A Oportunidade e o Custo
Hugo era um homem simples, honesto, pai de três filhos, que enfrentava tempos difíceis. Havia meses estava desempregado. O aluguel estava atrasado, a dispensa quase vazia, e as crianças já haviam percebido que o lanche da escola tinha virado luxo.
Quando soube de uma vaga em uma das maiores empresas da região — um cargo estável, com bons benefícios — seus olhos se encheram de esperança. Aquele emprego era mais que um salário: era a chance de recomeçar, de ter dignidade, de escrever o seu nome em algo maior — o tão sonhado livro dos funcionários daquela empresa.
Hugo já havia trabalhado em área semelhante antes, mas fora demitido por cortes. Ele acreditava ter aprendido com os erros. E agora, com humildade, decidiu estudar e se preparar da melhor forma possível.
Sem dinheiro para cursos caros, ele se reuniu com alguns amigos. Um deles, o mais animado, era funcionário antigo da empresa.
— Eu já fiz essa prova. Eu vou te ajudar! — disse o amigo.
E de fato ajudou, com boa vontade, com entusiasmo, e até com tempo.
Reuniam-se todas as noites. Faziam simulados, liam apostilas antigas, discutiam perguntas. Hugo se aplicou de todo o coração.
Mas o que ele não sabia... é que a empresa havia mudado completamente o processo seletivo. As perguntas, os critérios, o que a empresa agora valorizava... tudo havia mudado.
Aquele amigo, apesar de sincero, estava desatualizado.
E Hugo, por sua vez, confiou mais na amizade do que na precisão.
Hugo sabia que havia ferramentas modernas, com inteligência artificial, que ofereciam bons direcionamentos, análises de empresas, tendências do mercado, perfis de recrutamento... mas ele pensou:
"Talvez não faça tanta diferença assim. Já tenho bastante conteúdo, e o que não souber, improviso. Além disso, não posso gastar agora."
Hugo e sua família eram pessoas religiosas. Frequentavam a igreja aos domingos e, em seus momentos de devoção, faziam suas preces pedindo que ele fosse admitido, que fosse aprovado naquela entrevista e conseguisse finalmente um emprego.
A entrevista chegou.
Hugo foi com seu melhor sorriso, seu melhor terno emprestado, e seu coração cheio de expectativa.
Respondeu o que sabia, falou com sinceridade, mostrou esforço.
Mas, sem perceber, suas respostas estavam presas a um modelo antigo.
Faltava a linguagem certa, o foco no novo perfil buscado, e aquela última pergunta — decisiva — ele respondeu com a experiência de ontem, quando o que se pedia era a visão de amanhã.
No dia seguinte, pela manhã, uma lista foi afixada na porta da empresa.
Ali estavam os nomes dos admitidos — os que agora fariam parte da equipe, os que seriam escritos no livro dos funcionários.
Hugo procurou ansiosamente. Linha por linha. Letra por letra. Mas seu nome... não estava ali.
Voltou para casa com os ombros pesados e o olhar perdido.
A esperança adiada começou a virar amargura.
Sem condições de sustentar a família, sua esposa e seus filhos retornaram para o interior, para a casa dos pais. Hugo ficou só, na cidade grande, tentando ainda alguma oportunidade. Mas o tempo foi passando. A pressão aumentava. E o silêncio das portas fechadas ecoava mais alto a cada dia.
Veio o estresse. Depois, a bebida.
Veio o desânimo. Depois, a depressão.
E, por fim, a noite em que ele subiu até o alto da ponte, sem forças para continuar.
E ali... se despediu do mundo.
🌟 Reflexão
Esta história é uma forma de Deus falar com você.
Ela nos leva a pensar sobre algo muito maior do que uma entrevista de emprego ou uma vaga em uma grande empresa.
Deus está mostrando, por meio desta parábola, uma verdade profunda e eterna: que um dia todos nós estaremos diante d’Ele, e chegará o momento em que será revelado se o nosso nome está escrito no Livro da Vida ou não.
Assim como Hugo aguardava ansiosamente para saber se seu nome estaria na lista dos admitidos, um dia todos saberão seu destino eterno.
Não será uma lista fixada numa porta, mas uma realidade revelada por Deus.
A vida, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas comer, beber, casar e morrer.
A vida não é um ciclo vazio de acontecimentos.
A vida é um dom concedido por Deus, e ela foi dada com um propósito maior — um propósito que precisa ser compreendido antes que seja tarde demais.
Esta introdução é apenas o início de uma jornada de entendimento.
Por isso, continue conosco enquanto avançamos nos pontos desta reflexão, para descobrir o real propósito da vida, o plano de Deus, e o destino eterno reservado para cada um.
🌟 A Oportunidade Desperdiçada
A oportunidade daquele emprego era única e não podia ser desperdiçada. Essa oportunidade simboliza o sacrifício de Jesus Cristo por nós. A chance que temos em nossa vida é a chance de obter a salvação. Desprezar essa chance é desprezar a oportunidade que nos foi conquistada por Cristo, que entregou Sua vida para nos dar a vida eterna. Assim como Hugo não poderia perder aquela oportunidade, nós também não podemos deixar de valorizar a única chance que temos para a salvação.
🔥 O Erro de Disposição Mental para o Fundamental
Hugo não era um homem qualquer.
Ele era trabalhador, dedicado à sua família, um pai presente, alguém que lutava com dignidade pela sobrevivência e pelo bem dos seus.
Não se envolvia com vícios, não gastava tempo com farras, não levava uma vida irresponsável. Pelo contrário: fazia tudo o que estava ao seu alcance para mudar sua situação.
Quando surgiu a oportunidade de emprego, ele se esforçou com sinceridade.
Estudou, buscou ajuda de amigos, organizou o tempo, preparou-se o melhor que pôde.
Sua família era religiosa, frequentavam a igreja aos domingos e faziam suas preces com esperança, pedindo para que ele fosse aprovado.
Mas nada disso foi suficiente.
Hugo cometeu um erro.
O erro foi abrir mão de algo que seria fundamental.
Ele abriu mão da inteligência artificial, um recurso necessário e fundamental, que poderia lhe fornecer as informações precisas e atualizadas para capacitá-lo à vitória, para a aprovação.
Ele receou investir. Ele reteve. Não investiu tudo o que podia.
Guardou, hesitou, não entregou completamente seu esforço e confiança.
E nessa retenção, abriu mão daquilo que era fundamental.
No momento em que ele deixou de utilizar a inteligência artificial — onde estavam as informações atualizadas, os dados estratégicos, os direcionamentos necessários —, ele se afastou daquilo que poderia capacitá-lo verdadeiramente para a aprovação.
O preparo de Hugo para a aprovação da empresa representa a nossa vida.
A maneira como vivemos é o nosso preparo — e no final dela, virá a aprovação ou não de Deus.
Hugo reteve. Na nossa vida, devemos fazer o contrário. Precisamos abrir mão de tudo, se for necessário, para empreendermos todos os recursos, para nos dedicarmos com exclusividade, a uma vida que agrade e esteja centrada na maneira correta segundo a vontade de Deus, a fim de alcançarmos a aprovação de Deus.
Hugo fez uma escolha errada.
Ele optou por estudar e se preparar com base na ajuda e nos recursos que lhe pareciam suficientes. Confiou em métodos antigos, em conselhos bem-intencionados, mas ultrapassados. No entanto, havia outra opção. Uma opção superior. Ele sabia disso.
Hugo tinha consciência de que a inteligência artificial era a melhor alternativa. Era ali que estavam os dados mais atualizados, os conteúdos mais precisos, os recursos mais completos. Mas essa escolha exigiria dele um preço. E ele não quis pagar. Preferiu uma alternativa mais cômoda. E foi exatamente essa escolha que o levou à derrota.
Assim também é com a vida.
Deus é o Criador de todas as coisas. Ninguém pode aconselhá-lo. Ele é a fonte de toda a verdade, de todo o conhecimento. E é a sua Palavra que revela quem Ele é, o que Ele quer e como devemos viver para agradá-lo.
A inteligência artificial, na parábola, representa a Palavra de Deus, porque foi pela Palavra que Deus criou todas as coisas. É pela Palavra que Ele se revela. É pela Palavra que Ele instrui, corrige, conduz, salva. É a Palavra de Deus que nos dá o conhecimento necessário para vivermos de forma aprovada diante d’Ele e, no final da vida, sermos aceitos.
Mas essa Palavra tem um custo. Ela exige renúncia, fé, obediência. E, assim como Hugo, muitos não querem pagar esse custo. Preferem seguir caminhos mais fáceis, mais populares, mais confortáveis. E acabam, como ele, sendo reprovados.
Se você quer ser aprovado por Deus, deve pautar a sua vida na Bíblia.
A Bíblia não é uma inteligência artificial — é a inteligência de Deus.
É o conhecimento de Deus, é a vontade de Deus revelada ao homem.
Você pode abrir mão de muitas coisas nesta vida,
mas não pode abrir mão de absolutamente nada do que está escrito na Palavra de Deus.
Se você abrir mão, será como um candidato que abandona uma verdade essencial e, por isso, é reprovado na avaliação.
Abrir mão de algo da Palavra é como abrir mão daquilo que seria a chave da sua aprovação.
É como um erro decisivo num teste que define o destino eterno.
É desprezar um conhecimento que era imprescindível para ser aceito por Aquele que está te avaliando.
Deus não abrirá mão de absolutamente nada daquilo que Ele lhe revela.
Portanto, o pecado é justamente abrir mão da verdade que lhe é revelada em função de qualquer outra coisa.
E, por isso, o pecado é a causa da sua reprovação.
O pecado é a razão de, no último dia, você não encontrar o seu nome escrito no Livro da Vida,
assim como Hugo não viu o seu nome escrito na porta da empresa como aprovado.
E o fim trágico de Hugo representa a condenação eterna que todo aquele que não for aprovado por Deus terá.
Uma separação definitiva. Um destino irreversível. Uma dor sem volta.
Tudo que nesta vida não se faz com o objetivo de alcançar a vida eterna — em outras palavras, que não seja para agradar a Deus — é inútil, é negativo, é trevas.
É a vida na condição de alguém que ainda não entendeu a verdade,
de alguém que ainda não entregou sua vida a Jesus.
“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
(1 Coríntios 10:31)
Quando se faz para a própria glória, é porque o eu ainda não morreu.
O velho homem ainda prevalece e estará roubando a glória que só pertence a Deus.
A vida do cristão é quando ele vive exclusivamente para a glória de Deus
e abre mão de toda a glória para si.
“Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
(Romanos 11:36)
E a Bíblia é a fonte da revelação da vontade divina que precisamos seguir,
para que Deus seja glorificado em tudo o que fazemos.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a instrução na justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra.”
(2 Timóteo 3:16-17)
“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
Apocalipse 2:10 (parte final)
“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
Apocalipse 20:15
Conclusão e Apelo
O verdadeiro erro de Hugo foi não fazer do objetivo de ser aprovado pela empresa sua prioridade total e absoluta.
Ele não investiu tudo, não se entregou por completo para alcançar a grande vitória que seria o seu nome escrito na lista dos aprovados.
Isso representa, na vida real, não viver uma vida completamente dedicada a ter o seu nome escrito no Livro da Vida.
Só terá o seu nome escrito no Livro da Vida aquele que vive e abre mão de tudo para alcançar este objetivo.
Essa falta de disposição mental e compromisso absoluto é o que leva à reprovação final.
Por isso, o pecado é uma disposição mental contrária a agradar a Deus em tudo,
é um comportamento que desencadeia atitudes contrárias à vontade divina.
Por isso o pecado leva à condenação eterna.
Abandonar o pecado de forma definitiva só acontece quando a mente está plenamente disposta a viver absolutamente para fazer a vontade de Deus, custe o que custar.
Diferente de Hugo, que não buscou fazer tudo, custe o que custar, para ter o seu nome escrito na lista dos aprovados.
Reflita
Existe algo em sua vida que o impede de ter o nome escrito no Livro da Vida? Algo que atrapalha a sua fidelidade a Deus e impede que você O agrade plenamente?
Se houver, abandone isso agora. Viva inteiramente dedicado a um único propósito: fazer com que o seu nome esteja escrito no Livro da Vida.
Faça desse objetivo a prioridade absoluta da sua vida. Uma meta que você jamais permita que seja desviada. Mantenha essa determinação firme e constante em seu coração.
No caso de Hugo, o que o reteve, o que o impediu de agir com total integridade e empenho no propósito de ter seu nome na lista dos aprovados, foi o dinheiro. O recurso material pesou mais do que o valor do objetivo.
Mas, na vida de muitos, o que os impede de ter o nome escrito no Livro da Vida — ou seja, de alcançar a salvação — não é apenas o dinheiro. São também outras escolhas que ocupam o lugar de Deus: o sexo, a religião, o orgulho, os prazeres desta vida, uma paixão desordenada, um casamento contrário à vontade de Deus, vaidades, a falta de perdão, a comodidade, entre outros.
Nenhuma dessas coisas tem valor real diante da eternidade.
Todas são lixo, refugo, estrume, comparadas à glória de viver eternamente com Deus.
E o pecado é justamente isso: a troca da salvação por aquilo que é lixo.
É a indisposição de abrir mão do que é terreno, por aquilo que é eterno.
No fim de suas vidas, aqueles que rejeitaram o caminho da verdade lamentarão profundamente.
Trocaram a vida eterna por absolutamente nada.
Atentarão para sua própria loucura e dirão:
“Como fui louco... louco!”
E se lamentarão eternamente.
Sofrerão o tormento eterno por sua própria insensatez e maldade,
porque desprezaram a verdade e se deixaram enganar.
E a verdade, então, se manifestará de forma terrível, irrefutável e definitiva.
Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus.
"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."