiritual que domina os dias de hoje só poderá ser mudada quando o homem olhar para dentro de si mesmo e ouvir a voz de Deus.


Mas para que isso aconteça, o homem precisará de algo que falta nos nossos dias: humildade.


Porque o orgulho impede o homem de enxergar a verdade sobre si mesmo.

O homem constrói uma imagem falsa de si.

Quando olha para si, quer ver beleza, virtude, grandeza — como um narcisista diante do espelho, que não procura a verdade, mas a exaltação.


Essa é a condição atual da humanidade: um orgulho profundo que distorce a visão interior.

Vivemos em um mundo onde tudo está estruturado para exaltar o homem, para celebrar o ego, para alimentar o brilho próprio.


Mas somente aqueles que estiverem dispostos a rejeitar essa busca por glória própria, e desejarem conhecer a realidade da sua alma, poderão ser resgatados dessa condição espiritual de frieza e engano.


E esse resgate só será possível quando a luz de Deus iluminar o interior do homem.

Porque só a luz da Palavra é capaz de revelar o que está oculto.

Sem a luz, o homem vive na ilusão.


 “A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.”

(Mateus 6:22)

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.”

(Salmo 119:105)


Por isso, é necessário que o homem deseje olhar para dentro de si.

E, em vez de buscar glória, busque a verdade.

É preciso abandonar o espírito narcisista e buscar a luz verdadeira — e essa luz é Deus.


 “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” (1 João 1:5)

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)


Jesus é a luz que veio ao mundo.

Ele é a Palavra de Deus encarnada.

E os seus ensinamentos estão nas Escrituras.

É quando o homem ouve os ensinamentos de Jesus e deixa a luz penetrar, que essa realidade atual pode ser transformada, e o homem pode ser verdadeiramente resgatado.


📌  Reflexão central:


O “amor que esfria” é um falso amor.

Jesus está denunciando que as pessoas terão uma concepção distorcida do verdadeiro amor.

Isso é causado por um processo de engano espiritual, onde a iniquidade gera cegueira e substituição da verdade pela mentira.

Logo, o que esfria não é o amor verdadeiro, mas um amor que já era corrompido ou equivocado.


Quando Jesus disse que “o amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12), Ele usou uma metáfora. Ele não estava falando do verdadeiro amor de Deus, mas de algo que é chamado de amor, confundido com amor, mas não é o amor verdadeiro. O fato de esse amor esfriar já é a prova de que ele nunca foi o amor de Deus, porque o amor verdadeiro jamais esfria, jamais acaba, como está escrito em 1 Coríntios 13:8.


Esse esfriamento mostra que muitos vivem um amor falso, baseado em sentimentos humanos, aparência ou religiosidade. É o mesmo que acontece com muitos casais hoje: dizem que se amam, mas depois dizem que o amor acabou. Isso mostra que nunca foi amor verdadeiro, foi apenas paixão ou interesse. O amor verdadeiro não se corrompe, não muda, não é vencido pelo pecado.


Por isso, o que Jesus está denunciando é que, nos últimos dias, a maioria das pessoas estará enganada, acreditando que ama, mas vivendo um amor distorcido, sem verdade, sem compromisso com Deus, sem obediência à Palavra. O amor verdadeiro vem de Deus, e quem está nele não esfria, porque é sustentado pela presença viva do Espírito Santo.


O amor que leva à condenação


A concepção de amor que hoje vivemos — o amor segundo o mundo — leva à condenação eterna. Não é apenas inútil diante de Deus, mas é o caminho certo para a perdição.

Hoje, muitas pessoas dizem amar a Deus, cantam louvores, frequentam igrejas, falam sobre Deus e afirmam que Ele está com elas. Em suas próprias concepções, estão bem com Deus. No entanto, essa concepção de amor é falsa, porque não está em conformidade com a verdade da Palavra de Deus.


A única concepção verdadeira de amor é aquela que está alinhada com as Escrituras, com aquilo que Deus revelou como sendo o verdadeiro amor. Todo amor que não está em conformidade com a Bíblia é, na verdade, um engano espiritual, e por mais bonito e sincero que pareça aos olhos humanos, conduz à condenação eterna.

Quando as pessoas dizem que “Deus é amor”, na verdade, Deus não é o amor que elas dizem.

Porque a concepção de amor delas não está fundamentada na Bíblia, mas sim em uma condição carnal, e não espiritual.

É um amor construído sobre os princípios do mundo, onde o centro é o homem exaltado, e não Deus glorificado.

Esse falso amor mantém o homem no controle, na justificativa de seus pecados, na tolerância com a iniquidade, e rejeita a santidade, a obediência e a verdade.

Portanto, Deus não é esse amor. É um engano que conduz à condenação.

O falso amor mantém o homem enganado a respeito dos ensinos de Cristo.

Ele leva a uma concepção errada da Bíblia, a um entendimento incorreto da verdade.

Por exemplo, afirma-se falsamente que “Deus ama o pecador”, quando na realidade Deus odeia o pecador, e este está debaixo da Sua ira.

Como está escrito:


Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36)

A verdade é que o homem só receberá o amor de Deus quando receber a Jesus.

Pois Jesus é o amor de Deus revelado ao mundo. Como está escrito:


 “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.”

(1 João 4:9)




Receber o amor de Deus é receber Jesus como Senhor e Salvador.

E para que Jesus seja o Salvador da sua vida, Ele precisa te salvar de algo.

E o que Ele salva é do inferno.


Portanto, se você nunca reconheceu que estava indo para o inferno, Jesus nunca foi o seu Salvador.

E para reconhecer essa condição, é necessário olhar para dentro de si, abandonar o orgulho, deixar o sentimento narcisista de exaltação própria, e reconhecer que está perdido, no pecado, no engano, afastado de Deus.


Só com arrependimento verdadeiro, alguém pode ser salvo.

E após o arrependimento, vem o batismo, que é a confirmação dessa fé e obediência, e a demonstração visível da disposição de andar no caminho de Deus.


Portanto, ninguém que nunca reconheceu que foi mal poderá ser salvo por Jesus.


E quanto a recebê-lo como Senhor?

Senhor significa dono.

Se Jesus for o Senhor da sua vida, você não pode mais viver para si.

Agora é Cristo que vive em você.

Você não pode mais fazer a sua vontade, mas viver exclusivamente para cumprir aquilo que Jesus ensina em sua Palavra — a Bíblia.


Só assim Ele será Senhor da sua vida.


Aquele que ainda não recebeu verdadeiramente Jesus como Senhor e Salvador, não tem o amor de Deus.

E o amor que ele pensa ter é o amor dos últimos dias —

o amor que esfria, o amor falso,

que conduz ao engano e à condenação.


O orgulho leva ao amor dos últimos dias


A necessidade de autoexaltação, de afirmação pessoal, de manter um status diante dos homens, de alimentar o próprio ego — impede o ser humano de viver a verdade.

Essa verdade é que o homem nada é em si mesmo, foi criado por Deus, e tudo o que possui provém de Deus, nada de bom provém dele e sim de Deus. 

Portanto, toda a honra e toda a glória pertencem somente a Deus.

Quando o homem busca exaltação ou glória para si, ele está usurpando algo que pertence exclusivamente a Deus. E este sentimento o torna semelhante a Lúcifer, que permitiu que este sentimento adentrasse em seu coração e o tornou diabo, ou seja, adversário de Deus.


Mas o orgulho, que é a própria natureza do diabo, resiste à glória de Deus, rejeita a humilhação, e recusa reconhecer o senhorio absoluto de Cristo.


Esse orgulho é a base do amor falso, do amor que Jesus menciona em Mateus 24 — o amor que esfria, o amor dos últimos dias.


Esse amor é uma autoilusão, pois leva o homem a acreditar que ama a Deus e que é amado por Deus,

quando, na verdade, ele não guarda os mandamentos de Cristo,

e está debaixo da ira de Deus.


Como Jesus mesmo declarou:


 “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.”

(João 14:21)

 “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.”

(João 14:23)


O amor verdadeiro não está em palavras, mas em obediência.

E o amor dos últimos dias — alimentado pelo orgulho, pela vaidade e pelo culto ao próprio eu — é um amor mentiroso.

Ele não produz obediência, nem transformação, nem santidade.

Ele mantém o homem iludido, acomodado, religioso, mas espiritualmente morto.


O amor dos últimos dias leva ao inferno


A sua disposição para com o seu ego, para com a verdade, para com a sua maneira de viver e para com Deus é o que vai definir o estado da sua alma e, portanto, o destino eterno dela.

Todos nós nascemos sem Deus, por causa da natureza pecaminosa que herdamos de nossos pais. Mas a Luz se manifesta. E essa Luz é Jesus. Portanto, a Luz salva. O fato de Jesus ser o Salvador implica necessariamente que estamos perdidos, em trevas, afastados de Deus.


A maneira como respondemos à Luz que se manifesta é o que definirá se continuaremos nas trevas ou se seremos iluminados e transformados por ela. A disposição do nosso coração diante da Luz que é Jesus revela quem realmente somos: se somos das trevas ou da Luz, se somos de Deus ou ainda estamos perdidos.


Desde o princípio é assim. Adão e Eva, ao invés de olharem para Deus e para Sua Palavra, olharam para si mesmos. Optaram por sua própria exaltação, por sua própria vontade. E com você é a mesma coisa: você será de Deus ou não, dependendo do que há em seu coração.


O coração mau é aquele que prefere olhar para si, para seus próprios desejos, do que para Deus. Mas se você olhar para Deus, para a Sua Palavra, Ele te mostrará o seu pecado, a sua real condição de afastamento, e então Jesus será, de fato, o Salvador da sua vida. A Luz entrará, te transformará e te fará uma nova criatura, uma pessoa de Deus, destinada à eternidade com Ele.


Conclusão e Apelo


A multiplicação da iniquidade — que a Bíblia define claramente como pecado (1 João 3:4) — é a realidade dos nossos dias. O pecado se multiplicará, e o mundo se tornará cada vez mais mau. Mas esse mal será redefinido e chamado de amor. E o verdadeiro amor, que procede de Deus e se revela em obediência, renúncia e santidade, será chamado de mal.


Os profetas verdadeiros, aqueles que falam a verdade de Deus sem rodeios, serão rejeitados, ridicularizados e silenciados. Em contrapartida, os falsos profetas, que dizem o que as pessoas querem ouvir, que confirmam seus pecados e justificam seus caminhos, serão exaltados e honrados. O mundo fará exatamente aquilo que a Bíblia advertiu: trocará a verdade pela mentira (Romanos 1:25).


Deus será distorcido. Um falso deus será adorado — um deus feito à imagem do homem, tolerante com o pecado, conivente com a iniquidade e ausente de juízo. Mas esse não é o Deus verdadeiro. O verdadeiro Deus é santo, justo e cheio de amor, mas um amor que exige arrependimento, verdade e obediência.


Assim, o mundo será cada vez mais maligno, porém aos olhos dos maus, parecerá cada vez melhor. Estarão tão profundamente enganados, que amarão o mal, crendo que estão praticando o bem. E esse engano nasce da falta da verdade — da rejeição da Palavra de Deus — e do orgulho que impede o homem de negar a si mesmo, de morrer para sua própria vontade, e de se render totalmente a Deus.


Portanto, a sua vida e suas escolhas estão revelando quem você realmente é. A sua disposição em relação à verdade, à Palavra de Deus, ao evangelho de Cristo, manifesta o seu estado espiritual e determina o seu destino eterno.


Você será aquele que optou por Deus, que amou a verdade, que reconheceu sua miséria espiritual, se humilhou, se arrependeu, recebeu Jesus como Senhor e Salvador, morreu para si mesmo e vive agora para a glória de Deus?


Ou você será aquele que se achava bom, que cantava louvores, falava de Deus, frequentava a igreja, mas nunca nasceu de novo, nunca se rendeu, nunca negou a si mesmo — e, no fim, terá uma grande decepção, ouvindo de Jesus:


> “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:23)




O falso amor te levará ao inferno. O verdadeiro amor te leva à cruz.

E quem não passar pela cruz não conhecerá a vida eterna.


Escolha hoje a verdade. Escolha hoje Jesus.



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sexta-feira, 11 de julho de 2025

A Cirurgia de Rafael

 


A Cirurgia de Rafael 🏥💉


Havia uma vez um homem chamado Rafael. Ele era um pai de família muito rico, mas sua riqueza não era apenas de bens — era também de virtudes. Rafael era um homem honesto, trabalhador, bondoso, um homem de caráter firme e íntegro. A sua presença em casa era motivo de alegria. Sua esposa, Milca, o amava profundamente, e seus três filhos — Samir, Adael e Rute — o admiravam como um herói.


Naquela casa, havia riso. Brincadeiras. Momentos em que a família se reunia para cantar, para agradecer a Deus, para rir de histórias antigas e sonhar com o futuro. Aquele lar era cheio de paz. Não havia luxo espalhafatoso, mas havia algo mais precioso: amor verdadeiro.


Rafael era um homem feliz. E Milca dizia a todos: "Meu marido é um presente de Deus para mim." E os filhos, sempre alegres, corriam para os braços do pai quando ele chegava do trabalho, mesmo quando já estavam grandes.


Mas com o passar do tempo, Rafael começou a sentir uma dor estranha no abdômen. Era uma dor leve no início, mas insistente. Ele, como muitos pais que amam sua família mais do que a si mesmos, ignorou por um tempo, para não preocupar ninguém.


Porém, a dor foi aumentando, e Milca, percebendo isso, insistiu para que ele fosse ao médico.


Depois de exames detalhados, veio o diagnóstico: ele estava com um tumor benigno chamado colangiocistoadenoma — um tipo raro de tumor que se desenvolve no fígado, silencioso e lento. O médico explicou:


— Rafael, esse tumor não é maligno, ainda. Mas se ele não for removido por cirurgia, com o tempo — talvez em 10, 15 ou até 20 anos — ele pode se transformar em algo muito mais sério. E nesse caso, poderá levar à morte. A notícia caiu como um trovão na casa de Rafael. 


--- A grande cirurgia 


Diante do diagnóstico, o médico responsável pela análise indicou um nome que era sinônimo de excelência na medicina mundial: Dr. Richard Novace.


Dr. Richard Novace era conhecido internacionalmente. Com títulos de PhD em Cirurgia Hepatobiliar pela Universidade de Oxford, especialização em cirurgias de alta complexidade no Johns Hopkins Hospital, e passagens por centros médicos de referência na Suíça, Japão e Alemanha. Era um homem respeitado por sua precisão, sangue-frio, ética e vasta experiência. Já havia realizado mais de 5.000 cirurgias de sucesso em casos similares ao de Rafael.


A família, que tinha posses e recursos, não hesitou. Rafael, sendo um homem de sabedoria, disse:


— Se é para continuar vivendo com qualidade, para estar ao lado da minha família por muitos anos, quero fazer o melhor. Contratem o Dr. Novace.


Foi uma contratação de alto custo, mas para Milca e os filhos, nada era mais precioso que a vida de Rafael. Todos estavam confiantes. Era o melhor hospital do país. Um centro cirúrgico moderno, com tecnologia de ponta. A equipe médica era de primeira linha: anestesistas experientes, enfermeiros dedicados, assistentes preparados.


No dia da cirurgia, tudo estava perfeitamente organizado. A sala cirúrgica estava esterilizada com rigor. Os equipamentos eram de última geração. Tudo parecia um concerto bem ensaiado, onde cada músico sabia a hora certa de tocar sua nota.


A cirurgia começou pontualmente. Rafael foi anestesiado com todo cuidado. Os cortes foram precisos. O tumor estava localizado e acessível. Tudo indicava que a cirurgia seria um sucesso absoluto.


Mas foi aí que algo inesperado aconteceu.


Durante o processo, o Dr. Novace tomou uma decisão técnica que parecia segura, mas que negligenciava um ponto fundamental do procedimento: ele optou por não remover um pequeno segmento do tecido circundante que, embora aparentemente sadio, estava inflamado e com risco de evolução maligna.


Ele havia estudado esse detalhe no relatório pré-operatório. Havia até feito anotações sobre isso. Mas no momento da operação, por confiar demais na própria experiência, e por julgar que o tumor havia sido completamente extraído, ele escolheu não tocar naquela área. Talvez por desejar minimizar riscos, talvez por confiar na imagem que viu... ou talvez por um leve cansaço depois de tantas cirurgias realizadas naquela semana.


Tudo o que havia sido feito, toda a perfeição do preparo, toda a estrutura montada, todo o amor investido... perdeu seu valor diante daquela única escolha errada.


Dias depois, Rafael, que parecia estar se recuperando bem, sofreu uma hemorragia interna silenciosa, resultado da inflamação que se agravou. Em menos de 48 horas, sua situação se tornou irreversível. E então, ele morreu.


O hospital se entristeceu. A equipe ficou em choque. O Dr. Novace, mesmo com sua fama, foi tomado de angústia. Chorou. Não era um homem frio. Era um homem bom. Mas ele havia esquecido o mais importante: a prudência de fazer o que precisava ser feito, mesmo que parecesse pequeno. Mesmo que parecesse desnecessário.



A verdade de tudo 


Tudo foi feito com excelência: o melhor hospital, os profissionais mais preparados, o cirurgião mais renomado. A família de Rafael investiu com amor e esperança, acreditando estar garantindo a vida dele.


Mas uma única decisão errada — ao desconsiderar algo essencial no procedimento — transformou tudo isso em tragédia. O médico, apesar de toda sua competência, escolheu não remover uma parte inflamada que parecia inofensiva, e essa escolha selou o destino de Rafael.


Assim, aquilo que deveria ser salvação, tornou-se a causa da sua morte.

Se Rafael não tivesse feito a cirurgia, poderia ainda viver 10, 15, talvez 20 anos com sua família. Mas a decisão equivocada tornou todo o investimento, toda a estrutura, todo o preparo... um mal para Rafael.


Foi uma única escolha, que desconsiderou o essencial, e por isso, tudo se perdeu.


Reflexão


Essa história não é apenas uma narrativa comovente sobre uma família ou uma cirurgia mal sucedida. Ela é uma forma pela qual Deus quer falar conosco de maneira profunda.


Por trás de cada detalhe dessa parábola, há um chamado, uma convocação à reflexão fundamental. Porque, assim como aconteceu com Rafael, também em nossa vida existe um ponto decisivo — uma escolha — que pode transformar tudo: pode fazer da nossa existência um bem ou um mal, uma bênção ou uma condenação, dependendo do caminho que tomarmos.


A história de Rafael nos conduz à realidade de que, por mais que tudo à nossa volta pareça estar certo, se a decisão principal for errada, tudo se perde, se revela como realmente é, bem ou mal.

Há uma grande decisão na nossa vida que vai definir se a nossa existência será boa ou má. Não se trata de uma escolha qualquer, mas de uma escolha que determina se estaremos ao lado de Deus ou separados Dele, colocados no lugar daquilo que é desprezível aos Seus olhos.

Tudo aquilo parecia ser o bem. Parecia ser a melhor escolha. Mas na verdade, era o caminho que levaria à morte de Rafael. Aquilo que parecia certo, era exatamente o que o condenaria. Não era um bem. Era o mal disfarçado, que se revelou mortal por causa de uma única escolha errada.

Assim é conosco.


Há uma decisão, uma escolha, que tornará tudo o que fizermos mal, ou, se for deixada de lado, manterá a nossa vida inteira no mal, e o nosso destino será terrível.


Existe uma decisão correta a ser feita, e sem ela, por mais que façamos coisas que pareçam boas, a nossa vida continuará sendo má diante de Deus, e o fim será condenação.


Apesar de tudo o que fizermos, mesmo que entendamos como sendo bom, sem essa decisão, tudo se perde — assim como acontece nesta história. 

Todos os bens adquiridos pela família, toda a formação do médico, toda a estrutura do hospital — tudo aquilo foi a causa direta do mal de Rafael, da sua condenação.


E assim é a nossa vida.


Tudo o que fazemos, tudo o que acontece conosco, está destinado para um fim trágico, se não tomarmos a decisão certa.

Há uma passagem bíblica que revela essa realidade de forma clara e profunda:


Todas as coisas são puras para os puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; pelo contrário, tanto a mente como a consciência deles estão contaminadas.”

— Tito 1: 15

A Bíblia nos ensina que todos nós temos a mente e a consciência contaminadas, pois nascemos com a natureza má, estamos no pecado, afastados de Deus e, por isso, condenados. Tudo o que fizermos, sem mudança, será para a nossa condenação.


A Escritura deixa isso claro em vários textos, como em Romanos 5:12:

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”


E também em Salmos 51:5:

“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”


Essas passagens mostram que o pecado é a origem de toda a nossa queda e separação de Deus, e sem a decisão certa, tudo o que fazemos segue esse caminho de condenação.

O desejo da família de que Rafael fosse curado, o desejo dos médicos em salvá-lo, os recursos aplicados para isso, a formação do médico, a estrutura dos hospitais — tudo isso foi para o mal. Nada disso teve valor benéfico; ao contrário, teve valor maligno, porque faltou a decisão correta, a escolha fundamental.


Assim é a nossa vida: nascemos no pecado, separados de Deus, e tudo o que fizermos será para a nossa condenação.


Nada adianta — você pode orar, ir à igreja, ler a Bíblia, ajudar os pobres, ter uma vida moral e ética, fazer o que quiser — você está contaminado pelo pecado, e tudo isso se torna mal para você.

Melhor teria sido que a família não gastasse tanto dinheiro buscando a cura de Rafael, pois ele poderia estar vivo até hoje, vivendo mais 10, 15, talvez 20 anos com sua família.

Melhor teria sido que aquele médico nunca tivesse aparecido em sua vida.

Melhor teria sido que o médico que o indicou jamais tivesse feito aquela indicação.

Melhor teria sido que o médico de Rafael não fosse o melhor do mundo, mas o pior — desde que tivesse tomado a decisão certa.


A Palavra de Deus confirma essa verdade com firmeza:


Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.”

— Apocalipse 22:11


Se você ainda não tomou a decisão de se tornar verdadeiramente puro diante de Deus, de ser santo, de passar para a luz, de ter a sua natureza transformada — então pare de se enganar.


Esqueça Deus. Esqueça toda a sua religiosidade.

Pare de orar. Pare de falar em Deus.

Pare de se reunir como igreja.

Pare de querer fazer caridade.

Pare de se iludir.


Mergulhe-se na sua realidade: o seu afastamento de Deus.


Porque a vida com Deus é tudo ou nada.

É a verdade ou o engano.

É fidelidade ou infidelidade.

Não há meio termo.


Se você ainda não tomou a decisão que precisa ser tomada — a decisão que transforma a sua natureza, que te torna santo diante de Deus — o seu destino será o mesmo descrito por Jesus em Mateus: 


Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

— Mateus 7:22-23


O que o Senhor quer de vocês — que ainda não tomaram a decisão correta — é que mergulhem no pecado.

Aquele que está sujo, suje-se mais.

E parem de praticar ações que pertencem àqueles que já abandonaram definitivamente o pecado.


Parem de orar.

Parem de louvar.

Parem de pregar.

Parem de ofertar.

Parem de agir como se fossem santos, enquanto ainda não são.

Parem de praticar as obras que pertencem àqueles que já tomaram a decisão verdadeira, aqueles que são santos de fato diante de Deus.


O Senhor já falou isso claramente, quando o povo de Israel continuava a trazer sacrifícios, festas e ofertas, mas o coração deles estava longe:

De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? — diz o Senhor.

Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados;

não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.

Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que pisásseis os meus átrios?

Não continueis a trazer ofertas vãs...

As vossas festas... a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer.

Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço...”

— Isaías 1:11-15


Pare de dizer que é de Deus, que está no caminho certo.

Pare de praticar aquilo que só alimentará o seu engano e será como um instrumento para a sua morte — como foi no caso de Rafael.


CADA UM NO SEU LUGAR


A Bíblia é clara: aquele que está em pecado e não se arrepende deve ser expulso da comunhão da Igreja.


Lançai fora o iníquo do meio de vós.”

— 1 Coríntios 5:13


A igreja não deve ser abrigo para o pecado, nem esconderijo para o enganado.


Hoje, no entanto, acontece o contrário.

Em vez de corrigir, exortar e, se necessário, expulsar aquele que vive em pecado,

as igrejas fazem de tudo para manter todos dentro — como se a igreja fosse um hospital.


Mas a igreja não é um hospital.

A igreja não é para os doentes, mas para os santos.


O que a comunhão dos santos faz é levar os fiéis a crescerem ainda mais em santidade,

porque a igreja é o lugar daqueles que já tomaram a decisão de abandonar o pecado e viver em fidelidade a Deus.


A igreja é o ajuntamento dos chamados à santidade, não o ajuntamento dos que resistem à santificação.

É a casa dos que foram lavados e purificados, e que vivem para manter-se puros diante do Senhor.

À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos...”

(1 Coríntios 1:2 – ACF)


A GRANDE DECISÃO


A decisão que nos torna filhos de Deus.

A decisão que nos faz santos.

A decisão que nos dá uma nova natureza.

A decisão que nos separa para Deus.

A decisão que nos salva.

A decisão que nos conduz à vida eterna.


Essa decisão é reconhecer o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, abandonando o pecado e morrendo para ele —

um pecado que nasce do orgulho e da vontade de seguir o próprio caminho.


A grande decisão é:

Morrer para o orgulho.

Morrer para a própria vontade.

Morrer para o pecado.


É viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus.

É viver sem buscar glória alguma para si, mas dar toda a glória somente a Deus.


É abrir mão de toda exaltação pessoal, de qualquer vanglória, de qualquer mérito próprio.

É reconhecer que Deus é o único digno, o único Senhor, o único exaltado —

e entregar toda a vida para que somente Ele seja glorificado.


E isso exige preço. É preciso sofrer.

É preciso ser humilhado, lutar, ser provado, resistir, renunciar, e permanecer fiel.


É colocar Deus acima de tudo.

É reconhecer que Ele é o soberano absoluto.

E essa soberania só se manifesta verdadeiramente em nós quando morremos para o pecado

e vivemos para obedecer à Sua vontade com todo o coração.


Conclusão e Apelo


Quando decidimos ser fiéis a Cristo, custe o que custar, nossa natureza é transformada.

Passamos a ser filhos de Deus.

E tudo o que fazemos passa a ser dirigido por um único princípio:

conhecer e fazer a vontade de Deus.


Como viemos do mundo, entramos então em um processo de santificação,

onde passamos a abandonar as coisas erradas que aprendemos lá fora,

e vamos moldando nosso comportamento pelos ensinos bíblicos.


Ainda podemos fazer coisas erradas —

mas não porque estamos em rebeldia,

e sim porque ainda não aprendemos o que é certo.


Não estamos mais em pecado.

Porque o pecado, como vimos, é um estado da alma,

e esse estado foi quebrado pela decisão de fidelidade a Deus.


Por isso, tudo o que fazemos é puro,

mesmo que ainda tenhamos falhas.

Porque o nosso coração está num processo real de transformação,

movido por amor e obediência a Deus.


Diferente é aquele que ainda não tomou essa decisão.

Que ora, lê a Bíblia, fala de Deus, mas permanece impuro diante de Deus,

porque ainda não decidiu morrer para si e viver para a vontade de Deus.

Tudo o que essa pessoa faz é contaminado pela sua condição de pecado.


Portanto, é preciso tomar essa decisão.


Assim como a parábola mostrou:

o resultado final de tudo aquilo que parece bom,

mas não nasce de uma decisão verdadeira por Deus,

é a condenação.


A história de Rafael é a história da sua vida —

se você ainda não fez a escolha certa.


Mas a sua história pode ser diferente,

se hoje você tomar a decisão de morrer para si mesmo

e viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus, custe o que custar.

Ao terminar a sua vida — seja em poucos dias ou até mesmo nas próximas horas — você verá que esta palavra era, na verdade, a revelação do seu destino eterno. Se a escolha certa não tiver sido tomada, a eternidade será de tormento, e sem volta.

Tome essa decisão.

Antes que seja tarde.


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