A História de Egolinda e a Grande Batalha
Em uma cidade comum, havia uma mulher chamada Egolinda, de cerca de 55 anos. Era conhecida por muitos como uma pessoa correta, que não causava escândalos, não brigava com ninguém, e falava de Deus com frequência. Para os vizinhos, Egonilda era “uma mulher boa”.
Ela costumava contar o que fazia no dia a dia, sempre começando com um:
— Eu já fiz isso... eu já fiz aquilo... graças a Deus.
E de fato, sempre dava graças a Deus. Mas quem ouvia com mais atenção percebia que suas falas giravam bastante em torno de suas próprias ações e conquistas. Ainda que usasse palavras de gratidão, suas frases sempre pareciam conduzir o ouvinte a notar como ela era ativa, determinada e correta. Havia ali um tom de reconhecimento, ainda que sutil, daquilo que ela fazia.
Egolinda gostava de ajudar. Era comum que doasse roupas para pessoas carentes, e isso lhe dava uma satisfação especial. Ela sentia que, com essas atitudes, estava praticando o amor, não apenas com palavras, mas com obras. Isso a deixava feliz, pois acreditava que esse tipo de atitude confirmava aquilo que ela pensava sobre si mesma.
Era também uma mulher de oração. Costumava dizer:
— Eu vou orar por isso. Pode deixar comigo.
E de fato, orava. Tinha consigo a convicção de que Deus a ouvia, e essa certeza lhe dava uma sensação de intimidade com o céu. Por causa disso, algumas pessoas até a procuravam para pedir oração, pois ela transmitia uma imagem de fé sincera. Aos olhos de muitos, Egolinda era mesmo especial.
Ela era muito opinativa. Tinha sempre algo a dizer, sobre quase tudo. Ainda que não tivesse muito conhecimento técnico, falava com firmeza, com segurança, como quem já sabia o bastante sobre o assunto. Ela confiava em suas percepções e dificilmente dava ouvidos a opiniões diferentes.
Quando alguém discordava de algo que ela dizia, ou apontava alguma falha — ainda que com cuidado — isso a abalava. Às vezes, ficava quieta e se recolhia, como quem se sentia incompreendida. Outras vezes, se emocionava, e até chorava. Em certos momentos, ficava nervosa, expressava indignação, sentia-se injustiçada. Havia em suas reações uma oscilação entre a sensibilidade e a raiva, como se qualquer crítica fosse, de alguma forma, uma dor pessoal difícil de suportar.
Ainda assim, ela mantinha sempre um discurso de humildade. Dizia que era simples, que não se achava melhor que ninguém, que só queria ajudar. Mas, em algumas situações, suas palavras pareciam ter um peso maior do que sua intenção — havia ali, escondido, um desejo de que as coisas fossem como ela pensava. Ela gostava de conduzir, de orientar, de manter certa influência sobre o que acontecia ao seu redor.
Quando via algo que considerava errado, especialmente dentro de igrejas, ela comentava. Não gostava de certos pastores, de certas mensagens, e dizia que sua fé era em Deus, e que não se deixava levar por religiões. Dizia isso com convicção, sempre ressaltando que via coisas que os outros não percebiam.
E, por vezes, quando se sentia contrariada por alguém, encontrava apoio em outras pessoas para validar o seu ponto de vista. Não com intenção aparente de causar divisão, mas talvez por necessidade de se sentir compreendida.
Egolinda seguia sua vida assim: bem vista, respeitada, admirada por muitos — e, de certa forma, também admirada por si mesma. Em seu coração, acreditava que estava no caminho certo. Fazia o bem, orava, ajudava os necessitados. E, quanto à sua salvação, tinha plena convicção de que, quando morresse, iria para o céu.
Afinal, como que uma mulher como ela poderia não ser salva?
Em festas, reuniões ou mesmo em grupos menores, Egolinda sentia a necessidade de ter uma participação ativa. Não se via como uma simples coadjuvante — havia dentro dela um desejo quase silencioso de mostrar que era interessante, divertida, importante. Era como se, naturalmente, precisasse demonstrar que tinha algo a oferecer, algo que a fizesse ser lembrada, notada e valorizada naquele ambiente. Ela não poderia passar em vão.
Mas havia coisas que Egolinda ainda não havia percebido... e logo, Deus colocaria alguém em seu caminho que mudaria sua forma de ver a si mesma.
🎨 O primo
Egolinda tinha um primo chamado Bibliovaldo Evangelista. Desde a infância, os dois tinham um vínculo muito especial. Conviveram de forma próxima durante muitos anos da juventude, sendo grandes amigos, quase como irmãos. Porém, com o tempo, a vida os levou por caminhos diferentes. Bibliovaldo havia se mudado para outro país, e durante muito tempo perderam o contato direto. Já fazia anos que Egolinda não o via, até que, um dia, soube que ele estava de volta ao Brasil. A notícia a deixou feliz e ansiosa para reencontrá-lo. Logo ele a procurou, e os laços da infância começaram a ser reatados com carinho.
Ao saber que o primo estava de volta, Egolinda ficou feliz e logo se mostrou ansiosa para restabelecer aquele vínculo tão querido da juventude. E assim aconteceu. Bibliovaldo a procurou, e a amizade de infância logo deu lugar a uma convivência mais próxima, mais frequente, quase diária. Com o passar do tempo, passaram a ter uma relação profunda e bastante constante.
Mas Bibliovaldo não era apenas o primo da infância. Ele era agora um pastor evangélico, um homem temente a Deus, cheio do Espírito Santo, comprometido com a verdade da Palavra. Seu compromisso com Deus o fazia falar o que era certo, mesmo sabendo que isso poderia gerar desconforto, rejeição ou até retaliação. Ele não se guiava pelo desejo de agradar as pessoas, mas pela fidelidade à Escritura.
Bibliovaldo tinha discernimento. Ele observava não apenas o que as pessoas diziam, mas o modo como viviam. Sabia, como ensina a própria Bíblia, que “pelos frutos se conhece a árvore” (Mateus 7:20). Assim, ele conseguia perceber, com sensibilidade espiritual, quando havia uma incoerência entre o que alguém declarava e o que de fato praticava.
Com o tempo, foi percebendo em Egolinda algo que poucos viam: havia nela uma aparência de fé, uma linguagem religiosa, uma dedicação que parecia sincera — mas, à luz da verdade bíblica, ele via que sua vida não estava realmente alinhada com a vontade de Deus. Egolinda era alguém que, ainda que se esforçasse para fazer o bem, vivia centrada em sua própria vontade, guiando-se por seus sentimentos e convicções pessoais, sem se submeter de fato à verdade da Palavra.
Bibliovaldo entendeu que Egolinda era, na verdade, alguém que se enganava a si mesma — e isso trouxe um conflito. Ele não buscava confronto, mas, por amor à verdade e por zelo pela alma de sua prima, não podia deixar de falar o que era necessário. E, aos poucos, o relacionamento entre os dois começou a ser abalado por essa tensão invisível, mas inevitável: a luz e as trevas não conseguem caminhar juntas sem que haja confronto.
Apesar do conflito entre os dois, a relação não se rompia. Bibliovaldo desagradava profundamente a Egolinda, porque ele, com suas palavras e posturas, funcionava como um silencioso assassino do conceito que ela tinha a respeito de si mesma. Ainda assim, ela mantinha os laços afetivos por conta da convivência antiga e do vínculo familiar. Era como se houvessem duas relações distintas convivendo ao mesmo tempo: uma de afeição natural, preservada pela história compartilhada; e outra de inimizade espiritual, marcada pelo incômodo que a verdade produzia dentro dela.
Bibliovaldo não tinha prazer em confrontar Egonilda, nem procurava em sua vida falhas por juízo humano. O que ele buscava era levar à luz o engano no qual ela vivia, com o propósito de salvá-la do erro e da condenação. Já Egolinda, por sua vez, procurava algo em Bibliovaldo que pudesse criticar, na tentativa de manter firme o conceito elevado que tinha de si. Era como se, ao desacreditar Bibliovaldo, conseguisse manter em pé o retrato que havia construído de si mesma.
🔥 A guerra travada.
Instalou-se uma guerra espiritual. Bibliovaldo buscava a destruição da imagem criada por Egolinda a respeito de si mesma. Ele sabia que, por trás daquela imagem, havia forças espirituais que atuavam há anos, construindo e sustentando aquela falsa percepção na vida de Egonilda. Também sabia que as armas que poderia usar seriam a oração por ela e a inserção da Palavra de Deus em sua vida.
Ele sabia que o tempo era curto. Os anos haviam se passado e Egolinda já não era mais a mulher jovem de outrora, o peso da idade pesava sovre ela. Os anos deixavam marcas, e Bibliovaldo também sabia que seu próprio tempo de vida era limitado. A urgência da batalha crescia, pois ambos estavam diante do que parecia ser a reta final de suas jornadas.
Egolinda se amava. Amava a imagem que havia criado de si mesma, e essa imagem lhe dava conforto e segurança. Bibliovaldo sabia que não era ele, nem qualquer outra pessoa, quem poderia destruir esse conceito que ela tinha a seu respeito. Seria ela mesma quem teria que destruí-lo. Ela precisava matar dentro de si a pessoa que amava — a imagem falsa que havia construído ao longo dos anos.
Bibliovaldo tentou dizer a Egolinda:
“Quem amar a sua vida neste mundo, a perderá; mas quem odiar a sua vida neste mundo, guardará para a vida eterna.” João 12:25
Ele queria mostrar a ela que era necessário odiar a imagem falsa que havia construído de si mesma, matá-la para que pudesse nascer uma nova, fundamentada na Palavra de Deus — uma imagem verdadeira, que refletisse quem ela realmente era diante de Deus.
Mas as forças do mal não cessavam, nem por um instante, de alimentar em Egolinda a sua necessidade constante de crescer o conceito a respeito de si que ela é outras pessoas podem ter, de ser reconhecida, de beleza e de autoafirmação. Era uma luta invisível, mas intensa, que mantinha firme a imagem que ela tanto amava.
Bibliovaldo sabia que, quanto mais Egolinda orasse, quanto mais lesse a Bíblia e quanto mais praticasse obras de caridade, mais ela alimentava a imagem que havia construído de si mesma. E quanto mais essa imagem era fortalecida, mais ela se afastava da única coisa que poderia conduzi-la à salvação de sua alma: o arrependimento.
"Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda."
(Apocalipse 22:11 – ACF)
Bibliovaldo compreendia o profundo sentido do texto de Apocalipse 22:11 — “quem é sujo, suje-se ainda” — e percebia, à luz dessa revelação, que seria preferível que Egolinda fosse uma prostituta, uma alcoólatra, uma drogada, ou uma adúltera. Pois, nesses casos, sua visão espiritual não estaria encoberta por uma imagem de virtude. Ela poderia enxergar, com mais facilidade, sua condição de pecado e, assim, reconhecer sua necessidade de arrependimento e de um encontro verdadeiro com Deus. E, através desse arrependimento, alcançar a salvação de sua alma.
Porém, sua busca por boas obras, seu conceito moral elevado e a vida respeitável que levava — tudo isso era, na verdade, uma forma sutil e profunda de prisão. Uma prisão arquitetada pelas forças espirituais malignas, que mantinham Egolinda cativa ao seu autoconceito. E enquanto esse trono de si mesma não fosse destruído, ela permaneceria impedida de se arrepender — o único caminho possível para a salvação.
Bibliovaldo sabia que Egonilda não era um caso isolado. Como ela, muitas pessoas estavam exatamente na mesma condição: quanto mais buscavam coisas concernentes a Deus — orações, leitura bíblica, caridades, envolvimento religioso — mais se afastavam da realidade espiritual. Porque tudo aquilo, em vez de conduzi-las ao arrependimento, apenas reforçava a imagem construída de si mesmas. Uma imagem respeitável, piedosa, dedicada, mas que não nascia da verdade revelada pelo Espírito de Deus. Era, na verdade, uma estrutura de engano, habilmente sustentada pelo inimigo, para impedir que o coração se quebrantasse e se rendesse à cruz.
Bibliovaldo tinha em suas mãos o instrumento que poderia derrotar as forças espirituais que atuavam na vida de Egolinda, sustentando a imagem ilusória que ela construiu há anos a respeito de si mesma — uma imagem que impedia o arrependimento, que é a única maneira de ser salvo. Esse instrumento era a Palavra de Deus, no versículo que diz:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
(Marcos 16:15-16)
O texto fala claramente que é o Evangelho, ou seja, aquilo que a Bíblia diz, e não aquilo que as pessoas dizem. É preciso crer no que a Bíblia revela, e não em religiões, tradições humanas ou na própria concepção pessoal. Bibliovaldo sabia que Egolinda precisava crer na Bíblia, mas não na interpretação equivocada que ela mesma tinha, e sim naquela interpretação verdadeira que vem do Espírito Santo — a mesma que ele possuía, mas que Egolina não recebia.
Ela precisava crer no mesmo evangelho que Bibliovaldo cria, para que, ao final de suas vidas, não tivessem destinos eternamente opostos, mas compartilhassem o mesmo destino. Precisava caminhar em comunhão com ele, como ensina o texto:
"Se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado."
(1 João 1:7)
Mas o texto bíblico não diz apenas “crer no Evangelho”; ele diz: “crer e ser batizado”. Égolinda precisava ser batizada. Nunca havia sido. E o batismo é, essencialmente, o arrependimento — a morte de uma vida e o nascimento de outra. Mas como ela poderia se arrepender, se ainda estava viva dentro de si mesma a imagem que ela amava?
Égolinda precisava matar e enterrar a imagem que construíra ao longo dos anos. Uma imagem sustentada pelo engano, mas que era, para ela, o amor de sua vida. Era aquilo que ela nutrira, protegera, admirara. Mas sem que essa imagem morresse, ela não poderia nascer de novo. E sem novo nascimento, não há entrada no Reino de Deus.
E esta guerra se travava no espírito. Era uma guerra invisível, mas intensa. Bibliovaldo orava a Deus e, ao mesmo tempo, buscava inserir a Palavra de Deus na vida de Egolinda. E o Espírito de Deus atuava através da sua Palavra, agindo no sentido de levar Egolinda a se render à verdade.
Mas, da mesma forma, havia os espíritos enganadores que trabalhavam. Atuavam em sua mente e usavam também outras pessoas para manter a imagem que ela tinha de si mesma — e a necessidade constante de alimentá-la, embelezá-la e fortalecê-la.
E ao fim de oito anos, essa guerra chegou ao fim. Egolinda e Bibliovaldo vieram a falecer dentro desse período.
E a pergunta que permanece é: como essa guerra terminou? Egolinda destruiu a imagem que tinha de si mesma? Ela foi batizada e salva? Bibliovaldo morreu tendo testemunhado sua transformação?
As respostas para essas perguntas estão na parte seguinte: a reflexão.
Reflexão
A resposta de como essa guerra terminou é você, caro leitor, quem vai dar.
Porque esta guerra se trata da sua própria vida.
A mensagem que foi anunciada continua viva até hoje:
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
(Marcos 16:15-16)
Qual é o evangelho em que você tem crido?
Você realmente já foi batizado?
O seu ego já morreu?
Ou a imagem que você criou de si mesmo continua viva, sendo alimentada todos os dias?
Vamos refletir sobre isso, porque a reflexão honesta é o único caminho para se alcançar a verdade.
Jesus é Deus.
E Deus ordena aos seus discípulos — lembrando que discípulos são aqueles que seguem a Cristo.
E seguir a Cristo é a única forma de salvação, conforme disse o próprio Jesus:
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim."
(João 14:6)
Portanto, Jesus ordena aos seus seguidores que preguem o Evangelho.
O que vale dizer: Ele ordena aos salvos, pois se alguém não seguir a Cristo, não está salvo, conforme já foi dito.
Porém, existem forças espirituais do mal, comandadas por Satanás, o enganador. O objetivo do diabo é impedir que as pessoas recebam o verdadeiro Evangelho.
No caso de Egolinda, ele a enganava através de um falso evangelho.
Egolinda acreditava ser de Deus, acreditava estar salva.Mas ela não cria no mesmo Evangelho que Bibliovaldo — e isso era uma barreira.
Essa diferença impedia a comunhão espiritual entre os dois,embora permanecesse entre eles uma relação afetiva carnal,baseada em laços de parentesco e amizade.
O Evangelho verdadeiro é receber Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.
Recebê-lo como Deus que veio ao mundo em carne e derramou o Seu sangue na cruz pelos pecados da humanidade. Isso implica, necessariamente, o abandono completo e definitivo do pecado, pois o pecado não pode ser abandonado de forma parcial.
Alguém pode dizer: “Eu deixei de beber”, quando ainda consome bebida alcoólica de vez em quando. Ou afirmar: “Abandonei as drogas”, mesmo que ainda faça uso delas. Nesses casos, a pessoa não foi liberta.
É exatamente isso que Jesus ensina quando diz:
“Quem comete pecado é escravo do pecado [...] e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
(João 8:34-36)
Ele está falando sobre uma libertação verdadeira.
É o mesmo ensinamento de Romanos 6:2:
“Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
Quando alguém decide seguir a Deus e assume um compromisso de fidelidade a Ele, recebe o Espírito Santo. E é o Espírito Santo de Deus quem conduz ao entendimento correto das Escrituras.
Por isso, aqueles que têm o Espírito de Deus estão em comunhão uns com os outros, pois possuem a mesma doutrina, a mesma fé e o mesmo entendimento vindo do alto.
A própria Escritura testifica isso:
Atos 5:32
“E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”
João 7:17
“Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.”
João 16:13
“Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.”
🔥 A Grande questão
A grande questão é que, para receber o verdadeiro Evangelho, é necessário arrependimento.
A aceitação deste Evangelho é acompanhada do batismo, conforme está escrito:
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:16).
Receber o Evangelho implica necessariamente morrer para a própria vontade, para os próprios desejos, para o próprio “eu”. É preciso humildade.
Este foi o ponto que Égolinda não compreendia.
Ela havia recebido um evangelho diferente, que não exigia a morte do ego, nem o abandono total do pecado, mas alimentava sua autoimagem e preservava a falsa ideia de que ela estava salva, mesmo sem ter nascido de novo, que se manifesta através da ordenança do Batismo das águas.
E foi exatamente isso que a levou a crer num evangelho diferente, que não é o verdadeiro Evangelho de Cristo.
Bibliovaldo se manifesta na vida de Égolinda como aquele enviado por Deus para pregar-lhe o Evangelho, pois está escrito:
“Ide... pregai o evangelho...”
(Marcos 16:15)
Égolinda precisava matar o seu ego, o seu eu, a sua vontade, o seu desejo e, principalmente, abrir mão de toda exaltação, todo destaque, tudo aquilo que alimentava o orgulho de sua alma.
Mas não apenas Égolinda: todo ser humano que ainda não fez isso está na mesma condição. Todos aqueles que ainda não se humilharam diante da cruz são, na verdade, Égolindas, ainda que acreditem estar salvos e busquem as coisas referentes a Deus, como orar, ler a Bíblia, louvar a Deus, etc.
Mesmo que ainda sejam batizadas nas águas, mas de forma formal, sem contudo abandonarem toda a glória para si, reconhecendo a glória que pertence somente a Deus.
Serão Bibliovaldos aqueles que puderem dizer, como Paulo:
"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."
— Gálatas 2:20
Somente aqueles que já não vivem mais podem verdadeiramente fazer a vontade de Deus. "Não viver mais" requer não apenas uma renúncia externa, mas uma morte interior da vontade própria. Consequentemente, não poderão mais fazer a sua própria vontade, pois esta está morta, mas apenas a vontade de Deus.
O pecado, que nada mais é do que a vontade do diabo disfarçada da vontade pessoal — ou, em outras palavras, a própria vontade do homem em consonância com a do diabo — já não poderia mais ser feito na vida de quem está morto para si. E, portanto, o pecado estaria eliminado.
Aplica-se, então, o que diz o texto bíblico:
"Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."
— João 1:29
Além disso, quem já não vive mais, também já não vive para sua própria glória. E como já está morto, não pode mais receber glória alguma para si, mas vive exclusivamente para glorificar a Cristo.
Logo, aquele que já não vive mais não pode pecar e nem pode se exaltar, pois tudo o que faz é Cristo quem faz nele e por meio dele, e toda a glória é de Cristo.
🌟 Conclusão e Apelo 🌟
A história de Egolinda e Bibliovaldo está agora em suas mãos.
Você define o fim dessa história.
O que vale dizer: você define o fim da história da sua própria vida.
Você continuará sendo uma Egolinda, vivendo para si mesma, alimentando sua autoimagem, buscando sua própria glória, mesmo que esteja cercado de religiosidade?
Ou você será um Bibliovaldo, alguém que já não vive mais, mas em quem Cristo vive? Alguém que prega o verdadeiro Evangelho, não apenas com palavras, mas com a vida?
Você, como escritor dessa história, incluiria o final glorioso?
Você escreveria que Egolinda se arrependeu?
Que Egolinda foi batizada nas águas?
Que a imagem que ela criou de si mesma foi destruída?
Que Egolinda já não vive mais, mas agora Cristo vive nela?
Você diria: "Glória a Deus! Egolinda se arrependeu! Egolinda foi salva!"?
Cabe a você escrever esse final.
Mas não se esqueça: essa não é apenas a história de Egolinda e Bibliovaldo.
Essa é a história da sua vida.
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"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."
A palavra do verdadeiro evangelho de CRISTO não existe achismos e nem admitem outros caminhos para a salvação. A salvação contínua sendo pela graça, para que ninguém se vanglorie. E conhecereis a verdade, e a verdade, vos libertará. João 8:32.
ResponderExcluirEgolinda, foi liberta pelo evangelho de Cristo, desceu as águas, foi batizada, pelo batismo do arrependimento, é hoje é uma serva do Altíssimo!
ResponderExcluirQuem comete pecado é escravo do pecado [...] e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
ResponderExcluir(João 8:34-36) MIRTES