quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Tudo por um Terreno 🏞️


 Tudo por um Terreno 🏞️


Na cidade de Nova Jezreel, havia uma congregação humilde plantada por Deus em um terreno que fora consagrado com lágrimas, jejum e profecias. Ali, muitos testemunharam curas, libertações e conversões. E ali Deus havia falado claramente:

“Este é o lugar que Eu escolhi para o Meu povo.”


O pastor da igreja se chamava Natan Botelho, mas todos na cidade o conheciam carinhosamente como Nabote. Ele era um homem íntegro, temente a Deus, e zelava com amor pelo rebanho.


Mas a cidade estava em crescimento acelerado. Grandes empreendimentos tomavam conta dos bairros. E o prefeito, um homem influente e ambicioso chamado Adelkabe, já tinha planos para o terreno da igreja. Queria construir ali um grande centro de eventos e comércio, um local para shows, exposições e exploração turística — tudo com fins lucrativos.


A esposa do prefeito, Gisabelle, era conhecida na cidade por sua postura elegante e suas palavras sedutoras. Ela também liderava uma grande igreja cheia de pompa, luzes e fama. Seus cultos eram transmitidos pela internet, e seus discursos se espalhavam pelas redes.


Certo dia, Adelkabe chamou o Pastor Nabote para uma conversa.

— “Pastor, venda esse terreno. Nós construiremos outra igreja pra vocês, maior, mais bonita, com tudo que precisam.”


Mas Nabote respondeu firmemente:

— “Prefeito, esse terreno é herança do Senhor. Foi aqui que Deus falou. Não posso negociar aquilo que Deus consagrou.”


Adelkabe voltou para casa abatido. Contou a Gisabelle sobre a resposta. Ela então sorriu com desprezo e disse:

— “Se ele não quer vender, vamos tirá-lo de cena. Você é o prefeito, você é quem manda. 

Gisabelle, ao ouvir a resposta de Natan Botelho, conhecido como Nabote, ficou decidida em seu coração que, de uma maneira ou de outra, alcançaria seu objetivo. No fundo, ela não admitiria a perda daquele terreno, nem aceitaria ser contrariada. Se fosse preciso, até mesmo tirar a vida de Nabote faria parte do seu plano, pois nada poderia impedi-la de tomar posse daquilo que desejava.


Gisabelle elaborou o plano. Começou por construir uma igreja imensa em outro bairro, com estrutura moderna, coral renomado e grandes atrações. Aos poucos, os membros da igreja de Nabote foram sendo atraídos pela aparência e pelos recursos. Enquanto isso, a prefeitura — por influência de Gisabelle — começou a pressionar a pequena igreja com fiscalizações, multas, e ameaças de embargo.


Ainda assim, Nabote permaneceu firme. Mesmo com poucos irmãos, ele sabia que estava obedecendo à voz de Deus.

Durante várias noites, Natan Botelho — conhecido como Nabote — passou a ser ameaçado. Pedras eram lançadas sobre o telhado de sua casa, e nelas vinham mensagens escritas com letras marcantes: “Cuidado com sua vida.” Ainda assim, mesmo sob ameaça de morte, Nabote se mantinha fiel. Não recuava, não negociava, pois sabia que estava guardando algo que vinha de Deus — uma herança que não podia ser vendida nem trocada.

Nabote lutava todos os dias para permanecer fiel à promessa. Ele chorava, sofria, se angustiava em silêncio. Era chamado de radical, intransigente, como se sua fidelidade fosse um erro. Mas ele sabia o valor daquele terreno. Suportou pressões, afrontas e ameaças. Colocava sua vida em risco — e também a vida de sua família. Diante de tantos ataques, sua saúde foi afetada; ele adoeceu de tanto lutar e sofrer. Ainda assim, escolheu permanecer fiel, mesmo que isso lhe custasse tudo.


Foi então que, numa noite silenciosa, jagunços a mando de Gisabelle invadiram a casa do pastor. Nabote foi sequestrado e levado para fora da cidade. Dias depois, encontraram seu corpo sem vida. A versão oficial dizia "acidente", mas todos sabiam a verdade: Nabote havia sido morto por permanecer fiel à promessa de Deus.


Logo em seguida, o terreno foi tomado pela prefeitura. Em poucos meses, o grande centro de eventos foi construído, com lojas, praças de alimentação, arenas e tudo o que o dinheiro podia comprar. Houve festas, aplausos, presença da imprensa e autoridades. Gisabelle e Adelkabe comemoravam sua vitória.



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💀 O Fim de Gisabelle


Alguns anos mais tarde, Gisabelle subiu até o alto do edifício da prefeitura para conceder uma entrevista especial sobre o “desenvolvimento da cidade”. Estava adornada com ouro, maquiagem e roupas de luxo. Falava com orgulho do sucesso alcançado.


Mas ao se inclinar na sacada para acenar, perdeu o equilíbrio e caiu do alto do prédio, diante de todos os presentes.


Na parte de baixo, no setor de segurança, havia dois cães de guarda ferozes, um pastor alemão e um pitbull, treinados para proteger o prédio. Eles avançaram sobre o corpo de Gisabelle e a devoraram, ali mesmo, sem que ninguém ousasse se aproximar.


E esse foi o fim trágico de Gisabelle, a mulher que usou seu poder para tentar apagar o que Deus havia estabelecido.



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🤔 Mas alguns poderiam pensar...


"Se Deus prometeu aquela herança... Se Ele disse que aquele era o lugar escolhido... Por que permitiu que o terreno fosse tomado? Por que permitiu que o pastor fosse morto?"

 

A resposta a essa pergunta — e tudo o que esse texto nos revela — é o que veremos a seguir, na reflexão.



REFLEXÃO 


A essência dessa história, na verdade, já se encontra na Bíblia, no relato de Nabote, Jezabel, Acabe e a herança do Senhor. O cerne de todo o conflito é a herança de Deus. O ponto central que move essa narrativa é o compromisso de fidelidade — não a homens, não a estruturas, mas a Deus. E é sobre isso que vamos refletir


Essa história adaptada aos tempos atuais nos traz o mesmo conflito apresentado no texto bíblico: a oposição entre o poder do mundo e a fidelidade à vontade de Deus. Apesar da roupagem moderna, o princípio permanece o mesmo

 🌾 O terreno

O que está em jogo é a fidelidade à promessa, a fidelidade à palavra e a fidelidade à herança que Deus entregou ao Seu povo. Aquela igreja simples, naquele terreno consagrado, representava uma promessa. Deus havia falado por meio de profecias, confirmado em orações, demonstrado Sua presença através de milagres e conversões naquele lugar. Era mais do que solo — era um sinal da herança eterna


Assim como aquele terreno, toda a experiência cristã verdadeira aponta para uma realidade maior: a vida eterna. A terra prometida de Nabote representa aquilo que também nos foi prometido — o Reino dos Céus. E assim como no texto bíblico, o inimigo tenta nos arrancar da promessa, seduzir-nos com alternativas mais atraentes ou forçar-nos à desistência


Mas a Bíblia, as profecias verdadeiras, os dons espirituais, as curas, os milagres e tudo aquilo que acontece na vida daquele que se entrega a Deus e caminha na obediência ao evangelho de Cristo, apontam para a eternidade. Tudo isso tem como fundamento os ensinos da Palavra de Deus, e revela que a herança prometida é real e espera pelos fiéis

O terreno representava mais do que um simples pedaço de terra — ele simbolizava a promessa de Deus. Era uma herança espiritual, um sinal visível daquilo que é eterno. Assim como aquele local havia sido separado por Deus, também nós recebemos, pela fé, a promessa da vida eterna. E assim como Nabote não abriu mão do que Deus lhe confiou, também não podemos abrir mão da nossa herança por nada neste mundo. Nenhuma oferta, nenhum poder, nenhuma ameaça pode justificar a renúncia daquilo que Deus nos deu — àqueles que são seus, que receberam esta herança: a salvação de suas almas.

 

✨ O Valor do Terreno – A Herança de Deus


O terreno que aquela igreja havia recebido, que Deus havia separado para eles, não possuía valor apenas material — o seu valor era espiritual. Era a promessa de Deus, a herança de Deus, o propósito que o Senhor havia determinado para o Seu povo.


O terreno que Deus tem para nós — o lugar reservado aos que O obedecem, aos que creem e recebem a promessa — vale mais do que qualquer tesouro desta terra. Seu valor não pode ser medido por dinheiro, poder ou influência humana.


Esse terreno celestial, essa herança eterna, custou o sangue de Jesus, derramado na cruz do Calvário.

Este é o preço do nosso terreno no céu.

Este é o valor da nossa vida eterna com Deus.

A nossa herança é o sangue de Jesus, derramado na cruz por amor.



⚔️ Resistindo para Não Perder a Promessa


Manter o terreno da promessa não foi fácil. Aqueles irmãos enfrentaram pressões, ameaças, desprezo e perseguição. A igreja parecia pequena diante do poder político e religioso de seus opositores, mas havia algo que o mundo não podia ver: a fé na Palavra de Deus.


Natan Botelho (Nabote) e os irmãos da congregação resistiram com todas as forças. Mesmo quando pedras eram lançadas sobre sua casa com ameaças veladas, mesmo quando outras igrejas mais bonitas eram oferecidas, mesmo quando muitos começaram a se dispersar, ele permaneceu firme.

Porque não se tratava de aparência, mas de promessa.

Não se tratava de estrutura, mas de fidelidade.


Essa luta representa também a realidade espiritual dos dias de hoje. Os que têm a herança de Deus em seus corações precisam resistir, lutar contra as ofertas do mundo, suportar a rejeição, e continuar firmes, para não perder a promessa da vida eterna.

📖 Fidelidade à Palavra – A Herança Que o Inimigo Quer Tomar


Com o passar do tempo, alguns irmãos começaram a deixar aquela igreja simples e se mudaram para uma nova congregação, estruturada, bonita, com muitos recursos — a igreja construída por Gisabelle. Eles não achavam que estavam abandonando a fé. Na verdade, muitos acreditavam que ainda estavam servindo a Deus, apenas sendo "mais moderados", "menos radicais". Olhavam para os que permaneceram no terreno original como fanáticos, inflexíveis, pessoas que não sabiam se adaptar aos novos tempos.


Havia até quem, dentro da própria igreja, defendesse a ideia de mudança como algo positivo, como uma forma de acompanhar o crescimento da cidade, melhorar a estrutura, alcançar mais pessoas. Eles tinham argumentos, justificativas, racionalizações. Mas, sem perceber, estavam abrindo mão daquilo que Deus havia falado. Estavam deixando para trás a herança, a promessa, a fidelidade que Deus havia exigido desde o princípio.


Esse mesmo espírito opera hoje. Muitos têm aberto mão da fidelidade à Palavra de Deus.

Dizem que ainda estão com Deus. Que ainda seguem a fé. Mas vão deixando verdades de lado, relativizando princípios, negociando valores eternos por conveniências passageiras. Como aqueles irmãos, não percebem que abrir mão da fidelidade é o mesmo que abrir mão da herança.


O diabo, representado por figuras como Adelkabe e Gisabelle, não está interessado apenas em prédios ou estruturas. O objetivo dele é muito mais profundo: ele quer tomar a fidelidade do povo de Deus. Ele quer convencer os servos de que podem seguir a Deus sem obedecer à Sua Palavra. Mas isso é uma mentira.


O terreno não representava apenas um lugar físico. Era símbolo da fidelidade àquilo que Deus havia dito.

Era uma marca da obediência à voz do Senhor.

Abandonar o terreno era, na essência, abandonar a fidelidade.

E a fidelidade é a própria herança dos santos.

Porque é através dela que permanecemos no caminho da salvação.


Hoje, como naquela história, muitos estão sendo seduzidos por promessas maiores, caminhos mais fáceis, mensagens mais agradáveis. Mas Deus continua o mesmo. Sua Palavra permanece a mesma.

E só herdará a promessa quem for fiel até o fim.


🕊️ A Morte de Nabote – Quando o Terreno Físico É Perdido, Mas a Herança É Ganha


Natan Botelho, conhecido como Nabote, sabia que sua vida estava em risco.

As ameaças eram constantes, e a tensão crescia a cada dia. Ele sabia que poderia morrer — e ainda assim, não recuou.


Nabote não abriu mão dos valores espirituais por ofertas materiais.

Nabote não cedeu à pressão daqueles que o chamavam de radical dentro da própria igreja.

Nabote não abriu mão da sua própria vida.

Nabote morreu — mas morreu fiel.


O terreno foi tomado. A igreja foi derrubada.

O mundo poderia olhar e dizer: “Eles perderam.”


Mas a promessa de Deus nunca foi sobre um espaço físico apenas. Quando o Senhor disse que faria milagres, curas, salvação e manifestaria Sua presença naquele lugar, Ele estava falando do coração dos fiéis, da comunhão verdadeira com aqueles que O obedecem. A promessa não estava presa ao solo — ela estava firmada na fidelidade à Palavra.


Nabote não perdeu o terreno. Ele o ganhou.

Porque, mesmo que o terreno físico lhe tenha sido retirado, o terreno espiritual — que é a salvação — jamais foi tomado.

Ele guardou a fé. Ele permaneceu fiel à Palavra. Ele manteve o compromisso com o sangue de Jesus, com o sacrifício do Calvário.


E isso é tudo.


Porque só aqueles que não abrem mão de Cristo, mesmo diante da morte,

são os que serão alcançados pela graça, pela salvação e pelo poder eterno de Deus.


Mesmo quando o terreno foi tomado, Nabote não perdeu — porque o verdadeiro terreno era a herança eterna.

E da mesma forma que o terreno foi arrancado de suas mãos, seu corpo também foi tirado deste mundo, sua vida ceifada pelos homens.

Mas sua verdadeira vida não terminou ali. Nabote morreu fisicamente, mas vive eternamente. Ele morreu salvo. Ele morreu fiel.


Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.”

(João 11:25)


Embora a Igreja verdadeira não seja um edifício de pedras ou tijolos — pois ela é formada por pessoas fiéis a Cristo —, o compromisso com aquele espaço físico representava, para aqueles irmãos, a fidelidade à Palavra de Deus. O local havia sido separado por meio de orações, promessas e manifestações claras do Espírito de Deus. Permanecer ali não era apego ao lugar em si, mas perseverança naquilo que Deus havia revelado.


Por isso, quando aquele povo foi arrancado à força daquele terreno, eles não saíram espiritualmente daquele lugar.

Ainda que seus corpos tivessem sido afastados, seus corações permaneceram ali.

Eles continuaram fiéis à promessa, guardando em si o compromisso com o que Deus havia dito.


Eles não abandonaram a herança — porque a herança estava viva dentro deles.

E quem permanece na Palavra, permanece na promessa, ainda que o mundo o arranque de qualquer lugar.

⚠️ Conclusão e Apelo – A Fidelidade Que Guarda a Herança


Nabote foi fiel.

Ele não se deixou enganar.

Enquanto outros cederam à pressão, se justificaram e reinterpretaram o que Deus havia falado, Nabote permaneceu firme.

O sentimento de fidelidade o impediu de ser seduzido pelas propostas e de ser confundido como os demais, que flexibilizaram a voz de Deus.


O diabo continuará tentando, com todas as forças, fazer você negociar a verdade.

Ele quer que você encontre razões para abrir mão do que a Bíblia ensina.

Ele quer que você veja os mandamentos de Deus como algo adaptável às realidades do mundo, às necessidades do momento, às opiniões do tempo presente.

Mas esta mensagem veio até você para abrir os seus olhos.


Deus está te falando.

Deus está te chamando à fidelidade.

Ele não quer que você perca a sua herança.

A sua salvação está na sua fidelidade à Palavra.


A fidelidade é o reconhecimento do valor do sangue de Jesus, derramado na cruz.

Não se pode abrir mão desse sangue.

Não se pode relativizar a cruz.

Não se pode adaptar os ensinos de Cristo à vontade humana.


A sua fidelidade é o seu testemunho de que você crê naquilo que Jesus fez por você.

E é essa fidelidade que te mantém no caminho da promessa, no caminho da vida eterna.

Nabote foi fiel até o fim. E assim como ele, só alcançaremos o terreno eterno — a salvação da nossa alma — se também suportarmos os sofrimentos, vencermos as perseguições e colocarmos nossa fidelidade a Deus acima de tudo, até mesmo da própria vida.


Esta não é apenas uma história.

É Deus falando com você.

Chamando você para não abrir mão da sua herança.


Permaneça fiel.

Não negocie a Palavra.

Não abandone a cruz.

Não despreze o sangue que foi derramado por você.


Assim como Nabote, você também poderá alcançar a promessa — a vida eterna com Deus.


📚 Fundamentação Bíblica


🟢 1. A Promessa de Deus é a Vida Eterna

“E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.”

📖 1 João 2:25


🟢 2. O Valor da Promessa: o Sangue de Jesus

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados...

Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.”

📖 1 Pedro 1:18-19


🟢 3. A Fidelidade à Palavra é a Prova do Amor a Cristo

 “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.”

📖 João 14:21


🟢 4. Não Podemos Negociar a Verdade de Deus

 “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.”

📖 2 Coríntios 13:8


🟢 5. O Mundo Vai Tentar Nos Fazer Desviar

 “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina... e se desviarão da verdade.”

📖 2 Timóteo 4:3-4


🟢 6. A Salvação é Para os que Perseveram Até o Fim

 “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.”

📖 Mateus 24:13


🟢 7. O Verdadeiro Terreno Está no Céu

 “Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial.

Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus,

porque já lhes preparou uma cidade.”

📖 Hebreus 11:16


🟢 8. A Morte Física Não É o Fim

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.”

📖 João 11:25


🎵 Música relacionada à mensagem – “Rei Acabe” (Ministério Ardendo em Fogo):

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https://www.youtube.com/watch?v=7Qe3u_kFDDU


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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

A morte de Luizinho

 


A morte de Luizinho


No coração de um bairro humilde do Rio de Janeiro, vivia Luizinho, um menino cheio de vida. Filho único de um casal trabalhador, ele era o raio de sol daquela casa simples, cercado pelo carinho dos pais e dos avós, e querido por todos os vizinhos. Luizinho era daqueles garotos que conquistavam todos ao redor com seu sorriso sincero, sua alegria contagiante e sua paixão por jogar bola.


Frequentava a escola com regularidade, fazia as tarefas com atenção, mas o que ele mais gostava mesmo era de jogar futebol. Passava horas na rua com os amigos, driblando, chutando, rindo. Seu talento chamava atenção. Ele já havia sido inscrito na escolinha de futebol do Botafogo, e seus treinadores diziam que ele tinha um futuro promissor. Era fácil imaginar Luizinho um dia vestindo a camisa de um grande time. Seus pais sonhavam com isso. Ele também.


Mas um dia comum se tornou trágico.


Luizinho jogava futebol na rua com os amigos, como fazia quase todo final de tarde. Em meio à brincadeira, a bola chutada com força foi parar do outro lado da rua, numa estrada movimentada, onde carros e caminhões passavam constantemente. Sem pensar duas vezes, levado pelo impulso da brincadeira, Luizinho correu para pegar a bola. Não percebeu o caminhão que se aproximava. Em um instante, tudo acabou. O caminhão não teve tempo de frear. Luizinho foi atingido e morreu ali mesmo, na hora.


O bairro inteiro mergulhou numa tristeza profunda. A notícia correu rápida, e uma comoção tomou conta da comunidade. Na escola, os colegas choraram. Na escolinha de futebol, os treinadores se calaram. Na vizinhança, todos se abraçavam em silêncio. O velório foi cheio. Os amigos, os professores, os avós, os vizinhos… todos estavam lá. Uma dor compartilhada por muitos corações. As pessoas lembravam com carinho do menino sorridente, do garoto talentoso, do filho único tão amado.


Durante dias, só se falava disso. Era difícil aceitar. Era duro imaginar que aquela casa agora estava em silêncio, sem os passos apressados, sem a bola batendo no muro, sem o riso solto de Luizinho.


Mas o tempo, implacável, não para.


Aos poucos, a dor se acalmou. A rotina voltou. As aulas continuaram, os treinos seguiram, os vizinhos voltaram às suas tarefas. A vida, como sempre faz, seguiu em frente. Os que estavam de luto retornaram ao seu ritmo, às suas obrigações, aos seus dias. Com o passar do tempo, as lembranças de Luizinho começaram a se apagar. Restaram algumas fotos, algumas histórias contadas aqui e ali, uma camisa pendurada no quarto, e o vazio no coração dos pais que, apesar da vida continuar, jamais esqueceriam seu menino.


Assim é a vida. Pessoas partem. Deixam dor, deixam lembranças, deixam saudade. Há luto, há lágrimas. Mas depois, a vida volta ao normal. As ruas se enchem novamente de vozes, as bolas voltam a rolar, os dias seguem seu curso. E com o tempo, as lembranças, mesmo as mais fortes, vão sendo apagadas pela pressa da vida.


🔷 Reflexão


Esta mensagem traz uma verdade que nós precisamos compreender.


A Palavra de Deus está diretamente relacionada com as situações da vida. Não se trata apenas de algo espiritual ou distante, mas de algo real, presente, que se manifesta nas questões do dia a dia, nas alegrias, nas dores, nas decisões e até nas perdas.


O problema é que a correria da vida, a pressa, os compromissos, as distrações, muitas vezes impedem que percebamos isso. Corremos tanto, ocupamos tanto nosso tempo e nossos pensamentos, que não conseguimos parar para entender a verdade que é essencial: a vontade de Deus.


A correria da vida nos faz viver uma existência sem a necessária reflexão na Palavra de Deus — e é essa reflexão que nos possibilita viver de forma correta, alinhados com a direção certa. Aqueles que param para refletir e meditar na Palavra, são os que trocam a pressa e o vazio da vida por aquilo que é. Eles trocam o nada... pelo tudo. Por aquilo que é fundamental. Por aquilo que é realmente necessário.


🔷 A morte de Luizinho: a voz que grita


A morte de Luizinho não foi apenas um acontecimento triste. Ela é uma voz. Uma voz que grita uma verdade que poucos conseguiram perceber.


Ela quer falar aos seus amigos, às crianças que brincavam com ele todos os dias. Quer falar à vizinhança, que o via correr pela rua, sorrir, viver. Quer falar à escola, à escolinha de futebol, aos professores. Quer falar à sua família. Quer falar aos seus avós. Quer falar a todos.


Mas essa verdade só pode ser percebida por quem tem a luz.


A luz é a Palavra de Deus. Sem essa luz, tudo passa desapercebido. As pessoas veem a morte, sentem a dor, vivem o luto... mas não enxergam o que Deus está mostrando. Sem a luz, os acontecimentos da vida se tornam sombras sem sentido. A morte de Luizinho, sem a luz da Palavra, parece apenas uma tragédia — mas com a luz, revela algo muito maior.


Desde o princípio, Deus revelou o poder da luz. A Bíblia diz que quando a terra era sem forma e vazia, Deus disse:

"Haja luz", e houve luz.

(Gênesis 1:3)


A luz revela. A luz dá forma. A luz mostra o que antes era invisível. Assim também é a Palavra de Deus — ela é a luz que revela a verdade sobre tudo o que acontece.


Sem a Palavra de Deus, a morte de Luizinho passa como mais um episódio. Mas com a Palavra, ela se torna uma mensagem viva. Uma convocação. Um alerta. Um chamado à consciência. Porque a luz revela a realidade da vida, da morte, do propósito de Deus.


E essa luz deveria transformar a vida de todos que estavam ligados a Luizinho. Seus amigos, seus familiares, seus vizinhos... E deve transformar a minha vida e a sua também.


Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

(João 8:12)


É isso que Deus quer fazer: trazer luz à vida que você vive, para que você enxergue a verdade, compreenda a vontade de Deus e perceba claramente o que Ele está falando com você.


A morte de Luizinho traz verdades que só através da Palavra de Deus, que é a luz, podemos enxergar.

E é isso que nós vamos fazer, e é isso que nós estamos a fazer nesta reflexão: enxergar as verdades da morte de Luizinho através da Palavra de Deus.


🔶 A brevidade e a incerteza do tempo de vida


Luizinho não era apenas um menino qualquer. Ele era um jovem cheio de vida, um garoto alegre, saudável, ativo — no início de sua caminhada, com toda a energia e sonhos que a juventude traz. E, mesmo assim, a morte o levou inesperadamente.


Isso nos prova uma verdade difícil, porém fundamental: não sabemos o dia de amanhã. Podemos morrer a qualquer hora, independentemente da idade, da segurança, da saúde, ou de qualquer outro fator. A morte não escolhe; ela pode chegar para qualquer um, a qualquer momento.


Luizinho não era mau. Não era bandido, nem estava doente. Ele era uma criança comum, amada, com um futuro promissor. E mesmo assim, a vida dele foi interrompida abruptamente. Isso mostra que a vida é frágil, curta, e imprevisível.


Por isso, precisamos refletir sobre o valor do tempo que nos foi dado.


A Bíblia nos lembra dessa realidade quando diz:

"Melhor é ir à casa do luto do que ir à casa da festa, porque ali está o fim de todos os homens; e o homem sábio reflete sobre isso."

(Eclesiastes 7:2, NVI)


O luto, a morte, são uma chamada para a reflexão. Eles nos mostram o fim da vida que todos enfrentaremos um dia, e nos convidam a pensar sobre como estamos vivendo — se estamos preparados para o que vem depois, se estamos vivendo na verdade e na luz de Deus.


🔶 A vaidade da vida neste mundo


Luizinho era querido, amado, e presente na vida de todos que o conheciam. Mas de repente, em um instante, tudo acabou para ele. Acabou toda a história de Luizinho.


E com o passar do tempo, as lembranças dele começaram a se apagar. Os rostos, os risos, os momentos compartilhados, tudo foi ficando distante. A memória que parecia tão viva começa a se apagar, até que pouco a pouco, a vida que ele viveu aqui fica só no passado.


Isso nos mostra a vaidade da vida neste mundo. Tudo o que temos aqui, tudo o que fazemos, tudo o que conquistamos, todas as nossas alegrias, tristezas, sabedoria, cultura, beleza, prazeres, desejos e realizações — tudo isso é passageiro, temporário e, no fundo, vaidade.


As pessoas buscam o que este mundo oferece: sucesso, reconhecimento, bens, prazer, conhecimento, status... mas tudo isso passa, tudo isso se perde.


Deus quer nos mostrar que este mundo, esta vida, é transitória. O que realmente importa não é só o que acumulamos, mas tudo o que fazemos e somos, porque tudo será julgado segundo o que tem valor eterno.


O que importa mesmo é plantar para a vida eterna, viver segundo aquilo que não passa, segundo o que é eterno e duradouro — que é a verdade revelada na Palavra de Deus.


A Bíblia nos lembra dessa realidade em Eclesiastes:

"Vaidade das vaidades, diz o Pregador, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade."

(Eclesiastes 1:2)


Tudo passa, tudo se esvai — menos a verdade que está na Palavra de Deus. É nela que encontramos o fundamento sólido que resiste à passagem do tempo e tem reflexo na vida eterna.


Por isso, devemos viver buscando o que é eterno, o que permanece, o que Deus tem preparado para aqueles que O seguem.


🔶 Viver como se fosse morrer amanhã


Muitas pessoas já ouviram essa expressão: "viva como se fosse morrer amanhã". Porém, muitos a aplicam de forma incorreta, buscando continuar atrás das coisas passageiras, das vaidades, das futilidades deste mundo.


O princípio correto de viver como se fosse morrer amanhã é compreender que a morte pode chegar a qualquer momento, e que precisamos estar preparados para o futuro eterno — para a vida que não tem fim.


A morte de Luizinho precisava mostrar às pessoas que conviviam com ele que a vida delas precisava mudar e continuar mudando, pois a vida deve ser uma constante transformação pelo conhecimento da Palavra de Deus.


Todos precisamos viver conscientes de que um dia prestaremos contas da nossa vida diante de Deus. Não existe como escapar desse momento, e só há uma maneira de alcançar a aprovação de Deus, a vida eterna, aquilo que não passa e é duradouro.


Essa aprovação vem por meio da luz, que é a Palavra de Deus. É a Palavra que ilumina o caminho, que revela a verdade e que nos prepara para a eternidade.


A morte de Luizinho, portanto, é um alerta. Um chamado para que cada um de nós reflita, mude e continue mudando sua vida pelo conhecimento da Palavra.


A Bíblia reforça essa realidade com palavras fortes:

"Assim também aquele que não está preparado, virá de repente, como um ladrão, e naquele dia não saberá a que horas virá sobre ele."

(1 Tessalonicenses 5:2-3)


"E, o que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?"

(Mateus 16:26)


"Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"

(Lucas 12:20)


🔶 Pronto para Partir


Será que Luizinho estava preparado para partir?


Essa é uma pergunta séria. A morte veio de forma inesperada, e é inevitável refletir: Luizinho estava pronto para encontrar-se com Deus?


Há quem diga que todas as crianças são puras, que todas estão automaticamente salvas, mas essa é uma mentira. É um engano que o diabo espalhou para afastar as crianças da verdade. A realidade é que até mesmo crianças precisam de salvação. E a salvação está somente em Jesus Cristo.


Jesus disse:

Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus.”

(Marcos 10:14)


Ele não disse que todas as crianças já estão salvas, mas que elas precisam vir a Ele. Vir a Jesus é o que salva. E isso vale para todos, inclusive para os pequenos.


A Bíblia também diz:

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.”

(Provérbios 22:6)


A criança precisa ser ensinada. Precisa andar no caminho. E o caminho é Jesus.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

(João 14:6)


Ninguém pode ser salvo sem Cristo. Não existe exceção. Só Cristo salva.


Há crianças que seguem a Cristo. Há crianças que oram, que adoram, que são batizadas com o Espírito Santo, que reúnem-se como Igreja, que conhecem a Deus e vivem em comunhão com Ele. Mas há também crianças que vivem afastadas de Deus — rebeldes, desobedientes, praticando o mal desde cedo.


Por isso, é uma urgência ensinar as crianças, conduzi-las a Jesus, para que estejam prontas. Luizinho precisava estar preparado. Assim como toda criança, assim como todo adulto. Todos precisam estar prontos para partir.


A salvação é pessoal. Não vem da idade, nem da inocência presumida. Vem de Cristo. Por isso, a Palavra nos chama a buscar, ensinar, conduzir os pequenos à única Verdade que pode salvá-los: Jesus.

A criança precisa ser colocada no caminho da salvação. Esse caminho é uma Pessoa: Jesus Cristo.

E ela pode ser conduzida a esse caminho por um pai ou uma mãe que servem ao Senhor, por um avô, uma avó, uma professora da escola, um tio, qualquer pessoa que ande na luz e tenha compromisso com a verdade.


A salvação é em Cristo, e somente estando em Cristo é que alguém — inclusive uma criança — pode estar verdadeiramente salvo.


A Palavra de Deus afirma:

Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente. De outra sorte, os vossos filhos seriam impuros; mas agora são santos.”

(1 Coríntios 7:14)


Isso nos mostra que, quando há um pai ou uma mãe em Cristo, a criança é santificada, separada, colocada no caminho da salvação. Ela está sendo conduzida por quem anda com Deus e, enquanto é sustentada nessa luz, está salva em Cristo, porque está no caminho.


Porém, chegará o tempo em que essa criança alcançará a idade da razão. E então, ela própria terá que tomar sua decisão: continuar seguindo a Cristo com fidelidade ou optar por um caminho diferente.


Deus responsabiliza cada um por suas escolhas. Mas enquanto é guiada, a criança precisa ser ensinada, conduzida e guardada na luz — para que, no tempo certo, escolha permanecer nela por decisão própria.


Todos precisam estar prontos.

E estar pronto não é apenas ter religião, não é apenas ter boas intenções, não é apenas acreditar em Deus.

Estar pronto é viver em fidelidade a Deus.

Estar pronto é seguir a Cristo com obediência e verdade, andar no caminho, viver na luz, renunciar ao pecado e entregar-se completamente à vontade de Deus.


Nada pode ser mais precioso do que estar no caminho, que é Cristo. Nada deve nos impedir disso. Porque sem estar em Cristo, ninguém está pronto.


E o que a morte de Luizinho está falando com todos — e não só a de Luizinho, mas toda morte que acontece neste mundo — é exatamente isso:

Há uma urgência. Há uma realidade que está diante de nós todos os dias.


E só através da Bíblia, da Palavra de Deus, do sacrifício de Jesus e do abandono definitivo do pecado, é que podemos estar realmente prontos.


Estar pronto é ter uma disposição mental e espiritual de fidelidade a Deus, custe o que custar.

É viver para Deus.

É viver para conhecer e praticar a Sua vontade.

É morrer para o mundo, renunciar ao pecado, negar a si mesmo, abandonar seus próprios desejos e viver inteiramente para o Senhor.


É ganhar almas para Jesus, testemunhar com sua vida, permitir que o Espírito Santo transforme seu caráter, sua maneira de viver, seus sentimentos, seus pensamentos.

E ser, a cada dia, mais semelhante a Cristo, pelo poder da Palavra de Deus que purifica, ilumina e guia.


"E qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim, não pode ser meu discípulo."

(Lucas 14:27)


"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho."

(Filipenses 1:21)


🔷 Conclusão e Apelo


Esta palavra é Deus falando com você.


Não é apenas uma história. É um alerta do céu.

Deus está lhe dizendo com clareza: você pode morrer a qualquer momento.

E você precisa estar preparado.


Você precisa abandonar o pecado, negar a si mesmo, morrer para o mundo e viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus, custe o que custar.


E se você é salvo — se você já entendeu essa verdade — então viva como quem foi salvo!

Viva para ganhar almas para Jesus.

Ore pelos seus.

Conduza seus filhos no caminho que é Cristo.

Mantenha suas crianças fiéis à verdade.

Esteja você mesmo no caminho — e leve consigo todos que puder: sua família, seus parentes, seus amigos, seus vizinhos, seus colegas. Qualquer pessoa. Todo aquele que Deus colocar ao seu alcance.


Você deve viver para inserir essa verdade na mente das pessoas — a verdade que transforma, que liberta, que salva, e que faz abandonar o pecado e viver ligados a Cristo, preparados para partir a qualquer momento.


Esta é uma decisão que você precisa tomar agora.

Você não sabe o que acontecerá com você daqui a pouco.

Não sabe o que acontecerá hoje.

Não sabe nem se verá o amanhã.


A qualquer momento… você pode partir.


"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto."

(Isaías 55:6)


"Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração."

(Hebreus 3:15)


"Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus."

(Amós 4:12)



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O Segredo da Vitória

 


O Segredo da Vitória


Havia, em tempos antigos, um grande reino governado por um rei justo, sábio e poderoso. Esse rei possuía um plano extraordinário para o seu povo: levá-los a uma terra boa, segura, onde finalmente viveriam em paz, livres das guerras e das confusões que marcaram sua história até ali.


Para essa missão, o rei não foi pessoalmente, mas escolheu um de seus melhores homens — um comandante de confiança, experiente em batalhas, disciplinado e leal.


Antes da partida, o rei chamou o comandante em particular e lhe deu um objeto especial: um livro.


> — Este livro contém tudo o que você precisa para conduzir o povo com êxito até a cidade — disse o rei. — Leia-o constantemente, medite nele dia e noite. Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda do que está escrito aqui. É a minha vontade expressa, e aquele que cumpre fielmente a minha vontade, esse será bem-sucedido em tudo o que fizer, e assim alcançará a terra que lhe prometi — a terra da vitória, da paz e da vida definitiva ali.


O comandante recebeu o livro com respeito, fez uma reverência e partiu.


A viagem começou bem. O povo seguia animado, confiando nas ordens do comandante. Mas o tempo passou, a jornada se prolongou, e o comandante começou a mudar.


Ele acreditava que, por ter sido escolhido pessoalmente pelo rei, sua posição já o garantiria diante do soberano. Começou a achar que já sabia o suficiente, que sua experiência e intuição bastariam.


Eles ainda liam o livro. Sim, liam — carregavam-no com cuidado, declaravam diante de todos que aquele era um livro especial, que ele seria a chave da vitória, que continha as palavras do rei. Mas a leitura era cada vez mais espaçada. Em alguns dias, diziam: “Hoje não deu tempo.” Em outros, até liam, mas não com atenção.


Não meditavam com zelo.


Liam algumas palavras, repetiam frases, mas não refletiam com sinceridade. Abriam o livro, mas não abriam o coração. Evitavam os trechos que exigiam sacrifício, esforço, renúncia, humildade. As partes que pediam mudanças na convivência entre eles, justiça, verdade, unidade, eram muitas vezes ignoradas.


Não meditavam com honestidade.


As consequências não demoraram.


Em certa vila pelo caminho, ele permitiu que o povo descansasse mais do que devia, e lá se envolveram com distrações que os enfraqueceram para os desafios seguintes. Em outra, permitiu que comerciantes instalassem feiras cheias de apelos, e o povo começou a gastar tempo com vaidades e jogos, esquecendo o objetivo da viagem.

Além disso, muitas das coisas que eles liam no livro, no fundo, não acreditavam de verdade. Passaram a interpretar de forma diferente do que estava escrito, pois o que o livro dizia confrontava diretamente o que eles haviam aprendido ao longo do tempo, o que pensavam, o que sentiam e até o que desejavam. Preferiram então manter as tradições, os costumes e as práticas que já estavam acostumados a seguir — fosse na maneira de viver, de conduzir seus próprios objetivos ou de lidar com os outros. Assim, aos poucos, o livro foi sendo adaptado à vida deles, em vez de suas vidas se moldarem ao que dizia o livro.


Alguns começaram a se perder, outros murmuravam, e a liderança do comandante já não era mais respeitada como antes.


E mesmo vendo a desordem, ele continuava a confiar em si mesmo, pensando: “Sou o comandante do rei. Ele me escolheu. Ele entende o que estou passando.”


Mas o rei havia deixado claro: o êxito dependia da fidelidade àquilo que estava no livro.


E assim, aquele povo se perdeu no deserto e não conseguiu chegar à terra da promessa de paz, alegria e prosperidade. Não conseguiram alcançar o lugar estabelecido pelo rei.


O rei soube de tudo.

E então enviou um novo comandante e um outro povo obediente, treinado e fiel, para que estes pudessem alcançar aquela terra — e assim construir uma nova cidade.


🕊️ REFLEXÃO


Esta mensagem não é apenas uma ilustração — é Deus falando conosco.

Ela revela o caminho e a forma como devemos caminhar para alcançar, após a nossa morte, a vida eterna.


Deus nos deixou um livro.

É por meio dele que conhecemos quem Deus é, e qual é a Sua vontade.

Esse livro não serve apenas para ser carregado, lido ocasionalmente ou declarado com os lábios.

Ele precisa ser meditado com sinceridade, com cuidado e com temor.


O erro que levou aquele povo à ruína foi exatamente este: faltou reflexão sincera.

Eles tinham o livro, liam algumas partes, mas não permitiram que o livro os conduzisse de fato.


E é por isso que a reflexão se torna o ponto-chave.

Pois o seguir verdadeiro ao Deus vivo — por meio de Jesus, o único caminho — só é possível quando há um coração disposto a ouvir, meditar e obedecer.


É isso que precisamos fazer.

E por isso, é essencial refletir sobre o que Deus está falando conosco através desta mensagem.

Estes erros cometidos não podem fazer parte da nossa vida. Caso contrário, não alcançaremos a Terra Prometida.


📖 1. A Fidelidade ao Livro


O livro vinha do rei. Não era uma sugestão, nem uma tradição antiga — era uma ordem direta, carregada de autoridade, orientação e promessa. O rei foi claro e específico: a vitória do povo, a redenção daquela jornada, e o alcance da nova cidade dependiam inteiramente da fidelidade ao que estava escrito.


Apenas carregar o livro não bastava. Dizer que o livro era sagrado, importante, ou que vinha do rei, também não bastava.


Aquele povo era reconhecido como o povo do rei. O comandante tinha sido comissionado diretamente por ele. Todos estavam ligados à autoridade real — mas essa ligação não era teórica, nem apenas nominal.


A realidade dessa ligação com o rei se confirmava — ou não — pela fidelidade prática àquilo que estava no livro.

Só haveria prova de fidelidade na obediência. Só haveria certeza de comunhão com o rei na submissão voluntária à Sua vontade escrita.


Por isso, a fidelidade ao livro não era um detalhe — era a linha que separava o êxito do fracasso, a chegada na cidade da promessa da ruína no deserto.

Assim como na parábola, também hoje muitas pessoas creem que pertencem a Deus, afirmam ter uma ligação com Ele, se dizem povo de Deus, e até assumem cargos, funções ou responsabilidades no meio religioso.


Porém, a verdade é que só será verdadeiramente de Deus aquele que, não apenas de forma teórica ou declaratória, mas na prática, for fiel ao que está escrito na Bíblia.


Jesus deixou isso muito claro:


 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

(Mateus 7:21)


Ele também disse:


 “Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

(Mateus 7:23)


Essas palavras são simples e diretas: a fidelidade à vontade de Deus é o que prova que alguém pertence a Ele. Não é o que se diz, mas o que se vive.


Outro texto que reforça isso com ainda mais clareza está em João 3:36:

 “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”


Ou seja, a infidelidade — o pecado — separa o homem de Deus.

Não basta dizer que crê; é preciso obedecer.


💭 2. O Papel da Reflexão


A parábola nos mostra que a falta de uma reflexão sincera não é algo neutro ou sem consequências. Ela reflete diretamente o valor que se dá às palavras do rei.


No caso do comandante e do povo, a superficialidade na leitura do livro e a ausência de uma meditação cuidadosa mostraram o quanto, de fato, eles consideravam — ou deixavam de considerar — o rei e a sua autoridade.


A reflexão está ligada à importância.

Aquilo que paramos para pensar com profundidade, com atenção e com sinceridade, é aquilo que realmente valorizamos.

Quando não há reflexão, há desconsideração.


No contexto da parábola, a ausência de uma reflexão verdadeira sobre o que o rei dizia significava, na prática, uma negação da essência do rei como rei.

Pois negar atenção às suas palavras era desprezar a sua autoridade, o seu governo e a sua identidade como soberano.


Refletir com seriedade sobre o que o rei dizia era reconhecer quem ele era.

Deixar de refletir, por outro lado, era recusar o próprio rei — mesmo que os lábios ainda dissessem que ele era o rei.

Da mesma forma, hoje a Bíblia é o livro do Rei.

É o livro de Deus. É por meio dela que conhecemos quem Ele é, qual é a Sua vontade, o Seu caráter e o Seu plano eterno.


Por isso, a atenção, a seriedade e a reflexão profunda, verdadeira e honesta sobre a Bíblia é o que realmente demonstra se consideramos Deus como nosso Rei ou, ao contrário, se estamos deixando de reconhecê-Lo como Deus em nossas vidas.


Não refletir com profundidade, com sinceridade, com temor e de forma contínua sobre o que Deus diz atesta que não estamos colocando Deus na posição de Deus.

E, portanto, é negá-lo — ainda que a mente acredite na mentira, no engano de pertencimento a Deus, ou qualquer tipo de relação com Ele.


A fidelidade à Bíblia, o livro do Rei, é essencial para a salvação. Ela não é apenas um registro religioso, mas a revelação viva da vontade de Deus, capaz de nos transformar e conduzir ao caminho da vida eterna.


O apóstolo Paulo escreveu:


 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

(2 Timóteo 3:16-17)


Seguir a Escritura com fidelidade é o caminho que nos habilita a viver conforme a justiça de Deus.


E sobre a importância da meditação, o Salmo 119 nos diz:


 “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!”

(Salmo 119:97)


Esse versículo mostra que meditar constantemente na Palavra é o sinal do verdadeiro amor à lei de Deus e portanto à Deus. 

Quem ama o que Deus diz, pensa sobre isso, considera, examina e guarda no coração, aplicando em seu viver. 


⚠️ 3. A Aparência Sem Verdade


Ler, recitar ou declarar as palavras de Deus sem aplicá-las sinceramente à própria vida é uma atitude hipócrita — e pior, é uma expressão de um caráter diabólico.

Não porque a Palavra seja má, mas porque ela está sendo usada sem reverência, sem transformação e com intenções deturpadas.


Esse tipo de atitude geralmente nasce do orgulho religioso — a pessoa se sente bem por conhecer, por falar, por estar associada à Bíblia, mas não tem real interesse em agradar a Deus nem em transformar a sua vida.

Ela fala, ela cita, ela até ensina — mas não vive.


O pior é que, nesse estado, a pessoa engana a si mesma.

Ela acredita que está em comunhão com Deus, mas está apenas alimentando sua própria imagem, sustentando uma aparência sem verdade.


O orgulho engana — e a falta de reflexão sincera sobre si mesmo e sobre o que Deus requer, faz com que a pessoa confunda aparência com realidade.

Ela fala com superficialidade, e o orgulho é quem prevalece, enquanto a sinceridade é deixada de lado.


Essa é uma das formas mais sutis e perigosas de afastamento de Deus: a pessoa continua falando Dele, mas sem estar realmente com Ele.

Tiago 1:22-25 (ARA)

22 — E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.


🔥 4. As Causas da Falta de Reflexão Sincera


Na parábola, a derrota daquele povo aconteceu porque eles não cumpriram a ordem do Rei de refletirem sobre o livro diariamente, constantemente, incessantemente.

Essa ordem não era apenas uma formalidade, mas revelava o ponto fundamental da jornada: a transformação da vida.

Porém, eles não estavam dispostos a isso.

E por isso a falta de reflexão os levou à derrota.


Um dos principais motivos pelos quais muitos não refletem com sinceridade sobre a Palavra de Deus é porque não aceitam as consequências que ela traz.

Eles até leem, até falam, até concordam em parte — mas não querem viver aquilo que exige renúncia, sacrifício e obediência verdadeira.


A Palavra de Deus confronta.

Ela exige que o homem morra para a sua própria vontade, para o seu ego, para os seus desejos — e coloque Deus acima de tudo, inclusive acima de si mesmo.


Mas muitos ainda não morreram para si mesmos.

Ainda não reconheceram Deus como soberano absoluto, digno de ser seguido mesmo que isso custe dor, sofrimento, perda ou perseguição.


Por isso, muitos criam um evangelho adaptado, um evangelho fácil, morno, distorcido — um evangelho falso.

Um evangelho que acompanha a vida confortável, que não estraga prazeres, que não confronta desejos, que não exige cruz.


Esse tipo de “fé” é construída não sobre a verdade de Deus, mas sobre a preservação do próprio eu.

E isso é a prova mais clara de que Deus ainda não foi colocado acima de tudo — acima da reputação, da estabilidade, dos desejos, e até da própria vida.

📖 Confirmação Bíblica


 “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.”

(Lucas 14:26)


Esse versículo mostra que seguir a Deus exige uma entrega total, onde até mesmo os vínculos mais profundos e os próprios desejos pessoais devem estar abaixo da vontade de Cristo.

Quem não está disposto a isso, não pode ser considerado discípulo verdadeiro — é o próprio Jesus quem afirma.


 “Aquele que ama a sua vida, perdê-la-á; e aquele que odeia a sua vida neste mundo, guardá-la-á para a vida eterna.”

(João 12:25)


Aqui, vemos que o apego à própria vida, aos seus prazeres e à própria vontade, é o que impede muitos de viverem a verdade.

É necessário morrer para si mesmo, para então viver para Deus e alcançar a eternidade com Ele.


🍯 5. A Palavra: Doçura nos Lábios, Amargura no Viver


A Palavra de Deus, na parábola, era reconhecida como especial. Eles a carregavam, a declaravam, exaltavam o livro do Rei — mas não se dispunham a vivê-lo com sinceridade.

Eles gostavam de tê-la por perto, mas não queriam ser moldados por ela. E assim, se perderam.


A Bíblia revela esse mesmo contraste quando diz:


Toma-o e come-o; ele fará amargo o teu estômago, mas na tua boca será doce como mel.”

(Apocalipse 10:9)




Esse texto mostra que a Palavra pode ser doce ao falar — bonita, admirável, poderosa nos lábios — mas se torna amarga quando exige obediência, renúncia e transformação.


Por isso, não basta falar da Palavra, é preciso comê-la com o coração.

Viver a Palavra exige uma disposição mental e espiritual real de colocar Deus — e a vontade Dele — como o único e supremo objetivo da vida.


Sem essa disposição, a pessoa fala a Palavra, mas vive a negação daquilo que declara.


🛡️ 6. As Condições para a Vitória


Na mensagem dada por Deus a Josué, logo após a morte de Moisés, está revelado o segredo da vitória:


 “Não cesse de falar deste Livro da Lei; medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer conforme tudo o que nele está escrito. Então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.”

(Josué 1:8)


Essa ordem do Senhor não se tratava de uma prática simbólica ou religiosa. Era um mandamento direto, prático e indispensável para alcançar a terra prometida e conduzir o povo com sucesso.


Meditar “dia e noite” não se refere apenas a um horário literal, mas sim a um estado de constância, de intensidade e de prioridade.

Era como dizer: “a vitória está nesse livro — e o acesso a essa vitória vem por meio de uma dedicação total e contínua àquilo que está escrito.”


Assim também é hoje.


A reflexão verdadeira sobre a Palavra de Deus não é algo automático, nem religioso, nem superficial.

Ela só pode acontecer quando o coração está completamente entregue a Deus.

A base da verdadeira reflexão é uma disposição mental e espiritual que reconhece Deus como absolutamente supremo, santo, digno, e infinitamente acima de tudo.


Essa disposição não vem de um desejo leve ou de um pensamento positivo.

Ela só nasce quando alguém reconhece o sacrifício de Jesus Cristo, morre para si mesmo, renuncia à própria vida e passa a viver unicamente para conhecer e fazer a vontade de Deus.


Refletir de maneira verdadeira na Palavra exige:


morte do velho homem

renúncia ao orgulho, aos desejos próprios, à autossuficiência

um coração que vive exclusivamente para agradar a Deus


É somente esse tipo de entrega que torna possível a reflexão honesta, profunda e transformadora.

Caso contrário, a leitura da Palavra será apenas uma formalidade religiosa.

E isso abre caminho para um engano terrível: o engano de pensar que se está com Deus, quando na verdade a mente apenas se acomodou a um sistema, a um discurso, a uma aparência.


Esse engano será desfeito no último dia, quando muitos, diante de Jesus, ouvirão:


Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

(Mateus 7:23)


Portanto, a única vida que deve se manifestar em nós é a vida de Cristo.

E isso só acontece quando morremos completamente para nós mesmos, e vivemos exclusivamente para Ele.

📖 Confirmação Bíblica


 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”

(Gálatas 2:20)


 “E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”

(2 Coríntios 5:15)


Esses versículos deixam claro que a vida cristã começa onde termina o eu.

Se você ainda vive para si, se a sua vontade ainda governa suas decisões, Cristo não vive em você.

E se Cristo não vive em você, você não tem Deus.


E mais: se você ainda aceita glória para si, se deseja reconhecimento, elogios, honra ou exaltação, você está roubando a glória que pertence unicamente a Deus.

E quem rouba a glória de Deus, nega a Deus — também não tem Deus.


🌟 Conclusão e Apelo


Deus falou com você.

Ele deixou claro que a Bíblia Sagrada deve ser o propósito da sua vida, o fundamento, o norte, acima de tudo.


Colocar a Palavra de Deus nessa posição significa abrir mão da sua própria vida aqui na Terra para viver a vida que Deus propõe.

Isso exige a morte completa do seu “eu”, dos seus desejos, da sua vontade.


Essa disposição mental de entrega total ao Senhor expulsa, aniquila, destrói completamente o pecado da sua vida — porque não há mais espaço para ele onde reina o verdadeiro Deus.


Esta vida é breve.

Ela não é o fim. Ela é apenas uma travessia, uma jornada curta rumo ao destino eterno.

Não se iluda.

Sem renúncia, sem determinação, sem zelo, sem sofrimento e sem esforço, você não chegará lá.

Não aceite um evangelho confortável, fabricado pelo inimigo da sua alma.

O verdadeiro evangelho exige tudo de você — para que Cristo viva tudo em você.


Portanto, tome hoje a decisão de viver a Palavra, de pensar segundo a Palavra, de refletir sobre ela com sinceridade e temor.

Porque é nessa reflexão contínua, honesta e zelosa que a transformação acontece.

E é essa transformação que te conduz à vida eterna.


Só assim.

Só assim você verá a glória de Deus.

Só assim Cristo viverá em você.

Só assim você estará com Ele — para sempre



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domingo, 3 de agosto de 2025

Sula e seu Amado

 


Titulo: 🌿 Sula e seu Amado 🌿


Havia numa terra distante uma moça de coração sincero chamada Sula. Seus dias eram simples, passados entre os campos e as vinhas. A pele dourada pelo sol e os cabelos longos como a noite denunciavam sua vida entre os pastos. Mas havia em seu olhar uma doçura rara — e foi esse olhar que capturou o coração de um jovem príncipe, filho do rei.


Ele a viu entre as vinhas, com as mãos marcadas do trabalho, mas com a beleza de quem ama com verdade. E seu coração se inclinou por ela. Desde então, não quis mais outra entre todas as moças da terra.


— “Tua voz é doce para mim, Sula,” ele dizia. “Teu rosto é formoso. Teus olhos são como os das pombas à beira dos rios. Teus cabelos caem como véu sobre teus ombros, negros como a noite sem nuvens. Teus lábios me encantam como o suco da uva fresca. O teu perfume me envolve. Não há ninguém como tu entre todas.”


Sula corava. Seu coração ardia por dentro. Havia nele algo que ela nunca conhecera em ninguém — um mistério, uma força, um amor que não sufocava, mas libertava.


— “Ah, como desejo estar contigo,” sussurrava Sula. “Sinto tua falta como o ar que preciso para respirar... Como sede no deserto anseia por água fresca, assim clamo por ti. Quando te afastas para os teus compromissos, minha alma te busca pelas ruas, pelos campos. O cheiro da tua túnica ainda me segue.”


O tempo passava, e o amor crescia. Já não era apenas desejo de encontros, mas vontade de caminhar juntos pela vida. As palavras entre eles se tornavam mais profundas.


— “Teu amor é melhor do que o suco da uva,” dizia ela.

— “Minha amada é como jardim fechado. Fonte selada. És rara, Sula, és como lírio entre os espinhos.”


Ela então o procurava ao entardecer:

— “Onde estás, meu amado? Volta logo para mim. Quero teus abraços, tua presença, teus olhos sobre mim. Minha alma vela quando durmo, esperando ouvir teus passos à porta. Quando te ausentas, perco o fôlego. Quando voltas, tudo em mim se alegra.”


E ele vinha.

Trazia flores, ternura, palavras doces como figos maduros.


— “Quem é essa que vem dos campos, apoiada no braço do seu amado?”, diziam os que os viam.

— “É Sula,” ele respondia. “A minha amada. A quem dei meu coração. Nem muitas águas poderiam apagar esse amor. Nenhum rio o afogaria. Nem por todos os tesouros do mundo, eu o trocaria.”


Nos dias finais de espera, ela olhava os montes e dizia:

— “Vem depressa, meu amado. Vem como cervo sobre os montes da fragrância. Quero me deitar contigo à sombra das árvores, ouvir teu riso, sentir teu calor. Vem, amado meu. Já estou pronta.”


E assim, como o sol que se põe para nascer outra vez, Sula e seu amado preparavam-se para o dia em que não mais se separariam.


🌿 Reflexão 🌿


O texto que acabamos de ler, Sula e seu Amado, retrata uma bela e intensa história de amor entre uma mulher simples, de coração sincero, e um jovem príncipe, filho do rei. É uma narrativa que expressa o amor puro, fiel e desejoso de comunhão.


Mas este texto vai além de uma relação humana. Ele nos convida a uma reflexão espiritual profunda. A Bíblia, ao longo de suas páginas, usa a figura do relacionamento entre um homem e uma mulher — noivo e noiva, marido e esposa — para ilustrar a relação entre Cristo e a sua Igreja.


É sobre isso que vamos meditar: a relação entre Sula e seu amado como representação da união entre Jesus e aqueles que verdadeiramente o amam. Essa união não é simbólica apenas — ela aponta para o maior dos acontecimentos espirituais: o casamento eterno entre o Cordeiro e a sua noiva, que é a Igreja fiel.


Assim, a pergunta que devemos fazer ao ler esta história é:

Tenho eu esse tipo de relação com Cristo?

Minha vida, meu amor, minha entrega, refletem a condição de noiva preparada para o Noivo?


Porque somente os que vivem esse relacionamento íntimo e verdadeiro com Cristo é que participarão do casamento eterno — da salvação, da união inseparável com o Amado. E, da mesma forma, esse texto também traz um eco sobre a beleza e a profundidade do amor entre um homem e uma mulher, entre noivo e noiva, marido e esposa — que deve ser marcado pela fidelidade, entrega, respeito e amor verdadeiro, como o amor de Cristo por nós.


🌿 O amor nasce do reconhecimento de quem Ele é 🌿


Sula passou a amar seu amado não apenas por um momento de emoção, mas porque ela o conheceu. Ela viu suas qualidades, sua beleza interior e a doçura de suas palavras. O seu amor foi despertado pelas virtudes daquele que a amava. Era um príncipe, sim — filho do rei — mas foi a nobreza de sua natureza, e não apenas o título, que cativou o coração de Sula.


Ela reconheceu nele algo que ia além da aparência: reconheceu a força e a ternura, o cuidado e a pureza. Ela elogiava seu amado não só com palavras, mas com o coração tocado por quem ele verdadeiramente era.


Assim também deve ser o amor da Igreja por Cristo. Sula representa todos aqueles que pertencem ao Senhor, que foram alcançados por Sua graça e passaram a amá-lo por aquilo que Ele é.


Cristo é o Rei dos reis. Sua realeza não está apenas em um título celestial, mas em sua essência — Ele é Deus que se fez carne. Ele desceu até nós, não para dominar, mas para servir; não para ser coroado por homens, mas para ser coroado de espinhos e oferecer sua vida como prova do maior amor.


A Igreja deve amar a Cristo porque Ele é digno. Ele é puro, santo, fiel, justo, manso e poderoso. Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo, e também o Leão da tribo de Judá que reina eternamente. Ele é o Noivo fiel, que se entregou por amor à sua noiva, para purificá-la, resgatá-la e prepará-la para o grande dia.


Sula se encantou pelas qualidades do seu amado. E nós, Igreja, devemos nos encantar por Cristo — não por interesse, nem por tradição, mas porque Ele é glorioso.


Ele nos amou primeiro, e nosso amor deve ser a resposta à revelação do que Ele é:

 “Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)


A verdadeira noiva não ama apenas as bênçãos, os dons ou as promessas — ela ama o Noivo, porque o conhece. E quanto mais conhece, mais deseja estar com Ele.


Isaías 9:6

 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”


🌿 A pureza da noiva e o compromisso absoluto com o Noivo 🌿


O amor de Sula pelo seu amado era tão profundo que estar com ele era sua própria vida. Sua alma se movia por ele. Ela ansiava por sua presença, por sua voz, por seus abraços. Nada mais a satisfazia. Havia um compromisso total — o coração de Sula estava inteiramente entregue ao seu amado.


Essa é a imagem da noiva espiritual — a Igreja que verdadeiramente pertence a Cristo. A noiva é pura, não porque está tentando se afastar do pecado, mas porque já está separada, já está comprometida com o Noivo, e não pode viver em adultério espiritual.

Cristo é santo, e a Igreja que está verdadeiramente unida a Ele também é santa. Ela é pura porque está comprometida com o Noivo. Ela não tem parte com o pecado, porque o pecado representa a vontade do diabo, o inimigo de seu Amado. Não há comunhão entre a noiva e o inimigo de seu noivo.


📖 Isaías 59:2

 “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”


A noiva não vive tentando se purificar do pecado. Ela já foi lavada pela Palavra e está comprometida em fidelidade. O que a noiva faz agora é se embelezar — transformar sua mente, seu coração, seus desejos — para agradar Aquele com quem está comprometida.


📖 Romanos 12:2

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”


📖 Efésios 5:25-27

 “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”


📖 Tiago 4:4

 “Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”


A verdadeira noiva está completamente comprometida com o seu Noivo. O seu coração pertence a Cristo. Por isso, ela não o trai (peca), pois isso seria infidelidade ao Amado. 

Enquanto espera o dia da união completa, ela se embeleza combos frutos do Espirito, com transformação interior, com vestes limpas — como uma noiva pronta para o encontro eterno.


🌿 Desejo de partir: o coração que só quer estar com seu amado 🌿


Sula vivia neste mundo, mas o seu coração não estava mais aqui. Desde que passou a amar seu amado, tudo em sua vida mudou. Os campos, as vinhas, o trabalho — nada mais era como antes. Ela fazia o que precisava fazer, mas sua alma já estava ligada a outra realidade: a do dia em que estaria para sempre com ele.


Ela sabia que precisava esperar. Havia um tempo determinado. Mas o que ardia em seu peito era o desejo de ir — de sair dessa vida e estar com o seu amado, onde ele estivesse. O mundo já não era seu lar. Seu lugar era ao lado dele, onde tudo é pleno, onde o amor é completo, onde não há mais separação.


Esse é o sentimento de todos aqueles que, como Sula, são verdadeiramente noiva. Eles vivem aqui apenas para cumprir o tempo necessário, como quem se prepara para o grande dia. Fazem o que é preciso com fidelidade, mas o coração está fixo em uma única coisa: estar com seu Amado para sempre.


Aqueles que são noiva não se apegam a este mundo, pois sabem que ele é passageiro. O verdadeiro lar está onde está o seu amado. Eles vivem com os olhos no céu, aguardando o momento da união eterna, seja pela morte, seja pelo chamado repentino. Mas de uma coisa têm certeza: a fidelidade é o sinal da verdadeira noiva.


Quem morre fiel, parte para estar com o seu Amado. E quem vive fiel, será chamado no tempo certo. Mas todos os que são noiva, um dia, estarão com Ele para sempre.


Sula sabia disso. Por mais que desejasse correr ao encontro de seu amado, ela entendia que havia um tempo — e esse tempo era para se preparar, se adornar, manter-se firme, manter-se pura. O seu coração, no entanto, já dizia em silêncio:

“Já estou pronta. Vem, meu amado. Quero estar contigo para sempre.”


🌿 A Igreja de Cristo: a verdadeira noiva 🌿


A Igreja é a noiva fiel.

Ela sabe que a fidelidade é o que a caracteriza como noiva.

📖 “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10)


É aquela que conhece a Cristo.

📖 “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)


Reconhece Jesus como único Senhor e Salvador.

📖 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:12)


Ama o seu Amado.

📖 “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” (João 14:23)


Por amor, é fiel.

📖 “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.” (João 14:21)


Mantém-se pura.

📖 “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mateus 24:13)


Não se contamina com o mundo.

📖 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)


Seu desejo é estar com Cristo.

📖 “Tendo desejo de partir, e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Filipenses 1:23)


Seu prazer é a comunhão com Ele.

📖 “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18:20)

📖 “Orai sem cessar.” (1 Tessalonicenses 5:17)


Vive para se embelezar para Ele.

📖 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12:14)

📖 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.” (Romanos 12:2)


🔔 Conclusão e Apelo Final 🔔


Esta mensagem é Deus falando com você.

A vida eterna com Deus depende da forma como você morre.

Se você morre como a noiva descrita no livro de Cantares — com amor verdadeiro, fidelidade e desejo de estar com o Amado —, haverá salvação.

Mas se você morre sem uma aliança de fidelidade com Deus, ou se diz noiva, mas sem o amor puro e sincero revelado em Cantares, você não estará com Ele na eternidade.

Há casamentos que, com o tempo, perderam o primeiro amor.

Vivem juntos, mas sem o fogo e a paixão que tinham no início, quando fizeram o compromisso.

Assim é a falsa igreja:

Ela mantém uma aliança apenas na aparência, mas não está mais no seu primeiro amor. Será reprovada por Deus.


📖 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”

(Apocalipse 2:4)

Você que ainda não assumiu uma aliança de fidelidade com Deus —

ou seja, não abandonou o pecado, nem decidiu seguir os ensinamentos de Cristo com fidelidade —,

faça isso enquanto ainda há tempo.

Assim, você será a noiva de Cristo, a verdadeira Igreja.


Você que um dia viu seu pecado, arrependeu-se e foi batizado, firmando uma aliança com Deus, conforme diz a Palavra:

📖 “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo.”

(Marcos 16:15-16)


Se você já fez essa aliança, mas não vive no primeiro amor, não é fervoroso, não vive um evangelho vivo e cheio de entrega, refaça sua aliança com Deus.

📖 “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.”

(Apocalipse 3:16)

Esta não é uma mensagem religiosa.

É Deus falando com você.


Deus não vai descer do céu para se apresentar fisicamente diante de cada pessoa. Ele já veio, e já deixou Suas palavras registradas.

Portanto, esta é a voz de Deus falando com você. Se você não der ouvidos a esta palavra, no inferno você se lamentará eternamente por ter rejeitado a verdade que te conduziria à vida eterna, maravilhosa, para sempre com Deus.

📖 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”

(Apocalipse 2:7)


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sábado, 2 de agosto de 2025

Micael não olhou — o ketchup e a mostarda derramada.

 


Micael não olhou — o ketchup e a mostarda derramada.



Havia um jovem chamado Micael, trabalhador, sonhador e cheio de esperança. O grande sonho de sua vida era conquistar um bom emprego. Não apenas por realização pessoal, mas porque ele queria dar uma vida digna à sua esposa e construir com ela uma família estruturada e feliz. Ele não tinha emprego fixo, vivia de bicos e isso sobrecarregava sua esposa que era a que sustentava de fato a casa. 


Micael se preparou com empenho. Estudou tudo sobre a empresa, treinou respostas, aprendeu como se portar. Ele sabia que não podia falhar. Aquela entrevista era uma oportunidade única.


Na manhã marcada, ele acordou cedo. O trânsito da cidade era complicado, então ele se antecipou. Vestiu a roupa nova que comprara especialmente para aquele momento: uma camisa clara, elegante, alinhada. Estava impecável. Saiu determinado.


A entrevista seria num escritório dentro de um shopping. Micael chegou com antecedência e ficou esperando a hora marcada. Mas havia um detalhe: ele não havia tomado café da manhã.


Quando faltavam poucos minutos, pensou:

— “Dá tempo de comer um lanche rapidinho...”


Correu até a praça de alimentação e pediu um hambúrguer. Estava com muita fome. Pediu com bastante ketchup, bastante mostarda. Comeu apressado, tentando vencer o tempo.


Mas, enquanto comia, sem perceber, o ketchup e a mostarda escorreram pela camisa nova, manchando-a. Ele não reparou. Estava tão focado na entrevista, tão seguro de seu conhecimento e preparo, que não olhou para si.


Apressado, subiu correndo as escadas — nem quis esperar o elevador. Chegou suado, ofegante, mas na hora certa.


A entrevista aconteceu. Micael respondeu com firmeza, clareza, inteligência. Suas palavras eram corretas, sua postura era profissional, seu conhecimento era sólido. Ele saiu de lá com o coração cheio de alegria, certo de que conseguiria a vaga.


Mas ele não sabia...

Os entrevistadores notaram sua camisa manchada. Aquilo falava mais do que suas palavras. Mostrava desatenção, despreparo, descuido consigo mesmo. Eles entenderam: se ele não cuida de si, como cuidaria das responsabilidades que teria?


E assim, Micael não conseguiu alcançar o seu objetivo. Ele não conseguiu entrar na empresa dos seus sonhos.


Aquela derrota lhe trouxe tristeza profunda. A frustração evoluiu para um estado depressivo e manteve a situação econômica da casa instável. Sua esposa, além de trabalhar para sustentar o lar, ainda acumulava as tarefas domésticas. O peso sobre ela foi se tornando insustentável.


Com o tempo, Micael passou a buscar consolo na bebida, tentando anestesiar a dor do fracasso. O vício, somado à instabilidade financeira e emocional, abalou completamente o relacionamento. A esposa, já esgotada, não suportou mais a carga.


A separação foi inevitável. E Micael, sem emprego, sem esposa, sem forças, passou a frequentar bares, onde afundava seus dias em copos vazios e olhares perdidos. Sua vida foi se apagando aos poucos, sem rumo, sem propósito, sem alegria.


🔷 Reflexão


A vida do ser humano pode seguir apenas dois caminhos: fazer o bem ou fazer o mal. Mas é importante entender que não é o próprio homem quem define o que é bem e o que é mal — essa definição pertence exclusivamente a Deus, o Criador de todas as coisas. É Ele quem estabelece os critérios, os valores e os princípios que determinam o que é certo e o que é errado.


Assim como na história de Micael, não era ele quem decidiria se estava apto para o emprego. Ainda que tenha se preparado, comprado uma roupa nova, estudado com dedicação, e respondido com segurança na entrevista, a decisão final não estava em suas mãos. A sua aprovação dependia da análise da empresa, da comissão, do chefe — de quem o avaliaria.


Da mesma forma, a nossa vida também está sendo avaliada. E não somos nós que nos aprovamos. Por mais que achemos que estamos certos, bem preparados, com boas intenções, quem define a nossa aprovação é Deus. Ele é o justo juiz, o examinador eterno das nossas obras, do nosso coração e do nosso interior.


Essa história que você acabou de ler não é apenas um relato sobre uma entrevista de emprego. É uma forma que Deus escolheu para falar com você a respeito de sua própria vida, e especialmente sobre o dia da sua avaliação final.


Você está preparado para ser aprovado assim que sua vida acabar?

Você tem certeza de que será aceito por Aquele que tudo vê?

Você sabe que essa hora pode chegar a qualquer momento?


Então reflita.

Reflita profundamente naquilo que Deus está te mostrando por meio dessa parábola.


🟠✨ A Sujeira

Muitas pessoas desejam a aprovação de Deus, querem a vida eterna, e acham que estão preparadas, porém, não estão.


 "Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte."

(Provérbios 14:12)

Assim como Micael achava que estava pronto e queria ser aprovado, mas foi decepcionado e a vitória não se concretizou em sua vida, muitos também se decepcionarão no grande dia.


 "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando?"

(Lucas 6:46)


"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."

(Mateus 7:22-23)


Esse texto mostra que, apesar de muitos acharem que são de Deus e que estão vivendo de forma correta, serão surpreendidos, rejeitados e lançados no inferno

Micael não poderia entrar sujo, nem ser aprovado estando sujo. Isso seria impossível.

Assim como no Reino de Deus, ninguém será recebido se estiver impuro. A pessoa precisa estar limpa, santa, purificada, para poder entrar. Deus exige santidade.


 "Porque eu sou o Senhor vosso Deus; santificai-vos, pois, e sede santos, porque eu sou santo."

(Levítico 11:44)


"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."

(Hebreus 12:14)


 "E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro."

(Apocalipse 21:27)


 "Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor."

(Lamentações 3:40)


A Bíblia é clara em apresentar o pecado como a causa do impedimento à vida eterna e à comunhão com Deus.

O pecado é a sujeira, a imundícia que separa o homem de Deus.

É o que impede o ser humano de alcançar o Reino de Deus.


"Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo."

(1 João 3:8)


 "Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus."

(João 3:36)


 "Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?"

(Romanos 6:2)


 "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado."

(João 8:34)


 "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."

(João 1:29)


 "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça."

(Isaías 59:1-2)


 "Sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve."

(João 9:31)


O que Deus está falando claro para você é que você não vai entrar no Reino dos Céus se não abandonar o pecado.

E pecado é tudo aquilo que contraria a vontade de Deus.


Lembre-se: não é você quem define o que é pecado.

Não é você quem decide o que é certo e o que é errado.

É Deus.


Você não pode se colocar no lugar de Deus.

Quem faz isso, está repetindo o mesmo sentimento que houve em Satanás, que quis ser igual ao Altíssimo.


Se você achar que pode dizer o que é certo e o que é errado, você está usurpando o lugar de Deus.


Portanto, a sua vida deve ser pautada pela Bíblia, que é a revelação de Deus.

Você deve conhecê-la e obedecê-la — custe o que custar.


Caso contrário, o pecado se manifestará na sua vida, te enganará, te afastará de Deus, e te impedirá de entrar no Reino de Deus.

E no fim, te lançará no inferno, nas trevas, no sofrimento eterno.

"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas."

(Apocalipse 2:29)


🌟 Olhar para si


A grande mensagem — além da revelação clara de que o pecado é a sujeira que impedirá o homem de entrar no Reino de Deus — é a necessidade urgente de olhar para si.


Micael, enquanto esperava a hora da entrevista, estava se alimentando, cuidando de suas necessidades.

Ele não estava cometendo um crime, nem algo escandaloso.

Apenas comia, como qualquer pessoa comum.

Mas, naquele momento, se sujou, e não percebeu.


Isso representa como muitas pessoas vivem neste mundo:

Estudam, trabalham, se casam, comem, bebem, descansam, se divertem, levam suas rotinas normalmente, fazendo o que é natural da vida.


Porém, essas coisas não podem te sujar.

Não podem tirar você do propósito e do objetivo eterno que Deus tem para você, que é a vida eterna.


Você precisa olhar para si.

Ver se as coisas desta vida estão te afastando da santidade e te manchando diante de Deus.

Porque, no fim, só entra no Reino quem estiver limpo.

"Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice."

(1 Coríntios 11:28)


O erro de muitas pessoas é que, em vez de olharem para si, passam a vida olhando para os erros, deficiências e fraquezas dos outros.


Essas pessoas não se examinam, não se quebrantam, porque o orgulho as impede de reconhecer a própria condição.


O orgulho cega.

Ele impede que a pessoa veja sua sujeira.

O orgulhoso não tem um coração reto diante de Deus, porque ele não está interessado em ser corrigido — está interessado em corrigir o outro.


O orgulho leva o homem a um olhar distorcido sobre si mesmo.

Ele até “olha” para si, mas com um sentimento de autoelevação, não com arrependimento.


Por isso, Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.


Aqueles que não olham para si com sinceridade, com humildade e arrependimento, não serão aprovados diante de Deus.

Porque só quem se humilha será exaltado.

Quando a Palavra de Deus vem para corrigir, para mostrar o erro, muitos não aceitam.

Por quê?

Porque não olham para si.

O orgulho os impede.


> "Repreende o sábio, e ele te amará; repreende o escarnecedor, e ele te odiará."

(Provérbios 9:8)

O sentimento de orgulho busca exaltá-la, e o reconhecimento do erro torna-se, para ela, uma humilhação.

Daí a dificuldade de transformação de sua vida e de santificação.

Isso a levará para a reprovação. 

"Porque qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado."

(Lucas 14:11)


Aqueles que são reprovados recebem a Palavra de Deus, porque ela os faz parecer boas pessoas dentro do seu próprio padrão.

Porém, não a usam para transformação de suas vidas, mas para reforçar sua imagem, seu status de “boa pessoa”.


Quando leem a Palavra, olham para si mesmos e dizem: “Olha como sou santo!”

Então voltam o olhar para os outros, julgando e condenando: “Olha como aquele está sujo.”


Assim, a Palavra de Deus não cumpre seu verdadeiro propósito, que é transformar a vida daquela pessoa.

"O fariseu, em pé, orava consigo mesmo deste modo:

‘Ó Deus, graças te dou porque não sou como os outros homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem mesmo como este publicano.

Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto possuo.’"**

(Lucas 18:11-12)

Não adianta você ler a Bíblia ou ouvir pregações, se não tiver o sentimento sincero de olhar para dentro de si.

Se não houver humildade para reconhecer seus erros, falhas e limitações, e buscar transformação,você estará reprovado.

O orgulhoso não busca se corrigir, mas se afirmar.

Ele não quer ver realmente suas falhas ; quer se convencer de que está bem com Deus.

O inimigo age sutilmente, fazendo com que ele foque nas coisas “boas” que vê ao seu respeito — suas ações, sua imagem, seus feitos — para alimentar essa falsa segurança.

Assim, ele não é levado a olhar para dentro de si mesmo, a buscar santidade, transformação e perfeição, buscando de forma profunda, intensa, sincera seus erros, falhas ou pecados, pois ainda continua sujo diante de Deus.  

Quando a Palavra de Deus lhe é apresentada, ele a usa apenas para confirmar essa visão positiva de si mesmo, e não para promover mudança real.


Além disso, essa tendência de um olhar positivo para si mesmo lhe traz a sensação falsa de estar agradando a Deus, o que alimenta ainda mais o seu ego.

Mas, na verdade, esse sentimento é motivado pelo ego, não pela verdade do coração.

Se houvesse verdadeira morte do ego e humilhação diante de Deus, ele veria que sua vida não está agradando a Deus como deveria.

Porque a realidade é que precisamos de transformação diária e contínua, pois sempre estaremos devendo a Deus uma posição melhor.


Esse olhar voltado para os outros, e não para si, é a armadilha que impede a verdadeira transformação e a aprovação diante de Deus.

Olhar para dentro de si e permitir que a luz dissipe as trevas exige humilhação, exige renúncia, exige sacrifício.

Essas exigências são, muitas vezes, o que impedem a sinceridade diante de Deus e a reflexão verdadeira sobre si mesmo.

Refletir de forma profunda sobre as próprias motivações, intenções e o estado real do coração diante do Senhor não é algo natural ao orgulhoso.

Só aquele que morreu para o seu ego, para a sua vontade e para qualquer tipo de exaltação à sua própria pessoa pode permitir que a Palavra de Deus transforme verdadeiramente a sua vida.


O pecado é justamente a ausência de um coração reto, de um coração sincero, de um coração puro — sem a presença do orgulho que o impede de reconhecer a real vontade de Deus em sua vida, impedindo-o de uma verdadeira santificação e transformação, que são exigidas daquele que está no caminho, que é Cristo.


O orgulho se manifesta na busca e na manutenção do status de “bom”.

A oração, a leitura da Bíblia e até a pregação do Evangelho, quando não há sinceridade e quebrantamento, humildade e verdadeira, podem ser usadas pelo ego apenas para alimentar esse status — fortalecendo a imagem de alguém correto, e não promovendo transformação real.

Por isso há aqueles que se acham de Deus, se consideram servos fiéis, pessoas espirituais, “crentes verdadeiros” —

mas, por não terem matado os seus egos e ainda desejarem glória para si, mesmo que seja a glória de um status de cristãos,

sofrerão a grande decepção no dia do Senhor.


"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer."

(Lucas 17:10)


Micael buscava a aprovação, porém não olhou para si.

Não cometa esse erro.

Olhe profundamente para si, através da Palavra de Deus, buscando a real transformação de sua vida, com um verdadeiro sentimento de humildade.

Busque agradar a Deus, e não a si mesmo.

Busque apenas a glória de Deus, e não a exaltação de um status de aprovação.

Morra definitivamente para o seu ego e viva exclusivamente para a glória de Deus.

Só assim você alcançará a verdadeira aprovação.


"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou."

(2 Coríntios 5:15)


 "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim."

(Gálatas 2:20)


 "Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!"

(Romanos 11:36)


🔷 Conclusão e Apelo


Nesta mensagem, Deus traz dois pontos que vão definir a sua aprovação ou reprovação no dia da sua morte, que pode acontecer a qualquer momento — ninguém sabe o dia de amanhã.


1. O pecado suja as suas vestes, e com vestes sujas você não pode alcançar a salvação.


> “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.”

(Apocalipse 22:14)




2. Você precisa olhar para si.

Mas não com um olhar de exaltação, e sim com um olhar de correção e transformação, com o desejo sincero de agradar a um Deus santo, infinitamente santo.


Sem esse olhar sincero, você será reprovado.

Você precisa correr para a Bíblia, para a Palavra de Deus, para que ela transforme a sua vida.

Não para confirmar o seu status de “bom”, nem para apontar o status “ruim” do outro,

mas para mostrar a sua sujeira, suas falhas e erros diante de Deus, e transformar sua vida.


Sem esse sentimento, sem essa decisão de viver assim — morto para o seu ego, morto para qualquer orgulho, e disposto a transformação, custe o que custar, para agradar a um Deus santo —

você jamais alcançará a vida eterna.


Pelo contrário, seu destino será o sofrimento eterno.


Por isso, tome essa decisão hoje, agora, antes que seja tarde demais, porque o amanhã pertence a Deus.



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