terça-feira, 29 de outubro de 2024

PECA QUEM NAO FAZ O BEM Tg4.17



 Tema: A Responsabilidade de Conhecer e Fazer o Bem

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. Tg4.17


Introdução: O texto de Tiago 4:17 nos ensina que a prática do bem é uma responsabilidade que recai sobre aqueles que conhecem a verdade de Deus. Ao mesmo tempo, este versículo também alerta sobre as consequências de não agir de acordo com esse conhecimento. É fundamental compreendermos o que significa saber fazer o bem e como isso se aplica à nossa vida.


1. O que significa saber fazer o bem?

O bem não é definido pelo que achamos ou sentimos, mas pelo que Deus revela em Sua Palavra. O Provérbio 14:12 nos alerta: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele é caminho de morte.” Isso nos mostra que o entendimento humano pode falhar em identificar o que realmente é bom. Portanto, devemos buscar a sabedoria de Deus para discernir e viver conforme Sua vontade, evitando o erro de confiar apenas em nosso próprio entendimento.


2. A condição dos que não conhecem a verdade de Deus:

Aqueles que não conhecem a verdade revelada de Deus vivem conforme seus próprios entendimentos e definições de bem, o que leva inevitavelmente ao pecado e, consequentemente, à condenação. É crucial que todos tenham acesso ao conhecimento da verdade bíblica para que possam discernir o que realmente agrada a Deus e viver de maneira que reflita esse entendimento



3. A responsabilidade dos que conhecem a verdade:

Para aqueles que já conhecem a Palavra de Deus, a inação diante do conhecimento do bem é pecado. A desobediência à luz que recebemos traz pecado e consequências de morte espiritual. Devemos ser proativos em viver o que sabemos ser bom, conforme nos ensina a Bíblia, para que não sejamos apenas ouvintes, mas também praticantes da Palavra.


Conclusão:

Tiago 4:17 nos faz refletir sobre a seriedade da vida cristã. Aqueles que conhecem a vontade de Deus são chamados a obedecê-la com diligência, pois negligenciar o bem que já conhecemos nos coloca em pecado. A responsabilidade de praticar o bem revela nosso compromisso com a verdade de Deus e nossa disposição em servir ao Senhor de todo o coração.

Além disso, 2 Tessalonicenses 1:8-9 esclarece que “aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo sofrerão pena de eterna perdição.” Este versículo enfatiza a urgência de conhecer a Deus e Sua vontade, bem como a necessidade de praticar o que Ele ensina. A condenação está reservada não apenas para os que praticam o mal, mas também para aqueles que ignoram o conhecimento e a obediência ao Evangelho. A verdadeira salvação e o bem encontram-se na obediência ao Senhor e na aplicação de Sua Palavra em nossa vida diária.

Que este texto inspire cada um de nós a buscar o conhecimento de Deus e a obedecer Seus mandamentos, vivendo o bem que Ele nos revela e alertando o mundo sobre a necessidade de seguir o único caminho que leva à vida eterna em Cristo.




domingo, 27 de outubro de 2024

POR QUE NÃO ENTRARÃO NO REINO DE DEUS?

 


Tema: A Vida Eterna e o Caminho da Pureza


Texto base: Apocalipse 21:27

Tradução: "E nela não entrará coisa alguma impura, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro."


Introdução


A mensagem de Apocalipse 21:27 nos revela uma realidade profunda sobre a eternidade com Deus, uma vida eterna em um céu puro, sem a presença do pecado. Este texto fala sobre o Reino de Deus e a santidade que exige daqueles que entrarão nele. O céu é para os puros, os que seguem a verdade e rejeitam tudo aquilo que contamina.


Pontos Importantes


1. O pecado como rebeldia e contaminação

O pecado não é apenas uma falha ou um deslize; ele é rebeldia contra Deus. Em 1 João 3:4, a Bíblia define o pecado como "transgressão da lei", uma desobediência direta à autoridade de Deus. Pecar é viver em insubordinação, é escolher não reconhecer Deus como Senhor ao optar por caminhos contrários à Sua vontade. Este estado de pecado, de desobediência é infidelidade, contamina a alma. Como afirma Tito 1:15, “para os puros todas as coisas são puras; mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro”. Quem vive no pecado não apenas se distancia de Deus, mas também contamina tudo ao seu redor, perdendo a pureza necessária para estar na presença de Deus.



2. O Pecado é uma abominação a Deus

Aqueles que cometem o pecado são  abomináveis diante de Deus. Por isso, quem pratica o pecado (peca) é considerado de Satanás, conforme o apóstolo João afirma: "Quem comete o pecado é do diabo" (1 João 3:8). Deus abomina o pecado, e assim, quem peca está excluído da pureza do Reino de Deus, enquanto o que é fiel tem seu nome escrito no livro da vida. Não há justificativa para o pecado, pois este é exatamente afrontar a soberania de Deus, agredir sua santidade, rejeitar o sacrificio de Jesus, sendo a opção do ser humano para  a destruição de sua vida de forma total.  Não há salvação para quem persiste no pecado, pois o céu é um lugar de pureza absoluta, reservado apenas aos que são santificados.



3. A Verdade e a Mentira

A Bíblia é o livro da verdade, e nela não há espaço para o engano. Na medida em que estudamos e conhecemos as Escrituras, encontramos a verdade revelada por Deus. No entanto, viver contrário ao ensino bíblico é viver na mentira. Aqueles que distorcem a Palavra de Deus ou vivem em desobediência estão se afastando da verdade e permanecendo na mentira. É preciso amar a verdade, colocando-a acima de qualquer coisa, o que vale dizer, colocar os ensinos de Cristo acima de nossos interesses, vontades, acima de tudo. Atos 5:32 ensina que Deus dá o Seu Espírito Santo para aqueles que lhe obedecem, ou seja, aqueles que buscam a verdade com fidelidade.



4. O Espírito Santo e o Caminho da Fidelidade

A fidelidade a Deus é um requisito para receber o Espírito Santo, que guia e ensina a viver na verdade. Muitas vezes, vemos falsos profetas ensinando mentiras e conduzindo outros a erro. Mas a Palavra de Deus adverte que "ficarão de fora" todos os que seguem e propagam a mentira. Como está escrito em Apocalipse 22:15, apenas os que vivem na verdade e são fiéis a Deus entrarão no Reino dos Céus. Aqueles que têm um compromisso de fidelidade a Deus, custe o que custar, serão a verdadeira igreja de Deus e andarão em comunhão na doutrina( ensinos biblicos) conforme 1Jo.1.7. "Se andarmos na luz como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros...




Conclusão


A mensagem de Apocalipse 21:27 serve como um alerta para todos os que desejam entrar no Reino de Deus. Somente aqueles que vivem em fidelidade e verdade serão recebidos na vida eterna. A salvação é para os que rejeitam o pecado e vivem conforme os ensinamentos de Jesus.


Que você, querido leitor, assuma um compromisso de fidelidade a Deus, buscando sempre ser guiado pela Palavra de Deus, a Bíblia, pois ela é o livro da verdade. Siga a Cristo, ou seja, os ensinamentos de Cristo que estão na Bíblia, pois, assim, estará seguindo a verdade. Somente os fiéis, os puros e os que vivem na verdade entrarão no Reino de Deus.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

DEUS TE CONVIDA A ENTRAR NA ARCA





Tema: A Arca e Cristo – O Chamado à Salvação e à Obediência


Introdução

A história de Noé, mencionada em 1 Pedro 3:20-21, nos oferece um poderoso paralelo entre a arca e Cristo. Noé pregou durante muitos anos sobre o juízo vindouro e chamou as pessoas ao arrependimento, para que entrassem na arca e fossem salvas. Contudo, os corações delas eram enganados, achando que tudo estava bem, e ignoraram o chamado de Noé. De forma semelhante, hoje muitos não percebem a urgência da salvação em Cristo, vivendo como se sempre tivessem tempo, sem reconhecer que Cristo, segui-Lo(seus ensinos) é a única "arca" de salvação, ou seja, de vida eterna com Deus.


1. A Arca e Cristo – O Refúgio da Salvação

Assim como a arca foi o único meio de salvação no tempo de Noé, Cristo é hoje o único caminho para a vida eterna. Noé clamava para que as pessoas abandonassem suas vidas pecaminosas, porém elas não reconheciam que estavam em pecado, mas elas preferiram seguir suas vontades. Da mesma forma, Jesus nos chama hoje a viver em obediência a Deus, a abandonar o pecado e a viver de acordo com os “ensinos” da Bíblia. As pessoas, muitas vezes, acreditam que podem seguir seus próprios desejos sem necessidade de se submeter a Cristo(biblia). No entanto, o tempo de salvação é agora, e só aqueles que entram na "arca" que é Cristo, aceitando Seus ensinos, poderão escapar do juízo de Deus.


2. O Batismo e a Arca – Símbolo de Salvação

A arca é um símbolo do batismo. Assim como a arca salvou Noé e sua família das águas do dilúvio, o batismo simboliza nossa salvação em Cristo, quando, pelo arrependimento, morremos para a velha vida de pecado e ressurgimos para uma nova vida. A biblia diz que o batismo como uma verdadeira figura salva(1Pe3.21). Jesus disse em Marcos 16:15-16: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”. O batismo nas águas é um ato de obediência aos ensinos de Cristo, representando a decisão de entrar na arca da salvação e seguir os caminhos de Deus revelados na Bíblia. Assim como Noé entrou na arca pela fé, hoje entramos na salvação por meio da fé em Cristo e pela obediência ao batismo.


3. Arca e Seu Destino Eterno

A arca não apenas trouxe livramento do dilúvio, mas também aponta para o destino eterno. Entrar na arca significa aceitar a mensagem de salvação, que implica abandonar a velha vida e viver em fidelidade absoluta a Deus. Jesus nos chama a viver de acordo com os “ensinos” da Bíblia, não mais conforme nossos próprios pensamentos ou o que aprendemos no mundo. Isso envolve santidade e compromisso com Deus. Não permita que a religião ou outros impedimentos o afastem desse chamado, pois muitas vezes a religião pode ser uma armadilha usada pelo inimigo para impedir as pessoas de entrarem na verdadeira arca, que é Cristo. O que está  te prendendo para não entrar na arca(vida de fidelidade aos ensinos de Cristo)?

Entrar na arca, ou seja, seguir a Cristo e Seus ensinos, é uma escolha que não pode ser adiada. Assim como o dilúvio veio inesperadamente, a morte também pode chegar a qualquer momento. Arrependimento significa reconhecer que a vida que você está levando está distante de Deus, e somente ao reconhecer essa condição é que você pode entrar no caminho da salvação. Jesus só pode ser o Salvador de quem reconhece que está perdido e decide entrar na arca da salvação. Se você nunca reconheceu que esteve perdido(indo para o inferno) você nunca foi salvo. Jesus não poderá te salvar por apenas ter morrido na cruz, mas só quando você reconhece que está perdido e aceita o seu sacrifício, mudando a sua maneira de viver radicalmente, ou seja, uma nova vida, um novo nascimento, enterrando a velha vida nas águas do batismo e nascendo como recém-nascido para uma nova vida. 

Conclusão

Assim como no tempo de Noé, muitos ignoram o chamado urgente de Deus para entrar na arca e serem salvos. No inferno, muitos perceberão que a mensagem da Bíblia não era uma questão religiosa, mas era a voz de Deus os chamando para a salvação. Não permita que o engano do seu coração ou as distrações do mundo o impeçam de entrar na arca e seguir os “ensinos” de Cristo. O tempo é agora, pois ninguém sabe o dia da sua morte. Arrependa-se, mude de vida e siga a Cristo em obediência aos Seus ensinos, para que seu destino eterno seja de salvação e vida com Deus.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

CONVENCA-SE DO PECADO, DA JUSTICA E DO JUIZO DE DEUS.

 



Tema: O Convencimento do Pecado, da Justiça e do Juízo pelo Espírito Santo

Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Jo16.8

Introdução


Deus quer que voce compreenda o Pecado, a Justica e o Juizo. O Espírito Santo tem um papel fundamental na vida do ser humano, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo, conforme ensinado por Jesus em João 16:8. Esses três elementos são essenciais para que o homem compreenda sua condição diante de Deus, se arrependa e viva conforme a vontade divina. Este estudo busca esclarecer como o Espírito Santo age em cada um desses aspectos, diferenciando o convencimento do pecado, que ocorre quando a pessoa está distante de Deus, do convencimento da justiça, que se dá no processo de santificação daqueles que já estão em Cristo e do juízo que é a condenação ao sofrimento eterno. 


1. Convencimento do Pecado

O primeiro passo da obra do Espírito Santo na vida de uma pessoa é convencê-la do pecado. Pecado não é apenas a prática de ações erradas; é um estado de separação de Deus. A pessoa que está em pecado não está em comunhão com Deus, independentemente das suas práticas religiosas. Duas pessoas podem realizar a mesma ação, como usar roupas inadequadas, mas em contextos diferentes: uma recém-convertida, que ainda não compreendeu plenamente a necessidade de modéstia, pode não estar em pecado, pois ainda está sendo ensinada. A outra, que já conhece a doutrina, mas persiste em suas escolhas de maneira deliberada, está em pecado.

Tito 1:15 diz: "Todas as coisas são puras para os puros; mas para os impuros e infiéis, nada é puro, pois até a mente e a consciência deles estão corrompidas." Isso demonstra que quem já foi convencido do pecado e vive em fidelidade a Deus faz todas as coisas de maneira pura, mesmo que ainda cometa erros por ignorância. Por outro lado, quem vive em infidelidade, separado de Deus, permanece em pecado, e todas as suas ações, por mais aparentemente boas que sejam, estão contaminadas por essa separação de Deus.

Um exemplo claro desse convencimento é a história do Jovem Rico, que, embora afirmasse cumprir todos os mandamentos, evitou o chamado de Jesus para vender tudo o que tinha e dar aos pobres (Mateus 19:16-22). Isso ilustra que o convencimento do pecado não é apenas um reconhecimento de falhas, mas um convite à fidelidade a Deus, custe o que custar em todas as coisas, sentimento que caracteriza o verdadeiro reconhecimento de Deus como Deus. O Jovem Rico tinha a oportunidade de seguir a Cristo plenamente, mas sua avareza o impediu de demonstrar a verdadeira fidelidade. Portanto, o convencimento do pecado é uma chamada à total entrega e comprometimento com a vontade de Deus

Jesus enfatiza isso em Apocalipse 22:11: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda." Aqueles que estão em pecado vivam consoante a sua realidade de afastados de Deus,  no seu estado de impureza, enquanto os que estão em Cristo entram num processo de santificação, santificando-se cada vez mais. O apóstolo Paulo também fala sobre a necessidade de exclusão da igreja em 1 Coríntios 5, para que aqueles que estão em pecado não permaneçam enganados, pensando que práticas religiosas externas são suficientes.

Conclusão do item 1: O Espírito Santo convence do pecado, mostrando que este é um estado de separação de Deus. Aqueles que estão em pecado permanecem afastados de Deus, independentemente de práticas religiosas, e precisam reconhecer sua condição para que possam ser reconciliados com Deus.


2. Convencimento da Justiça

Uma vez que a pessoa é convencida do pecado e se reconcilia com Deus, o Espírito Santo começa a convencê-la da justiça, ou seja, da verdade de Deus. Esse convencimento ocorre no processo de santificação, quando o crente vai aprendendo e aplicando a doutrina de Deus em sua vida. Provérbios 4:18 afirma: "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Esse é o processo de crescimento contínuo na vida cristã, onde o crente se torna cada vez mais justo e santo.

Durante esse processo, o crente pode cometer erros, mas esses erros não são classificados como pecado, pois ele está sendo ensinado e transformado pela verdade. O Espírito Santo atua em sua consciência, mostrando o que é certo e o que precisa ser corrigido. O crente vai abandonando práticas que antes não via como erradas à medida que vai sendo convencido da justiça, como no caso de alguém que, após aceitar a Cristo, vai aprendendo sobre modéstia e outros aspectos da vida cristã.

Além disso, o orgulho é um obstáculo a esse conhecimento, pois os orgulhosos não entrarão no reino de Deus (Tiago 4:6; 1 Pedro 5:5). O orgulho, seja ele religioso, denominacional, pode fazer com que as pessoas resistam à luz da verdade. A Bíblia afirma que, se andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros (1 João 1:7). Isso significa que a luz se refere à doutrina; se andarmos na mesma doutrina, temos comunhão. Portanto, se há diferenças doutrinárias persistentes, é um indicativo de que a parte incorreta não está sendo convencida pelo Espírito Santo da justiça, pois a luz é a justiça e a rejeita.


Conclusão do item 2: O convencimento da justiça é o processo contínuo de santificação, onde o crente, já reconciliado com Deus, vai sendo moldado pela verdade divina, tornando-se mais justo a cada dia (Provérbios 4:18). Quem está em Cristo está em processo de santificação, e quem está em pecado está afastado de Deus, independentemente de ter uma vida religiosa, está divergente quanto a doutrina verdadeira, já que o Espírito Santo quia a toda a verdade, ou seja, na justiça (Jo16.13). 



O Convencimento do Juízo


O convencimento do juízo, através do Espírito Santo, é um aspecto essencial da obra da salvação. A palavra "juízo" refere-se à condenação, e, nesse contexto, está diretamente ligada ao entendimento da realidade do inferno e das consequências eternas do pecado. O Espírito Santo atua no coração do homem, mostrando que o pecado é a causa da separação de Deus e que essa separação resulta em condenação eterna.

O Espírito Santo convence do juízo, que se refere à condenação eterna. O pecado é o instrumento que leva ao inferno, e a mensagem da Bíblia nos ensina que Jesus salva da condenação eterna. O erro em relação à doutrina do inferno reflete um erro no entendimento do convencimento do juízo. A Bíblia diz claramente que o Espírito Santo convence do juízo. Portanto, se uma pessoa não é convencida, não é porque o Espírito Santo está falhando, mas porque essa pessoa ainda não está convertida; ela não recebeu o Espírito Santo em sua vida. Isso significa que não decidiu ser fiel a Cristo, conforme Atos 5:32, que afirma que o Espírito Santo é dado àqueles que lhe obedecem.

A doutrina do purgatório, por exemplo, presente na Igreja Católica, sugere que existe um estado intermediário onde as almas pagam por seus pecados antes de entrarem no céu. Essa crença, ao oferecer uma alternativa à salvação imediata em Cristo, nega a eficácia do sacrifício de Jesus, que é suficiente para a purificação dos pecados. O purgatório implica que a salvação pode ser alcançada por meio de um processo de purificação que se afasta da graça imerecida que Cristo oferece.

Da mesma forma, a doutrina do adventismo, que fala do aniquilamento da alma, nega a realidade do tormento eterno descrito na Bíblia. Essa crença pode parecer mais palatável, pois muitos preferem não enfrentar a ideia de um sofrimento eterno. No entanto, ao alterar a mensagem da salvação, o adventismo diminui a gravidade do pecado e a necessidade de um Salvador. A Bíblia descreve claramente o inferno como um lugar de fogo eterno, onde "o seu verme nunca morre, e o fogo nunca se apaga" (Marcos 9:48). O aniquilamento da alma, portanto, é uma distorção que diminui a grandeza do sacrifício de Cristo e a urgência do arrependimento.

Ademais, a doutrina espírita, com sua crença na reencarnação, também altera a mensagem de Cristo como Salvador. Ao afirmar que a alma reencarna em diversos corpos ao longo do tempo para aprender e evoluir, essa visão nega a necessidade de um Salvador que redime a alma de sua condição pecaminosa. A reencarnação implica que o indivíduo pode, de alguma forma, corrigir seus erros em vidas futuras, o que contradiz a mensagem cristã de que somos salvos pela graça por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Essa doutrina desvia a atenção do arrependimento e da necessidade de transformação através de Cristo, colocando a responsabilidade de salvação nas mãos do próprio ser humano.

Este convencimento acerca do juízo é vital para que as pessoas reconheçam que suas ações têm consequências eternas. A Bíblia nos ensina que "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23), e essa morte refere-se não apenas à morte física, mas à morte espiritual, que é a separação eterna de Deus.


Conclusão


O convencimento do Espírito Santo sobre o pecado, a justiça e o juízo é essencial para o livramento do inferno e a bênção da vida eterna. Você precisa dar ouvidos à voz do Espírito Santo de Deus. É fundamental que você busque de forma total e integral o conhecimento da vontade de Deus e de Seu caráter para aplicar em sua vida. A vida é curta e passageira; se você não for convencido do pecado, a ponto de abandonar o pecado e morrer para o pecado, não for convencido da justiça—ou seja, viver em santidade e em fidelidade aos ensinos de Cristo—e do juízo, que é a condenação eterna, não estará aceitando a mensagem de salvação. Isso implicará no seu afastamento eterno de Deus. Portanto, medite sobre estas palavras e aplique em sua vida para que você tenha a vida eterna com Deus. Não se engane pois esta não é uma mensagem religiosa, mas é a revelação de Deus de sua vontade que foi deixada ao ser humano de forma registrada, escrita na Bíblia.  



segunda-feira, 21 de outubro de 2024

VOCE DEVE APRENDER






VOCE DEVE APRENDER


O relato de Atos 8:26-40 nos traz a história do Eunuco etíope e de Filipe, o evangelista. O Eunuco era uma figura de alta posição, um oficial de confiança da rainha de Candace, rainha dos etíopes. Ele era responsável por toda a sua tesouraria, o que demonstra sua importância e responsabilidade no reino. Mesmo com toda essa posição elevada, ele tinha o desejo de conhecer mais sobre o Deus de Israel, o que revela seu coração humilde e sedento pela verdade.


Enquanto ele lia o livro do profeta Isaías, Deus, através do Espírito Santo, enviou Filipe ao seu encontro. O Eunuco, apesar de seu prestígio, reconheceu sua limitação ao entender o texto. Ele foi humilde e declarou a Filipe: “Como poderei entender se alguém não me explicar?” (Atos 8:31). Esse gesto é um exemplo de humildade e disposição para aprender. Ao contrário do orgulhoso, que pensa saber tudo e recusa instrução, o Eunuco demonstrou que, mesmo possuindo grande conhecimento secular e posição, ele estava disposto a ouvir e aprender sobre a mensagem de Deus.


A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo fala e revela a verdade de Deus, mas Ele usa pessoas para transmitir essa mensagem. Vemos isso claramente em Efésios 4:11-12, onde Paulo diz que Deus colocou alguns na igreja como apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, para equipar os santos para o trabalho do ministério e edificação do corpo de Cristo. Isso também se reflete no mandamento de Jesus em Mateus 28:19-20, onde Ele instrui: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado."


Deus usa pessoas, como Filipe, para ensinar e esclarecer a sua Palavra, mostrando que a pregação do evangelho e o discipulado são essenciais. É necessário que, assim como o Eunuco, sejamos humildes e dispostos a aprender. Quando alguém rejeita a instrução ou pensa que já sabe o suficiente, esse é o orgulho se manifestando, e a Bíblia adverte que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tiago 4:6).


Portanto, o exemplo do Eunuco nos ensina a buscar a verdade com um coração humilde e aberto, reconhecendo que precisamos uns dos outros para crescer no conhecimento de Deus. A igreja, que é o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27), é o local onde aprendemos, crescemos e somos edificados juntos. É na congregação dos fiéis que encontramos ensinamento, comunhão e encorajamento mútuo, fortalecendo-nos para viver de acordo com a vontade de Deus.


Se você deseja entender mais da palavra de Deus e conhecer a salvação em Cristo, busque a comunhão com uma igreja verdadeira, onde a Bíblia é ensinada com fidelidade. Assim como o Eunuco, seja humilde e disposto a aprender, porque Deus usa pessoas para ensinar e guiar, e é através de Sua palavra que Ele traz vida e salvação. Hoje, Ele te chama a ouvir, entender e obedecer à Sua voz. Entregue-se a Cristo e faça parte do povo que vive para glorificar a Deus, seguindo fielmente a Sua palavra e recebendo a vida eterna que Ele prometeu.


sábado, 19 de outubro de 2024

PECAR


Titulo: Praticar o Pecado: Uma Análise Bíblica


Texto base:

Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. 1Jo3. 8 e9


Introdução 

A questão da prática do pecado, conforme abordada em 1 João 3: 8 e 9, é central para a compreensão da relação entre a natureza humana e a fidelidade a Deus. Este texto afirma que "quem comete o pecado é do diabo", "quem é nascido de Deus não comete pecado", indicando que a prática do pecado deve ser compreendida como uma condição espiritual fundamental.


Pontos. 

1. Definição de Praticar o Pecado e o Sentido Original da Palavra

A palavra "praticar" utilizada nas traduções bíblicas vem do termo grego poieo, que significa fazer ou executar uma ação. No contexto bíblico, a tradução deve ser entendida em seu sentido fundamental, ou seja, o de concretizar uma ação, sem qualquer implicação de frequência ou regularidade. Quando a Bíblia foi traduzida, a palavra "praticar" foi usada para refletir essa ideia de realizar um ato e não de fazer algo com repetição ou regularidade. Portanto, a interpretação correta, de acordo com o texto original, é a de que quem pratica o pecado está realizando um ato de desobediência a Deus, sem que a frequência ou repetição desse ato seja relevante.


2. O Pecado como Estado da Alma

O pecado é mais do que um ato; é um estado da alma. Quando alguém vive em infidelidade a Deus, tudo o que faz está contaminado pelo pecado. Isso é evidenciado em Tito 1:15, que diz: "Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro." Portanto, a prática do pecado revela a condição espiritual de uma pessoa e sua separação de Deus.

O princípio de que uma boa fonte não pode produzir algo mau, e uma má fonte não pode produzir algo bom, é abordado em vários textos bíblicos. Veja alguns exemplos:

Mateus 7:16-20:

> "Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis."

Jesus ensina que a natureza de uma árvore (ou fonte) determina o tipo de fruto que ela produzirá. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, e vice-versa. Este princípio ilustra a coerência entre a natureza de algo e suas ações ou produções.

Lucas 6:43-45:

> "Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro tira o mal; porque da abundância do seu coração fala a boca."

Aqui, Lucas reafirma a mesma ideia, destacando que o fruto é uma evidência do caráter ou da natureza da árvore. Assim como uma fonte má não pode produzir algo bom, o que está no coração de uma pessoa também se manifesta em suas palavras e ações. 

3. Tiago 3:11-12:

> "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce."

Tiago usa a imagem de uma fonte para ilustrar que uma mesma fonte não pode produzir água boa e má ao mesmo tempo. Ele reforça que a natureza de algo determina o que ela produz.

Esses textos destacam o princípio de que a origem ou a natureza de algo influencia diretamente o resultado ou o fruto produzido. 

Vejamos a situação de Pedro que era discípulo de Jesus, andava com Jesus, que disse a Pedro antes dele traí-lo, que quando se convertesse apascentasse suas ovelhas.(Lucas22.31,32). A biblia demonstra que o motivo para o "cristão" pecar (trair Jesus) é ainda não ter verdadeiramente nascido de novo ou se já nascido, desviar-se do caminho, no caso de Pedro, este ainda, não era nascido de novo (convertido).  Após a morte e ressurreição de Cristo, Pedro apos arrepender-se,  morreria por Cristo (Jo.21 18,19).



3. Romanos 6: Morto para o Pecado

Em Romanos 6:1-2, Paulo escreve: "Que diremos, pois? Continuaremos no pecado, para que a graça aumente? De modo nenhum! Nós, que morremos para o pecado, como podemos ainda pecar?" Este texto reforça e comprova a interpretação de 1 João 3:8,9, pois a expressão "morrer para o pecado" deixa claro que a prática do pecado não pode ser entendida em termos de frequência. Uma vez que estamos mortos para o pecado, não há espaço para pecar, mesmo que "de vez em quando". A analogia da morte é enfática: assim como um morto não pode se levantar e agir, aquele que morreu para o pecado não pode mais pecar. Portanto, aquele que permanece pecando, ainda que de forma esporádica, demonstra que não está verdadeiramente morto para o pecado e, consequentemente, não está em aliança com Deus.



4. João 8: A Verdade que Liberta do Pecado

Em João 8:32, Jesus diz: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Aqui, a ideia de libertação é completa. Não há espaço para uma libertação parcial ou incompleta; a verdade liberta totalmente do pecado. Em João 8:34, Jesus afirma: "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado." Este versículo reforça que quem comete pecado está sob o domínio do pecado, sendo seu escravo. O propósito da vinda de Jesus, como exposto em 1 João 3:8, é "desfazer as obras do diabo". A palavra desfazer no original grego é luo, que significa aniquilar ou destruir completamente, não deixando nada restante. Ou seja, Jesus veio para destruir a escravidão do pecado, não para mantê-la viva ou permitir que persista, ainda que de forma esporádica.

Essa interpretação demonstra que qualquer visão que permita a continuidade do pecado, ainda que ocasionalmente, contradiz a obra completa de Cristo. O texto de João 8, portanto, destrói toda a argumentação sobre a frequência do pecado, mostrando que a verdadeira libertação em Cristo é absoluta e não permite a convivência com o pecado, seja frequente ou esporádico.

5. A Ordem de Jesus é Não Pecar Mais

As palavras de Jesus em duas ocasiões distintas revelam a seriedade de Seu chamado para uma vida sem pecado após um encontro verdadeiro com Ele:


5.1. A mulher adúltera (João 8:11):

Após a multidão se dispersar sem condená-la, Jesus declara: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais." Essa ordem enfatiza que, embora o perdão seja concedido, a expectativa de Deus é uma transformação de vida, abandonando totalmente o pecado.



5.2. O paralítico curado (João 5:14):

Encontrando o homem que havia sido curado, Jesus o adverte: "Olha, já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior." Aqui, além do chamado para abandonar o pecado, Jesus associa o pecado à consequência ainda mais grave que o sofrimento de anos daquele homem, referindo-se ao sofrimento eterno. 


Essas passagens mostram que Jesus não apenas perdoa, mas também exige uma mudança completa de vida. Sua ordem é clara e direta: "Não peques mais." É irracional entender que Jesus mandaria algo impossível. Sua ordem é procedente e deve ser obedecida, a desobediência significa a negação da Soberania de Deus, negação de Deus, pois negar sua soberania é negar sua natureza dicina. Jesus concede graça e poder para que os que O seguem vivam em santidade. Isso demonstra que aqueles que têm um verdadeiro encontro com Ele são chamados e capacitados a viver em fidelidade a Deus.



6. A Falácia da Regularidade do Pecado

A ideia de que o texto de 1 João 3:8,9 pode ser interpretado como se referindo à regularidade do pecado é enganosa. Essa interpretação sugere que a salvação poderia ser relativizada, dependendo da frequência com que alguém peca. Perguntas como "o que é cometer pecado de vez em quando?" ou "o que é pecar com frequência?" são subjetivas e variam de pessoa para pessoa. Isso significaria que a salvação estaria condicionada à interpretação individual da frequência do pecado, levando a uma relativização da graça de Deus. A lógica por trás dessa visão é falha, pois implica que alguém poderia ser salvo simplesmente porque peca menos frequentemente do que outro, contradizendo a natureza absoluta da necessidade de redenção em Cristo, através da obediência em reconhecimento ao sangue  de Jesus derramado pelo pecado, ou seja, a libertação do pecado.



7. A Natureza Transformada pelo Novo Nascimento

Alguns argumentam que, devido à natureza humana, é impossível viver sem pecar. No entanto, essa visão contradiz a Escritura, que ensina que a salvação em Cristo transforma radicalmente a natureza humana. Em João 3:3-7, Jesus afirma a necessidade de nascer de novo, o que implica morrer para a velha natureza. Essa morte, representada simbolicamente pelo batismo (Romanos 6:4), significa o fim da antiga natureza pecaminosa, que estava sujeita ao pecado. O batismo, portanto, é um testemunho de que a pessoa foi sepultada com Cristo e ressuscitou para uma nova vida, onde a velha natureza, incapaz de viver sem pecar, foi deixada para trás.

Em 2 Coríntios 5:17, Paulo declara: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." Portanto, aquele que foi regenerado e se submeteu à obra de Cristo tem uma nova natureza, capaz de viver em santidade. O argumento de que "não se consegue viver sem pecar" se baseia na velha natureza, que já foi crucificada com Cristo (Gálatas 2:20). Isso comprova que não há justificativa para o pecado na vida do crente regenerado.

Além disso, em 1 João 2:1, lemos: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis." João deixa claro que o objetivo das instruções bíblicas é capacitar o crente a não pecar, reforçando que a prática do pecado vai contra as instruções de Deus. O verbo "pequeis" encontra-se no original no aoristo subjuntivo ativo, que indica uma ação pontual e não continua, ou seja, nao pequeis absolutamente. Ignorar esse ensino é desconsiderar a palavra de Deus e desobedecer à sua vontade.



Conclusão

A prática do pecado, conforme definida na Bíblia e baseada no sentido original do termo grego "poieo", refere-se a um estado de rebelião contra Deus e à concretização de uma ação pecaminosa. Não se trata de um número de ações, mas da disposição do coração. É fundamental entender que quem pratica o pecado não está apenas cometendo atos isolados, mas se identificando com uma natureza que se opõe à vontade de Deus. Portanto, a verdadeira fé é caracterizada pela fidelidade e pela rejeição do pecado como estado contínuo de desobediência. Aqueles que estão em Cristo, conforme Romanos 6, estão mortos para o pecado, o que significa que não podem mais pecar, de forma alguma.


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Pecado




O PECADO 


Para esclarecer o conceito de pecado de forma bíblica e profunda, é essencial entender que a Bíblia apresenta o pecado não como um mero erro, mas como um estado interior e voluntário de rebeldia contra Deus. É uma condição da alma que reflete uma escolha consciente de desobediência. Vamos explorar isso usando textos bíblicos que sustentam essa visão, mostrando que o pecado está ligado ao propósito, à decisão voluntária e ao estado interior do ser humano.


1. Pecado como uma Condição Interna e Voluntária


O pecado, segundo a Bíblia, é mais do que um ato isolado; ele é um estado espiritual que se manifesta em ações contrárias à vontade de Deus. Em Gênesis 6:5, a Escritura diz: “Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente.” Aqui, o texto deixa claro que o pecado começa na mente e no coração, indicando um estado interior corrompido.

O apóstolo Tiago também aborda essa questão ao afirmar: “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz; então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15). Esse texto mostra que o pecado nasce de um desejo interno, de uma escolha pessoal que precede a ação.


2. A Lei de Deus Escrita nos Corações


A nova aliança, descrita em Jeremias 31:33 e reiterada em Hebreus 10:16, fala da lei de Deus sendo escrita nos corações: “Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em suas mentes.” Isso demonstra que a obediência ou desobediência a Deus agora é uma questão que ocorre no íntimo do ser humano, no centro de suas decisões e pensamentos. O pecado, portanto, é uma decisão voluntária contra essa lei interna que Deus gravou na mente do ser humano.

3. O Pecado como um Estado Voluntário e de Infidelidade a Deus

Em 1 João 3:4, a Bíblia afirma: “Todo aquele que comete pecado transgride a lei; de fato, o pecado é a transgressão da lei.” No contexto da nova aliança, essa transgressão é voluntária, pois a pessoa já possui o conhecimento da verdade em seu coração e mente. A decisão de pecar é um ato consciente e de infidelidade a Deus, como expresso em Hebreus 10:26: “Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados.” Esse versículo destaca que o pecado é um ato deliberado e consciente contra a verdade que foi revelada ao homem.


4. A Questão da Continuidade no Pecado


A ideia de que uma pessoa é julgada pela quantidade de pecados ou pela frequência com que os comete não encontra base bíblica sólida. O que a Bíblia deixa claro é que o pecado, quando cometido deliberadamente, indica uma postura de rebeldia. Em 1 João 3:6, o apóstolo afirma: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu nem o conheceu.” O uso do verbo no presente contínuo aqui se refere ao hábito ou estado contínuo de pecado como uma evidência de uma vida desconectada de Deus. O foco não é a quantidade de pecados, mas a disposição do coração.


5. Pecado e a Mente: A Obediência Voluntária a Deus


A Bíblia também ensina que a transformação e a verdadeira obediência vêm de uma renovação da mente e do coração. Romanos 12:2 diz: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Essa renovação é necessária para que a mente e o coração sejam alinhados com Deus, evitando o estado de pecado.


Analogias do Casamento


Analogamente, a Igreja é apresentada na Bíblia como a noiva de Cristo, uma relação que envolve um compromisso profundo e sagrado. Assim como uma esposa não deve trair seu marido, nem raramente nem de vez em quando, a Igreja também deve se manter fiel ao seu Senhor. O pecado, portanto, não é apenas uma falha ocasional, mas uma traição ao nosso relacionamento com Cristo. A fidelidade à palavra de Deus e à Sua vontade é essencial, e qualquer desvio é uma violação desse compromisso. O verdadeiro amor e respeito por Deus nos levam a evitar o pecado em todas as suas formas, reconhecendo que cada ato de desobediência é uma ofensa ao nosso Esposo.


Conclusão


A abordagem correta sobre o pecado é entender que ele é um estado da alma, uma escolha voluntária e consciente contra Deus. A Bíblia ensina que, ao recebermos a Cristo e o Espírito Santo, já estamos em um novo estado. Em 2 Coríntios 5:17, lemos que "se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." Portanto, não se trata apenas de que podemos vencer o pecado, mas de que, em Cristo, já vencemos esse estado.

Estamos em um relacionamento de fidelidade com Deus, que nos transforma e nos capacita a viver em obediência. O Espírito Santo habita em nós, e, como Ele é santo, nos conduz a uma vida que reflete essa santidade. Essa compreensão profunda permite que o ensino sobre o pecado seja claro e bíblico, sem distorções que minimizem a gravidade infinita que ele possui como ofensa contra Deus, um Ser infinito. O pecado é, de fato, uma ofensa infinita contra Deus, e não há como exagerar sua gravidade, mantendo o foco em sua natureza como uma escolha consciente e voluntária, refletindo uma traição ao compromisso sagrado que temos com Cristo, nós a noiva(esposa) e Ele o Senhor(marido).