segunda-feira, 9 de junho de 2025

A Odisseia de Elói, o Guardião do Livro

 

A Odisseia de Elói, o Guardião do Livro


Numa era em que a poeira encobria as cidades e a memória das gerações havia sido apagada pelo tempo, restava apenas um que lembrava — e carregava consigo a última chama do que o mundo já foi.


Seu nome era Elói.


Elói não era rei, nem guerreiro, nem sacerdote. Era apenas um viajante silencioso, que cruzava terras hostis com os pés feridos e os olhos voltados sempre ao leste. Em seu peito, carregava uma missão. E em sua mochila, envolto em panos de linho antigo, carregava o Livro.


Diziam que aquele livro tinha o poder de influenciar os pensamentos, despertar a razão, curar almas confusas e reacender o senso de justiça e verdade no coração dos homens. Suas palavras, quando lidas com atenção, tinham o poder de libertar uma pessoa de dentro para fora.


Mas ninguém mais sabia disso. O mundo havia esquecido.


Apenas Elói sabia que aquele livro continha o poder de restaurar mentes e transformar corações. E seu destino era claro: ele devia levar o livro até a Cidade dos Remanescentes da Luz, o último refúgio daqueles que ainda buscavam a verdade, mesmo em meio à escuridão.

Mesmo em meio à escuridão, havia um lugar onde as almas ainda ansiavam por luz. A Cidade dos Remanescentes da Luz era habitada por um povo silencioso, cansado da espera, mas ainda firme na esperança. Seus olhos estavam baços, suas mãos feridas, e a terra ao redor começava a secar.


Mas em seus corações, uma certeza queimava em silêncio:

o Livro traria vida.


Eles sabiam — ainda que apenas em sussurros entre gerações — que as palavras daquele Livro trariam de volta a justiça, a ordem, a alegria e a paz. Que as sementes voltariam a germinar, os rios a correr, os rostos a sorrir. Que a cidade, um dia quase apagada, voltaria a brilhar como um farol nas trevas, se as palavras certas fossem ouvidas novamente.


Era por isso que Elói precisava tanto protegê-lo. Era por isso que ele precisava chegar com ele naquela cidade.

Mas havia um nome que espalhava medo entre os desertos e as ruínas: Moloque. Um homem cruel e sem alma, um mercenário temido, que fazia qualquer coisa por dinheiro — desde que fosse para alguém maligno. Ele não buscava o Livro por esperança ou fé. Queria tomá-lo para dominar, controlar e impor o medo sobre todos. Moloque seguia Elói à distância e tinha seus comandados,  observando os passos de Eloi, o Guardião, esperando o momento certo para atacar. Sabia que, com o Livro em mãos, poderia dobrar povos inteiros, não com a verdade... mas com terror.


Mas o caminho até lá, era para Elói, cheio de riscos, dificuldades e perigos. Começava a grande Osisseia de Elói o Guardião do Livro


Enquanto caminhava pelo deserto árido, sob o sol inclemente, Elói ouviu gritos ao longe — gritos de dor e desespero feminino. Sem hesitar, apressou os passos e subiu uma colina próxima. Lá do alto, seus olhos viram a cena cruel: três dos comandados de Moloque maltratavam uma mulher indefesa, humilhando-a, zombando de sua dor. Estavam à caça do Livro e do guardião, dispostos a matar para tomá-lo. Aquela mulher, apesar de nada saber, sofria nas mãos dos perseguidores, como se fosse culpada por conhecer o caminho da luz. Elói então desceu em silêncio, como uma sombra, como uma fera escondida entre as pedras do deserto. E, num impulso súbito, como uma onça que salta sobre a presa, lançou-se sobre os três homens, surpreendendo-os. A luta foi breve, mas feroz — e um a um, os homens tombaram feridos. Assim, Elói libertou a mulher das garras da crueldade, e seu caminho agora não era mais solitário.

Ao cair da noite, enquanto as estrelas surgiam timidamente no céu e o frio do deserto começava a soprar, Elói e sua nova companheira acenderam uma pequena fogueira entre as pedras. O silêncio era profundo, quebrado apenas pelo crepitar das chamas e pelo sussurrar do vento entre as dunas. Então, Elói retirou o Livro de dentro do manto, com reverência, e o abriu. A mulher o olhava com atenção, como quem pressente que algo sagrado se revelaria. Com voz firme e serena, ele começou a ler — palavras de esperança, de justiça, de vida e de paz. Aquelas palavras pareciam aquecer mais do que o fogo, penetrando o coração da mulher como raios de luz. Naquela noite, ela não apenas ouviu, mas sentiu. E, pela primeira vez em muito tempo, dormiu em paz.

Mas a caminhada era árdua, e logo cedo, ao amanhecer, retomaram a jornada em direção à cidade dos Remanescentes da Luz.

Na estrada, Helói e a mulher enfrentaram muitos obstáculos — a fome, a sede, o frio cortante das noites e o calor escaldante dos dias. Mas Helói era um guerreiro experimentado nas batalhas do deserto, e com sabedoria e força, vencia cada dificuldade, guiando também a moça a superá-las. Contudo, o que Helói ainda não sabia era que uma grande investida de Moloque e seus comandados já estava a caminho, com o único propósito de capturar o guardião e tomar o Livro.

No fim de uma tarde cinzenta, enquanto o céu começava a tingir-se de vermelho, Eloy e a mulher caminhavam por uma trilha estreita entre montes secos e pedregosos. Ao alcançar o topo de uma pequena elevação, Eloy parou subitamente. Seus olhos, treinados, avistaram ao longe uma tropa avançando em sua direção — era Moloque, montado em seu cavalo negro, ladeado por seus guerreiros sedentos pelo Livro. Os olhos do tirano ardiam como brasas, e seus homens carregavam espadas afiadas e lanças manchadas de sangue.


Eloy sabia que não havia como fugir. A trilha era estreita, o terreno difícil, e a mulher que o acompanhava não conseguiria correr. Ele precisava proteger o Livro... e protegê-la.


Agindo com sabedoria, desceu com cuidado por uma encosta e encontrou uma fenda entre duas grandes pedras. Ali, preparou uma armadilha: empilhou pedras soltas no alto, espalhou areia fina sobre o chão para dificultar o avanço inimigo e escondeu a mulher e o Livro numa cova estreita ao pé de uma rocha coberta por arbustos secos.


Quando os primeiros soldados chegaram, Eloy atacou com precisão e coragem, usando a vantagem do terreno. Derrubou os primeiros guerreiros com golpes rápidos, fez cair sobre eles as pedras preparadas, confundindo os outros. Moloque rugia ordens, furioso com a resistência inesperada.


Mas o número dos inimigos era grande, e embora Eloy lutasse com bravura, uma lança o atingiu na lateral do abdômen. Ele caiu de joelhos, ofegante, mas com um último esforço, levantou-se e lançou-se contra os soldados restantes, derrotando-os com sua última reserva de forças.


O campo ficou em silêncio. Corpos caídos ao redor, poeira ainda no ar, e o sangue de Eloy tingindo as pedras. A mulher correu até ele, desesperada. Ele estava ferido, sim — gravemente — mas ainda vivo.


Com voz fraca, mas firme, ele disse:

— O Livro... ainda está seguro.

A mulher cuidou das feridas de Eloy com todo o cuidado que pôde. Fez ataduras com os pedaços de tecido que tinha consigo e suturou, como pôde, a ruptura deixada pela lança. Era um cuidado paliativo, mas suficiente para que seguissem adiante. Ainda que mais lento, o passo de Eloy não parava. A Cidade dos Remanescentes da Luz já não estava longe.


Com muito esforço e dificuldade, enfrentando a dor e o cansaço, eles chegaram às portas da cidade. Ao verem o Livro nas mãos da mulher e a figura ferida de Eloy, os remanescentes se reuniram em júbilo. Houve grande alegria e uma celebração tomou a cidade. O Livro estava seguro. O guardião cumprira sua missão.


Mas os ferimentos de Eloy, agravados pela falta de cuidados adequados no deserto, pioraram. A infecção se alastrou, e seu corpo, já exausto, não resistiu.


Eloy faleceu ali, entre os que aguardavam com esperança a chegada do Livro. Seu corpo foi enterrado com honras de herói, como um guerreiro de luz. O povo construiu um monumento em sua memória, e ali, em letras douradas, escreveram seu nome: Eloy, o Guardião do Livro.


Com a chegada do Livro, a cidade foi reestruturada. A Palavra ali contida era viva, e ela começou a transformar todas as coisas. A cidade recebeu luz — uma luz que não era apenas visível aos olhos, mas que iluminava as almas e os corações. As ruas foram pavimentadas, as casas restauradas, os campos floresceram. A vida voltou a brotar por todos os lados. O Livro trouxe sabedoria, trouxe saúde, trouxe paz, alegria e vida abundante à Cidade dos Remanescentes da Luz. A esperança foi restaurada. Tudo ali agora funcionava conforme a verdade escrita no Livro, e o povo vivia debaixo da sua direção.


Reflexão


A história de Elói, o guardião do livro, é, na verdade, a história de todos nós. Cada um, em sua jornada, é chamado a guardar, proteger e levar adiante o Livro que dá a vida. Um Livro que foi perseguido, atacado, e que muitos tentaram destruir. Um Livro que custou sangue, suor e vidas de homens e mulheres fiéis que não recuaram diante das trevas.


Esse Livro, tão precioso, é a Palavra de Deus. É a Bíblia.


Ela é a luz que ilumina a cidade. É a semente que faz germinar a terra. É a fonte da alegria, da saúde, da sabedoria e da vida verdadeira.


Mas como na jornada de Elói, há inimigos. Há desertos, há perseguições, há lutas, há feridas. Muitos são feridos tentando proteger essa verdade. Outros são mortos por amor a ela. Ainda assim, o que importa é que o Livro chegue ao destino: ao coração dos remanescentes da luz, àqueles que ainda esperam e confiam na promessa. 

Este Livro precisa ser levado àqueles que o esperam para a salvação.

Há vidas que aguardam por ele.


E você está sendo chamado a ser um Elói.

Um Elói, guardião do Livro.

Você precisa recebê-lo, guardá-lo, protegê-lo e levá-lo aos remanescentes da luz — ou seja, às almas que um dia Deus preparou para receber as palavras da vida.


São corações que esperam por você.

Você precisa ser um Elói. 

Você precisa ser o guardião do Livro.


Você Está Disposto?


Mas saibam: nesta odisseia, nesta caminhada, haverá muitos obstáculos. Haverá feridas. Haverá marcas.


Você está disposto?


Muitos se levantam contra o Livro e contra aqueles que o guardam. Moloch e seus seguidores são inimigos do Livro — assim como hoje existem os que são inimigos da Bíblia.


Esses não a receberam. Não a guardaram. E nem se aliam ao guardião para levá-la aos Remanescentes da Luz.

Pelo contrário, eles os perseguem. Eles combatem o Livro.Eles se colocam contra a Palavra.


Nunca se levante contra a Palavra de Deus. Nunca discorde da Palavra de Deus. Você precisa conhecer a Palavra de Deus, crer nela, amar e guardá-la.

Caso contrário, você estará do lado errado. Você estará do lado de Moloch e seus aliados, e não do lado da Luz.

A Mensagem do Livro


A mensagem que o Livro de Eloy, o Guardião, carregava era poderosa.

Era a mensagem esperada pelos Remanescentes da Luz.

Era tudo para eles.

Assim como a Bíblia é tudo para nós hoje.


O Livro trazia luz.

Trazia direção.

Trazia esperança.

Trazia vida.


Assim é a mensagem da Bíblia:

A mensagem de Jesus Cristo, o Filho de Deus,

que se fez carne,

habitou entre nós,

e derramou seu sangue na cruz,

para apagar os pecados do mundo.


O poder desta mensagem é real.

E é o poder do sangue contido nesta mensagem.

É o poder do sangue que elimina o pecado da vida dos que buscam a luz, a verdade.

É o poder que traz luz onde havia trevas.

É o poder que traz paz onde havia guerra.

É o poder que traz perdão onde havia ressentimento.

É o poder que cura.

É o poder que traz a cura, a salvação e a vida eterna.


Esse é o Livro.

Esse é o poder.

Essa é a verdade.


Você está disposto a ser o guardião dessa mensagem? 


"Você vai combatê-la ou ausentá-la de sua vida, e assim fazer parte do grupo, aliando-se a Moloch, ou seja, o Diabo? Ou você está disposto a ser o guardião desta mensagem, levando-a àqueles que a esperam — almas preparadas por Deus para receber a luz?". 


"Comece já a sua odisseia. O deserto te espera. Porém, a chegada fará com que o seu nome seja escrito no Livro da Vida."


Fundamentação Bíblica


1. 2 Timóteo 3:16-17

"Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra."



2. Salmos 119:105

"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho."



3. Marcos 16:15-16

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."



4. Isaías 40:8

"Seca-se a erva, e cai a flor, mas a palavra do nosso Deus subsiste eternamente."



5. Josué 1:8

"Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido."



6. Apocalipse 1:3

"Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo."



7. João 1:29

"No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."


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--Mensagem inspirada no filme: O livro de Eli.  


As Cinco Filhas de Zelofeate.



As Cinco Filhas de Zelofeate.  


Em meio à selva de pedra, onde arranha-céus tocavam o céu e o som dos carros jamais cessava, vivia um homem chamado Zelofeate. Era um homem simples, mas temente a Deus, que criara suas cinco filhas no temor do Senhor. Mas o mundo ao redor rugia como um leão faminto, e suas filhas, crescendo na metrópole que nunca dorme, tomaram rumos distintos — cada uma buscando o que achava ser liberdade, amor ou felicidade.


A Primeira Filha — Lía, a Iludida


Lía era a mais velha. Seus cabelos negros escorriam como rios de noite, seus olhos tinham um brilho rebelde, e sua presença era envolvente como o cheiro do jasmim na primavera. Era bela, livre e, como gostava de dizer, “dona de si”. Lía nunca quis se casar. Dizia que casamento era prisão, que o amor era vento, e que os homens eram bons para o momento, não para a vida.


Saltava de braços em braços, de paixões em paixões, de leito em leito. Às vezes ria alto, vestida de seda vermelha, nas festas da cidade. Mas à noite, quando o vinho cessava e as luzes se apagavam, sua alma a chamava ao espelho. E ela se olhava… e se perguntava o que estava construindo. Não havia lar. Não havia herança. Não havia filhos. Só lembranças que evaporavam como perfume barato. Ela dizia estar livre, mas era prisioneira de uma ilusão: a de que o prazer sem aliança preenche o vazio de uma mulher.


A Segunda Filha — Maara, a Separada


Maara era diferente. Seus cabelos eram dourados como trigo maduro, sua voz era serena, e seus modos, suaves. Casou-se jovem com um homem chamado Joel. Por um tempo, tudo parecia bom: a casa, os jantares, os planos. Mas Maara foi crescendo numa geração que não conhecia o temor...


Sem firmeza espiritual, sem direção bíblica, o casamento começou a ruir. Vieram as cobranças, a frieza, a distância. E, como é comum em uma sociedade que trata o casamento como algo descartável, Maara separou-se. Voltou à mesma condição da irmã: sem marido. Tinha liberdade, mas não plenitude. Vivia fora dos preceitos da Palavra. E sua vida sexual era livre — livre aos olhos do mundo, mas fora da aliança santa, sem propósito eterno, sem direção divina.



A Terceira Filha — Rute, a Recasada


Rute era a terceira. Casou-se, separou-se, e depois de algum tempo, passou a viver com outro homem. Acabou se casando novamente. Seu novo marido era um homem mais velho, estável financeiramente, e com certa influência no meio empresarial. Rute  tinha um ar elegante, cabelos castanhos sempre bem arrumados, e uma vaidade cultivada desde jovem.


Com seu segundo marido, ela também enfrentava problemas. Discussões constantes, frieza nos gestos, ausência de carinho verdadeiro. Mas, diferente da primeira vez, agora ela hesitava em se separar. Já havia rompido um casamento, e repetir isso soaria como fracasso duplo — algo que ela queria evitar a todo custo. Além disso, havia o conforto: o padrão de vida que levava, os restaurantes caros, as viagens planejadas, o apartamento bem localizado. Rute não queria abrir mão disso. A estabilidade financeira era um peso silencioso que a mantinha naquela relação sem amor.


Mesmo que seu coração já não se aquecesse mais com aquele homem, ela se mantinha ali — pela aparência, pelo medo da solidão, e por não querer descer do nível de vida que alcançara. Por fora, Rute sorria; por dentro, guardava uma inquietação constante, sufocada pelo som das taças brindando em jantares vazios.


A Quarta Filha — Elizama, a Fiel


Elizama era a quarta filha. Desde nova, era temente a Deus, uma mulher de oração, de Bíblia aberta e coração rendido ao Senhor. Tinha uma beleza serena, com olhos profundos que refletiam paz e um sorriso cheio de graça. Seu testemunho era conhecido entre todos. Ela se casou com seu primeiro e único namorado, um jovem igualmente piedoso, que não era pastor, mas exercia fielmente o chamado de evangelista. Ele trabalhava com as mãos durante o dia e com a alma durante a noite — pregava nas ruas, cantava louvores nas igrejas e levava palavras de consolo aos hospitais.


Juntos, Elizama e seu marido formavam um lar onde o nome de Deus era exaltado. Criaram seus filhos na doutrina do Senhor, ensinando-lhes desde cedo os caminhos da verdade. Era um casamento firme, edificado sobre a rocha. Não havia espaço para separação, pois ambos temiam a Deus e se amavam com amor genuíno.


Quando surgiam conflitos — como em toda casa — não deixavam o sol se pôr sobre a ira. Buscavam juntos na Escritura a direção, em oração e submissão à vontade de Deus. Elizama era submissa ao seu marido, como está escrito: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor” (Efésios 5:22). E ele a amava com dedicação verdadeira, cumprindo também as Escrituras: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25).


Seu lar era uma fortaleza espiritual, um exemplo vivo de que o casamento, quando firmado na Palavra, é uma bênção e não um fardo.


A Quinta Filha — Hadassa, a Esperança


Hadassa era a caçula. Uma jovem de apenas dezesseis para dezessete anos, com os olhos brilhantes da juventude, o coração ainda em formação, mas já com sementes da fé plantadas em sua alma. Ela seguia a Bíblia, ia à igreja com frequência, gostava de ouvir louvores e tinha um coração voltado para Deus. Ainda assim, seu pai, Zelofeate homem experiente e marcado pela dor das escolhas erradas de três de suas filhas, vivia em constante oração e temor por ela.


Ele via em Hadassa o reflexo de uma promessa, mas também o risco de uma repetição. O mundo ao redor era como uma corrente forte, e ele sabia que, sem raízes profundas, até uma planta boa poderia ser levada. Por isso, seu coração se inquietava. A dor das filhas que haviam se afastado do propósito divino queimava em seu peito, e ele temia que Hadassa pudesse se desviar também — atraída pelas ilusões que tanto feriram suas irmãs.


Então, ele se voltava constantemente para Elizama — a quarta filha, a fiel, a mulher de Deus — e pedia:

— “Filha, fica perto da Hadassa. Não deixa ela seguir pelo mesmo caminho. Ensina a ela o que é viver debaixo da Palavra. Mostra a ela o valor de um casamento abençoado, como o teu. Acompanha ela, orienta, ora com ela... Eu não posso perder mais uma filha para o mundo.”


Elizama, sempre obediente ao pai e sensível ao Espírito, assumia esse papel com amor. Conversava com Hadassa, aconselhava, contava seu próprio testemunho — de como Deus a guiara em cada passo, inclusive na escolha do marido. Alertava sobre as armadilhas de um coração precipitado e a importância de buscar um varão segundo o coração de Deus. E dizia com firmeza, mas também com ternura:


— “Hadassa, não se iluda com as vozes do mundo. O amor verdadeiro começa em Cristo. Espera em Deus. Seja submissa à vontade d’Ele e Ele te honrará. O casamento é uma bênção, mas só quando é feito segundo a direção do Senhor.”


Hadassa ouvia, refletia, e muitas vezes chorava. Sabia que havia algo diferente em Elizama — um brilho, uma paz, uma firmeza — que ela mesma desejava. O coração dela ainda estava sendo moldado, mas ali havia esperança.


Esperança de que, pela graça de Deus, aquela filha não apenas manteria os passos no caminho estreito, mas traria honra ao nome do Senhor, assim como sua irmã Elizama.


E assim, Hadassa — a Daza, como era carinhosamente chamada pela família — tinha diante de si uma encruzilhada. À sua frente, abria-se o caminho de suas três irmãs mais velhas, marcadas por escolhas que as afastaram da perfeita vontade de Deus: a ilusão de uma vida livre sem compromisso, a dor de um casamento rompido, e a instabilidade de um segundo matrimônio sustentado por conveniências e não pelo temor do Senhor.


Mas também havia outra estrada: o caminho de Elisama, sua quarta irmã — mulher fiel, esposa submissa, mãe dedicada, temente a Deus, e sustentada pela Palavra. Uma vida completamente contrária aos padrões do mundo, mas plenamente firmada na verdade da Bíblia. Uma vida de paz, de propósito, de plenitude verdadeira.


Era essa a escolha que se erguia diante dela: a voz sedutora do mundo ou o chamado firme da Palavra.


Não sabemos ainda o fim dessa história.

Mas sabemos, pelo Espírito de Deus e pela Palavra de Deus, que o caminho que Daza deve seguir é o caminho de Cristo, dos Seus ensinos que estão na Bíblia: a fidelidade à Palavra de Deus e, consequentemente, um casamento, uma vida com o propósito divino — e com o destino à vida eterna.



REFLEXÃO 


Introdução


Esta história retrata o drama silencioso e cotidiano da vida de uma família composta por um pai e suas cinco filhas. É um retrato da realidade espiritual vivida por muitos nos dias de hoje, onde, em meio às escolhas do coração humano, alguns seguem a Cristo e guardam Sua Palavra, enquanto outros se desviam de Seus caminhos e abraçam os valores do mundo.


Dentre essas seis pessoas, três estavam firmadas em Cristo, buscando viver conforme a vontade de Deus. As outras três, embora criadas nos mesmos princípios, haviam se afastado da verdade, e colhiam os frutos amargos de suas escolhas. Nesta reflexão, vamos considerar cada uma dessas situações à luz da Bíblia, examinando o que Deus diz sobre os caminhos trilhados por cada uma delas.


A Primeira Filha: Lia


A vida de Lia era o reflexo da sua condição espiritual. Ela estava afastada de Deus. O pecado e o mundo haviam separado sua alma do Criador. E, como consequência disso, sua vida era desordenada, vazia e contrária à vontade divina — uma vida perdida.


Lia vivia em fornicação, ou seja, praticava relações sexuais fora do casamento, o que a Bíblia define claramente como pecado:


> “Fornicação” é o sexo fora da aliança do casamento.

É a prática de intimidade sexual sem o compromisso bíblico e espiritual do matrimônio.


> “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.”

(1 Coríntios 6:18)



> “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores... a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre.”

(Apocalipse 21:8)


> “Não erreis: nem os fornicadores... herdarão o Reino de Deus.”

(1 Coríntios 6:9-10)


 A Segunda Filha: Maara


A vida de Maara era o reflexo da sua condição espiritual: afastada de Deus e vivendo em pecado. O mundo e o pecado haviam separado sua alma do Senhor, e sua maneira de viver era consequência direta desse estado.


Ela havia se casado, mas não aplicou a Palavra de Deus no seu casamento. Rejeitou os princípios divinos — não se sujeitou ao marido, não reconheceu o papel estabelecido por Deus, e desprezou a instrução da mulher sábia que edifica o lar.


> "A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derruba."

(Provérbios 14:1)


> “As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja...”

(Efésios 5:22-23)


Ela voltou a ter relações com outro homem, mas isso não foi um pecado isolado: o adultério foi apenas mais um fruto da sua condição anterior — um estado de alma em pecado, separada de Deus. O afastamento de Deus já existia, e o adultério foi apenas a consequência natural de uma vida sem fidelidade à Palavra.



A Terceira Filha: Rute


Rute também estava afastada da verdade e da Palavra de Deus. Sua vida demonstrava que ela não havia compreendido verdadeiramente a mensagem da salvação — aquela que exige arrependimento genuíno e abandono definitivo do pecado. Ela não morreu para o pecado, e por isso os frutos de uma vida carnal continuaram se manifestando.


Assim como Maara, Rute também não foi submissa ao marido. O mesmo comportamento de rebeldia no lar a levou à separação. Mas, em vez de buscar restauração com Deus e com seu esposo, ela decidiu seguir o caminho da sua própria vontade, e entrou em um segundo casamento — o que, à luz da Palavra de Deus, é adultério.


> "Ora, àqueles que estão unidos por casamento, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher."

(1 Coríntios 7:10-11)


> "Qualquer que deixar sua mulher e casar com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também."

(Lucas 16:18)


Mais uma vez, o adultério aqui não é um pecado isolado, mas o fruto de uma vida sem aliança com Deus. Sua condição espiritual gerou decisões fora da vontade de Deus, e a consequência foi um segundo casamento ilícito aos olhos do Senhor — uma expressão visível de um coração distante da verdade.


A Quarta Filha: Elizama


Elizama foi a única entre as irmãs que verdadeiramente entendeu a mensagem da salvação. Ela compreendeu que Jesus Cristo morreu na cruz para perdoar os seus pecados e, por isso, decidiu abandonar o pecado e viver uma vida de fidelidade a Deus.


Elizama não escolheu segundo seus próprios desejos ou impulsos carnais, mas conforme a orientação da Palavra de Deus. Ela buscou um homem de Deus, alguém comprometido com Cristo, porque entendeu que a vontade de Deus é que a mulher esteja em aliança com a luz, e não com as trevas.


> "Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? [...] Que comunhão tem a luz com as trevas?"

(2 Coríntios 6:14-15)


Apesar das dificuldades naturais da vida conjugal, dos conflitos e desafios que existem em todo casamento, Elizama colocou Deus em primeiro lugar. A Palavra de Deus era a base de sua vida e de seu lar. Ela foi guiada pelo Espírito Santo e permaneceu firme na fé, mesmo diante das provações.


Sua fidelidade não somente resultou em um casamento abençoado, em uma família firmada sobre a rocha, mas também lhe garantiu a coroa da vida eterna, porque permaneceu fiel àquele que é o Senhor da sua vida.


E Elizama também cumpriu a missão de pregar o Evangelho. Ela não se calou diante da condição espiritual de suas irmãs. Pregou àquela que estava desviada, para que se arrependesse e recebesse a bênção de Deus, e também anunciou a verdade à irmã mais jovem, para que sua vida fosse guiada e guardada por Deus, e para que ambas também pudessem alcançar a vida eterna.


Elizama foi fiel à orientação de seu pai, que a ensinara a obediência ao mandamento do Senhor:


> "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."

(Marcos 16:15-16)


 A Quinta Filha: Hadassa


Hadassa era aquela que seguia os princípios e a fundamentação que seu pai lhe havia ensinado. Sua vida estava, até ali, alinhada com a verdade de Deus. Porém, ela se encontrava diante de uma encruzilhada: permanecer fiel à Palavra ou se desviar após o mundo.


Ela estava diante da decisão mais importante: seguir a Cristo em fidelidade, abandonando o pecado, para que sua vida produzisse frutos como os de sua irmã Elisama — e não como os frutos das outras irmãs, que se afastaram de Deus.


Porque a Bíblia mostra que a relação do cristão com Deus é comparada a um casamento: uma aliança de fidelidade, como a de uma esposa com seu marido.


> “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.”

(2 Coríntios 11:2)


> “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher; e serão dois numa só carne. Grande é este mistério; digo, porém, a respeito de Cristo e da igreja.”

(Efésios 5:31-32)


O chamado é para uma aliança de fidelidade com Cristo. Assim como uma esposa deve ser fiel ao seu marido, assim nós devemos ser fiéis a Cristo.


E agora você, leitor, deve fazer essa escolha:

Você vai escolher o pecado, a infidelidade, que tem por frutos os pecados?

Ou vai escolher a fidelidade, que tem por consequência os frutos do Espírito?


Lembre-se:

> a fidelidade leva à salvação, e a infidelidade leva à perdição.


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Transtornos Psíquicos

 


Título: Doenças Mentais e o Destino Eterno: O que Diz a Bíblia e a Ciência sobre Alzheimer, Transtorno Bipolar, Esquizofrenia, Depressão e Outros Transtornos Psíquicos



Introdução


As doenças mentais, como o Alzheimer, o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a depressão e outros transtornos psíquicos, afetam diretamente a forma como uma pessoa pensa, sente, reage e se comporta. Em muitos casos, essas enfermidades podem comprometer a memória, o juízo, o controle emocional e até mesmo a percepção do certo e do errado.


Diante dessas limitações, surge um questionamento importante:

Como se avalia, à luz da Bíblia, a condição espiritual de alguém que sofre com essas enfermidades?

Essas pessoas têm plena responsabilidade moral diante de Deus?

Como a graça, a consciência, e a prática do bem e do mal operam numa mente afetada?


Este estudo tem como objetivo lançar luz sobre essas questões, examinando primeiro o que a Bíblia revela sobre a condição espiritual do ser humano, o discernimento entre o bem e o mal, e a ação do Espírito Santo — mesmo em pessoas com limitações mentais. Em seguida, consideraremos os dados e observações científicas que ajudam a compreender o comportamento e a consciência em casos clínicos específicos.


Nosso propósito é oferecer uma compreensão equilibrada, tanto bíblica quanto científica, para discernir como Deus vê essas pessoas, considerando o estado da alma, a vontade voluntária, e a responsabilidade moral segundo as Escrituras — sem basear-se em suposições humanas ou emocionalismos, mas na verdade revelada por Deus.

1. Definições, causas, hereditariedade e tratamentos (com clareza para leigos)


1.1 Alzheimer


O que é? Doença que destrói gradualmente células cerebrais — afeta memória, linguagem e comportamento.


Causas:


Herança genética em cerca de 30–70% dos casos (gene APOE ε4 aumenta risco) .


Fatores como pressão alta, diabetes, sedentarismo também contribuem .


Tratamento: Não há cura, mas existem remédios que retardam os sintomas. Também há exercícios mentais, atividades físicas e apoio emocional .


**Espiritualidade e comportamento:**


Estudo no Brasil mostrou que evangélicos com Alzheimer mantêm orações, louvor e valores morais mesmo em estágios moderados .



1.2 Transtorno Bipolar


O que é? Alteração entre fases de euforia (mania) e tristeza profunda (depressão).


Causas:


Forte tendência hereditária (70–90%) .


Traumas, estresse e alterações cerebrais também são fatores .


Tratamento: Tratamento com estabilizador de humor, antipsicótico e acompanhamento psicológico.


**Espiritualidade e comportamento:**


Em estudo com 168 evangélicos, constatou-se que:


Fé sincera e apoio de comunidade reduziram sintomas depressivos e melhoraram qualidade de vida .


Porém, psicose leve com tema religioso foi observada em cerca de 38% dos pacientes durante crises .


🛠️ O que é coping religioso?


Coping religioso positivo: quando a pessoa, em dificuldade, busca apoio em Deus, em oração e em ajuda mútua com irmãos na fé — geralmente produz melhora emocional e espiritual.


Coping religioso negativo: quando sente que Deus está punindo-a ou distante — esse padrão está ligado a piora no estado emocional .


1.3 Esquizofrenia


O que é? Transtorno que pode provocar alucinações, delírios e distorção da realidade.


Causas: Fatores genéticos e ambientais combinados.


Tratamento: Uso de remédio antipsicótico, terapia e suporte familiar.


Espiritualidade e comportamento: A fé pode ser confusa durante crises, mas muitos mantêm valores morais mesmo em estado alterado.


1.4 Depressão grave


O que é? Tristeza profunda, falta de interesse e energia, podendo levar ao isolamento.


Causas: Componente biológico, emocional e ambiental.


Tratamento: Uso de antidepressivo, terapia e apoio emocional.


Espiritualidade e comportamento: O tratamento aliado à fé melhora muito a qualidade de vida .



1.5 Outros transtornos (ansiedade, TOC, TEPT)


Prejudicam o bem-estar e o comportamento, mas geralmente não anulam o discernimento moral.


Tratados com remédios e terapia, muitos crentes mantêm uma vida de comunhão mesmo nessas condições.


1.6  O Transtorno de Identidade de Gênero 


O Transtono de identidade de gênero compreende o transexualismo, o homossexualismo e outros desvios relacionados à identidade sexual. Ainda que o homossexualismo tenha sido removido da lista de doenças pela Organização Mundial da Saúde, tal decisão não foi fruto de comprovação científica, mas resultado de pressões políticas e ideológicas. A mudança não se baseou em estudos que convencessem ou satisfizessem a comunidade científica como um todo, mas buscou atender interesses de grupos militantes, ignorando critérios técnicos e objetivos. Dessa forma, do ponto de vista da ciência verdadeira e da ordem natural, esses comportamentos continuam sendo entendidos como desvios da identidade sexual criada por Deus.



Resumo científico para aplicação prática


1. Essas doenças têm causas genéticas e ambientais.


2. Tratamentos eficazes existem e melhoram a funcionalidade do paciente.


3. Estudos com evangélicos brasileiros mostram que, mesmo em meio ao Alzheimer ou bipolaridade:


A oração, fé e comunidade cristã mantêm efeitos stabilizadores.


Porém, alguns mal-entendidos religiosos podem surgir durante crises.


4. O coping religioso, quando positivo, ajuda no controle emocional; quando negativo, pode prejudicar.


A CURA: VISÃO CIENTÍFICA E PERSPECTIVA BÍBLICA


Do ponto de vista da medicina, doenças como o Alzheimer, o transtorno bipolar, a esquizofrenia, a depressão e outras enfermidades de ordem neurológica e psíquica são, em sua maioria, classificadas como doenças crônicas e/ou degenerativas. A ciência atual considera que essas enfermidades não têm cura definitiva, mas sim tratamentos que visam controlar os sintomas, proporcionar estabilidade emocional, melhorar a qualidade de vida e, quando possível, retardar a progressão da doença.


No entanto, apesar de não haver reconhecimento formal de cura definitiva pela medicina para essas condições, há relatos pessoais e testemunhos, especialmente no meio cristão, de pessoas que afirmam ter sido completamente curadas por meio da fé em Deus, orações, e experiências espirituais. Embora esses relatos não constituam evidência científica, são vivências legítimas para os que os testemunham e fazem parte da realidade de muitos.



CONCLUSÃO BÍBLICA


Biblicamente, não há nenhuma dificuldade em se aceitar a possibilidade de cura para qualquer tipo de enfermidade, seja ela física, emocional, psíquica ou neurológica. Deus é soberano sobre todas as coisas, e não há limites para o Seu poder de curar. A Bíblia está repleta de exemplos de curas realizadas por Jesus Cristo e pelos apóstolos, incluindo casos considerados impossíveis à luz da ciência humana.


Contudo, é importante destacar que a cura divina se aplica na prática, e não pode ser dissociada da responsabilidade e do testemunho real dos fatos. A verdadeira cura deve ser reconhecida pela medicina, com exames e laudos que atestem a ausência da enfermidade. A fé não anula a razão — ambas devem caminhar juntas para glorificar a Deus.


Portanto, qualquer abandono de tratamento médico deve ser feito com acompanhamento clínico e orientação médica, sempre com base em avaliações objetivas que possam confirmar que houve, de fato, uma cura comprovada. A fé que cura também é a fé que age com responsabilidade e verdade.


Portanto, qualquer abandono de tratamento médico deve ser feito com acompanhamento profissional, e mediante exames clínicos que comprovem a inexistência da doença. Essa postura evita precipitações e demonstra responsabilidade diante de Deus e da sociedade. O testemunho de cura verdadeira deve ser íntegro, verificável e estar em conformidade com a verdade — tanto espiritual quanto científica.


A fé não nega a ciência; Deus é o Criador de todas as coisas, inclusive da sabedoria humana, e pode usar tanto meios naturais (como medicamentos e tratamentos) quanto sobrenaturais (milagres e intervenções diretas) para manifestar Sua vontade.


Conclusão Final:


> “Porque para Deus nada é impossível.” (Lucas 1:37)


Assim, é possível crer plenamente na cura de qualquer enfermidade, incluindo Alzheimer, transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão e outras doenças graves, contanto que a cura seja verdadeira, testemunhada com responsabilidade, e glorifique a Deus tanto na fé professada, quanto na evidência reconhecida.

A Receptividade à Vida Cristã e a Responsabilidade Espiritual


Quando se trata de doenças como Alzheimer, esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão e outros transtornos psíquicos, é fundamental não separar o cuidado médico da vida espiritual. A cura e o equilíbrio verdadeiro passam também por uma relação ativa com Deus, que se manifesta na prática de uma vida cristã sincera.


O indivíduo enfermo deve ser encorajado, dentro das suas possibilidades, a:


Buscar a Deus em oração.


Ouvir e ler a Palavra.


Viver conforme os princípios bíblicos.


Praticar o bem e rejeitar o mal.



Essa busca mostra uma disposição para a salvação, e revela que, ainda que haja limitações, existe uma consciência espiritual viva e um desejo de agradar a Deus. Isso é sinal de que há sim responsabilidade espiritual, mesmo em meio à enfermidade.


A Doença Não Justifica a Rebelião(pecado).


Provação, enfermidade e os frutos espirituais — um resumo bíblico e lógico


A provação, segundo a Bíblia, é o processo pelo qual Deus permite situações difíceis para que o crente demonstre fidelidade e obediência, mesmo em meio à dor. A prova serve para aperfeiçoar a fé e produzir frutos de justiça (Tiago 1:2-4; 1 Pedro 1:6-7).


No entanto, uma enfermidade que incapacita a mente — impedindo a pessoa de discernir, buscar a Deus ou viver em santidade — não é uma prova no sentido bíblico, pois não há espaço para a escolha ou a demonstração de fidelidade.


A situação de alguém nesse estado precisa ser avaliada à luz de duas possibilidades:


1. Se a pessoa viveu em fidelidade antes da enfermidade, colhe os frutos dessa fidelidade, pois:


> “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...” (Romanos 8:28).

Mesmo na enfermidade, Deus pode sustentar a alma daquele que o ama.


2. Se viveu afastada de Deus, a enfermidade pode ser resultado de uma colheita da desobediência. E se ela não consegue buscar a Deus por causa da enfermidade, não há frutos de arrependimento, nem mudança espiritual:


> “De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6:7)


Portanto, a ausência de frutos dignos de um servo de Deus, mesmo numa condição de limitação, não aponta para um estado de salvação, mas para um estado de juízo.

Ainda que Deus possa operar milagres, isso exige busca e arrependimento — e se a pessoa está impedida de buscá-lo, permanece sem restauração.

Mas se ainda houver capacidade de ouvir e buscar a Deus...

Mesmo em meio à doença, se a pessoa ainda tiver um mínimo de consciência e capacidade de ouvir, refletir e clamar a Deus, há esperança de transformação espiritual. Ainda que o corpo permaneça enfermo, a alma pode ser curada:


> “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13)

Ao coração contrito e quebrantado não desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:17)


Nesses casos, Deus pode restaurar a comunhão com essa alma, gerar frutos de arrependimento, paz, mansidão, humildade e até mesmo servir de testemunho espiritual, mesmo sem haver cura física.


4. A fidelidade como base para colher frutos espirituais:

A vida com Deus é uma semeadura. Quem planta em fidelidade colhe em fidelidade. Por isso, é essencial andar com Deus antes, para que mesmo na adversidade, a alma esteja segura. Mas Deus pode agir soberanamente em qualquer tempo onde houver espaço para arrependimento.


🔹 Conclusão e Apelo


Esta situação abordada nos leva à reflexão de que hoje é absolutamente necessário optar por uma vida de fidelidade a Deus, antes que seja tarde.

A vida é breve, e o tempo para decidir andar com Cristo é agora.

Viver em santidade, em comunhão e em obediência é o único caminho que conduz à vida eterna.

A ausência de fidelidade, por outro lado, leva à destruição, à perdição e, muitas vezes, a um estado sem retorno.


> “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55:6)


Há também transtornos mentais pouco compreendidos, como o transtorno de identidade de gênero, que muitas vezes leva a relacionamentos homoafetivos. Essas situações revelam uma profunda necessidade de cura e restauração. Essas pessoas precisam encontrar em Deus a libertação e a verdade, para que possam viver conforme a identidade que Deus lhes deu desde o nascimento.


Então  você que se encontra em meio a enfermidades, especialmente aquelas que afetam a mente ou o entendimento, saiba que Deus é poderoso para curar, para restaurar, e para livrar do mal.

Se ainda há em você capacidade para ouvir a voz de Deus, para discernir e refletir, corra para Cristo!

Busque-O com sinceridade, clame por Sua presença e lute para permanecer fiel, enquanto ainda há tempo e consciência.

Ainda que a cura física não venha, Deus pode restaurar seu espírito e fazer de você um testemunho vivo da Sua graça.


> “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.” (Jeremias 33:3)


Não adie sua decisão. Hoje é o dia da salvação. Viva para Deus neste tempo breve, para colher eternamente os frutos da fidelidade.

Amém


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domingo, 8 de junho de 2025

O Pescador, o Fazendeiro e a sua Vida


O Pescador,  o Fazendeiro e a sua Vida 


Em uma região afastada, de povo simples e vida tranquila, vivia um homem conhecido por todos como o Homem de Deus. Era um pescador humilde, morava numa pequena casa de barro e madeira, à beira do rio, e vivia daquilo que tirava das águas.


Apesar da vida simples, ele era respeitado por toda a cidade. Não havia um só morador que não conhecesse suas histórias. Isso porque Deus falava com ele através de sonhos — e tudo o que ele sonhava, acontecia.


Os moradores levavam a sério cada palavra que saía de sua boca. Quando o Homem de Deus contava um sonho, a notícia corria de casa em casa, loja em loja, praça em praça. Muitos temiam. Sabiam que não era invenção, nem exagero. Era real. E acontecia.


Na mesma cidade vivia Itaú, o fazendeiro mais rico da região. Dono de vastas terras, gado, maquinário e muitos empregados, era conhecido por sua força e posição. Quando ele falava, os outros ouviam. Quando decidia, ninguém contestava. Era o tipo de homem que mandava e fazia acontecer.


Certo dia, começou a se espalhar uma notícia pela cidade como fogo em palha seca:


> “O Homem de Deus sonhou que o homem mais rico da cidade morrerá esta noite.”




A frase era repetida por todos os cantos. Não havia dúvida entre os moradores: o homem mais rico da cidade era Itaú. E todos sabiam que os sonhos do Homem de Deus não falhavam.


Quando a notícia chegou até a fazenda, Itaú ficou em choque. O sangue lhe gelou nas veias. O corpo tremeu. Ele ficou calado por um tempo, encarando o nada. Então começou a suar frio. Ele sabia que os sonhos daquele homem se cumpriam. Não havia dúvidas. Ele já ouvira falar de acidentes anunciados, de mortes previstas, de pessoas curadas após os avisos do Homem de Deus. O temor tomou conta dele.


Imediatamente, mandou cercar toda a casa, reforçou as trancas, proibiu qualquer entrada ou saída. Ordenou aos empregados que ninguém se aproximasse. Ele se deitou numa rede na sala principal, mesmo sem costume disso, e ali ficou. Em silêncio. Pensativo. Esperando. Porque ele sabia: aquela era a última noite de sua vida.


Enquanto isso, na cidade, os sentimentos eram diversos. Muitos reagiram com espanto e temor. Outros, mesmo sem confessar, sentiram uma estranha satisfação.


> “Ele foi injusto comigo...”

“Fez minha família sofrer...”

“Talvez Deus esteja fazendo justiça...”, pensavam.


Alguns se calaram, mas no coração sentiam que aquele dia era um acerto de contas.


Outros, no entanto, foram sinceramente tomados por preocupação.


> “E agora? Eu trabalho para ele...”

“Ele sempre comprou nossos produtos... Como vamos continuar sem ele?”


A cidade, naquela noite, parecia suspensa no tempo. Todos aguardavam o que viria.


No dia seguinte, o povo acordou cedo. Queriam saber o desfecho.


Desfecho


E na fazenda… ali ele estava, deitado numa rede. Ficou ali, olhando para o teto, refletindo sobre sua vida. Pensava nas fazendas, nas riquezas, em tudo o que havia construído, e em como tudo aquilo se encerraria naquela noite. Sentia que perderia tudo — tudo que levou anos para levantar.


Ao seu redor, estavam alguns da família, mas ele estava mergulhado em pensamentos profundos. Começaram a borbulhar lembranças — erros que cometeu, injustiças que praticou, oportunidades que teve e desperdiçou. Sentia medo. Um medo que tomava o seu ser, que se transformava em angústia.


Ele não sabia o que o aguardava, mas dentro dele havia um pressentimento: não era algo bom. O desconhecido era como trevas em sua alma. A insegurança de não saber para onde iria o fazia estremecer por dentro.


Ficou ali, quieto… até que o sono o venceu.


Na manhã seguinte, despertou. Abriu os olhos lentamente. Sentou-se e olhou ao redor. Sentiu o próprio corpo, respirou fundo.

— Estou vivo..., pensou. Desta vez, o homem de Deus se enganou.


Mas notou um rebuliço acontecendo fora do quarto. Passos rápidos, vozes contidas. Foi então que soube: o homem de Deus havia morrido.


A notícia se espalhou.


Na cidade, o povo aguardava o desenrolar dos fatos. Quando souberam quem havia partido, muitos ficaram impactados. Aquele que todos julgavam que morreria, permaneceu. E aquele que parecia invencível, eterno em suas fazendas e riquezas, continuava vivo.


Mas o homem de Deus… ele partiu.


Muitos então refletiram. Perceberam que o homem mais rico da cidade não era o fazendeiro, mas o profeta. E isso mudou vidas.


A cidade nunca mais foi a mesma. As pessoas começaram a viver com um propósito de vida diferente — não mais voltadas para as coisas fúteis e passageiras, mas para conhecer e fazer a vontade de Deus. Agora, se reuniam com a Bíblia nas mãos para cultuar a Deus.


Começaram a amar as pessoas, a perdoar, e a levar também a mensagem que o homem de Deus pregava: o abandono do pecado através do reconhecimento do sacrifício de Jesus.

E acreditavam que essa era a verdadeira mensagem que todos deveriam ouvir.


A história e a vida daquele homem mudaram aquela cidade para sempre.


Reflexão


Essa história deve mudar a vida de cada um de nós. A sua história, a sua vida, caro leitor.


Porque a verdade é que nem sempre o dia da morte será avisado. E a morte chegará de repente. Ela pode vir sem anúncio, sem aviso, como um ladrão na noite. E quando ela vier, o que ficará?


É por isso que precisamos acumular riquezas no céu e não na terra.


Como disse o próprio Senhor Jesus:


> “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;

Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”

(Mateus 6:19-21)

Essa história, as revelações de Deus, os milagres, os sinais — tudo o que Deus faz — tem um propósito: mudar a vida do homem, tirá-lo do pecado, arrancá-lo de uma vida moldada pelos padrões deste mundo, e transformá-lo, dar-lhe uma nova vida — liberta do pecado, afastada do curso deste século, e centrada no Reino de Deus, na obediência à Palavra, na direção da Bíblia.

Como está escrito:


> “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

(Romanos 12:2)


Deus quer mudar a direção da sua vida e te fazer verdadeiramente uma pessoa rica.


Não uma riqueza de orgulho, mas de humildade.

Não para viver para si mesmo, mas para viver para Deus.

Não para ser valorizado pelos homens, mas valorizado por Deus.

Não para exaltar a si próprio, mas para exaltar o nome de Deus.

Não para fazer a sua própria vontade, mas a vontade de Deus revelada na Bíblia.

Não para amar o ouro, a riqueza, o poder e a cobiça, mas para amar a Jesus, que morreu na cruz para te salvar.


Trabalhe para Deus. Viva para Deus. E a recompensa é certa.

Ame ao teu próximo.


Muitos acham que são ricos, mas são pobres, desgraçados, cegos, nus, e não sabem.


Como está escrito:


> “Pois dizes: Estou rico, e abastado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és um coitado, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, para que vejas.”

(Apocalipse 3:17-18)

Não corra atrás do vento e daquilo que não tem valor. Você pode estar, hoje, fazendo planos para o futuro…

Pensando em ajuntar, construir, prosperar…Mas a sua vida pode acabar hoje. E tudo o que você planejou será inútil se não estiver com Deus.


Como disse Jesus:


> “E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”

(Lucas 12:19-21)


Quem vive apenas para esta vida, morre pobre diante de Deus.

Mas quem vive para Deus, mesmo que nada tenha neste mundo, possui o maior tesouro: a vida eterna.

Qual é a escolha que você irá fazer?

Você quer a vida de um fazendeiro rico, que viveu para si mesmo, ajuntando tesouros na terra…

Ou você quer a vida de um homem de Deus, que viveu para o céu, para fazer a vontade do Pai?


Onde vai estar o teu coração?


Faça a escolha certa. Faça a escolha por Deus. Porque sem Ele, a riqueza do mundo é ilusão, mas a riqueza de Deus é vida, verdade e salvação.



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sábado, 7 de junho de 2025

Aquela madrugada, duas famílias e dois destinos.


Aquela madrugada, duas famílias e dois destinos.


Era madrugada. A luz fria dos corredores cortava o silêncio abafado da maternidade, onde o cheiro de álcool e recém-nascido se misturava com o som ritmado dos monitores cardíacos. O ar-condicionado soprava firme, mas o calor humano naquele ambiente era mais forte — mães suadas de esforço, pais com os olhos vermelhos de ansiedade, enfermeiras correndo de um lado para o outro com prontuários na mão.


Era uma maternidade pública, como tantas outras. Paredes claras, leitos divididos por cortinas, carrinhos de recém-nascidos alinhados como pequenas promessas de vida. Havia choro de criança em todos os cantos, mas naquele instante, dois gritos se destacaram — dois meninos nasceram quase ao mesmo tempo, em quartos vizinhos, com poucos minutos de diferença.


As parteiras estavam exaustas. Tinham virado a noite entre complicações, suturas e gritos de dor. Uma delas carregava dois bebês nos braços, enquanto a outra preenchia papéis às pressas. Foi então que aconteceu. Uma troca sutil, sem intenção. Um nome colado no berço errado. Um bebê devolvido à mãe errada.


Ninguém percebeu. Nem os pais, emocionados demais. Nem as enfermeiras, pressionadas demais. Nem os médicos, ocupados demais.


Naquele momento, dois destinos foram costurados com a linha invisível do engano — e ninguém viu.

Os anos passaram, e aquela confusão no berçário nunca veio à tona. Como a maternidade era pública, todas aquelas mães e pais moravam nos bairros ao redor. Ruas de paralelepípedos, casas geminadas, varais coloridos nos quintais. Era um lugar onde todo mundo se conhecia — ou achava que conhecia.


Lucas e Rafael cresceram a poucos quarteirões um do outro. Estudaram em escolas diferentes, mas seus caminhos se cruzaram no lugar que todos os meninos da vila sonhavam em estar: o Clube União Esportiva da Vila.


Ali era onde os garotos do bairro buscavam destaque. Os treinos aconteciam nas tardes de quarta e sábado, sob o sol generoso e a vigilância atenta do treinador Davi, um homem de fala firme e olhos experientes. Ser escolhido para os jogos oficiais era o objetivo de todos. E o treino era o campo de prova — onde cada menino dava tudo de si.


Lucas, criado por José e Marta, era calado, observador, mas explosivo quando se sentia injustiçado. Rafael, filho de Cláudio e Helena, era extrovertido, líder nato, mas também orgulhoso e competitivo. Jogavam na mesma posição. Rivais dentro do mesmo uniforme.


Num treino de sábado, os ânimos se exaltaram. Uma dividida mais forte. Uma resposta atravessada. Um empurrão. Um soco. A briga explodiu como uma faísca em palha seca. O treinador correu para separar os dois, enquanto outros garotos olhavam assustados.


O tumulto se espalhou. Pais que estavam assistindo do alambrado correram para dentro do campo. José, vendo Lucas machucado no chão, partiu para cima de Rafael com gritos e dedo em riste. Cláudio correu e empurrou José, defendendo Rafael com raiva e indignação. Marta e Helena chegaram logo depois, e a discussão virou um verdadeiro conflito familiar.


— Esse moleque já vive querendo aparecer! — gritou José, apontando para Rafael.


— Está falando do seu filho como se fosse um estranho! — retrucou Cláudio, furioso.


— Ele é um estranho! — vociferou José, sem saber da verdade profunda de suas palavras.


Helena se colocou na frente de Rafael, enquanto Marta tentava acalmar Lucas. Mas o que nenhuma daquelas famílias sabia, é que naquele momento... estavam odiando seus próprios filhos e defendendo os filhos de outros. E estavam certos do contrário. Amavam com sinceridade, brigavam com paixão, mas tudo estava baseado num engano antigo.

Apesar das rivalidades, as famílias de Lucas e Rafael se conheciam. Afinal, o Clube União fazia parte da rotina de todos. Eram treinos, reuniões, confraternizações. O contato era frequente. E, com o tempo, os olhos começaram a perceber o que o coração se recusava a entender.


— “Engraçado como o Rafael tem o mesmo sorriso de Marta…” — comentou certa vez uma vizinha, rindo, como quem diz algo sem pensar.


— “E Lucas... tem os olhos idênticos aos do Cláudio, não tem?” — retrucou outra, meio em dúvida, meio desconfiada.


Eram pequenos detalhes. Traços, expressões, gestos... como se as linhas do rosto estivessem tentando contar uma história silenciada.


Era como se algo invisível sussurrasse: “Olhem com atenção...”

Uma voz sem som, um apelo interno — a verdade querendo nascer.

Mas o ressentimento entre os pais, alimentado pelas brigas dos filhos, levantava muralhas contra esses sinais. Era como se cada ofensa trocada, cada olhar atravessado, cobrisse de poeira aquela pista que, se seguida, levaria à revelação.

Até que um problema dentro de uma das casas abriu uma brecha.

Cláudio e Helena passaram por um abalo profundo. Cláudio descobriu mensagens suspeitas no celular da esposa. Confrontou. Gritou. Ameaçou ir embora.


Helena chorou. Pediu perdão.


— “Foi um erro, Cláudio. Mas eu juro... nunca te traí antes disso. Nunca! Eu jurei diante de Deus, e é com esse temor que eu te falo: Rafael é seu filho.”


Cláudio, com o coração quebrado e a mente em guerra, chegou a marcar o exame de DNA. Mas o amor e a promessa da esposa o convenceram a desistir.

— “Se você está dizendo a verdade, não há motivo pra exame. Vamos reconstruir.”

E ali, por um triz, a verdade permaneceu oculta.

Aquela decisão, movida pelo sentimento, abriu mão da certeza em favor da aparência da paz

E assim viveram aquelas famílias.

Viviam próximas, participavam do mesmo clube, dos mesmos almoços, das mesmas festas, das mesmas lutas da vida comum.

Viviam enganadas. Mas crendo fielmente no engano.


E assim passaram-se os anos.

Os meninos tornaram-se homens. Casaram-se. Tiveram filhos. E os pais, envelhecendo, partiram um a um — na paz de quem julga ter cumprido sua missão.


Mas morreram no engano.


E a história seguiu...

Nasceram netos, bisnetos. Famílias foram construídas sobre a base do que se cria ser verdade, mas que jamais foi.


Gerações inteiras vivendo uma vida fundada na mentira.


Como muitos vivem — não apenas neste caso, mas em tantas coisas da vida — convictos de uma verdade que nunca existiu.

Vivendo e morrendo sem saber, sem querer saber, sem suportar saber...

que viveram uma mentira.


Reflexão


A Vida no Engano


Há pessoas que constroem toda a sua vida sobre algo que não é real.

Vivem, trabalham, criam filhos, tomam decisões importantes...

Tudo com base em uma convicção que parece firme — mas não é. Parece verdade — mas não é.


E seguem assim com zelo, com dedicação, com esforço. Mas não com verdadeira sinceridade. Pois a verdadeira sinceridade abre os olhos. A verdadeira sinceridade percebe os sinais. Ela escuta. Ela reflete. Ela se deixa confrontar.

Se houvesse sinceridade no coração, o engano não duraria tanto tempo. A verdade se manifestaria nos detalhes, na razão, na sensibilidade.

Bastaria um olhar atento, uma disposição para enxergar.

Mas o que se chama de sinceridade, muitas vezes, é apenas apego.

Apego a uma ideia, apego a uma história, apego ao orgulho. E assim o engano se fortalece.


E é assim que muitos atravessam a vida —

Firmes, convictos, determinados —

Mas sobre um alicerce falso.


Há uma verdade que precisa ser conhecida. Uma verdade que define o destino eterno de cada um. 

E é sobre essa verdade que vamos tratar. Você não pode ignorá-la. Não pode fugir dela. É necessário ter zelo em conhecê-la.

Pois viver no engano pode trazer a pior de todas as decepções — Aquela que só se revela no último dia.



Nascidos no Engano


Assim como aquelas crianças nasceram debaixo de um engano — sem saber, sem perceber, assim também todos nós nascemos debaixo de um engano.


Desde o ventre, carregamos uma natureza corrompida.

Nascemos com o pecado, e crescemos sendo moldados por um mundo que jaz no maligno.

O mundo nos ensina a viver longe de Deus, com tradições humanas, filosofias, religiões, costumes, ideias e valores que parecem corretos, mas nos afastam da verdade.


A Bíblia afirma que o diabo é o príncipe deste mundo. E é nesse mundo que fomos formados. Educados por ele, influenciados por ele, iludidos por ele.


E assim seguimos...Convictos. Firmes no engano.



A Verdade Se Apresenta


Até que a verdade começa a dar sinais. Assim como naquela história dos meninos, em que a aparência poderia ter chamado a atenção, em que o contato entre as famílias poderia ter despertado a dúvida, em que a aproximação poderia ter trazido luz...mas não trouxe. Porque faltou humildade. Faltou paz. Faltou zelo pela verdade.


O marido traído ouviu o pedido de perdão. E sua esposa dizia a verdade: nunca o havia traído antes. Mas o que ela dizia não desmanchava o engano que já havia sido cometido. E ele, ainda assim, escolheu não buscar a verdade. Desistiu do exame que poderia revelar tudo. Faltou zelo. Faltou fome pela verdade.


E assim é com muitos.

A verdade — que é Jesus — se apresenta, fala por meio das Escrituras, dos sinais, das situações, mas não é ouvida.


Por quê?

Porque muitos estão apegados. Apegados ao mundo. Apegados às ideias, às tradições, às crenças que os agradam. A uma maneira de viver...

"E a condenação é esta: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más."

— João 3:19


A Opção Pela Verdade


No último dia, ninguém poderá se colocar como vítima do engano. Porque o engano, na verdade, é uma escolha.

Deus apresenta a verdade a todos — mas muitos optam por rejeitá-la.


A verdade e o engano estarão diante de cada pessoa, e cada um terá de fazer uma escolha.

O engano se dá por uma mente que não está obstinada pela verdade, mas muitos estão obstinados pelo erro. A verdade é quem liberta do engano.


Jesus declarou:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32).


Muitos estão hoje:


– Na religião errada.

– Na igreja errada.

– No casamento errado.

– Num estilo de vida errado: pecado, adultério, homossexualismo, mentira.

– Numa doutrina de vida errada.


Mas estão absolutamente convictos de que estão certos. Convicções não garantem verdade.


A verdade tenta falar. Tenta se apresentar. Mas a consciência não está voltada para Deus. Não há disposição para a verdade que é Jesus Cristo, a fonte de toda verdade.


A Bíblia — que é a revelação da verdade — declara:

"Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, e para a instrução na justiça" (2 Timóteo 3:16).


O Pecado Separa da Verdade


Deus Pai é a verdade.

Deus Filho, Jesus Cristo, é a verdade manifestada aos homens.

E o Espírito Santo é o guia que conduz à verdade.


Mas o pecado...

O pecado separa o homem de Deus, separa da verdade, e mantém o ser humano preso no engano.


Como está escrito:


> "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem agravado o seu ouvido, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, para que não vos ouça." — Isaías 59:1-2


Apesar da verdade se manifestar o engano prevalece, pois o pecado não é abandonado. E o pecado não é abandonado porque o ser humano ainda é o próprio Senhor da sua vida, ou pensa ser, não sabendo ele que na verdade o diabo o comanda, tendo o engano por instrumento. 

Por isso, precisamos morrer para o pecado.

"Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" — Romanos 6:2


Sem essa morte, a pessoa continuará convicta de que está certa. Ela continuará crendo, piamente, que está tudo bem consigo. Ela acreditará que não irá perecer eternamente no inferno, que não sofrerá o tormento eterno, que é uma boa pessoa, que está no caminho certo, que prega a verdade, que vive a verdade...


Mas no último dia se decepcionará.

> “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

— Mateus 7:22-23


A iniquidade é o pecado.

 "Todo aquele que comete pecado também comete iniquidade, porque o pecado é a iniquidade."— 1 João 3:4


A verdade está dizendo claramente:

Se você não for fiel ao que a Bíblia ensina, se você não morrer para o pecado, você está no engano. E morrerá no engano. Afastado da verdade, que é Deus. E irá para um lugar de tormento eterno.


"E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi lançado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele." — Apocalipse 12:9


Apelo 

Aquelas famílias... aquelas crianças... nasceram no engano, assim como todos nós.

Foram criadas no engano. E morreram no engano. Elas — e toda a sua família.


Mas a sua realidade pode ser diferente. A nossa realidade pode ser diferente.

Nós, que nascemos no engano do pecado, podemos receber a verdade.

E a verdade é esta: Jesus Cristo morreu na cruz, e Seu sangue foi derramado para nos libertar do pecado.

"Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" — João 1:29


Se aquelas famílias tivessem conhecido a verdade, isso mudaria completamente a vida delas.

Seria uma nova vida. Assim como se você conhecer a verdade hoje, ela vai transformar toda a sua vida.

E a sua maneira de viver, agora, será fundamentada na verdade — a verdade que é a Bíblia, a Palavra de Deus, uma vida  fundamentada em Cristo.


Eles não conheceram a verdade porque não tiveram fome e sede da verdade.

Não se engane a respeito da sua maneira de viver. Não se engane achando que pode continuar pecando, pedindo perdão e voltando ao pecado, sem morrer para o pecado. Pois no último dia, a sua decepção será grande.

E já não haverá mais tempo de buscar a verdade, de amar a verdade, de viver para a verdade — que é Jesus.


Deixe que esta verdade transforme profundamente a sua vida. Decida-se a viver para conhecer e fazer a vontade de Deus —em cada instante, a cada segundo.


Que todos os seus pensamentos, todas as suas decisões,todo o seu falar, pensar, sentir e agir, sejam fundados na verdade, voltados para a verdade, que é a vontade de Deus revelada em Sua Palavra.


Abandone completamente o engano do pecado. E mantenha-se firme na verdade, que é Jesus. Fiel a ela, custe o que custar.



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sexta-feira, 6 de junho de 2025

A Grande Cidade: Enganonópolis

 



A Grande Cidade: Enganonópolis


Havia uma cidade encantadora chamada Enganópolis. Um povo, um lugar que acreditavam ser cheio de cor, sorriso, bondade e otimismo. As pessoas andavam pelas ruas com o abraço pronto, e acreditavam.

Eram pessoas boas. Pessoas maravilhosas. Gente de Deus.

A cidade tinha seus problemas, claro — doenças, brigas, corrupção, desigualdades, muitos mendingos, violencia etc. Mas ninguém se preocupava muito com isso. Diziam: “Faz parte da vida!” Outros completavam: “Não existe lugar perfeito.” E seguiam adiante, adaptando-se, acostumavam-se  sorrindo, cantando suas músicas de esperança.


A cidade apesar dos seus problemas e conflitos, para eles era o melhor lugar do mundo, e a ideia de abandoná-la seria a morte para eles. Os problemas da cidade eram absolutamente normais, naturais, e a população se acostumava, se adaptavam e prosseguiam a vida como verdadeiros guerreiros.

O povo de Enganonópolis era profundamente religioso — mas cada um à sua maneira. Tinham fé em suas tradições, nos ensinamentos herdados, em filosofias antigas e novas. Uns diziam que não existia o mal espiritual. Outros admitiam que o mal existia, mas nenhum mal lhes atingiriam. Muitos criam que, no final, todos estariam bem — afinal, eram boas pessoas. Uns acreditavam que, ao morrer, iriam para um paraíso. Outros, que simplesmente deixariam de existir — e isso também era bom, pois nunca mais sofreriam.

Eles acreditavam naquilo que consideravam ser o melhor para eles. 


Acreditavam que, quando morressem, iriam para um lugar maravilhoso, pois eram bons. Outros acreditavam que nem os maus iriam para um lugar ruim, apenas deixariam de existir, portanto, nada de mal lhes aconteceria — o máximo, deixarem de existir, e assim não sofrerem nunca mais.


Mas mesmo com suas diferenças, eles criam que cada pessoa tinha o direito de ter sua própria fé e que, de alguma forma, todos deveriam ser fiéis — ou não — à sua própria fé. A contradição é que os erros eram partes naturais de suas naturezas, e isso em nada era algo ruim, mas natural.


E assim vivia o povo da cidade Enganonópolis, disposto para a vida e a realização de tudo aquilo que os agradava.

Até que certo dia apareceu um homem na cidade. Ele se chamava Biblion de lá Verdad.


Ninguém sabia ao certo de onde ele viera. Não tinha aparência nobre, nem vestes caras. Andava com uma túnica simples, os olhos firmes e serenos, e uma voz que carregava autoridade — não a dos gritos, mas a da verdade.


Ele dizia àquelas pessoas que aquela cidade estava condenada. E ele queria levá-los para uma outra cidade. A cidade se chamava Cidade de Emmanuel. E exortava as pessoas a saírem de Enganonópolis.


O problema é que muitas pessoas já estavam completamente perdidas, porque não havia mais possibilidade, não havia mais no coração daquelas pessoas abertura para abandonar Enganópolis. Elas estavam apegadas de uma tal maneira que não havia mais possibilidade para elas.


Outras ainda ouviam a possibilidade de abandonar a cidade. Porém, o apego àquele tipo de vida que levavam os impedia de abandonar tudo e seguir para uma nova vida.


Alguns, porém, deram ouvidos e começaram a sair daquela cidade. Porém, ao ouvirem isso, os poderosos daquela cidade tentavam de todas as formas persuadir as pessoas a permanecerem em Enganonópolis. E se voltavam com fúria contra Biblion de lá Verdad.

A cidade que parecia ser deles, na verdade, era uma prisão. Era uma estrutura invisível, mas que aprisionava aqueles cujos olhos estavam acostumados com ela. Era uma prisão disfarçada de lar, de cultura, de tradição.


E os poderosos da cidade... atuavam. Não de forma aberta, mas sutil. Eles manipulavam o povo sem que percebessem, usando palavras bonitas, festas, promessas e até mesmo religião. Tudo isso servia para prendê-los ainda mais dentro da cidade, mantendo-os cegos, satisfeitos com a própria escravidão.


Mas quando as pessoas conheciam Biblion de lá Verdad, elas eram libertas daquela escravidão. Uma escravidão que, embora real, era invisível aos olhos dos enganados. Eles não compreendiam que estavam presos. Riam, cantavam, celebravam — mas estavam acorrentados.


Até que lá Verdad, como era chamado, se manifestava a eles. E então, uma luz brotava no coração. Uma inquietação. Um chamado. E a verdade começava a quebrar as correntes.

Algumas pessoas — aquelas que decidiram seguir Biblion de la Verdad — começaram a ser perseguidas, presas, torturadas, e algumas até mortas. E, por causa disso, muitos começaram a fugir de Biblion de la Verdad. Corriam dele, desviavam o olhar, saíam de perto.


Ele foi proibido. Proibido de falar nos grupos, nas praças, nos encontros, nas reuniões. Era persona non grata em todos os lugares. Tapavam os ouvidos quando ele falava, evitavam sua presença, porque sabiam: aquela voz os incomodaria profundamente. A voz de la Verdad traria confronto, e destruiria não só a reputação que construíram, mas também ameaçava derrubar a cidade de mentiras que tanto amavam.


Eles fugiam da verdade, fugiam de Biblion de la Verdad. Ele não podia mais se manifestar livremente. Era silenciado.


Mas ele não se calava.


Falava aos humildes, aos que estavam esquecidos, aos que viviam à margem — os que andavam pelas ruas e ainda tinham um fio de esperança no olhar. E, com zelo, Biblion buscava alcançar cada coração que ainda desejava liberdade — liberdade da dominação invisível, do sistema corrompido, do poder oculto que regia a cidade e prendia seus habitantes sem que percebessem.


Aqueles que eram alcançados por Biblion de la Verdad e pela liberdade que ele anunciava, passavam a ser forasteiros naquela cidade. Já não pertenciam mais a Enganonópolis. Seus corações estavam ligados a outra pátria. Eles agora tinham uma nova cidadania, pertenciam à Cidade de Emmanuel — uma cidade que ainda não viam com os olhos, mas que se tornava real dentro deles.


Entretanto, a destruição de Enganonópolis se aproximava. Uma destruição certa, total e irreversível, que atingiria todos os seus cidadãos. E, mesmo antes dessa destruição final, as pessoas continuavam a morrer em Enganonópolis, presas à sua cidadania antiga. Morrendo sem aceitar, sem reconhecer, sem abandonar aquela cidade que tanto amavam — e, por isso, morriam como cidadãos de Enganonópolis, e não como cidadãos da Cidade de Emmanuel.


E assim, a condenação da cidade também os atingia, mesmo depois da morte.


Muitos rejeitavam o convite para a nova cidade, porque sabiam que, a partir do momento em que aceitassem a cidadania da Cidade de Emmanuel, estariam comprometidos a se submeter a Emmanuel, que era o dono da cidade, e a cidade levava o Seu nome.


Na Cidade de Emmanuel, havia um Rei verdadeiro, justo e santo, e a vida ali era regida por sua vontade soberana e perfeita. E isso exigia dos cidadãos rendição e fidelidade.


Mas em Engamonópolis, cada um vivia como bem queria. Não havia rei. Eles se diziam livres, e pensavam que estavam no controle de suas próprias vidas.


Contudo, não sabiam que toda aquela forma de viver, todo o modo de pensar e agir, havia sido implantado neles pelos líderes ocultos da cidade: os Senhores das Sombras, a Confraria das Trevas, as Lideranças da Escuridão.


Esses poderosos operavam em segredo, manipulando a cidade inteira, mantendo o povo preso numa falsa liberdade, enquanto decidiam seus destinos nas sombras. 


E quanto mais o tempo se passava, mais se aproximava a destruição da cidade. Os sinais de que a cidade seria destruída já se faziam visíveis. Estavam por toda parte. Mas, embora os habitantes de Enganonópolis os vissem, aquilo não entrava na mente deles. Era como se estivessem cegos por dentro. Continuavam querendo viver normalmente na cidade, como se tudo estivesse bem, mesmo estando condenada.


E também mais eram censurados e impedidos de circularem na cidade Biblion de la Verdad e seus seguidores. Eram vigiados, denunciados, atacados e expulsos dos espaços públicos. As praças, os salões, os grupos e até os becos estavam fechados para eles.


A cidade já não suportava mais ouvir Biblion de la Verdad e seus seguidores. Quanto mais a destruição se aproximava, mais se fortalecia a resistência contra eles.

O final dessa história é de alegria e felicidade para todos aqueles que um dia conheceram Biblion de la Verdad e abandonaram Enganonópolis. Porém, de amargura, de sofrimento eterno para aqueles que permaneceram naquela cidade.


Reflexão: A Realidade por Trás da História


Essa história é, na verdade, a realidade da vida de cada um de nós.


Todos nós nascemos em Enganonópolis. A nossa genealogia espiritual, segundo a Palavra de Deus, nos mostra como cidadãos dessa cidade enganosa. Nascer em Enganonópolis significa nascer no pecado, afastado de Deus, escravizado por uma estrutura invisível de engano, regida pelos “senhores das sombras”, como a Bíblia os define: o príncipe deste mundo, o diabo, o enganador de todo o mundo.


A Palavra de Deus diz:


> “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”

(Romanos 3:23)


> “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.”

(Efésios 2:1-2)


> “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”

(1 João 5:19)


> “O diabo... o enganador de todo o mundo.”

(Apocalipse 12:9)


Ou seja, o mundo em que nascemos é Enganonópolis, e todos nós, sem exceção, somos cidadãos dela — pecadores por natureza, enganados pelo inimigo.


Mas a história não termina aí.


> “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

(João 8:32)


A verdade é uma pessoa: Jesus Cristo.


> “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

(João 14:6)


E onde encontramos essa verdade? Na Palavra de Deus — a Bíblia.


> “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

(João 17:17)


Foi por isso que, na história, aquele homem era chamado de Biblion de la Verdad — porque ele representava a verdade que liberta. A verdade que denuncia o engano e aponta o caminho da salvação. Ouvir a voz da verdade, que é a voz de Jesus expressa na Bíblia, é o que tira uma pessoa da cidade condenada (o estado de pecado e rebelião contra Deus) e a conduz para a Cidade de Emmanuel — a cidade da vida eterna, da comunhão com Deus.


> “Emmanuel” significa “Deus conosco” (Mateus 1:23).

E essa cidade é onde habita o próprio Deus com seu povo.

Uma cidade onde não há mais trevas, nem morte, nem mentira.

A MUDANÇA DE CIDADANIA: UM PONTO CENTRAL E INEGOCIÁVEL


Há um ponto fundamental e central que ninguém pode ignorar:

Não se pode sair de Enganonópolis e entrar na cidade de Emanuel sem uma mudança de cidadania.


Essa mudança de cidadania não é apenas um título ou um nome — é uma mudança de natureza, de identidade, de coração.


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

(2 Coríntios 5:17)


Para ser cidadão da cidade de Emanuel, é necessário submissão total ao dono da cidade, Jesus Cristo — o próprio Emanuel, que significa "Deus conosco".


Na cidade de Emanuel, não entra pecado. Lá, tudo é santo, tudo é luz, tudo é verdade.


> “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

(Isaías 59:2)


Por isso, não há como viver em pecado e ao mesmo tempo ser cidadão da cidade de Emanuel. É impossível!

Sem plena submissão às palavras do dono da cidade — às palavras da Bíblia, que é a Verdade revelada — não há como entrar nem permanecer ali.


> “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.”

(1 João 3:8)


> “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”

(Romanos 6:1-2)


É preciso morrer para o pecado. É preciso nascer de novo.


> “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

(João 3:3)


Essa mudança de cidadania acontece no coração e na vida daquele que crê, se arrepende, se submete e passa a viver não mais como cidadão de Enganonópolis, mas como um peregrino nesta terra — um estrangeiro em meio à escuridão, aguardando o dia em que será levado de vez para a cidade eterna: a cidade de Emanuel.


> “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

(Filipenses 3:20)


A CIDADANIA DE ENGANO: O PECADO COMO IDENTIDADE


O pecado não é apenas um ato.

Ele é a natureza, a marca registrada, a identidade de quem nasceu e permanece como cidadão de Enganonópolis.


> “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.”

(João 8:34)


Ou seja, quem vive no pecado está preso à cidade do engano. É como alguém que vive algemado dentro de um sistema condenado, incapaz de sair por si mesmo.


Mas há esperança.

A verdade liberta!


> “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

(João 8:32)


Essa verdade libertadora é que Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados.

Ele não morreu para que continuássemos pecando, mas para que abandonássemos o pecado, morrêssemos para ele, e vivêssemos em obediência a Deus, como verdadeiros cidadãos da cidade de Emanuel.


> “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado como escravos.”

(Romanos 6:6)


> “Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.”

(Romanos 6:8)


Essa é a verdade que liberta:

Cristo morreu para nos tirar da escravidão do pecado e nos levar à vida de santidade, como peregrinos em Enganonópolis, mas cidadãos legítimos da cidade de Emanuel.

“Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

(Filipenses 3:20)


Aqueles que foram libertos pela Verdade — Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados —, agora não pertencem mais a Enganonópolis.

São peregrinos neste mundo, mas cidadãos dos céus, aguardando o dia glorioso em que entrarão, de forma plena e eterna, na cidade de Emanuel, a cidade de Deus, onde não há pecado, nem morte, nem engano.


📣 Apelo Final


Todos nós nascemos em Enganonópolis.

A cidade está condenada. E quem permanece nela será condenado com ela.


A salvação está em aceitar a verdade:

Jesus Cristo morreu para nos libertar do pecado.


Se você deseja viver na Cidade de Emanuel, é necessário abandonar o pecado e submeter-se totalmente a Cristo, o Senhor da nova cidade.


Sem essa decisão, você continuará cidadão de Enganonópolis, mesmo conhecendo a verdade.


Você vai permanecer ou vai sair?

Você vai receber a verdade e abandonar o pecado e o mundo, e viver como cidadão do céu, de acordo com os ensinos bíblicos, em fidelidade ao dono da cidade?

Você vai entender que no céu não entra pecado, e que você tem que abandoná-lo hoje, aqui e agora?

Morrer para o pecado, como diz Romanos 6:2:

“Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”


Você vai tomar esta decisão agora... ou vai perecer enganado, como cidadão de Enganonópolis?



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terça-feira, 3 de junho de 2025

Por que rejeitas a verdade de Deus sobre o teu destino eterno?


Por que rejeitas a verdade de Deus sobre o teu destino eterno?


Introdução


As pessoas não estão dispostas a receber verdadeiramente aquilo que Deus diz, porque Sua palavra fala direto à consciência. O que Deus diz pesa, constrange, e expõe a maneira errada como vivem. Ainda assim, querendo ou não, toda pessoa já ouviu falar sobre o Céu, o Inferno, e sobre Jesus e seu sacrifício. Mesmo conscientes da realidade do inferno, elas desviam os ouvidos e rejeitam o que Deus diz sobre seu destino eterno.


Outras pessoas vão além: criam a sua própria verdade sobre Deus, sobre como devem viver, e sobre o que vem depois da morte. Algumas aprendem isso com outros homens e aceitam quando isso lhes agrada. Em ambos os casos, o homem assume para si a autoria da verdade — decide por conta própria o sentido da criação, da vida e do destino eterno, rejeitando o que Deus claramente já revelou.


Ignorar ou criar a respeito da origem, e portanto a respeito de Deus, da maneira que se deve viver segundo o Criador, e do destino eterno, é irracional — é loucura. E essa loucura caracteriza o estado daqueles que irão para o inferno. Como pode alguém viver sem conhecer o seu Criador, sem saber como deve viver e sem se importar com seu destino eterno? Ou ainda, como pode criar sua própria verdade sobre tudo isso? Se a pessoa parasse para refletir, veria que esse estado é a completa loucura.


Este estudo trará luz, trará razão, e poderá dissipar a loucura daqueles que não conseguem refletir ou ouvir aquilo que o Deus da Bíblia — o Deus que se revela através da Bíblia — diz a respeito.


Ponto 1 – Os impedimentos para que o homem abandone a loucura pelo conhecimento da verdade



1. 1 – O Mundo


É racional entendermos que Deus criou o mundo perfeito. Tudo o que Deus fez era bom e harmonioso, pois Ele é santo, justo e bom. Porém, ao observarmos o estado atual do mundo — marcado por corrupção, sofrimento, violência, mentira e morte — é evidente que algo aconteceu para que ele se tornasse o que é. E este processo de corrupção não é evolução natural, mas consequência direta da escolha do homem.


A revelação de Deus nos mostra que o homem, criado com livre arbítrio, optou por desobedecer a Deus. E tudo aquilo que se opõe à vontade de Deus é, por definição, o mal. Assim, o homem escolheu o mal — e o mal só pode produzir o mal. Adão e Eva, ao desobedecerem a Deus, não apenas caíram, mas transmitiram à sua descendência uma natureza corrompida. Toda a raça humana veio deles, agora marcada por essa inclinação para o pecado.


Contudo, essa escolha pelo mal não teve sua origem apenas no homem. Antes mesmo da criação da humanidade, houve uma rebelião espiritual. A Bíblia nos revela que um ser angelical, chamado Lúcifer, se rebelou contra Deus por orgulho e foi lançado fora da presença divina. Ele passou a se chamar Satanás e arrastou com ele uma parte dos anjos, que também caíram — hoje chamados demônios. Estes seres atuam contra a vontade de Deus e influenciaram a humanidade a seguir o mesmo caminho de rebelião.


O primeiro casal humano foi enganado por Satanás, e desde então o mundo jaz no maligno, ou seja, está sob a influência do mal e da rebelião espiritual. Não é à toa que a Bíblia afirma com clareza:


“Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no maligno.” (1 João 5:19)


“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” (2 Coríntios 4:4)


“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)



Assim, o mundo, como sistema contrário a Deus, se tornou um dos principais impedimentos para que o homem abandone a loucura e conheça a verdade. Ele apresenta uma alternativa falsa, sedutora, e cega o entendimento para que as pessoas não vejam a gravidade de seu estado diante do Criador.

O sistema do mundo — com suas tradições, filosofias, religiões, ciências e sabedorias humanas — atua com uma força poderosa para manter o homem afastado de Deus. Ele opera continuamente com a atuação ardilosa e enganadora do diabo e de seus anjos caídos, que dominam este mundo e exercem influência sobre tudo o que nele há. De forma imperceptível para muitos, essas forças do mal conduzem as pessoas a viverem debaixo de um domínio espiritual que as mantém cegas, alheias à verdade que poderia salvá-las. Tudo é organizado para que o ser humano viva segundo uma mentira bem elaborada, que o satisfaça na carne, mas o conduza à morte eterna. Este sistema trabalha incansavelmente para que o homem desconheça a verdade revelada por Deus, morrendo longe da única fonte de salvação.

“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

Apocalipse 12:9 (ARC)


2. A Carne


O homem já nasceu com a natureza pecaminosa, originária de Adão e Eva. O diabo, seus anjos e o sistema do mundo atuam continuamente para que o homem permaneça nessa condição. É preciso entender que esta condição de pecado condena o homem à separação eterna de tudo o que é bom, ou seja, de Deus, e, portanto, ao inferno. Contudo, Deus, em sua infinita bondade e poder, já havia previsto a queda e providenciou o sacrifício de seu próprio Filho. Jesus Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou, oferecendo ao homem uma nova chance de regeneração. Ele pagou o preço do pecado, e esse pagamento está agora à disposição de todo aquele que escolher, ao invés da desobediência de Adão, viver em obediência e fidelidade a Deus.


O sistema do mundo age com força e astúcia para impedir que o homem conheça e viva essa verdade. Usa a carne e o próprio mundo para manter o homem na condição natural, oriunda da natureza pecaminosa herdada de Adão e Eva. Mas a graça de Deus está disponível. O sangue de Jesus foi derramado para que o homem possa ser perdoado, transformado e salvo por meio da fé e da fidelidade ao Criador.


> “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”

Romanos 5:12 (ARC)


> “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17 (ARC)


> “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.”

Gálatas 1:4 (ARC)


2.1 A Regeneração pelo Sangue de Jesus


A regeneração, ou seja, a mudança da natureza pecaminosa, herdada de Adão e Eva, para uma nova natureza, é absolutamente necessária para que o homem possa ser salvo. Foi o próprio Jesus quem declarou:


> “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”

João 3:3 (ARC)


Então, a salvação não pode ocorrer enquanto o homem permanecer com a natureza corrompida, herdada de seus pais.


Essa transformação é gerada a partir do entendimento de que o Deus Todo-Poderoso, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, se fez homem, se humilhou, sofrendo, morreu na cruz e derramou o seu sangue para que o homem tivesse a oportunidade de ser salvo do mal, ou seja, daquilo que o prejudica e que o levará ao inferno.


Esse reconhecimento, essa consideração diante do sacrifício de Deus — pois se alguém faz um grande sacrifício por nós e nós reconhecemos, quanto mais diante do sacrifício indescritível de Jesus, sendo Ele o próprio Deus — essa consideração pela pessoa de Deus e pelo imenso sacrifício feito por amor ao homem que reconhecerá esse tão grande sacrificio, gera gratidão e abandono do pecado.


Esse reconhecimento do sangue de Cristo tem o poder de alterar a disposição mental do homem, agora voltada para uma vida de obediência, gratidão e fidelidade a Deus. Caso isso não aconteça, o homem permanece mau, desconsidera a Deus e está condenado.


“Como escaparemos nós, se não atentarmos para tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram.”

Hebreus 2:3 (ARC)


“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

2 Coríntios 5:17 (ARC)


3. O Orgulho


O orgulho é o sentimento que levou Lúcifer, o diabo, satanás, ao pecado, que é a rebelião contra Deus e contra a vontade de Deus. Foi por orgulho que ele desejou ocupar o lugar do Altíssimo, sendo lançado do céu por causa de sua altivez.


> “Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”

Isaías 14:12-14 (ARC)




Esse mesmo orgulho também esteve na origem da queda de Adão e Eva, pois eles optaram por ouvir a mentira da serpente, desejando serem como Deus, conhecedores do bem e do mal. Ou seja, o orgulho gerou o pecado, e o pecado trouxe o mal. Portanto, o orgulho é a raiz do mal.


O orgulho é a recusa em reconhecer Deus como Deus, em sua majestade, grandiosidade, perfeição, poder e santidade. É a negação da verdade de quem Deus é, ao optar por si próprio, buscando a própria exaltação. Orgulho é negar a verdade de que tudo o que é bom procede de Deus, e não do homem.


Na verdade, nada de bom procede do homem por si mesmo. Tudo o que é bom vem de Deus. Assim, quando o homem opta por ser fiel a Deus, ele não está sendo bom por mérito próprio, mas apenas retornando à sua condição original, de dependência total de Deus, mantendo-se afastado do mal. E mesmo assim, em nada isso vem de si mesmo.


Portanto, é necessário que o homem rejeite toda glória, toda honra e toda exaltação, e as entregue Àquele a quem são devidas. Caso contrário, estará usurpando aquilo que pertence exclusivamente a Deus. Ao aceitar para si mesmo qualquer exaltação ou glória, o homem está se colocando no lugar de Deus, e isso é rebelião.

Porém, o sistema do mundo, dirigido por Satanás e seus anjos, é estruturado exatamente para alimentar esse desejo pecaminoso de exaltação do homem. Todo o mundo, com sua organização, suas ideologias, sua cultura, sua forma de pensar e agir, tem como base a busca pela glória humana — a busca por reconhecimento, honra, consideração e exaltação própria.


Esse sistema visa afastar o homem de Deus, promovendo qualquer forma, por menor que seja, de exaltação humana. Toda filosofia humanista, toda ideologia que coloca o homem em destaque, toda atitude que busca para o homem qualquer porção de glória, honra, reconhecimento ou louvor — tudo isso constitui rebelião contra Deus. Pois toda a glória pertence única e exclusivamente ao Senhor. Não se trata apenas de querer ser como Deus ou ocupar o centro de tudo, mas qualquer tentativa de tomar parte da glória que é devida somente a Deus já é, em si mesma, pecado e rebelião. Este é o mesmo espírito que operou em Lúcifer, e que hoje se manifesta no mundo através da exaltação do homem.


Para que o homem retorne à realidade, à verdade da sua criação e da sua condição diante do Criador, é necessário que ele rompa com todo o sistema do mundo. Ele deve andar em sentido contrário, negando a si mesmo, rejeitando os aplausos do mundo e glorificando somente a Deus.


Esse caminho de ruptura com o mundo trará inevitavelmente lutas, dificuldades, conflitos, rejeição e perseguição. Pois o mundo ama os que são seus, mas odeia aqueles que pertencem a Deus e que não se conformam com seus padrões. No entanto, é justamente essa separação do mundo que evidencia quem realmente nasceu de novo, pois como disse o Senhor Jesus:


> “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.”

João 15:19 (ARC)

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”

1 Coríntios 10:31 (ARC)

2. A Decisão do Homem: Caminho para Receber a Verdade


Portanto, vimos que o homem precisa ser resgatado da sua natureza carnal e do mundo — o sistema dirigido por Satanás e seus anjos. Ele precisa ser liberto do poder do diabo em sua vida, o qual se manifesta através desse sistema e da sua natureza corrompida pelo pecado. Essa libertação só é possível por meio do reconhecimento e aceitação do sacrifício de Jesus Cristo na cruz.


Ao reconhecer Jesus como Senhor e Deus, o homem se depara com Sua natureza divina — que implica perfeição, autoridade, poder e soberania absoluta — inclusive sobre sua própria vida. É nesse reconhecimento que surge a gratidão: por ter sido criado por Deus e, mais ainda, por ter sido resgatado por Ele.


Esse reconhecimento transforma a mente do homem. Ele abandona o orgulho, rejeita o pecado e é regenerado. Assim, renuncia ao sistema do mundo e passa a viver segundo a vontade de Deus.


Essa mudança não ocorre por mérito próprio, mas por uma decisão sincera de se submeter à verdade de Deus, rejeitando a mentira de Satanás. É uma escolha: optar pela verdade e pelo bem, escolhendo Deus — ou, ao contrário, manter o mesmo sentimento de Lúcifer, desejando glória própria e realizando sua própria vontade. Essa escolha é, na prática, uma usurpação daquilo que pertence exclusivamente a Deus.


Quando alguém permanece no pecado e não morre para ele mediante o reconhecimento do sacrifício de Cristo, está usurpando o direito que é de Deus: o de governar sua vida, o de ser Deus sobre ela. Essa pessoa não reconhece Deus como o Criador, nem como Aquele que define o que é bom e o que é mau. Não o reconhece como a Verdade, como o único digno de toda a honra, glória, louvor e adoração.


Portanto, a regeneração e o acesso à verdade estão diretamente ligados à escolha do homem: entre a verdade e o engano; entre Deus e o mundo; entre a humildade e o orgulho. Se ele escolhe satisfazer os desejos da sua carne, alimentados por Satanás, caminha para a loucura espiritual e a incapacidade de conhecer e ser liberto pela verdade.

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.

Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.”

📖 Mateus 16:24-25


“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

📖 Apocalipse 3:20



Conclusão e Apelo


Vimos que o homem, por sua natureza carnal, está alienado da verdade de Deus, cativo ao sistema do mundo, governado por Satanás e seus anjos. Esse sistema age constantemente para exaltar o homem, colocando-o no centro, fazendo com que ele busque sua própria glória, seus próprios interesses, sua própria vontade — usurpando aquilo que pertence somente a Deus. Qualquer forma de exaltação ao homem, por menor que seja, é rebelião contra o Criador.


A única saída para essa escravidão é uma decisão consciente e sincera de reconhecer Jesus como Senhor e Deus — reconhecendo sua perfeição, sua autoridade, sua soberania, e se rendendo completamente à Sua vontade. É preciso morrer para si mesmo, renunciar à própria vida, abandonar o orgulho, o pecado, e todo o sistema do mundo, a fim de viver para Deus e ser liberto pela verdade.


No entanto, é necessário também fazer um alerta: não se iluda achando que estar numa igreja significa estar em Cristo. Muitas igrejas hoje estão contaminadas pelo mundo. Suas doutrinas são centradas no homem, em sua autoestima, em sua realização, em seus sonhos, e não em Cristo, na cruz, na renúncia e na obediência. O espírito do mundo invadiu o sistema religioso, e muitos estão sendo enganados, pensando que estão servindo a Deus quando, na verdade, estão servindo a si mesmos e à sua própria vontade.


Portanto, não é apenas uma escolha entre o mundo e a igreja, mas uma escolha entre Deus e o engano — entre a verdade revelada nas Escrituras e os falsos ensinos que agradam ao homem. A verdadeira fé exige a renúncia total de si mesmo e uma entrega irrestrita ao senhorio de Cristo.


Hoje, Deus te chama para essa escolha. Você vai continuar buscando sua própria vontade? Vai continuar achando que pode dividir a glória com Deus? Ou vai reconhecer que só Ele é digno de toda a honra, toda a glória, todo o louvor, e toda a adoração?


"Escolhe hoje a quem sirvas."

A escolha é sua. A salvação é uma decisão. A verdade está diante de você. E Deus espera a sua resposta. Faça a escolha certa, agora, porque amanhã pode ser tarde demais.



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus.