quarta-feira, 23 de julho de 2025

Vitimismo é Demônio


 Título: Vitimismo é Demônio


🔥 Introdução:


Há pessoas que preferem viver no engano. Elas rejeitam qualquer palavra que confronte seus desejos e escolhem seguir uma fé personalizada, feita sob medida para seu próprio ego. Porém, a verdade é uma só: quem escolhe viver no engano, morrerá no engano.


Essas pessoas não querem ouvir o que Deus diz — querem ouvir apenas o que agrada seus ouvidos. E o mais grave: selecionam partes da Bíblia para justificar, validar, reforçar ou “autorizar” o estilo de vida que escolheram. Escolhem textos bíblicos fora do contexto, torcendo o que Deus falou, para tentar dar apoio àquilo que querem continuar fazendo. Isso é gravíssimo e já é uma evidência clara de condenação espiritual.


Mas a Palavra de Deus não é uma colcha de retalhos — é a voz do próprio Deus. E quem rejeita a Palavra de Deus, está rejeitando o próprio Deus.


O vitimismo é um dos frutos mais evidentes dessa rebelião. E por trás desse comportamento está um espírito demoníaco. Sim, o vitimismo é ação de demônios. Ele cega o entendimento, impede o arrependimento, e transforma o pecador em acusador — alguém que, em vez de reconhecer o erro, ataca quem fala a verdade.


Portanto, se você não quer ser mais um que usa a Bíblia como “apoio seletivo” para o seu pecado, mas deseja realmente ser liberto, ouça o que Deus tem a dizer sobre isso. Não ouça seus sentimentos. Ouça a Bíblia.


E sobretudo, seja honesto consigo mesmo e com Deus. A verdade só é revelada àqueles que a buscam com sinceridade de coração.



📌 1. O que é o vitimismo?


Do ponto de vista psicológico, o vitimismo é um comportamento no qual a pessoa utiliza uma dor do passado — seja ela real ou apenas percebida — como um escudo emocional. Essa dor é usada para justificar seus erros, suas falhas, e principalmente, sua dificuldade de enfrentar os desafios da vida.


Em vez de reconhecer suas limitações e lidar com os obstáculos, a pessoa vitimista transfere a responsabilidade para os outros. Ela culpa o pai, a mãe, a escola, a sociedade, o patrão, a igreja — sempre há um culpado externo. E assim, ela não apenas erra, mas continua errando, mantendo um padrão repetitivo de fracasso, desculpas e fuga.


Esse comportamento impede o amadurecimento, esconde as próprias deficiências e limitações, e revela uma profunda incapacidade de lidar com as adversidades da vida. Porque todos nós, em algum momento, somos vítimas de algo: injustiças, perdas, frustrações. A vida é feita de percalços, de reveses. Mas o vitimista escolhe se esconder atrás da dor e fazer dela uma identidade.


Ele se refugia no vitimismo para não ter que encarar sua falta de competência, sua insegurança, e sua fragilidade emocional diante da realidade.


Porém, quem conhece a Palavra de Deus sabe que o problema vai além da mente. A raiz é espiritual. Mas sobre isso falaremos a seguir.


📌 2. O vitimismo é uma ação demoníaca


A ação demoníaca na vida de uma pessoa não pode ser reduzida a uma simples definição psicológica. O diabo não atua de maneira limitada, como se ele só pudesse operar dentro de uma categoria de comportamento. Ele age de forma ampla, estratégica e destrutiva. O vitimismo é apenas uma das máscaras que ele usa.


A operação do inimigo é sincrética. Ele mistura o vitimismo com o orgulho, com a rebeldia, com a dureza de coração, com a rejeição da verdade, com a autopiedade, com a vaidade, com a autodefesa. Tudo isso atua junto. É um pacote de trevas, que vai dominando a mente e o coração da pessoa aos poucos, até que ela não consiga mais ouvir nem aceitar a voz de Deus.


Por isso, não podemos olhar para o vitimismo como um “comportamento isolado” — ele é parte de um sistema maligno, um esquema espiritual de escravidão. Quem está sob esse espírito não apenas vive se justificando, mas se levanta contra qualquer tentativa de correção, se sente perseguido, e passa a ver o confronto da verdade como um ataque pessoal.


📌 3. Quem ainda sofre sob o passado está preso por um espírito maligno


Quando uma pessoa ainda carrega as dores do passado — rejeições, traumas, abusos, frustrações e mágoas — de forma que isso afeta suas emoções, decisões e reações, isso é sinal claro de que ela está debaixo de uma ação demoníaca. Essas feridas se tornam portas espirituais por onde o inimigo atua, mantendo a pessoa presa, limitada e cativa.


Não se trata de experiência ou aprendizado, mas sim de um sofrimento contínuo alimentado por espíritos malignos. O passado se torna uma prisão espiritual. E só há uma forma de ser verdadeiramente livre disso: pela libertação que vem da cruz de Cristo.


📖 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

(2 Coríntios 5:17)


Aquele que está em Cristo não vive mais acorrentado ao que aconteceu. Ele é uma nova criatura. O Espírito Santo rompe o poder do passado e destrói toda cadeia emocional e espiritual.


Além disso, nenhum comportamento pode ser justificado pelo vitimismo. Quem segue a Cristo não anda segundo as dores do passado, mas segundo a Palavra de Deus. O padrão de vida do cristão não vem das experiências antigas, mas da verdade eterna das Escrituras.


Se você ainda sofre com as dores antigas e reage como se ainda estivesse lá, você precisa ser liberto. Porque onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

(2 Coríntios 3:17)


📌 4. O espírito que se disfarça de consolo, mas aprisiona


Existe um espírito que opera através da autocompaixão, disfarçado de sensibilidade e consolo, mas cuja verdadeira função é manter a pessoa presa no sofrimento e afastada da verdade. Ele engana a alma com um falso conforto, levando a pessoa a se apegar às emoções, e não à cruz de Cristo.


Esse espírito leva a alma a buscar consolo não em Deus, mas em estímulos carnais, na aprovação das pessoas, em justificativas emocionais, em prazeres momentâneos, sexo, bebidas e em desculpas para não mudar. Ele alimenta a vitimização, promove o autoengano, e impede a verdadeira cura e libertação.


Trata-se do espírito do engano, que age sutilmente, consolando a carne enquanto anula a ação do Espírito Santo, que é quem nos chama ao arrependimento, à responsabilidade e à transformação.


Onde esse espírito domina, não há crescimento espiritual — apenas repetição de dores, desculpas, e uma vida sem fruto.


📌 5. Quando o erro se faz de vítima e a verdade vira agressão


Uma das ações mais astutas do espírito do engano é a inversão de papéis morais e espirituais. O erro se apresenta como vítima, e a verdade é tratada como uma forma de violência. Quem denuncia o pecado passa a ser acusado de ódio, intolerância ou opressão — porque a verdade dói em quem ama o engano.


Um exemplo claro disso está na forma como o movimento homossexual reage à exposição da verdade bíblica. Homens e mulheres que vivem no pecado da homossexualidade não querem que o seu erro seja exposto à luz da Palavra de Deus. Eles não querem que o pecado seja confrontado, chamado pelo nome, como Deus o chama. Eles querem que o erro seja normalizado, validado e aplaudido.


E quando alguém, com amor e fidelidade à Palavra, revela a verdade, essa pessoa passa a ser acusada de estar ferindo, discriminando ou ameaçando a liberdade dos outros. A verdade bíblica é tratada como violência. O mensageiro é atacado, enquanto o pecado é protegido.


Essa inversão é espiritual. É o mesmo espírito que atuava contra os profetas no Antigo Testamento, contra João Batista, contra Jesus e contra os apóstolos. É o espírito que odeia a verdade, mas ama a mentira que consola a carne.


📖 “Amaldiçoam, porém não amaldiçoam com Deus; mentem ao invés de confessarem; e ainda dizem: Não é este o que nos fere com palavras duras?”


Quem ama a verdade, suporta a exortação. Mas quem ama o erro, faz-se de vítima e chama a verdade de opressão.


📌 6. O vitimismo esconde o orgulho de uma natureza carnal e demoníaca


Por trás do vitimismo existe algo ainda mais profundo e destrutivo: o orgulho. A verdade bíblica fere o ego da pessoa vitimista, porque ela não quer mudar — ela quer que o mundo se adapte a ela. Há pessoas que jamais dirão: “Eu estou errado.” Só de pensar nisso, já se sentem como se estivessem morrendo. E, de certa forma, estariam mesmo — porque o seu ego teria que morrer.


Mas a verdade é que essa resistência à correção revela que a natureza dessa pessoa ainda é carnal, terrena, demoníaca. Porque aquele que não nasceu de novo, busca a sua gloria, vontade e não a verdade, não reconhece o erro, não se arrepende, não muda de direção. O que nasceu de novo está no caminho da busca da transformação, santificação e esse é o caminho da cruz, o caminho da salvação, o caminho da vida.


📖 “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”

(Romanos 8:13)


O orgulhoso, dominado por Satanás, nunca dá o braço a torcer. Ele prefere se fazer de vítima, acusa os outros, cria argumentos, distorce a verdade, mas jamais se humilha. Ele não se arrepende, não pede perdão, não se submete — e por isso, vai para o inferno.


📖 “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”

(Tiago 4:6)


A verdade é que todos nós nascemos errados. Todos precisamos de conserto. E até mesmo para entrar nesse caminho, é necessário reconhecer: “Eu estou errado. Eu preciso mudar.” Esse é o caminho da santificação.


Mas o vitimista não quer conserto — ele quer aplauso. E quem rejeita o caminho do arrependimento e da transformação, está rejeitando o próprio Deus.



📌 7. Quem está a caminho do céu e quem está a caminho do inferno


Aqueles que estão a caminho do céu não são os que nunca erram, mas os que reconhecem seus erros e se deixam transformar. Eles não vivem se justificando, nem se escondendo atrás de traumas ou culpas alheias. Eles amam a verdade — mesmo quando ela dói — porque sabem que a verdade liberta.


📖 “Repreende o sábio, e ele te amará.”

(Provérbios 9:8)


Quem está no caminho do Senhor ama a correção. Ele não se faz de vítima. Ele busca transformação. Ele se alegra quando Deus revela algo errado em sua vida, porque isso é precioso: é uma oportunidade de ser santificado, de se consertar, de se aproximar mais do caráter de Cristo.


📖 “O caminho do Senhor é fortaleza para os retos, mas ruína para os que praticam a iniquidade.”

(Provérbios 10:29)


Já os que estão a caminho do inferno são exatamente o contrário. Eles são orgulhosos, de natureza diabólica. Querem ser exaltados. Querem parecer bons. Querem ser elogiados. Querem que suas escolhas sejam aplaudidas. Rejeitam a correção, odeiam a repreensão, e consideram qualquer confronto uma ofensa pessoal.


📖 “Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará.”

(Provérbios 9:8)


📖 “Repreende o escarnecedor, e ele te odiará.”

(Provérbios 9:8)


Essa é a essência do vitimismo espiritual. O escarnecedor se faz de vítima. Ele odeia quem o corrige. Ele inverte a verdade. Ele transforma a repreensão em agressão. Ele acusa o justo, não porque foi agredido, mas porque foi confrontado. E isso fere seu orgulho.


Eles vivem em autodefesa, em vitimismo, em constante negação da verdade. Quando a luz da Palavra revela seus pecados, se sentem atacados. E ao invés de se humilhar, preferem se endurecer — e seguem para a perdição.

Para o orgulhoso, dizer que ele está errado é agredi-lo. Ele recebe a verdade como uma afronta pessoal, não como um chamado ao arrependimento.


Mas o que é de Deus, ama a correção. Ele busca transformação. Ele quer ouvir uma palavra que transforme a sua vida, não uma palavra que diga que ele é maravilhoso. Ele quer mudar. Ele quer se tornar semelhante a Cristo.


Enquanto o orgulhoso vive exaltando o próprio “eu”, se justificando, se protegendo, se promovendo — o que nasceu de novo exalta a Cristo. Ele quer falar segundo Cristo, viver segundo Cristo, viver segundo a Palavra de Deus. Ele quer a santificação em sua vida. Ele quer ser moldado por Deus, dia após dia, até ser achado irrepreensível diante do Senhor.

O espírito do mal impede que os orgulhosos sejam libertos da natureza que pertence a ele — o diabo. Ele age para manter o orgulho no coração daqueles que ainda não foram transformados por Deus. Para isso, levanta falsos profetas que pregam mensagens que não confrontam o pecado, que não matam o ego, que não chamam ao arrependimento, mas exaltam o homem, agradam a carne e alimentam a ilusão. No caso do espírito do vitimismo, trata-se de uma dessas ações demoníacas específicas: quando a verdade, ao confrontar o erro e ferir o orgulho, é recebida como agressão. E, então, a pessoa se faz de vítima, como se fosse boa e injustiçada — recusando-se a ver que está errada. Isso é engano espiritual. Isso é obra do diabo.


📌 8. A transformação que Deus quer em sua vida


Se você deseja ser liberto do espírito de vitimismo, da mentira e do engano, precisa entender algo fundamental: Deus e a vontade dEle precisam ser o centro absoluto da sua vida. Você não pode seguir a Cristo e manter o seu próprio “eu” no trono. Você precisa morrer para si mesmo.


Você precisa morrer para a sua vontade. Você precisa morrer para o seu orgulho. Você precisa morrer para a sua exaltação. Se isso não acontecer, o seu destino será o inferno.


O orgulho, a vaidade, a autoexaltação — tudo isso precisa ser arrancado do seu coração. Você precisa se humilhar profundamente diante de Deus.


📖 “Tem, pois, em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

(Filipenses 2:5–8)


Jesus, sendo Deus, se humilhou de tal maneira que se fez homem. Ele foi cuspido, escarnecido, esbofeteado. Morreu a pior morte — a morte de cruz. Ele se permitiu essa humilhação, mesmo sendo o Criador de todas as coisas.


E você? Você que não é nada. Você, que é cheio de erros, que nasceu em pecado, que tem uma natureza corrompida — você quer se exaltar? Você quer defender sua vontade? Você quer justificar seu orgulho? Essa é a natureza do diabo, e se ela não for crucificada, ela vai te levar para o inferno.


Aqueles que estão em Cristo conhecem a vontade de Deus e não estão alienados à realidade espiritual. Eles sabem que muitas vezes as pessoas são usadas pelo diabo para ferir outras. Mas o verdadeiro cristão, ao ser ferido, não odeia quem o feriu. Ele não guarda mágoa, não se vinga, nem rejeita. Ele ora por quem o feriu, busca a libertação daquela alma, pois entende que a nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra os principados e potestades do mal (Efésios 6:12). Todo crente verdadeiro sabe que um dia ele mesmo foi mal e perdido, e que só foi salvo pela graça. Quem nunca reconheceu que um dia foi mau, nunca foi salvo. Jesus deixou isso claro na parábola do credor incompassivo:


📖 “Então o seu senhor, chamando-o à presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive de ti? E indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.”

(Mateus 18:32–35)

O orgulhoso, que carrega a natureza do diabo, não pode ser confrontado, não pode ser ofendido, não pode ser humilhado — porque ele se vê no mais alto patamar. Ele exige respeito, exige honra, exige ser reconhecido. Para ele, tudo que fere sua imagem é intolerável, seja verdade ou mentira. Mas o salvo não. O salvo tem o Espírito de Deus, e por isso é humilde

O orgulhoso fala de Deus, menciona Deus, até ora e quer a inserção de Deus em sua vida — mas no fundo não para ser fiel a Ele, obedecê-Lo de verdade ou se submeter à Sua vontade. Ele quer Deus para manter a aparência de que é uma boa pessoa, para sustentar o seu status, para alimentar o seu próprio ego.

Quem não perdoa, quem não ama aquele que o feriu, está em condenação. Porque o perdão é a marca do salvo, é o reflexo de quem entendeu o que recebeu de Deus. O espírito de Cristo em nós nos leva a amar os que nos perseguem, a orar pelos que nos maltratam, e a desejar a salvação de todos — inclusive dos que nos ferem. Isso é o Evangelho. Isso é nascer de novo.


Conclusão e Apelo


Você precisa mudar.

Se ainda não assumiu um compromisso de fidelidade a Deus, mude agora e entre no caminho da obediência.

Se já está nesse caminho, mude também — porque, à medida que você conhece a vontade de Deus, sua vida deve ser transformada continuamente.


Os demônios continuarão insistindo em dizer que você é uma vítima, que você é injustiçado, que fizeram mal contra você. Vão apontar os erros e defeitos dos outros para tentar impedir que você se reconheça pecador, que se humilhe e se volte para Deus com fidelidade.


E se você já está no caminho da fidelidade, o diabo vai tentar te desviar, levando seus olhos para si mesmo — para o seu ego, para as suas dores, para a sua justiça própria — e não para Deus e o propósito dEle para a sua vida.


Mas é uma escolha, e essa escolha define o seu destino eterno:

Você vai ouvir o diabo ou vai ouvir a Deus?


Se você quer ouvir a Deus, então morra para a sua própria vontade, para o seu ego, para a sua própria exaltação.

Ame. Perdoe. Ganhe almas para Jesus.

Seja fiel — custe o que custar — por toda a sua vida.

Busque conhecer e fazer a vontade de Deus em tudo:

na sua maneira de pensar, de agir, de falar, de viver.

Tudo em você precisa estar em conformidade com Deus e com a Sua vontade.


Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."


terça-feira, 22 de julho de 2025

A Quem Deus ouve? Com a palavra o Deus da Bíblia.


A Quem Deus ouve? Com a palavra o Deus da Bíblia. 


Versículo chave:

O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.”

(Provérbios 28:9)



Introdução


Você precisa ouvir o que Deus diz. Você precisa ouvir a verdade.


E a verdade que a Bíblia revela é esta: quem rejeita o ensino bíblico, rejeita o próprio Deus, e por Deus será rejeitado.


Essa afirmação não está oculta. Ela é direta, objetiva, patente. Está diante de todos os que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir. A Bíblia inteira comunica essa realidade de forma contínua, insistente, clara.


Mas a maioria das pessoas fecha os ouvidos. Vivem enganadas, imersas em trevas, acreditando que podem ser ouvidas por Deus enquanto rejeitam a única coisa que Ele nos deu para conhecê-Lo: Sua Palavra. Acham que orar é suficiente, que louvar é suficiente, que participar de rituais religiosos garante comunhão com Deus, quando na verdade vivem em desobediência, em rebelião, longe da Verdade.


Sem a Palavra de Deus, tudo é ilusão.

Tudo é trevas.

Tudo é engano.


O mundo está de cabeça para baixo porque desprezou a Bíblia. Rejeitou o único Deus verdadeiro. O resto é invenção. O resto é obra do diabo.


Só a Palavra de Deus pode arrancar você do engano. Só a Bíblia pode libertar você da loucura espiritual. Deus fala exclusivamente por meio das Escrituras. Ele não vai descer do céu para conversar individualmente com cada pessoa. Isso seria irracional. Deus já falou. Deus já revelou Sua vontade. E quem rejeita a Bíblia, rejeita a Deus.


É por isso que esta mensagem existe: para expor essa verdade com clareza e firmeza. Para mostrar a realidade revelada por Deus. E para que, se você ainda tem ouvidos, ouça — antes que seja tarde demais.


1. Quem você pensa que Deus é?


A maneira como você vive revela o que você pensa sobre Deus.


A maioria das pessoas não diz com palavras: “Deus não existe.”

Mas suas atitudes gritam isso diariamente.

Elas creem num "deus", falam de "deus", oram a "deus", mas não vivem de acordo com o Deus da Bíblia.

Elas vivem como se Deus fosse outro — um deus moldado por suas próprias ideias e vontades.


Na prática, vivem como se o Deus verdadeiro não existisse.

Porque o verdadeiro Deus exige submissão, arrependimento, obediência, santidade e fidelidade.

E quem vive para si, está dizendo com sua vida: “Deus está morto para mim.”

Não o “deus” que elas inventaram, mas o Deus real, o Deus da Bíblia, que as criou para viverem para Ele.


Quando alguém rejeita a vontade de Deus, rejeita o próprio Deus.

Quando alguém ignora a Bíblia, ignora o único meio pelo qual Deus se dá a conhecer.

E quando alguém vive para seus próprios desejos, nega o Criador que a formou com um propósito: viver para a glória de Deus.


> “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos.”

(Atos 17:28)

Quando o homem acredita que Deus o ouve, mesmo ele rejeitando ou desconsiderando o que a Bíblia diz, é porque ele continua no engano.

Ele vive iludido.

Porque desconhece a verdade e, portanto, desconhece a Deus.

Nega quem Deus é, porque se o reconhecesse como Ele realmente é, viveria exclusivamente para conhecer e fazer a Sua vontade.

Por que o homem se engana a respeito de Deus e de Sua vontade?


O ser humano erra em relação a quem Deus é e à Sua vontade por causa do orgulho.


E o que o orgulho faz?


O orgulho faz a pessoa olhar para si.

E quando ela olha para si, seu olhar se desvia de Deus.

Mas para enxergar a Deus, é necessário olhar para Deus.


O pecado é a desobediência a Deus.

É quando o homem não conhece a vontade de Deus, mas existe a escolha de fazer a sua própria vontade.

Ele dá mais ouvidos à sua vontade, ao seu desejo, ao seu coração, do que ao que a Bíblia diz.


Para conhecer a Deus e a Sua vontade, é preciso morrer para si mesmo.

Foi exatamente isso que Jesus disse:


 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de conhecer a doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.”

(João 7:17)

O novo nascimento e a morte da própria vontade


Morrer para a própria vontade significa matar a natureza carnal — a natureza recebida pelo nascimento natural.


E isso é fundamental para a salvação.


Porque Jesus disse:


 “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Esse novo nascimento nada mais é do que a morte da própria vontade, para agora viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus.

Essa é a vida espiritual.

Jesus explicou:

 “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo.”

(João 3:6-7)

Quando isso acontece — ou seja, quando a pessoa morre para sua própria vontade e decide viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus —,

ela recebe Deus na pessoa do Espírito Santo.


E é o Espírito Santo que a guia em toda a verdade,

porque Ele é o Espírito da Verdade.


Jesus disse:

“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”

(João 16:13)


Quando o ser humano acredita que Deus pode ouvi-lo, mesmo sem que ele tenha morrido para o pecado — ou seja, para sua própria vontade — e viva exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus, ele está crendo em um “deus” que não existe.


O Deus verdadeiro não pode se submeter a essa condição.


Na prática, o homem quer que Deus seja seu servo, enquanto ele mesmo recusa ser servo de Cristo.


Mas Deus jamais se submete a isso, porque isso seria negar a Si mesmo — negar Sua santidade, Sua soberania e Sua verdade.


E Deus não pode negar aquilo que Ele é.


Texto: 2 Timóteo 2:11-13


> “Fiel é esta palavra:

Se morrermos com ele, com ele também viveremos;

Se perseverarmos, com ele também reinaremos;

Se o negarmos, também ele nos negará;

Se formos infiéis, ele permanece fiel; pois não pode negar-se a si mesmo.”


Explicação objetiva e lógica:


Este texto apresenta uma linha clara e firme de raciocínio espiritual:


1. “Se morrermos com ele” –

A morte aqui é para a própria vontade.

A Bíblia diz:


 “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)

Ou seja, só viverá com Cristo quem morrer para si mesmo, renunciando à própria vontade.


2. “Se perseverarmos, com ele também reinaremos” –

Isso exige fidelidade contínua.

É por isso que está escrito:


 “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)


3. “Se o negarmos, ele também nos negará” –

Negar a Cristo não é apenas dizer “não creio”, mas viver como se Ele não fosse o Senhor.

Quando se desobedece a Deus, se nega Sua soberania e se despreza o sacrifício de Cristo.


4. “Se formos infiéis, ele permanece fiel; pois não pode negar-se a si mesmo.” –

Isso não é uma promessa de salvação incondicional.

Pelo contrário, é uma afirmação do caráter imutável de Deus.

Ele permanece fiel à sua justiça, santidade e verdade.

Ou seja, se o homem for infiel, Deus não vai mudar quem Ele é para aceitá-lo.

Se aceitasse o infiel como se fosse fiel, Deus estaria negando a si mesmo.


Resumo lógico:

A fidelidade de Deus não garante salvação ao infiel.

Pelo contrário, confirma que Deus nunca aceitará o pecado, a desobediência, a infidelidade.

Portanto, quem quiser viver com Deus precisa morrer para si, ser fiel até o fim e reconhecer a soberania absoluta do Senhor.


2. A fé no engano


A Bíblia é clara ao afirmar que Deus não ouve a oração daquele que peca — ou seja, daquele que ainda não morreu para a sua própria vontade, não a enterrou no batismo, e não decidiu viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus em fidelidade.


Essa verdade está expressa, por exemplo, quando as Escrituras declaram:


 “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve.”

(João 9:31)


E também:

Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.

Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

(Isaías 59:1–2)


A Bíblia ainda diz:

 “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”

(João 3:36)


Hoje, essa condição de pecado faz com que o homem não identifique a voz de Deus, não reconheça a verdade e a troque pelo engano. Como diz Romanos:


 “Porque os homens, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se desvaneceram em seus pensamentos, e o seu coração insensato se obscureceu.

Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.”

(Romanos 1:21-22)


O problema está no orgulho: a raiz da rebelião. É ele que impede o homem de morrer para si, e por isso o diabo consegue cegá-lo. A Bíblia diz que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Coríntios 4:4). E por que o entendimento está cego? Porque o coração ainda está voltado para si mesmo.


Essa foi exatamente a estratégia de Satanás no Éden. Ele enganou Eva distorcendo a verdade, sem negá-la diretamente. Disse:


É assim que Deus disse? […] Certamente não morrereis […] sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal.”

(Gênesis 3:1–5, adaptado)


Aquele que não morre para o seu próprio desejo e vontade, recusando colocar a vontade de Deus como única, exclusiva e perfeita, nega quem Deus é e permanece no engano em que nasceu — no estado natural do engano espiritual.


Só a verdade pode libertar desse engano, mas isso depende da decisão do homem: matar a sua própria vontade ou permanecer vivo no seu próprio querer.


Se ele escolher permanecer, o engano o domina, e ele passa a crer num “deus” que não existe, rejeitando a verdade que poderia conduzi-lo à vida eterna.

Romanos 1:25 diz:

 "Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, e passaram a adorar e servir a criatura em lugar do Criador, que é bendito para sempre."


Este versículo explica uma verdade profunda: quando o homem não morre para si mesmo, ou seja, não abandona sua própria vontade, ele está honrando a criatura — ele mesmo — em lugar do Criador.


Isso significa que a pessoa está vivendo para satisfazer seus próprios desejos e vontades, e não para obedecer à vontade de Deus.


Somente quando alguém morre para sua própria vontade e vive exclusivamente para fazer a vontade de Deus, estará verdadeiramente honrando o Criador e não a criatura que é ele mesmo.


Por isso, o texto continua dizendo que Deus os entregou a sentimentos reprováveis — ou seja, Deus permite que eles permaneçam no engano e na mentira, porque escolheram rejeitar a verdade.


Esses homens passam a fazer o errado, trocando o certo pelo errado, pois o orgulho, que é a essência do diabo, não foi removido de seus corações.


Por isso, o engano os domina e muitos morrerão sem conhecer a verdade e estarão eternamente separados de Deus.


E quando forem confrontados no último dia, vão dizer:

 “Senhor, eu orava, eu te adorava, eu lia a Bíblia, Tu eras o Senhor da minha vida...”


Mas não reconhecerão que, na prática, não mataram o seu “eu”.


Ainda buscavam glória para si mesmos, dizendo:


 “Eu fiz isso, eu consegui aquilo, graças a Deus...”


Mas esse “graças a Deus” é, na verdade, uma forma de esconder a verdade de si mesmos — um engano que tapa a consciência.


O “eu” permanece vivo, e por isso a pessoa não está salva.


Somente quem é humilde o suficiente para abandonar o orgulho, morrer para sua vontade própria e viver exclusivamente para Deus, receberá o Espírito da verdade, conhecerá a verdade e será salvo.


Essa é a condição para estar na luz e na verdade, para andar com Deus e alcançar a vida eterna.


 "E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista."

1 João 3:22

É preciso ser fiel para estar em comunhão com Deus. 


Conclusão e Apelo:


Portanto, não se iluda achando que Deus está te ouvindo, se você ainda vive para si mesmo, sem ter morrido para a sua própria vontade, e sem viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus.


Não se engane com a sua fé religiosa, com suas orações, com suas boas intenções. A fé no engano é a fé num deus que não existe. Você pode estar crendo, orando, adorando, lendo a Bíblia, mas se o deus em quem você crê não é o Deus revelado nas Escrituras, você está apenas alimentando uma ilusão.


Tudo isso pode te levar a uma grande decepção no fim da vida. A Bíblia já advertiu sobre isso:


 "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."

(Mateus 7:22-23)


Essas pessoas viveram convencidas de que pertenciam a Deus. Elas tinham uma fé ativa — mas enganosa — porque o espírito que habitava nelas não era o Espírito da Verdade, e sim o espírito do engano. Por quê? Porque nunca morreram para si mesmas, nunca renunciaram à sua vontade, e nunca reconheceram a Deus como Senhor absoluto de suas vidas.


Jesus disse:

 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a doutrina…”

(João 7:17)


Portanto, se alguém vive no erro doutrinário, na divisão, na heresia, no desconhecimento da verdade, é porque não quis fazer a vontade de Deus. Porque a promessa de Cristo é clara: quem quiser, conhecerá. Ou seja, o erro não é intelectual, é espiritual e moral.


Só estará salvo aquele que tiver morrido para a sua própria vontade e que viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus, custe o que custar. Esse é o verdadeiro cristão. Esse é o que anda na verdade. E esse é o que estará com Cristo na eternidade.


Antes de orar e de achar que Deus vai reagir e que Deus está com você, ouça Deus primeiro. Ouça o que Deus diz.


Somente recebendo a verdade de Deus, colocando a Palavra de Deus — e não a sua própria vontade — como autoridade suprema sobre sua vida, é que você sairá do engano.


O engano fará com que, no último dia, muitos digam: “Senhor, Senhor”, mas ouvirão da parte de Deus:

Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:23)

Se o Deus da sua vida não está de acordo com o Deus da Bíblia, então você não está crendo em Deus, mas sim formando um “deus”, criando um próprio “deus” — um deus que não existe, que está apenas na sua imaginação.


A Escritura diz:

"Se morrermos com Cristo, com Ele viveremos" (2 Timóteo 2:11).


Ninguém pode fazer a sua própria vontade se estiver morto.

Ninguém pode se exaltar se estiver morto.


E somente a morte da sua própria vontade e da sua exaltação é que lhe garantirá a vida eterna.

Sem morte, não há novo nascimento.

E sem nascer de novo, ninguém pode entrar no Reino de Deus (João 3:3-5).


Não se iluda.

Você já morreu para si mesmo?

Você foi sepultado no batismo?

Você se reúne como igreja verdadeira?

Você abandonou tudo o que é errado na sua vida?


E não apenas isso: você decidiu fazer tudo o que Deus manda, custe o que custar?


Se não, você irá se decepcionar no último dia.


Entenda: são poucos os que entram no Reino de Deus.

E é necessário conhecer o que o Deus da biblia diz e viver exatamente o que Ele diz.


O Reino de Deus é para poucos.

E para os valentes.

Para aqueles que colocam Deus acima de tudo e de todos, inclusive de si mesmos.


Se o seu deus não é grande o suficiente para que você morra para sua própria vontade e para sua própria exaltação, e viva exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus, então o deus em que você crê não é o Deus verdadeiro.



Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."

segunda-feira, 21 de julho de 2025

O Tolo e a Sabedoria.

 


Título: O Tolo e a Sabedoria. 



Introdução:


A Bíblia fala com clareza sobre o tolo. Ser tolo, segundo as Escrituras, não é apenas agir com falta de bom senso, mas é viver afastado de Deus, ignorando a verdade, rejeitando a sabedoria e andando no engano. A tolice é uma condição espiritual grave, porque o tolo caminha em direção à perdição, longe da luz, da verdade e da salvação.


Essa mensagem trata exatamente desse tema: o que é ser tolo segundo a Palavra de Deus, quais são as marcas de uma vida tola, e qual o fim de quem insiste em andar nesse caminho. Através dos versículos bíblicos e da luz da Escritura, esta mensagem mostrará com clareza que o tolo não anda no caminho da salvação, pois rejeita a Deus e desobedece à Sua vontade.


O objetivo é levar você a refletir à luz da Palavra: será que você está andando no caminho do tolo ou no caminho da sabedoria? Esta mensagem é uma oportunidade de confronto com a verdade, para que você se examine e veja se está na luz ou se precisa abandonar a tolice e se voltar para Deus.


1. O que é a tolice e o que é ser tolo


A tolice, segundo a Bíblia, não é apenas uma questão de ignorância ou falta de inteligência, mas uma escolha espiritual: é rejeitar a sabedoria de Deus e andar segundo o próprio entendimento. A Bíblia mostra que o tolo é aquele que despreza o conhecimento da verdade, se recusa a ouvir a Palavra de Deus, e prefere seguir seus próprios caminhos, mesmo quando esses o afastam do Senhor.


Ser tolo, portanto, é viver contra a sabedoria que vem de Deus. E a sabedoria está revelada na Palavra. Logo, todo aquele que fala ou vive de maneira contrária ao que está escrito nas Escrituras, está falando tolices — e está agindo como tolo. A Bíblia é a verdade (João 17:17), e tudo que se opõe à verdade é engano, é tolice, é mentira.


O livro de Provérbios está repleto de advertências contra o tolo e a tolice:


 "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os tolos desprezam a sabedoria e a instrução."

(Provérbios 1:7)

Esse versículo já define com clareza o que é tolice: é desprezar a sabedoria e a instrução que vêm de Deus. Ou seja, o tolo rejeita aquilo que é santo, bom, puro e verdadeiro.


 "O tolo não tem prazer no entendimento, mas somente em expressar o que pensa."

(Provérbios 18:2)

Aqui vemos que o tolo não busca a verdade, ele apenas quer defender suas opiniões, ainda que estejam erradas e em rebeldia contra Deus. Esse tipo de pessoa rejeita o ensino da Palavra e insiste em caminhar segundo seus próprios pensamentos.

Alguém poderia argumentar: "Mas ninguém conhece toda a Palavra de Deus." E é verdade: ninguém conhece tudo. Porém, justamente por isso, não devemos falar daquilo que não conhecemos. Devemos falar apenas o que Deus revelou por meio da Sua Palavra, com temor e responsabilidade.

 "Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que fecha os seus lábios é tido por entendido."

(Provérbios 17:28)






2. As características do tolo


A Bíblia não apenas alerta contra a tolice, mas revela as características visíveis do tolo, para que possamos reconhecê-las e fugir desse caminho. O tolo não é identificado apenas por palavras grosseiras ou atitudes impensadas, mas por uma disposição interior de rebeldia contra a sabedoria que vem de Deus. A seguir, estão as principais marcas que a Escritura revela:


a) O tolo confia em si mesmo

 "O caminho do tolo é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio."

(Provérbios 12:15)


O tolo acredita que está certo. Ele não se vê como alguém que precisa ser corrigido. Seu orgulho o cega, e por isso ele não busca sabedoria — ele quer ser ouvido, mas não quer ouvir. O problema do tolo não é apenas ignorância, mas arrogância. Ele se recusa a considerar que pode estar errado. Seu coração está voltado para si mesmo, e o amor à própria opinião supera o amor pela verdade. Ele se considera a referência, e não se submete à autoridade da Palavra nem à correção dos sábios.


b) O tolo não ouve conselhos nem os sábios


 "O escarnecedor não ama àquele que o repreende, nem se chegará aos sábios."

(Provérbios 15:12)


 "Os lábios do sábio espalham conhecimento, mas o coração dos tolos não procede assim."

(Provérbios 15:7)


O tolo rejeita o conselho e despreza a sabedoria. Ele não busca os sábios, não escuta os entendidos, e não suporta ser corrigido. Mesmo quando ouve palavras sábias, seu coração é duro — ele ouve sem considerar, sem refletir, sem mudar. Ele não valoriza a sabedoria porque está voltado para si, e seu coração está fechado para a verdade.


Mesmo quando a verdade está diante dele, o tolo a despreza porque não tem amor ao conhecimento. Ele ouve com arrogância e age como se soubesse mais que todos. Seu orgulho espiritual o impede de aprender e crescer.


c) O tolo revela de imediato o seu aborrecimento


"O tolo revela logo o seu aborrecimento, mas o prudente ignora o insulto."

(Provérbios 12:16)


O tolo é impulsivo, irritadiço e instável emocionalmente. Ele não pondera, não espera, não controla o que sente. Ele reage com rapidez, movido pela carne, sem domínio próprio. Qualquer palavra contrária o ofende. Ele não possui o fruto do Espírito, porque não se submete ao Espírito. Essa precipitação mostra seu desequilíbrio e sua incapacidade de agir com sabedoria.


d) O tolo fala sem pensar


"O coração do sábio ensina a sua boca, e aumenta o saber dos seus lábios."

(Provérbios 16:23)


"O tolo derrama toda a sua ira, mas o sábio a reprime e a acalma."

(Provérbios 29:11)


O tolo é boca aberta. Fala por impulso, por orgulho, por vaidade. Ele não mede as palavras nem pesa as consequências. Seu falar revela um coração desgovernado. Ao invés de pensar antes de falar, ele fala antes de pensar. Suas palavras não edificam — são carregadas de ira, impaciência e opinião pessoal. E muitas vezes, a tolice se manifesta exatamente na quantidade de palavras ditas sem sabedoria.


e) O tolo não aceita correção


 "Não repreendas o tolo, para que não te aborreça; repreende o sábio, e ele te amará."

(Provérbios 9:8)


O tolo reage mal à correção. Ele não aceita ser ensinado, nem confrontado. Em vez de reconhecer o erro, ele endurece ainda mais. Ele se irrita com quem tenta corrigi-lo e despreza quem lhe aponta o caminho certo. Isso mostra um coração orgulhoso, cheio de justiça própria, e fechado para o arrependimento. O sábio ama a correção porque quer crescer. O tolo odeia a correção porque quer permanecer do jeito que está.


f) O tolo repete o erro


 "Como o cão que volta ao seu vômito, assim é o tolo que repete a sua estultícia."

(Provérbios 26:11)


O tolo não aprende com os próprios erros. Ele vê o mal que suas atitudes causaram, mas ainda assim volta a praticar as mesmas coisas. Isso mostra ausência de arrependimento verdadeiro, dureza de coração e cegueira espiritual. Ele se acostuma com a queda e despreza o caminho da transformação. Sua vida se torna um ciclo repetitivo de queda, sem mudança, sem progresso, sem crescimento.


g) O tolo fala demais


"Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente."

(Provérbios 10:19)


"O tolo não tem prazer no entendimento, mas somente em expressar o que pensa."

(Provérbios 18:2)


Falar demais é sinal claro de tolice. O tolo fala para impor sua opinião, não para aprender. Ele quer ser ouvido, quer atenção, quer se destacar. Ele ama sua própria voz mais do que ama a verdade. Isso revela vaidade, orgulho e carnalidade. O sábio ouve, pondera e fala com prudência. O tolo fala sem freio, e por isso, acumula erros e transgressões.


Essas são as marcas do tolo reveladas nas Escrituras: orgulho, precipitação, rejeição ao conselho, resistência à correção, repetição do erro e fala desgovernada. Ele está afastado da sabedoria porque rejeita o temor do Senhor. E por isso, caminha longe da luz da salvação.


h) O tolo crê em tudo que ouve, sem discernimento


 "O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos."

(Provérbios 14:15)


Esse versículo mostra que o tolo não examina o que ouve, não reflete, não confere com a verdade, não tem discernimento espiritual. Ele é levado por qualquer vento de doutrina, por qualquer opinião, por qualquer argumento emocional ou enganoso. Isso acontece porque ele não tem raiz na Palavra de Deus e não ama a verdade. O prudente examina, questiona, discerne. Mas o tolo, por não ter firmeza nem sabedoria, dá crédito a toda palavra — e isso o torna vulnerável ao erro, ao engano e à perdição.


3. O tolo não anda no caminho da salvação


Diante de tudo o que a Bíblia revela sobre o tolo, não podemos encerrar esta mensagem sem considerar seu destino espiritual. A Palavra de Deus deixa claro que o tolo, enquanto permanece em sua condição, está fora do caminho da salvação. E isso não se trata de uma crítica meramente moral ou social — é uma realidade espiritual grave, com consequências eternas.


A tolice não é apenas ignorância: é rebelião contra a verdade, é rejeição à sabedoria que vem de Deus. E por isso, ela conduz o homem à separação de Deus.


 “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento.”

(Provérbios 9:10)


O tolo não teme ao Senhor, porque não se submete à Sua Palavra. Ele rejeita a sabedoria que vem do alto, prefere confiar em si mesmo, despreza a correção, ama a própria opinião e se entrega à arrogância. E essa conduta o afasta, cada vez mais, do único caminho que conduz à vida eterna.


Ele troca o eterno pelo passageiro

Uma das razões mais profundas pela qual o tolo não anda no caminho da salvação é porque ele inverte os valores: ele dá valor ao que não tem valor, e despreza aquilo que é eterno e essencial. Ele prioriza o que é terreno, visível e temporário — e despreza o que é celestial, invisível e eterno.


 “Pois o que se vê é temporário, mas o que não se vê é eterno.”

(2 Coríntios 4:18)


O tolo vive para o agora, para o prazer, para o conforto do presente, e não se prepara para a eternidade. Ele é como Esaú, que por um prato de lentilhas desprezou o direito de primogenitura (Gênesis 25:29–34). Assim também é o tolo: ele abre mão da salvação por causa de desejos passageiros.


Ele forma sua mente a partir de opiniões humanas, ignorando a revelação divina


O tolo se guia por aquilo que os homens dizem. Ele forma seu entendimento somando o que ouve das pessoas com o que pensa por si mesmo, sem submeter tudo à Palavra de Deus. Ele coloca o ser humano acima de Deus, ainda que inconscientemente. E assim, despreza a única fonte de verdade absoluta.


 “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.”

(Provérbios 3:5)


Mas o tolo faz exatamente o contrário: ele se estriba no próprio entendimento, confia no que sente, se apoia em seus pensamentos e opiniões humanas, e por isso, não consegue andar no caminho que Deus preparou para os que O amam.


Ele não dá o devido valor à sabedoria — que é o próprio Deus


 “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.”

(1 Coríntios 1:24)


Jesus Cristo é a sabedoria de Deus. Ele é a encarnação da verdade e da justiça divina. Quando alguém rejeita a sabedoria, está rejeitando a Cristo. Quando alguém despreza a Palavra de Deus, está rejeitando a única fonte de salvação.


O tolo não reconhece o valor supremo da sabedoria. Ele coloca a sabedoria abaixo de suas preferências, de sua vontade, de seu conforto. E por isso, não pode ser alcançado pela sabedoria — porque Deus só alcança aquele que reconhece quem Ele é.


 “Mas aquele que se gloria, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor...”

(Jeremias 9:24)


Só quem se rende à sabedoria, quem reconhece a verdade como superior a tudo, quem abandona tudo por amor à vontade de Deus, é que pode ser alcançado por ela. Mas o tolo faz o contrário: ele despreza a sabedoria, relativiza a Palavra, e por isso caminha longe de Deus.

Enquanto o tolo permanecer tolo, ele está longe da salvação

O evangelho é claro: sem arrependimento não há salvação. E o tolo, como vimos, é aquele que não se arrepende, não ouve conselhos, rejeita a verdade, repete o erro, fala sem pensar e não ama a sabedoria. Portanto, enquanto não houver transformação, não há salvação possível.

>“Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se tolo para se tornar sábio.”

(1 Coríntios 3:18)


Este é o chamado de Deus: que o homem abandone a falsa sabedoria deste mundo e reconheça sua necessidade da verdadeira sabedoria — que é Cristo. O tolo só deixa de ser tolo quando reconhece que é tolo, se arrepende, e submete tudo à Palavra de Deus.


O tolo está fora do caminho da salvação não por falta de inteligência, mas por falta de temor, falta de humildade, falta de arrependimento, e por amar mais a si mesmo do que a Deus. A única esperança para o tolo é que ele ouça a Palavra, creia na verdade, abandone a tolice, e se renda à sabedoria eterna que é Cristo. Enquanto isso não acontece, seu destino é trevas, confusão, e perdição.


Conclusão e Apelo


Talvez você seja uma pessoa que tenha alcançado uma boa condição financeira. Talvez tenha conquistado diplomas, reconhecimento humano, uma vida confortável e livre de preocupações. Talvez se considere alguém justo, correto, equilibrado — até mesmo um “bom cidadão”. E talvez pense que está no caminho certo.

Mas pare e reflita: essa é uma das marcas do tolo — enganar-se a si mesmo.

O tolo acredita que está certo, mesmo estando completamente afastado da verdade. Ele confia na própria sabedoria, em seus sentimentos, em suas ideias ou nas ideias dos outros, mas não se submete à sabedoria de Deus.

A Palavra de Deus diz:

 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.”

(João 7:17)


Jesus está dizendo que somente quem deseja fazer a vontade de Deus poderá conhecer a verdade. Esse desejo precisa ser verdadeiro, total, rendido. Uma disposição de obediência integral, uma rendição plena à vontade de Deus revelada em Sua Palavra.


A sabedoria humana — seja ela cultural, emocional, filosófica ou até religiosa — não é suficiente, nem verdadeira, se não passar pelo crivo da Bíblia. Ela é nada diante da sabedoria que vem de Deus. É necessário morrer para ela — e para tudo que é contrário à Palavra de Deus.


Para isso, é preciso colocar a Bíblia — a revelação de Deus — na posição que ela merece, como a verdade suprema, como Deus falando conosco. A Bíblia é a expressão da sabedoria, a verdade que santifica, a luz para o caminho.


Se alguém deseja encontrar a Deus, não pode buscá-lo com um coração dividido, ou com pouca intensidade. Precisa buscá-lo com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento, com toda a força. E isso exige um compromisso de fidelidade a Deus — fidelidade à Sua Palavra, fidelidade à Sua vontade.


 “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.”

(Jeremias 29:13)

Buscar com todo o coração significa acima de tudo nesta vida. Mais que riquezas, mais que amizades, mais que conforto, mais que sonhos, mais que o próprio ar que se respira.

Certa feita, um homem desejava encontrar a verdadeira sabedoria. Então, ele procurou um sábio. Ao encontrá-lo, perguntou:

— Mestre, o senhor pode me mostrar o caminho da sabedoria?

O sábio respondeu: — Posso sim. Venha comigo.

Levantou-se, levou o homem até o rio, entrou com ele na água e disse:

— Ajoelhe-se.

O homem obedeceu. E o sábio, de repente, afundou sua cabeça na água e a manteve pressionada ali, por longos segundos. O homem lutava para respirar. Desesperado, tentava se soltar. Quando já estava quase perdendo as forças, o sábio o soltou, e ele emergiu com um grande suspiro de alívio.

— Você é louco?! — gritou o homem. — Eu pedi que me mostrasse a sabedoria!

O sábio respondeu:

— Pois bem. Você só encontrará a sabedoria quando buscá-la como buscou o ar para sobreviver. Quando desejar a Deus mais que tudo nesta vida, então O encontrará, caso contrário o engano o abraçara. 

Jesus é a Sabedoria. A Palavra de Deus é a manifestação da Sua vontade. A Bíblia é a revelação dessa sabedoria. Se você deseja verdadeiramente ser salvo, precisa desejar a sabedoria com todo o seu coração. Precisa adorar a sabedoria, que é adorar a Deus. Precisa amar mais a vontade de Deus e o conhecimento dela (a sabedoria) do que qualquer outra coisa neste mundo.

Isso significa abandonar o pecado, porque o pecado é a resistência à sabedoria, é o levantar-se contra a verdade de Deus, é a desobediência à Palavra, é a oposição ao ensino de Cristo. Quem continua no pecado, continua na tolice, continua rejeitando a sabedoria.

É necessário renunciar a si mesmo, matar o velho ser tolo, sepultá-lo no batismo, e então nascer um novo ser: um homem sábio, guiado pela verdade, que vive segundo Cristo, segundo a sabedoria, segundo a Bíblia.

Agora a pergunta:

Você quer assumir esse compromisso com a sabedoria, que é Jesus?

Está pronto para abandonar tudo que não é conforme a Palavra de Deus e viver fielmente a ela?

Quer viver não segundo o seu pensamento, mas segundo o pensamento de Deus?

Essa decisão exige entrega total.

Mas é a única decisão verdadeiramente sábia que você pode tomar.

Seja sábio.

Renuncie à tolice.

Abandone o pecado.

Renda-se à sabedoria.

Renda-se à Bíblia.

Renda-se a Jesus.

E viva exclusivamente para a glória de Deus.



Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."

domingo, 20 de julho de 2025

O Campeão

 


O Campeão


Havia um grande rei, soberano de um reino glorioso e eterno, cujos domínios se estendiam além do que os olhos podiam alcançar. Este rei era justo e verdadeiro, e desejava ter em seu reino apenas aqueles que lhe fossem plenamente fiéis e obedientes.


Entre seus servos, havia um homem chamado Astenon. Ele não era um servo comum — era um atleta escolhido, um guerreiro do esforço e da disciplina. Certo dia, o rei o chamou diante de seu trono para lhe confiar a missão mais grandiosa que alguém poderia receber:


— Astenon, foste escolhido para participar da maior competição do mundo. Esta corrida não é apenas um desafio comum; é a mais importante que existe. Tudo que é precioso para Mim está ligado a esta disputa. Por isso te ordeno, com toda a autoridade da eternidade: tu deves ser o campeão. Nada menos que a vitória plena aceitarei.


Astenon curvou-se profundamente e respondeu com convicção:


— Sim, meu rei! Serei o campeão, porque o Senhor é digno de vitória.


No entanto, embora suas palavras fossem sinceras, seu coração não compreendia a profundidade do chamado. Ele pensava consigo: “Farei o meu melhor, me esforçarei com afinco. Se não for campeão, ao menos terei me esforçado e lutado para cumprir minha missão .”


E assim, Astenon iniciou seu treinamento. Corria ao alvorecer, alongava-se ao entardecer, mantinha uma alimentação rigorosa e estudava os fundamentos da vitória. Dedicava-se, sim, mas aos poucos surgiram pequenas concessões.


Certa noite, foi convidado para uma festa. Sabia que deveria acordar cedo no dia seguinte para manter seu ritmo de treino, mas pensou:

“Uma hora a mais de sono não me destruirá.”

Foi à festa, riu, dançou, e dormiu tarde. Na manhã seguinte, acordou atrasado. Treinou, porém, seu corpo já não respondeu como antes.


Outra vez, amigos o convidaram para uma confraternização. Pizza, risos, e ele aceitou, quebrando sua dieta. “Só uma vez”, justificou.


Mais tarde, quando os compromissos da vida apertaram, decidiu tirar um dia para descansar e resolver assuntos pessoais.

“Preciso cuidar de mim também”, pensou.


Assim os dias passaram, e Astenon treinava, mas não com a intensidade exigida pelo rei.


Finalmente, chegou o dia da competição. Atletas de todos os cantos do mundo estavam reunidos. O rei, ansioso, observava seu servo.


A corrida começou. Astenon correu com alma, força e tudo que tinha. Por muito tempo, liderou a disputa. Mas havia um outro competidor — alguém que treinara com renúncia absoluta, sem distrações ou concessões. Nos metros finais, esse competidor ultrapassou Astenon e venceu.


Astenon terminou em segundo lugar.


Apesar da decepção, saiu da pista com um sorriso contido, pensando:


“Quase fui campeão. O rei deve estar satisfeito.”


No fim do dia, foi chamado para encontrar o rei.


O rei olhou em seus olhos, e sua voz foi firme, porém triste:


— Astenon, tu não foste o campeão.


— É verdade, meu rei. Mas fiz o meu melhor, quase venci!


— Não fizeste tudo o que devias.


— Mas me esforcei, suei, lutei!


— Te lembras da festa? Da pizza? Do dia que deixaste de treinar? Cada concessão te afastou da vitória. Não obedeceste por inteiro à Minha ordem.


— Mas foi só uma vez…


— Não há ‘só uma vez’ quando se trata da tua vida. Só há uma corrida. E tu a desperdiçaste. Por isso, não és mais meu servo. Estás expulso do meu reino.


Astenon caiu em silêncio, com o coração partido. Pediu ao rei:


— Então, me dá mais uma chance, quando houver nova competição, eu serei campeão!


O rei respondeu:

— Não há nova chance. Só há uma vida, e a tua foi desperdiçada.


Assim foi a história de Astenon, o servo do rei, o atleta que recebeu a ordem de ser campeão, mas que não entregou tudo de si. Por isso, foi lançado fora do reino.


🟦 Reflexão


Há uma verdade evidente para todo aquele que raciocina com honestidade, com a mente livre de influências que obscurecem o entendimento: Deus se revela. Esta não é uma conclusão mística ou apenas emocional, mas uma verdade óbvia, racional e patente à vista de todos os que não têm o entendimento cegado por forças externas.


Se Deus não se revelasse, o ser humano viveria como quisesse, sem direção, sem sentido moral. Não existiria o conceito de bem ou mal de forma objetiva, e o mundo mergulharia em um caos sem propósito, sem lógica, sem referência. Mas Deus se revela.


E a forma concreta, objetiva e inteligível pela qual Deus se revela é através da Bíblia. A Bíblia não é um livro comum. Ela é a revelação de Deus ao homem. Sua lógica interna, sua coerência, sua profundidade espiritual e seu poder de transformar vidas são evidências claras para qualquer um que tenha a capacidade de pensar com lucidez.


Só não reconhece isso aquele cujo entendimento está obscurecido, incapacitado de perceber o que é claro. A Bíblia é a única fonte confiável que nos dá conhecimento verdadeiro a respeito de Deus. Sem ela, a humanidade estaria perdida, mergulhada em especulações, opiniões humanas e confusão religiosa.


Tudo o que sabemos de verdadeiro sobre Deus vem da Bíblia. Se a Bíblia não existisse, não haveria revelação de Deus. Portanto, todo aquele que é capaz de raciocinar honestamente entende que a Bíblia é a revelação de Deus e de Sua vontade.


Diante dessa verdade, vamos refletir sobre a história de Astenon e o Rei, e o que essa parábola nos ensina sobre o nosso chamado, nossa missão e nossa responsabilidade diante do Deus que se revela.

Na parábola que lemos, os personagens e os elementos representados carregam significados profundos. Vamos refletir sobre cada um deles com clareza.


👑 O Rei — Deus

Na parábola, o rei representa Deus. Assim como o rei tinha um plano específico para Astenon, Deus tem um propósito para cada ser humano.

Não vivemos à deriva, como se a existência fosse um acaso. Existe uma vontade santa, justa e perfeita — a vontade do Rei dos reis — e ela é que deve governar a vida de cada um de nós.


📌 A vontade do rei era clara:

Astenon precisava ser o campeão.


Não era apenas um desejo ou um conselho real — era uma ordem, um propósito. Ele não deveria apenas competir, mas viver de forma que o tornasse o campeão. Tudo em sua rotina deveria estar subordinado a esse objetivo.


✨ Assim também é com Deus:

Sua vontade é que O obedeçamos inteiramente.

E tudo em nossa vida deve se ajustar ao Seu plano — não o contrário.


🧍‍♂️ Astenon — O Servo

Astenon era servo, e como tal, tinha uma missão. Assim como todos nós, enquanto vivemos neste mundo, somos chamados a cumprir a vontade de Deus.


Cada ser humano tem, diante de si, um chamado divino — seja qual for sua vocação ou área de atuação —, mas a finalidade é a mesma:


> viver de forma que glorifique o Rei.


🏁 A Corrida — A Vida

A competição na qual Astenon foi chamado a correr representa a nossa vida. A corrida é a existência terrena, cheia de decisões, renúncias, esforços e escolhas.


🎯 E o alvo dessa corrida é a vontade de Deus.

Esse deve ser o objetivo central de cada passo, de cada escolha, de cada respiração:

--agradar ao Rei.


📖 Entendimento Necessário.

Diante desse entendimento, vamos refletir agora sobre o procedimento de Astenon diante do chamado que recebeu.

Como ele lidou com a responsabilidade de viver para o alvo?

O que sua história nos ensina sobre a forma como temos corrido a nossa própria carreira?


📖 Verdade Bíblica — Fundamento das Escrituras


A parábola de Astenon encontra seu eco direto na exortação do apóstolo Paulo, que compara a vida cristã a uma corrida espiritual, onde não basta apenas correr, mas correr para vencer. Este é o padrão exigido por Deus.

Vamos à passagem que nos dá esse fundamento eterno:


📜 1 Coríntios 9:24–27 (ARA – Almeida Revista e Atualizada)

 24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.

25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.

26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.

27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.


🟦 Reflexão — Parte 1: O Chamado Inquestionável para Vencer


📜 "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis." (1 Coríntios 9:24)


🎯 Verdade Absoluta:

Deus está dizendo que a vida deve ser vivida para vencer — e nada menos que isso.

Não é correr. É correr para ser o campeão.


👑 O campeão é o único aprovado.

Aquele que vence não é o que tenta, não é o que se esforça parcialmente, mas o que cumpre totalmente a vontade de Deus.

É aquele que vence o pecado, vence o mundo, vence a si mesmo — e obedece plenamente ao Rei.


💥 O desvio não é arriscado — é fatal.

Qualquer concessão, qualquer brecha, qualquer distração tira o homem da posição de campeão.

Deus não aceita o quase.

Aquele que não vence, está desqualificado.


⚠️ Ser campeão é difícil.

É ser o melhor. É ultrapassar todos os limites.

É dominar o corpo, a mente, as vontades.

É renunciar o conforto, o prazer, o mundo — em nome da missão dada por Deus.


🛡️ Essa é a vida que Deus exige:


Uma vida totalmente dedicada à Sua vontade.

Uma vida sem reservas, sem desculpas, sem “mas”.


📌 Correi de tal maneira significa:

Viva sabendo que apenas o campeão herdará o Reino.

Viva com o peso da responsabilidade de vencer ou ser rejeitado.

Deus não nos chamou para competir. Ele nos chamou para vencer.

 

A Disposição Mental do Campeão


A disposição mental de viver para ser campeão representa a integridade absoluta e a totalidade do nosso compromisso. Significa colocar o máximo esforço em todos os aspectos da vida, sem reservas, sem fragmentações. Mais do que isso, é colocar Deus em primeiro lugar, fazendo da vontade divina o objetivo supremo a ser alcançado.


Sem essa disposição, não há como ser considerado campeão. Qualquer que pense ter vencido, mas não tenha essa entrega completa, não alcançou a verdadeira vitória. E a Bíblia é clara: não ser campeão é sinônimo de condenação eterna, de afastamento definitivo de Deus.


Não há espaço para interpretações brandas ou para pensar que “tudo bem” perder um pouco, ou que o quase é suficiente. Ou se vence totalmente, ou se está desqualificado. A escolha é entre o reino eterno e a separação eterna do Rei. Portanto, essa decisão não pode ser tomada com leveza.


A vida cristã é uma corrida intensa e definitiva, que exige a entrega total, porque o prêmio — a vida eterna com Deus — é para os que vencem.


🟦 O Erro de Astenon — O Perigo da Compreensão Parcial


Quando Deus ordenou a Astenon que ele fosse campeão, Astenon entendeu aquilo como um objetivo motivacional, uma meta psicológica ou um propósito inspirativo. Ele sentiu como se fosse apenas um incentivo para viver bem, para ter uma boa vida — mas não percebeu que o chamado era literal e absoluto: ele deveria ser campeão de verdade.


Astenon acreditou que poderia viver uma vida razoavelmente boa, dentro daquilo que ele mesmo imaginava como aceitável para Deus.


Esse é o erro fatal que muitos cometem:


 Pensam que é suficiente fazer o que “não é tão ruim”, que é “mais ou menos” obedecer, que podem viver uma vida parcial, uma vida pela metade.


Mas a verdade bíblica é clara:


No Dia do Juízo, Deus dirá:

Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mateus 7:23)


E o que é iniquidade?

Iniquidade não é só fazer o que é claramente errado.

É também deixar de fazer o que Deus quer que façamos.

É viver longe do propósito de Deus para a nossa vida, mesmo que externamente pareça “não ter nada de mais”.


O pecado é, antes de tudo, a desobediência a Deus.

E essa desobediência nem sempre é uma ação ruim — pode ser uma omissão, uma falta de entrega total, um afastamento do chamado.


Não ser guiado pelo Espírito Santo, não ter a disposição mental de ser campeão, é desobedecer a Deus.


E o que parecia “não ter importância” se torna o motivo da condenação.


🟦 O Falso Evangelho


O falso evangelho é viver como Astenon viveu:

 uma vida de esforço, luta e dedicação,

porém, com concessão e com desculpa.


Esse falso evangelho distorce a bondade de Deus, dizendo que Ele é bom e, por isso, abriria mão da Sua vontade para acomodar nossa fraqueza.

Mas, quando Astenon esteve diante do Rei, percebeu que o rei não era como ele imaginava.

E o rei o condenou, para sua profunda decepção.

Assim é o falso evangelho:

fazer a pessoa crer que está vivendo uma vida correta, quando na verdade está longe da vontade de Deus — que é integridade, totalidade e fidelidade.


E a verdade é dura:

Deus não abre mão da Sua vontade.

A vontade de Deus é que vivamos uma vida plena, total e fiel a Ele.

Sem isso, não há salvação.


Reflexão sobre o verso 25


Neste versículo, o apóstolo Paulo deixa algo profundamente claro e irrefutável:

os atletas do mundo se abstêm de tudo, ou seja, vivem uma vida de renúncia total, focados num único objetivo — ser campeão.


E o prêmio que eles almejam é algo corruptível — uma glória humana, um troféu, um reconhecimento passageiro.


Agora pare e pense:

Se eles fazem isso por algo que vai passar,

quanto mais nós devemos fazer por algo que jamais passará — a vida eterna.


➡️ Paulo está nos mostrando que a única forma de viver para Deus é com a mesma intensidade, dedicação e renúncia absoluta com que um atleta se entrega ao seu treinamento.


Mas, no nosso caso, o prêmio é infinitamente maior:

 a salvação, a coroa incorruptível, a eternidade com Deus.


É por isso que a disposição mental exigida por Deus é total.

Somente com essa disposição é possível viver uma vida íntegra e fiel, sem concessão e sem desculpa.


📌 E aqui está a verdade ainda mais profunda:

Se um atleta faz de tudo para ser campeão, mas nós não vivemos integralmente e totalmente para fazer a vontade de Deus, em fidelidade absoluta, então estamos dando a Deus um valor rélis.

Estamos dizendo, com nossas atitudes, que Deus não é digno do nosso tudo, que Ele não tem valor supremo.

Estamos colocando Deus numa posição inferior, negando aquilo que Ele é — Deus.


👉 E por isso, vem a condenação.

Porque rejeitar a vontade de Deus é rejeitar o próprio Deus.

Desvalorizar Sua glória é rejeitar Sua soberania.

Não há salvação onde não há reconhecimento do valor supremo de Deus.


🟦 Reflexão sobre os versos 26 e 27


🔹 Esses versos falam da luta, da dificuldade, do sofrimento e da renúncia necessária para alcançar o Reino de Deus —

realidades que o falso evangelho omite completamente, em nome de um cristianismo confortável e sem cruz.


🔹 Paulo está dizendo que corre com meta — ou seja, ele tem clareza de propósito.

Ele não vive de forma solta ou desorientada.

Ele não "desfere golpes no ar", não gasta energia com o que é vão, sem direção.


🔹 Ao dizer “esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão”,

Paulo está afirmando que não vive sujeito à sua carne.

Ele submete a sua natureza carnal, não fazendo a própria vontade.

Isso é o que ele expressa também em Gálatas 2:20:


 “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”


👉 Ou seja, o velho homem — o homem natural, carnal, dominado pelos sentidos, prazeres e vontades humanas —está morto.

E viver com Cristo significa matar a própria vontade todos os dias.


🔹 E ele faz um alerta ainda mais sério:

mesmo ele, Paulo — apóstolo, pregador, homem usado por Deus —temia ser desqualificado.

Temia que, enquanto pregava a outros, descuidasse de sua própria vida espiritual.


📌 Ou seja, é possível ganhar almas e perder a própria.

É possível levar a mensagem, e ser rejeitado por Deus, se a própria vida não estiver em fidelidade.


🔻 Aqui está a verdade nua e crua:

 Não há salvação sem renúncia, sem luta, sem sofrimento, sem morte para si.

A carne precisa ser colocada em sujeição total.

Cristo precisa ser tudo.

O evangelho verdadeiro não nos deixa espaço para viver uma fé relaxada.


🎯 A vida cristã não é só falar, pregar, ensinar — é ser aprovado diante de Deus, por viver de forma íntegra, com fidelidade total à vontade do Rei.


🏁 Conclusão e Apelo


Você pode ter lido esta mensagem e achado interessante.

Talvez tenha considerado uma boa reflexão, uma palavra tocante, algo bonito.

Mas esta não é uma mensagem para ser apenas admirada.


❗ Esta é a voz de Deus falando com você.


É o Rei dizendo:

“Esta é a vida que você tem que viver.”


📌 Esta mensagem não é uma inspiração momentânea.

É uma convocação para o resto da sua vida.


É Deus dizendo:

 “Você precisa viver como campeão. Essa é a única forma de alcançar a vida eterna.

Não há alternativa.

Não há segunda chance.

Não há espaço para concessão, nem desculpa.

Você precisa viver exatamente como Eu quero.

Essa é a Minha vontade para a sua vida.”


✝️ Este é o verdadeiro evangelho.

Não o evangelho das concessões, dos atalhos, das adaptações.

Mas o evangelho da total fidelidade, da renúncia diária, da vitória absoluta sobre o pecado e sobre si mesmo.


🎯 E agora é uma questão de escolha.


Você pode achar essa mensagem bonita, forte, diferente...

Mas se você não a viver,

se você não ativar esta palavra como Deus falando diretamente com você,

você vai se decepcionar no último dia.


👉 Troque a sua vida pela verdade.

Troque os seus gostos, suas opiniões, suas vontades pela vontade de Deus.


Porque:

A verdade é a vida real.

A verdade é o melhor para você.

A verdade é Deus.

E a verdade é a única forma de alcançar a completa vitória ao final da sua vida.


🏆 Viva como campeão.

Viva com disposição total, com entrega completa, com fidelidade absoluta.

Porque se você não for o campeão, você será rejeitado por Deus.


🛑 E rejeição por Deus é condenação eterna.

Não há como suavizar isso. Não há como maquiar isso.

Hoje é o dia de decidir:

 Ou você vive como Astenon, quase campeão, e é lançado fora...

Ou você vive como Deus ordena — e vence, para sempre, com Cristo.



Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."

sábado, 19 de julho de 2025

A Carta de um Rei Irado 📜


A Carta de um Rei Irado 📜


Havia um rei. E esse rei era o rei de uma cidade. Mas, apesar de ser o rei daquela cidade, ele não morava dentro dela. Ele habitava longe, em sua própria morada, afastada. Um dia, ele escreveu uma carta. E essa carta foi enviada à cidade.


A maioria dos moradores não o reconhecia mais como rei. Alguns até diziam com os lábios que sim, mas não o conheciam. Outros falavam em seu nome, mas não compreendiam sua vontade. E havia muitos que zombavam da ideia de um rei. Mas a carta foi enviada.


No primeiro capítulo, o rei falava de si. Revelava sua identidade, seu poder, sua autoridade. Mostrava que nada estava fora do seu controle, e que a cidade não era esquecida. Ele observava tudo, ainda que de longe.


Nos capítulos dois e três, o rei falava daqueles que se diziam seu povo. E ali, ficou claro: havia muito poucos que realmente pertenciam a ele. Entre esses poucos, apenas dois de cada sete eram verdadeiros em sua lealdade. O restante havia sido enganado por falsos mensageiros, por influências disfarçadas, e andava em engano. Muitos usavam as vestes do rei, falavam como se fossem dele, mas seus caminhos estavam longe.


No capítulo quatro, a carta narrava que um homem foi tirado da cidade e levado até a presença do rei. Lá ele viu coisas que nenhum outro havia visto. Conheceu os salões da casa real, ouviu vozes, viu maravilhas, foi exposto à glória e à grandeza do rei. Aquilo que os da cidade ignoravam, aquele homem viu com os próprios olhos. E esse tirar daquele homem da cidade era um aviso: outros também seriam retirados. Um dia, muitos seriam levados da cidade e postos junto ao rei — tirados antes do que viria.


No capítulo cinco, a carta mostrava que o rei possuía um livro selado. E esse livro, fechado com sete selos, continha o plano de julgamento contra a cidade. O homem que havia sido levado viu que somente o rei tinha autoridade para abrir aquele livro. E, com isso, ficou claro que o tempo da paciência estava chegando ao fim.


No capítulo seis, a carta dizia que cada selo daquele livro, ao ser aberto, representaria um abalo, uma calamidade, um juízo contra a cidade. Mas deixava claro: ainda não era o grande juízo final. Aquilo era apenas o início, o princípio dos acontecimentos.


🔸 O primeiro selo falava de algo que viria sobre a cidade com aparência de bem, mas que era enganoso. Aquilo parecia solução, parecia conquista, mas era engano. E muitos na cidade acolheram aquilo com alegria, acreditando que os dias ruins acabariam.


🔸 O segundo selo trazia guerra e violência. O texto falava de sangue, de espada, de ódio entre vizinhos. E alguns moradores, vendo os tempos em que viviam, se perguntavam:

— Será que o segundo selo já foi aberto?

Pois estavam vivendo dias de sangue, de confronto, de caos.


🔸 O terceiro selo falava de fome, escassez e crise. Falava de medidas injustas, de valores alterados, de pão que custava o suor de uma semana. E muitos da cidade, lendo aquele trecho, olhavam ao redor e perguntavam:

— Teria o terceiro selo já se cumprido?

Pois a fome rondava as mesas, e a cidade passava por escassez e aflição.


🔸 O quarto selo falava de morte. Mas não de uma morte comum — era uma morte que levava à perdição. E dizia que ela viria em forma de peste, de espada, de fome e de feras. E muitos, ao perceberem a gravidade dos tempos, diziam em sussurros:

— O quarto selo está em andamento…

Pois a cidade estava cercada de morte, e poucos compreendiam seu significado.


E mesmo com tudo isso, a maioria dos moradores da cidade continuava zombando da carta. Outros ignoravam seu conteúdo. Alguns até liam, mas torciam seu significado para se adaptar ao que desejavam ouvir. E os que ainda falavam sobre a carta em público eram calados, ridicularizados ou expulsos.

No quinto selo, a carta mostrava ao povo da cidade uma cena da casa do rei.


Ali estavam reunidos aqueles que haviam sido mortos por serem fiéis à palavra do rei. Eram pessoas que tinham permanecido firmes, mesmo diante da rejeição, do desprezo, da perseguição e das ameaças da cidade. Não se dobraram, não se calaram, não negaram o que sabiam ser a verdade. E por isso, foram eliminados.


Tinham sido perseguidos por testemunhar a verdade.


E ao lerem aquela parte da carta, alguns da cidade começaram a refletir:


— Sou eu um daqueles que combatem a verdade?

— Ou sou um dos que sofrem por testemunhar a verdade do rei?


E então, cada um se viu diante da sua própria consciência, confrontado sem poder fugir 


O sexto selo falava de um grande terremoto, um abalo profundo que atingia tanto os céus quanto a terra. Havia uma mudança na estrutura do mundo, uma perturbação que não era apenas natural, mas também espiritual. Os sinais celestiais anunciavam que algo muito maior estava em curso. Era como se tudo estivesse sendo sacudido — o que era visível e o que era invisível, o que era firme e o que parecia inabalável.


Na cidade, as pessoas começaram a perceber. Aquilo não era mais apenas teoria ou relato antigo. Era visível. Era palpável. Estava diante de seus olhos. A ciência da cidade falava dos tremores das placas tectônicas, tentava medir e explicar os movimentos com instrumentos, mas os moradores viam que era mais do que isso. Eles viam que o mundo inteiro estava de cabeça para baixo.


A fé era abalada, a moral desmoronava, os fundamentos do certo e do errado se invertiam. A verdade era atacada com ódio, e a mentira era aplaudida como virtude. As vozes que antes sustentavam alguma lucidez foram silenciadas. O povo assistia à degradação da cidade, e o próprio sistema que sustentava tudo começou a ruir diante deles. O caos se manifestava de forma aberta. A estrutura se desfazia.


E então, entenderam: o sexto selo estava sobre eles.


E então, a carta revelou o sétimo selo.


Diferente dos anteriores, o que veio não foi juízo imediato, nem praga, nem fome. Mas um silêncio profundo, como se tudo aguardasse a próxima ordem. Era um tempo suspenso, como o intervalo entre duas tempestades. Esse silêncio marcava o fim de uma fase, e o anúncio de outra.


A carta mostrava que uma nova etapa estava prestes a começar: a etapa das trombetas.


Mensageiros se posicionaram com trombetas em mãos, prontos para anunciá-las sobre a cidade. Cada som seria um sinal, um aviso, um toque de juízo. E o povo da cidade entendeu que aquilo marcava o início da grande ira do rei.


Foi então que, entre os moradores da cidade, surgiu uma inquietação.


Alguns diziam:

— Será que o rei levará os seus antes que essas trombetas toquem?

— Será que acontecerá com os fiéis o mesmo que aconteceu com aquele homem que foi tirado da cidade e levado ao rei no capítulo quatro da carta?


Outros diziam:

— Não. Nós passaremos por isso. Estaremos aqui.


Mas muitos desses que falavam assim nem mesmo faziam parte dos dois sétimos que o rei havia reconhecido como seus.

Poucos, muito poucos, guardavam a esperança de que seriam levados, como aquele homem foi levado, antes que a grande tribulação alcançasse a cidade.


E assim, a primeira parte da carta se encerrava.


O restante da história —

As trombetas…

Os novos juízos…

Os segredos revelados ao longo dos dias…


Somente seriam conhecidos por aqueles que desejassem realmente saber o fim.


Então, aquele que lia a carta olhou para os que ouviam e perguntou:


— Vocês querem que eu continue?


E esperou a resposta.

Para saber quantos, de fato, estavam interessados em conhecer a verdade.


RELEXÃO 


A história contada na parábola não é apenas uma ilustração. Ela representa uma realidade espiritual e profética revelada por Deus. É um eco simbólico dos capítulos 1 ao 8 do livro de Apocalipse. Nela estão expressos, em figuras, os avisos de Deus à humanidade. E a verdade é esta: o juízo já começou, e há um juízo maior para vir.


A cidade da parábola representa este mundo, onde muitos dizem conhecer o Rei, mas poucos são, de fato, reconhecidos por Ele. Como a carta mostrou, apenas dois sétimos daqueles que se declaravam do Rei eram realmente fiéis. Isso aponta para o que o próprio Jesus disse:


Muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22:14)


Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7:21)


O juízo de Deus já está sobre a terra — fome, guerras, enganos, morte, confusão moral, inversão de valores — tudo isso está diante dos nossos olhos, como selos sendo abertos. Mas ainda não é o fim. Está próximo, e o arrebatamento dos fiéis pode acontecer a qualquer momento.


Por isso, essa é a hora de se arrepender de verdade. Não apenas falar de Deus, mas viver para Deus.


 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” (2 Coríntios 13:5)


Chegou a hora de abandonar o pecado, rejeitar o mundo, odiar o mal e abraçar a santidade com todas as forças.


É hora de deixar as paixões deste mundo, a busca por fama, por status, por prazeres e conforto. É hora de negar a si mesmo.


 “Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Marcos 8:34)


É hora de buscar a Palavra com sinceridade. Lê-la, crer nela, obedecê-la. Não como um livro qualquer, mas como a própria voz de Deus.


Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)


A carta deixa claro: o número dos fiéis é pequeno, mas o chamado é real. Se você está ouvindo isso agora, não endureça o seu coração. Volte-se para Deus com arrependimento verdadeiro.


 “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.” (Apocalipse 22:11)


E lembre-se: o Rei é fiel. E Ele prometeu:

 “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)


Não importa o que custe. Vale a pena permanecer fiel ao Rei. Porque Ele vem.



Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."

Eu Estou Errado

 


Eu Estou Errado


Introdução


Nesta mensagem, Deus, através de Sua Palavra, traz a revelação da importância desta frase para a vida. Ela define o nosso destino eterno.

E isso é o que este texto irá demonstrar, e o seu entendimento e conhecimento levará, certamente, a uma vida alinhada à vontade de Deus e determinante para um destino eterno na presença de Deus.

Portanto, negligenciar a importância desta mensagem, e ainda por ser ela uma reflexão naquilo que Deus diz, é a determinação ao afastamento da verdade, da justiça, da Palavra de Deus e a escolha por uma eternidade sem Deus.


1. A Realidade do Erro


A verdade se revela àqueles que se voltam para ela.

A condição atual do mundo é, por si só, uma evidência clara de que a humanidade, de modo geral, está longe da vontade de Deus. A sociedade caminha em uma direção contrária àquilo que Deus estabeleceu como certo.

Para compreender a verdade, para reconhecê-la e seguir por ela, é necessário ouvir a voz de Deus. E essa voz se manifesta por meio de Sua Palavra.

Foi pela Palavra de Deus que todas as coisas foram criadas. É por ela que o mundo subsiste. E é essa mesma Palavra que ilumina a mente e o coração, permitindo que o homem veja com clareza o que é verdadeiro.

A Palavra de Deus é racional, é lógica, é visível. Quando a mente humana se dispõe à reflexão sincera — uma reflexão que busca a verdade acima de tudo — esse processo conduz inevitavelmente à busca por Deus.

E quando se busca a Deus com sinceridade, é possível perceber a realidade: o mundo está no erro.

A Bíblia confirma isso. Ela mostra que o homem foi criado perfeito — e isso é evidente, pois o Criador de tudo é perfeito, e Ele não poderia criar algo imperfeito.

Mas esse Criador, sendo justo e amoroso, deu ao homem o livre-arbítrio — a capacidade de escolher entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre o certo e o errado.

A verdade é Deus. E Deus, como fonte de toda a verdade, se revelou ao homem de maneira plena por meio das Escrituras. Não há outra revelação além da Bíblia.

Ela é autêntica, verdadeira e suficiente. Sua mensagem, seus fatos, sua origem e seu impacto na história humana confirmam que ela é a única revelação legítima de Deus à humanidade.

Portanto, fica claro que o mundo está no caminho do erro.

O que veremos a seguir é a ação de Deus no sentido de restaurar, de recriar e de mudar a direção — não do mundo em si, mas daqueles que abrirem o coração para a verdade.

Aqueles que se dispuserem a receber a ação de Deus, estarão aptos a experimentar essa transformação, essa recriação e esse resgate do caminho do erro para o caminho da vida.


2. A Possibilidade de Mudança


A ação de Deus em favor da humanidade se manifestou plenamente em Seu Filho, Jesus Cristo.


Deus, sendo onisciente, sabia que o homem — mesmo tendo sido criado perfeito — escolheria se desviar do caminho da verdade para o caminho do mal. Ele sabia que Adão e Eva, com o livre-arbítrio que lhes foi dado, acabariam cedendo à desobediência.


Mas, antes mesmo que o pecado entrasse no mundo, Deus já havia providenciado o meio pelo qual o homem poderia ser restaurado: o sacrifício de Jesus na cruz.


Esse sacrifício não foi um improviso ou uma reação ao erro humano. Ele foi estabelecido antes da fundação do mundo, como a única solução possível para redimir o homem, sem comprometer a santidade de Deus.


Pois Deus, sendo absolutamente santo, não poderia tocar no mal ou se corromper com ele. Portanto, a única forma de resgatar o homem seria através de um sacrifício puro, sem mácula — e esse sacrifício é Cristo.

Jesus é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo. E é no reconhecimento do Seu sacrifício que se encontra a possibilidade real de mudança, de transformação da condição espiritual caída, que o pecado e a desobediência trouxeram à humanidade.

Por meio de Jesus, o homem pode ser restaurado. Pode deixar o caminho do erro e voltar-se para a verdade.


3. A Escolha entre o Certo e o Errado, e o Arrependimento


Adão e Eva foram criados corretos, perfeitos, na presença de Deus. Mas mesmo em estado de perfeição, escolheram o erro.

Hoje, diferentemente deles, a humanidade já nasce no erro, afastada de Deus.

Fundamentação bíblica:


📖 Romanos 5:12

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”


📖 Salmos 51:5

 “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”


Portanto, fica claro e evidenciado que todos os seres humanos precisam sair do caminho do erro e entrar no caminho correto.

Isso equivale a dizer que todos precisam de arrependimento.

Fica demonstrado — de forma clara, lógica e absolutamente coerente com a Palavra de Deus — que sem arrependimento ninguém é salvo.

Por isso, Jesus Cristo é chamado de O Salvador, porque Ele salva o homem do caminho do erro que leva à condenação.


📖 Atos 4:12

 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”


Para que Jesus seja verdadeiramente o Salvador de alguém, é necessário que esse alguém reconheça que está no caminho do erro, e que esse caminho leva à condenação.

Muitos afirmam que Jesus os salvou, mas não entendem de fato do que foram salvos, nem percebem que estavam em um caminho de condenação. Falam de salvação, mas não compreendem seu sentido real. Vivem como se nunca tivessem precisado ser salvos de nada.

Sem esse entendimento claro, não há arrependimento verdadeiro. A pessoa pode até repetir palavras religiosas, mas não houve uma mudança de direção, de mente e de coração.


Portanto, reconhecer o próprio estado de erro e condenação é indispensável para que o sacrifício de Cristo tenha sentido pessoal e seja eficaz na vida do homem.

Muitos até reconheceram erros em suas vidas, porém, não entenderam que esses erros os levavam para o inferno. Por isso, Jesus não é o Salvador de suas vidas.

Quem nunca reconheceu que esteve indo para o inferno, jamais será salvo.

Quem nunca compreendeu a gravidade desse caminho de erro, jamais foi salvo por Jesus.


Fundamentação Bíblica


📖 1 João 3:8

 "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

Esse texto mostra com clareza a origem e o domínio do pecado, e o propósito da vinda de Cristo: libertar o homem da escravidão do pecado.


📖 1 João 3:9

"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus."

Esse versículo confirma que aquele que verdadeiramente nasceu de Deus teve sua natureza transformada. Ele não vive mais no pecado, pois foi tirado do caminho do erro.


📖 João 3:36

 "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que desobedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."

Aqui vemos que a fé verdadeira em Cristo é o único meio de alcançar a vida eterna. E aquele que rejeita ou desobedece ao Filho permanece sob a condenação, no caminho da ira de Deus.


4. O Orgulho – O Grande Impedimento


Muitos pensam que estão no caminho da salvação apenas porque reconhecem pecados pontuais e se arrependem deles.

Mas, mesmo que alguém desobedeça a Deus, arrependa-se de um pecado específico e não o cometa mais, se ele continua praticando outros pecados e desobedecendo a Deus em outras áreas, então ele não saiu do caminho do erro — ele ainda está no caminho do pecado.

Esse tipo de arrependimento é parcial, superficial. Ele lamenta os frutos do caminho errado, mas não abandona o caminho em si.

Sair do caminho do erro é abandonar o pecado por completo.

É morrer para o pecado.

É mudar de direção, escolhendo um caminho de obediência e fidelidade a Deus, custe o que custar.

Sem essa decisão radical, o homem ainda está no caminho que leva à condenação, mesmo que reconheça alguns erros.

E para receber essa verdade, é preciso humildade.

Porque o diabo apresenta um falso evangelho — um evangelho de engano, fundado numa ideia errada sobre o que é salvação.

Esse engano vai sendo absorvido pelo homem. E o que acontece?

Ele passa a alimentar um falso status espiritual, convencido de que está salvo, de que está no caminho de Deus, quando, na verdade, ainda caminha na mentira e no erro.

E enquanto houver orgulho em seu coração, ele jamais reconhecerá isso.

Sem humildade, não há arrependimento verdadeiro. E sem arrependimento, não há salvação.

Portanto, é fundamental entender que o arrependimento verdadeiro não é o de continuar pedindo perdão pelos pecados cometidos, pois isso demonstra que a pessoa ainda continua produzindo pecado.

O arrependimento verdadeiro é o arrependimento do pecar, do produzir pecado.

É o arrependimento que leva a um compromisso de fidelidade completa e total a Deus, custe o que custar.

Mas como alguém poderá se arrepender desse entendimento incorreto, que o mantém no caminho do erro e, consequentemente, no caminho da condenação?

Para isso, seria necessário reconhecer o engano em que viveu.

Seria preciso arrepender-se, e esse arrependimento implicaria humilhação.


Por quê?


Porque essa pessoa já construiu um status de salvo, um entendimento de que está certa, que aprendeu corretamente, que está no caminho da verdade.

Para ela dizer:

"Eu estive errado. Eu aprendi errado. Eu me enganei."

...seria praticamente impossível.

Ela teria que abandonar tudo aquilo que construiu em cima de uma base falsa, e isso exige quebrantamento e coragem espiritual.

Só mesmo alguém que anseie pela verdade com todas as forças, alguém que deseje a verdade mais do que o conforto da religião, alguém que se agarre à verdade como alguém que se agarra a uma boia no meio do mar para não morrer afogado, poderá dar esse passo e verdadeiramente reconhecer Jesus como o Salvador — não apenas de palavras, mas de fato, em arrependimento e fidelidade.

Exemplo Bíblico: Nicodemos — Um religioso diante da Verdade


Um exemplo claro dessa realidade foi Nicodemos, um homem respeitado, líder religioso entre os judeus, mestre em Israel. Ele tinha posição, conhecimento, tradição, prática religiosa… mas, mesmo com tudo isso, estava no caminho errado.


Nicodemos foi até Jesus, e Jesus não o elogiou por sua religião ou sua posição.

Jesus disse algo que desafiava tudo o que ele havia construído:


 “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Jesus estava dizendo a ele, de forma direta e firme:

“Nicodemos, tudo o que você tem, sabe e faz… não serve. É preciso morrer para isso e nascer de novo.”


Agora pense:

Será que você, que é evangélico, cristão, que frequenta a igreja, que conhece a Bíblia e diz que crê em Jesus,

teria a humildade de reconhecer o que Nicodemos reconheceu?


Será que você teria a coragem de dizer:

 "Eu estou errado. Eu aprendi errado. Eu preciso nascer de novo."


Essa é a decisão que poucos conseguem tomar — porque ela exige humilhação, exige destruir o próprio status, e reconhecer que estava em engano, mesmo depois de tantos anos de vida religiosa.

Mas Nicodemos foi salvo — porque creu em Jesus acima de si mesmo, acima do status que tinha. 

Ele abriu mão da sua posição, do seu prestígio, do seu entendimento, e aceitou a verdade. Rejeitar a verdade é rejeitar Jesus. Ninguém tem acesso a Deus se não for pela Verdade.  

📖 João 14:6

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”


É preciso morrer para si mesmo.


📖 João 12:25

“Quem ama a sua vida perdê-la-á; e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.”


Infelizmente, muitos hoje não conseguem fazer isso, porque o orgulho os cega. Para receber a verdade é preciso matar o ego, o orgulho.   

O engano se disfarça de certeza, e o homem passa a acreditar firmemente que está certo, mesmo estando no erro.

O orgulho é um veneno que cega e mata.

Ele impede o arrependimento, fecha os olhos para a verdade e conduz à condenação.


📖 Salmos 101:5 (parte b)

 “O que tem o coração orgulhoso e altivo, não suportarei.”


📖 Provérbios 16:5

 “Abominável é ao Senhor todo o arrogante de coração; não ficará impune.”


📖 Tiago 4:6

 “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”


5. "Eu Estou Errado" — No Caminho da Santidade


Mesmo aqueles que já entraram no caminho da santidade,

aqueles que abandonaram definitivamente o pecado, que morreram para o pecado e que assumiram o compromisso de fidelidade a Deus custe o que custar,

aqueles que não vivem mais pedindo perdão por novos pecados, porque se arrependeram de verdade,

estes ainda precisam permanecer no caminho da humildade.


Por quê?


Porque o conhecimento da verdade, o aprofundamento na Palavra de Deus, a vida de santidade —

não anulam a necessidade contínua de reconhecer: “Eu estou errado.”


A Bíblia, a Palavra de Deus, tem dois grandes objetivos:


1. Salvar — através do reconhecimento de Jesus como Salvador,

reconhecendo o caminho do erro e suas consequências eternas,

mudando de direção,

abandonando o pecado,

abraçando a fidelidade absoluta a Deus.



2. Santificar — que é um processo de transformação contínua,

onde a alma, antes deformada pelo pecado, passa a ser moldada pela verdade.

E esse processo acontece todas as vezes que dizemos com sinceridade: "Eu estou errado."


A santificação é isso:

é uma jornada de morte para o “eu” — para as vontades próprias, para a busca de glória própria, para os desejos pessoais.

Somente quem morreu para si mesmo, quem não vive mais para ser reconhecido ou exaltado, é capaz de dizer continuamente:

 "Eu estou errado."


E é justamente essa humildade, esse espírito quebrantado, que abre espaço para que Deus continue transformando, moldando, guiando até que sejamos achados irrepreensíveis para o dia de Cristo.


📖 Fundamentação Bíblica: Eu Estou Errado no Caminho da Santidade


🟢 Romanos 6:2

 “Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”


🟢 Tiago 3:11-12

 “Porventura de uma mesma fonte jorra água doce e amarga? Pode também, meus irmãos, a figueira produzir azeitonas ou a videira figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.”


🟢 Gálatas 2:20

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...”


🟢 João 3:3 (sobre Nicodemos)

 “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”


🔶 Conclusão e Apelo


O que vimos até aqui é a verdade revelada pela Palavra de Deus.

O homem nasceu no caminho do erro — e este caminho leva à condenação eterna.

Reconhecer Jesus como Salvador é uma graça reservada somente àqueles que reconheceram que estavam no caminho do erro, ou seja, no caminho do inferno,

pois essa é a condenação que aguarda todo aquele que permanece no erro.

Quem nunca reconheceu que esteve perdido, jamais poderá ser salvo.

E o orgulho é o grande impedimento que cega, engana e prende o homem neste estado de condenação.

É preciso matar o orgulho.

É preciso eliminar o “eu” — essa vontade própria, esse desejo de autojustificação, de glória pessoal, de autoexaltação.

Só assim é possível reconhecer a verdade, dizer com sinceridade: “Eu estou errado”, reconhecer o caminho do erro, reconhecer Jesus como Salvador, e trilhar o caminho da santidade, onde há vida, verdade, transformação e salvação.

Essa decisão — de renunciar o próprio “eu” e submeter-se à verdade de Deus — é o que irá definir o seu destino eterno.

"Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará."

(Tiago 4:10)


Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 

"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."