sábado, 5 de julho de 2025

Arthur e Lorena: a Traição

 


Arthur e Lorena: a Traição 


Artur era um homem respeitado no bairro onde morava. Tinha seus cinquenta e poucos anos, trabalhava com seriedade, era conhecido por sua gentileza, pontualidade e, acima de tudo, por sempre falar bem da esposa.


Lorena, sua mulher, era vinte anos mais jovem. Tinha aquele brilho nos olhos de quem ainda estava descobrindo o mundo. Era lindíssima, simpática, e onde chegava, atraía olhares. Artur, sempre que a via passar, sentia-se lisonjeado. Chegou a dizer certa vez:


— “Ela podia ter escolhido qualquer um... mas escolheu a mim.”


O tempo foi passando. Lorena começou a mudar pequenos hábitos. Chegava tarde. Dizia que ia encontrar as amigas, mas nunca mencionava nomes. O celular agora andava trancado. E os olhares que ela trocava com alguns homens na rua... não eram mais os mesmos.


Os mais velhos, amigos de Artur desde a juventude, percebiam. Mas ninguém tinha coragem de dizer nada diretamente. Ele a exaltava tanto, falava dela com tanto carinho, que um alerta direto soaria como uma ofensa pessoal.


— “Não é o momento”, pensavam.


Então, vinham as indiretas:


— “Cuidado com a beleza que ofusca.”

— “Nem todo sorriso é sinal de fidelidade.”

— “Às vezes, o amor faz a gente tapar os olhos.”


Mas Artur sempre tinha uma explicação:


— “Ela é jovem. Tem o direito de viver.”

— “Hoje em dia, todo mundo anda com o celular na mão.”

— “O problema é que as pessoas não aceitam ver um casal feliz.”


Na verdade, dentro dele, uma voz silenciosa começava a sussurrar: “Será?”


Mas Artur abafava esse sussurro. Preferia o silêncio da mentira à dor da verdade.


Certa noite, Artur chegou em casa mais cedo do que o habitual. Havia terminado o expediente antes do previsto e decidiu voltar sem avisar, achando que faria uma boa surpresa.


Ao girar a chave na porta, sentiu algo estranho. A tranca estava passada, mas a porta pareceu leve demais, como se tivesse sido encostada com pressa.


Ao entrar, percebeu a luz da sala apagada, e apenas um abajur do corredor aceso. O ambiente tinha um cheiro diferente — perfume doce e intenso, que não era o usual.


No sofá, uma almofada caída no chão. No chão da cozinha, um copo virado de boca para baixo, como se tivesse sido derrubado e recolocado apressadamente.


Lorena saiu do quarto ao ouvir a porta fechar. Estava com uma camisola curta, fina, mais ousada do que costumava usar mesmo nas noites a sós. O cabelo solto, os lábios ainda com brilho. Ao vê-lo, deu um pequeno susto, como quem não esperava ninguém naquele momento.


— “Você chegou cedo...” — disse, tentando parecer natural.


— “Não avisou que vinha antes... eu tava quase indo dormir.”


Artur olhou em volta. O quarto atrás dela estava com a janela aberta e o ventilador ligado no máximo. A cama parecia um pouco desarrumada — mas ele não sabia dizer se era isso mesmo, ou se sua mente estava começando a imaginar coisas.


Ele ficou alguns segundos parado, olhando para ela. E perguntou, mais por impulso do que por suspeita clara:


— “Você tava com alguém?”


Ela franziu a testa, fez um riso curto e irônico:


— “Com alguém? Claro que não. Que pergunta é essa, Artur? Eu tava sozinha, só tentando relaxar. Tive um dia estranho. Por que você tá me olhando assim?”


A resposta dela veio rápida. Mas não firme. Algo naquela cena inteira estava fora de lugar — a roupa, o ambiente, o perfume forte, o olhar inquieto.


Mas Artur desviou os olhos.

Preferiu não pensar demais.


Preferiu não insistir.


— “Desculpa... foi só impressão minha.” — disse ele, com um sorriso cansado.


Lorena caminhou até ele, o abraçou, e em silêncio, ele a abraçou de volta.


Mas naquele abraço, Artur não encontrou paz. Encontrou apenas o consolo da mentira.


Porque a verdade, embora batesse à porta do seu coração, ele a mantinha trancada — não por ignorância, mas por escolha.


Com o passar dos meses, a tensão em torno de Artur aumentava. Seus irmãos, seus pais, até seus amigos de infância começaram a demonstrar preocupação. Não era apenas o comportamento de Lorena que chamava atenção — era a forma como ele a defendia cegamente, como se ela fosse perfeita, intocável.


— “Artur, não é normal uma esposa sair tanto sem o marido.”


— “Uma mulher casada precisa construir a casa com o marido, e não viver como se fosse solteira.”


— “Você tá se enganando, amigo. Tá se machucando sozinho.”


Mas Artur não suportava ouvir. Ele sentia que estavam invadindo sua vida, julgando seu amor, duvidando de algo que ele considerava sagrado.


O clima entre ele e a família ficou tenso. Se afastou dos irmãos. Discutiu com os pais. Parou de atender ligações de amigos próximos.


Passou a viver em função daquela mulher, que mal lhe dava atenção.

E mesmo tendo ao seu lado a mulher mais formosa, mais desejada, Artur sentia-se vazio. Dormia ao lado de Lorena, mas o coração dele dormia só.


Não havia carinho verdadeiro. Não havia afeto espontâneo.


A ilusão era bonita. Mas fria.

A realidade, silenciosa, era cruel.


Foi então que um velho amigo de juventude, preocupado, tomou uma atitude por conta própria. Contratou discretamente um detetive particular. Queria, ao menos, saber a verdade. Não por maldade. Mas para salvar Artur de um engano que estava lhe destruindo.


Duas semanas depois, o detetive voltou com provas: imagens, vídeos, horários. Lorena era vista com frequência entrando em um flat da cidade, sempre com o mesmo homem, sempre aos horários em que dizia estar "com amigas" ou "resolvendo coisas pessoais".


O amigo, com o coração apertado, levou o material até Artur. Não falou nada. Apenas entregou o envelope, e saiu.


Artur abriu. Viu. E não disse uma palavra.

As imagens queimaram seus olhos. Cada cena rasgava não apenas sua mente, mas o que restava de seu coração.


O mundo girou. As mãos gelaram. O peito apertou.


Tentou levantar. Cambaleou.


Caiu.


Um infarto fulminante.


Morreu ali, sozinho, no chão da sala.

Sem tempo de gritar.

Sem chance de despedida.

Sem confissão. Sem reparo.


E no dia do seu velório, muitos diziam:

— “Ele morreu porque amou demais.”

Mas na verdade, ele morreu porque não quis ver. Porque preferiu a mentira à verdade.



🪞 Reflexão



A história de Artur e a traição de Lorena, embora pareça apenas um drama conjugal, é o retrato fiel da vida de muitos. Na verdade, ela pode ser o retrato da sua própria vida. Porque o ponto central dessa história não é apenas a infidelidade de uma mulher, mas a rejeição da verdade.


Artur não quis aceitar. A verdade estava diante dele — clara, evidente, cada vez mais exposta — mas ele escolheu ignorar.


E essa escolha lhe custou tudo: sua paz, seus relacionamentos, e sua própria vida.


Agora pare e pense: será que você também não está vivendo assim?


Porque existe uma verdade maior, uma verdade que não fala apenas de um fato, mas fala da realidade da sua existência.


A história de Artur e Lorena fala de traição.

Mas mais do que isso, ela fala de enganos que queremos manter.

Artur representa você.

Lorena também representa você.


Você é Lorena, porque trai a Deus. Com palavras, você diz que o ama. Com atitudes, você se deita com o mundo, com o pecado, com seus próprios desejos. Isso é adultério espiritual.

A Bíblia mostra que a relação entre Cristo e o cristão é como um casamento:


Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.”

— Efésios 5:31-32


Quando você peca, você não está apenas "errando".


Você está em adultério.


Você continua dizendo que é casado com Deus, mas seu corpo, seus olhos, sua mente e seus desejos estão com outro.


Você quer o nome de Deus, o status de cristão, mas não quer a fidelidade.


Você é Artur, porque rejeita a verdade.


Artur sabia. Os sinais estavam por toda parte.


Mas ele amava mais a aparência de um casamento do que a realidade da fidelidade.


Assim também acontece com você:


você insiste em acreditar que tem uma aliança com Deus, que tudo está bem, que Ele te aceita como você está.


Mas você fecha os olhos à verdade, porque amar a verdade exige renunciar ao pecado.


Artur não queria perder Lorena.

Você não quer perder sua vida velha.

Você quer manter o status de “casado com Deus”, mesmo vivendo em adultério espiritual.


Lorena escondia sua traição de Artur, mas você esconde sua traição de si mesmo quando nega o seu pecado, quando rejeita a verdade que o confronta — e essa rejeição é o mesmo sentimento de Artur, que não queria enxergar porque não amava a verdade, não a colocava acima de tudo, e assim se enganava. E aquele amigo que trouxe a verdade para Artur representa aquele que anuncia a salvação, mas, para Artur, foi tarde demais, porque ele não recebeu a verdade; seu coração não suportou aquilo que negou por tanto tempo.

O engano é mais grave do que parece.

Ele não apenas distorce a realidade — ele constrói uma vida falsa, uma aliança falsa, uma relação com Deus que não é verdadeira.

O engano mata.

Artur não foi apenas traído por Lorena — ele traiu a si mesmo.


Porque, quando rejeitou a verdade, ele escolheu viver uma ilusão.


E essa escolha o levou à dor, ao colapso e à morte.


Da mesma forma, você também trai a si mesmo quando rejeita a verdade de Deus.

Quando fecha os olhos ao pecado.

Quando prefere manter o conforto de uma mentira a enfrentar o desconforto da verdade.


E assim como aconteceu com Artur, quem rejeita a verdade chama para si o sofrimento e, por fim, a morte.


Porque não há vida fora da verdade.

E a verdade não é uma ideia:

é uma Pessoa. É Cristo.


Mas a Bíblia é clara:

 “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

— Salmo 51:5


Desde que você nasceu, sua natureza é rebelde.


Você já nasceu distante de Deus.

E para ter um relacionamento verdadeiro com Ele, é preciso romper com o pecado.

Você precisa rever o seu casamento.


Se você ainda não assumiu uma aliança com Cristo, assuma hoje.


E se você acredita que já está casado com Ele — então reveja esse casamento.


Você precisa enxergar a traição, ainda que doa, ainda que isso destrua a imagem que você tem de si mesmo como cristão, como pessoa boa, como alguém salvo.


Você precisa investigar a verdade — porque a traição não pode permanecer.


Ela vai te conduzir à morte eterna, assim como aconteceu com Artur.


Pare de olhar para os outros.

A questão é você.

É a sua vida que precisa ser examinada, é o seu coração que precisa ser investigado.

Você precisa avaliar a si mesmo com seriedade e temor.


E entre o conforto de uma mentira e a comunhão verdadeira com Deus, escolha a comunhão.

Entre o orgulho de manter uma imagem e a dor de reconhecer o pecado, escolha a dor que leva ao arrependimento.


Você precisa ter um compromisso com a perfeição.


Porque quem não tem compromisso com a perfeição, está relaxado com o pecado.


E o pecado não perdoa — ele mata.


 “Porque o salário do pecado é a morte.”

— Romanos 6:23



O pecado matou Artur. E matará você também, se você continuar rejeitando a verdade.


Você não pode continuar sendo Lorena, traindo Deus.


Você não pode continuar sendo Artur, fugindo da verdade.

Você precisa desejar a verdade acima de tudo.

E desejar a verdade é desejar a Deus acima de tudo.


Para isso, você precisa:


1. Reconhecer que está em adultério espiritual.

2. Abandonar o pecado.

3. Parar de se justificar.

4. Negar a si mesmo.

5. Viver uma nova aliança com Deus, baseada na verdade.


 “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.”

— Lucas 9:23


Chegou a hora de parar de enganar a si mesmo.

Você precisa decidir:

Vai continuar com um casamento falso, sustentado pela ilusão?

Ou vai começar uma vida verdadeira com Deus, firmada na fidelidade?

 “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

— João 8:32


A verdade está diante de você.


Não seja nem Artur, nem Lorena — mas escolha a fidelidade a Cristo. Assuma uma nova aliança, fundamentada na fidelidade, e mantenha os seus olhos firmes na verdade, que é Cristo, e a sua Palavra, que é a Bíblia.




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Maria e Tua História.

 


Maria e Tua História. 


Parte 1 -- Uma Vida Comum


Maria nasceu numa manhã simples de primavera, em uma cidade interiorana. Cresceu brincando descalça nas ruas de terra, subindo em árvores, correndo com os irmãos e sentindo o cheiro de bolo no forno. Era uma infância alegre, como tantas outras, recheada de pequenas descobertas e proteção familiar.


Na adolescência, continuou seu caminho como tantas outras jovens: estudou, fez amizades, apaixonou-se pela primeira vez, e foi criada com base em tradições religiosas. Aos domingos, acompanhava os pais à igreja, onde aprendeu a orar e ouvir sobre Deus, ainda que sem entender muita coisa.


Casou-se jovem, como era comum na época. O casamento parecia promissor, mas logo surgiram brigas, distâncias, e por fim, ela seguiu enfrentando a vida ao lado da família. Teve filhos, trabalhou duro, dividia os dias entre o emprego, os afazeres da casa, e o cuidado com os seus. Com o tempo, o marido faleceu, e ela permaneceu firme, guiando os filhos com dedicação.


Durante a vida, manteve o hábito de ir à igreja aos domingos. Às vezes por fé, às vezes por costume, às vezes apenas por respeito ao que aprendeu. Em algumas fases, afastava-se, mas sempre voltava. Gostava do silêncio do templo, das orações sussurradas, e ajudava quem podia — doava roupas, escutava histórias, orava pelas pessoas e falava de Deus.


Os anos passaram. Os filhos cresceram, os cabelos embranqueceram, e a saúde já não era a mesma. Vieram os netos, e com eles, novas alegrias. Gostava dos filhos e dos netos. Reuniam-se com frequência, sempre com alegria, comida farta e histórias na mesa. Eram momentos que ela valorizava com o coração leve.


Com o tempo, Maria começou a ler mais a Bíblia, orar com mais frequência, refletir mais profundamente. Já não era apenas tradição, mas busca. Queria estar mais próxima de Deus. Tornou-se mais ativa na vida religiosa, envolveu-se mais, buscou servir mais.


Foi internada algumas vezes. Em todas, melhorava e voltava para casa. Achava que aquela seria mais uma passagem breve pelo hospital. Mas, naquela manhã, seus olhos se fecharam em sono profundo... e então, despertou.


Parte 2O Despertar


Maria abriu os olhos, mas não da maneira que esperava. Por um instante, tudo parecia normal, até que percebeu que estava olhando para si mesma. Seu corpo jazia imóvel na cama de hospital. Ao redor, médicos e enfermeiros corriam, tentando reanimá-la. O som do equipamento disparava alertas rápidos, o monitor cardíaco já mostrava uma linha reta, contínua. Um deles apertava seu peito com força, outro posicionava um desfibrilador. “Carregando. Um, dois, três...!” – o choque percorreu o corpo. Mas ela não sentia nada. Estava em pé, de algum modo flutuando, observando tudo de fora.


Não entendia o que estava acontecendo. Estava viva? Estava sonhando? Estava fora do corpo?


Ela olhava com olhos arregalados para aquela cena, enquanto o tempo parecia correr em segundos e séculos ao mesmo tempo. Um silêncio estranho envolvia sua consciência. De repente, um dos médicos abaixou a cabeça e disse algo inaudível. Um lençol branco foi puxado lentamente até cobrir o rosto dela. A morte fora declarada.


Em seguida, viu os filhos chegando, apressados, com os olhos cheios de dor. O choro deles rasgava o ambiente. O pranto, o desespero, os abraços vazios... Ela queria gritar que estava ali, mas não podia mais ser ouvida. Ela já não pertencia mais àquele mundo.


Foi então que algo no ambiente mudou.


O hospital, antes cheio de gente e aparelhos, pareceu escurecer ao seu redor. Uma presença estranha e opressora surgiu. Ela olhou ao redor e viu sombras se formando — não eram pessoas. Eram seres. Seres espirituais. Negros. Fortes. Intimidadores. Os olhos deles não tinham misericórdia. Era como se o próprio ar ao redor deles ficasse pesado. E ela, sem saber ainda o porquê, sentiu algo que nunca sentira antes: pavor absoluto.


Eles se aproximavam lentamente. Olhavam fixamente para ela. E, naquele momento, uma dúvida se espalhou em sua mente:

— Quem são eles? Por que estão aqui? O que eles querem comigo?


O sentimento de confusão foi rapidamente substituído por uma certeza terrível.


Um deles estendeu a mão e a tocou. Não era um toque físico, mas espiritual. E naquele toque, veio a revelação. Um tipo de compreensão profunda tomou sua mente. Ela se perdera.

Não havia mais retorno.


O desespero tomou conta. O terror não era apenas emocional — era uma dor na alma, uma consciência pesada, um desmoronar completo de tudo o que ela pensava saber. A ficha caiu de uma vez, como uma avalanche. Ela se sentiu arrancada. Puxada. Envolta por algo que não podia explicar, mas que sabia exatamente o que era: condenação.


Seus gritos não tinham som, sua dor não tinha alívio, e o terror que a envolvia era tão real que não podia mais ser chamado de medo. Era algo muito maior. Era a ausência total de Deus.


Ali, tudo o que era esperança se desfez.

 

Parte 3A Caminho do Juízo


Ela foi puxada.


Não caminhava por seus próprios pés. Ela sabia disso. Sabia que seu corpo ainda estava lá, no hospital, deitado, imóvel, e que logo seria enterrado. O corpo já não lhe pertencia. E agora, era levada, arrastada por mãos invisíveis e implacáveis. Não via um caminho definido, mas percebia — com toda a clareza da alma — que não estava subindo, mas descendo. A direção era de queda. De afastamento. Era como se fosse levada para um abismo sem fundo, e nada podia deter aquele movimento.


Ao mesmo tempo em que era carregada, algo aconteceu. Não foi uma lembrança comum. Não foi uma sequência de fatos.

Foi tudo de uma vez.

Uma revelação espiritual completa, profunda, viva — como se sua alma fosse mergulhada numa verdade intensa e absoluta.

Não havia tempo. Não havia ordem. Era uma visão total. Plena. Completa.

E, em um instante só, ela entendeu tudo.


Ela via que, por toda a vida, achava que estava no controle. Percebia que sua vida foi sempre dela, guiada por suas decisões, por seus sentimentos, por suas vontades. Ela dirigiu a própria vida.


Via, também de uma vez só, os momentos em que Deus tentava alcançá-la.

Via pessoas que falavam com ela sobre a verdade.

Via textos bíblicos que chegaram até ela.

Via pensamentos que vinham à mente em momentos silenciosos.

Via o Espírito de Deus tentando convencê-la — mas ela escolhia não ouvir.


Ela sentia, com toda clareza, que se envolveu com sua própria vida: compromissos, desejos, rotinas, ocupações...

E nessa entrega ao cotidiano, foi deixando a vida de Deus do lado de fora.

Uma outra vida — a verdadeira vida — batia à sua porta, mas ela não abria.

E agora, ela sabia disso. Sentia isso. Com dor. Com arrependimento.


Ela percebeu, de forma incontestável, que resistia ao Espírito de Deus. 

Sentiu que não buscou a Cristo e sua palavra como de

Apegava-se ao modo como ela achava que as coisas eram.

Apegava-se à própria maneira de entender, ao próprio jeito de viver — e rejeitava, muitas vezes com indiferença ou descuido, a verdade que queria governar sua alma.


Ela queria viver a própria vida.

E, naquele momento eterno, entendeu que isso foi a sua perdição. Esse entendimento não vinha como explicação ou como voz. 

Era uma consciência direta, esmagadora. Um saber absoluto.

E com ele, veio o remorso. Um remorso que não se desfazia. Um lamento que não cessava.

Uma dor que não era do corpo, mas da eternidade que se perdia.

Ela agora sabia. Ela entendeu. Mas agora... era tarde demais.

Parte 4 – A Chegada


Maria chegou.

Não havia portões. Não havia portas. Não havia caminho marcado.

Mas ela sabia que havia chegado.

O lugar não se podia descrever com palavras humanas.

Nada ali era comum. Nada era visível como no mundo dos vivos, mas tudo era sentido com uma intensidade insuportável.

O ar era pesado, sufocante — como se a própria atmosfera fosse feita de culpa condensada.

Cada respiração espiritual era como engolir dor.

Era como inspirar condenação e expirar desespero.


Ela se encolheu. Não havia para onde correr.

Ao redor, gritos ao longe — não vozes pedindo socorro, mas blasfêmias, xingamentos, insultos lançados ao ar.

Era como se um coro de rebelião ecoasse eternamente.

Eram lamentos cortados por ódio. Eram clamores cheios de fúria, não de arrependimento.


Era um vale profundo, sem fim, sem horizonte.

Um vazio cercado por algo invisível — pois, mesmo sem ver parede, ela sentia-se trancada.

Trancada em algo que não era feito de pedra, mas de sentença eterna.


Não havia fogo visível, mas ela queimava.

A alma dela pegava fogo, um fogo que não era natural.

Era uma chama que não iluminava, apenas devorava por dentro.

Ela sabia — o corpo não estava ali. Mas ela sentia como se estivesse.

A alma gritava de dor, e ela sabia que ainda não era tudo.


O juízo final ainda viria.

E com ele, o corpo.

Então, tanto corpo quanto alma seriam lançados no lago que nunca se apaga.

E ali, sim… a dor que hoje queimava só a alma, queimaria também a carne.


Ela tentou fechar os olhos da alma, mas eles estavam abertos demais.

Cada pensamento era uma lâmina.

Cada lembrança, um espinho dentro do espírito.

Ela sentia fome — mas não era por comida.

Era fome de justiça, de paz, de recomeço.

Sentia sede — mas não de água.

Era sede de misericórdia, de graça.

Mas não havia esperança.

Nada vinha. Nada vinha. Nada viria.


Ela viu outros.

Não se falavam.

Não se tocavam.

Cada um, isolado em si, como se dentro de telas invisíveis.

Gemiam. Choravam. Amaldiçoavam a si mesmos.

Alguns gritavam por mais uma chance.

Outros murmuravam o nome de pessoas que ficaram, como se esperassem ainda alguma coisa.

Mas todos, no fundo, sabiam que não havia retorno.


E Maria…

Maria também revivia tudo.

Como um mergulho na alma, voltava a sentir cada momento desperdiçado.

— “Se eu tivesse crido...”

— “Se eu tivesse dado ouvidos...”

— “Se eu tivesse deixado o orgulho de lado...”


Ela via os momentos em que defendia doutrinas com firmeza — não porque estavam na Palavra, mas porque era o que aprendeu, era o que queria manter, era o que reforçava sua identidade religiosa.

Lembrava-se das vezes em que alguém expunha a verdade da Escritura diante dela, e mesmo percebendo que havia algo ali, se fechava, se agarrava à sua maneira de crer, à tradição, à sua própria interpretação.

Não queria parecer fraca. Não queria parecer que estava errada.

Era orgulho.

Era vaidade espiritual.

Era autoafirmação.


Ela se apegava a coisas alheias à Palavra de Deus, e agora via isso como espinhos cravados em sua consciência.


Ela chorava.

Mas não era choro como o de um coração quebrantado.

Era o choro de quem já não tem o que ser restaurado.

Era o colapso da alma, despedaçada por si mesma, pela verdade que antes ignorou.


E esse sofrimento…

Esse reviver de tudo sem poder mudar nada…

Era pior que o fogo.

Pior que a solidão.

Pior que qualquer grito.


Ela via a alma se perdendo, e não podia estender a mão para salvá-la.

Porque agora ela mesma era a alma perdida.


E ainda…

Ainda havia o Dia.

O Dia Grande.

O Dia do Trono.

O Juízo Final.

Ela não sabia quanto tempo faltava — porque ali o tempo não passava.

Mas ela sabia que viria.

E sabia que, se aquilo que já sentia era insuportável…

O que viria seria muito pior.

Parte 5 – A Voz de Deus. 


— Maria...

Ela ouviu.

Uma voz.

Firme. Clara. Inconfundível.

— Maria, este é o teu destino.


E, então... tudo se apagou.


Num piscar de consciência, ela abriu os olhos.

Mas desta vez, no mundo dos vivos.

O teto branco, as luzes, os sons.

O som de monitores. O som do choro. O som do alívio.


Ela chorava.

Suas lágrimas escorriam sem controle.

Ela não sabia se chorava de dor, de medo ou de gratidão. Era tudo ao mesmo tempo.


Ao seu redor, os médicos e enfermeiros estavam ofegantes, visivelmente emocionados.

Os filhos, ao lado da cama, com os olhos marejados, a seguravam pelas mãos.

Um dos médicos se aproximou.

Falou com voz embargada, mas serena:


— Maria, a senhora teve uma parada cardíaca. Estivemos a ponto de perdê-la... mas, graças a Deus, conseguimos reverter com o desfibrilador.

— A senhora voltou. A senhora tem... uma nova chance.


Quando ouviu aquelas palavras, algo em seu espírito se quebrou.

Aquelas não eram palavras apenas humanas.

Ela soube. Ela entendeu.

Era Deus.

Era Deus falando com ela mais uma vez.


Ela teve um vislumbre.

Um vislumbre do destino que a esperava se ela tivesse morrido naquela hora.

Não foi um sonho. Não foi alucinação. Não foi invenção.

Foi revelação.

Profunda.

Clara.

Irrefutável.


Ali, naquela cama de hospital, nasceu uma nova Maria.


Ela renunciou tudo.

Tudo o que a levara àquele lugar.

Todo o orgulho, toda a necessidade de estar certa, toda a vaidade religiosa, toda a autopromoção disfarçada de santidade.

Ela morreu para si mesma.


Ali, deitada, fraca, mas viva, Maria nasceu de novo.


A vida passada já não lhe pertencia.

Agora, ela viveria para conhecer e fazer a vontade de Deus.

Não mais uma vida de religião.

Mas uma vida de fidelidade.

De entrega total.

De compromisso com a verdade.


Ela queria se salvar — e queria salvar outros.

Ela viveria para orar, pregar, testemunhar, servir.

Ela queria arrancar das trevas seus filhos, seus amigos, seus irmãos — todos os que pudesse alcançar.

Queria levar a verdade, a verdade que quase desprezou, mas que agora seria o centro de sua vida.


Ela sabia que o pouco tempo que ainda lhe restava não era mais dela.

Era tempo de glória a Deus.

Tempo de serviço verdadeiro.

Tempo de busca profunda.

De santificação constante.

De intimidade real com o Deus que lhe dera uma nova chance.


A partir daquele dia, Maria não era mais a mesma.

E nunca mais seria.


Reflexão Final – Esta é a Sua Chance


Isso não é apenas uma história.

Não é apenas uma narrativa simbólica.

Não é uma ficção dramática para tocar a emoção.


Isso é a voz de Deus falando com você.


Sim, com você.

Você que respira agora.

Você que está vivo, que tem tempo, que tem oportunidade.


A experiência de Maria foi uma revelação.

E agora, Deus revela a você — através desta mensagem — que ainda há tempo de recomeçar.


Maria achava que estava tudo bem.

Ela era religiosa, frequentava a igreja, orava, ajudava os outros, era uma boa pessoa.

Ela acreditava que conhecia a Deus.

Ela confiava naquilo que cria — sua fé —, mas era uma fé ainda marcada por orgulho, por pecado não abandonado, por uma ausência de entrega total e de fidelidade completa a Deus.

E por isso, estava distante da vida de Deus, mesmo dentro de uma rotina de fé.


Você também pode estar achando que está no caminho certo.

Mas a verdade não se mede por sentimentos. A verdade é o que Deus diz.

E por isso, você precisa se arrepender.


Esse é um chamado de arrependimento.

De deixar de lado toda confiança no que você sempre achou que era certo. Deixar de confiar na sua própria capacidade, nos seus bens, na sua saúde, juventude, na sua sabedoria, experiência. Mas confiar em Cristo e suas palavras. 

De deixar a vida de pecado.

De abandonar tudo o que desagrada a Deus — pensamentos, atitudes, práticas, vícios da alma e do corpo.


Deus não está te chamando para mudar um pouco.

Não está te chamando para ajustar hábitos ou melhorar sua religião.

Ele está te chamando para nascer de novo.


E isso começa por examinar as Escrituras com profundidade.

Buscar a verdade não segundo o que você sempre pensou ou ouviu, mas segundo o que está escrito.

A Bíblia precisa confrontar seu falar, seu pensar, seu sentir, seu agir.

É tempo de mergulhar nela com humildade e temor, pedindo a Deus olhos para ver e coração para obedecer.


Você precisa fazer o que Maria decidiu agora fazer:

Morrer para si.

Morrer para o orgulho.

Morrer para a autopromoção.

Morrer para os próprios caminhos.

Morrer para o mundo e para o pecado

E então… viver.

Viver exclusivamente para glorificar e servir a Deus.


Quantas vezes Deus já te falou?

Quantas vezes você ouviu a verdade e não a abraçou?

Quantas vezes o Espírito Santo tocou seu coração e você resistiu, visando buscar vantagem para si, não querendo pagar o preço de uma vida de fidelidade, não querendo se humilhar, ou buscando vantagem material, não querendo abri mão de algo? 

Quantas vezes abriu mão de refletir honestamente para não chegar a uma realidade que não lhe agradaria? 

Quantas vezes preferiu a ilusão por ser aquilo que lhe agradava? 

Quantas vezes preferiu corrigir aos outros e não a si mesmo? 

Você pode até ter religião.

Pode até frequentar uma igreja.

Pode até conhecer a Bíblia.

Mas se ainda vive para si, se a sua vontade é o que comanda seus passos — você está em condenação.


Maria viu o que vem depois.

E você está sendo avisado.

Você está sendo chamado. A matar o seu ego, sua própria vontade, seus próprio projetos, para se sujeitar exclusivamente a vontade de Deus revelada em Sua Palavra a Bíblia.  

A chamada é para viver exclusivamente para conhecer e fazer a vontade de Deus. 

Você precisa nascer de novo.

Você precisa seguir a verdade bíblica custe o que custar. Viver para a eternidade. Viver para Cristo e não mais para você. 


A nova vida de Maria foi um grito de misericórdia divina.

E agora esse grito ecoa em sua direção.


Esta é a sua chance.

Uma nova chance.

Um novo começo.

Mas só se você não endurecer o coração.

Só se você ouvir agora…

E decidir agora…

E se render agora.


Jesus disse:

> “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” (João 3:3)


Não deixe esse chamado passar como mais um texto.

É Deus. É sério. É definitivo.


Hoje é o dia. Agora é a hora.

Você está sendo chamado para uma nova vida.


A escolha é sua.



Fundamentação Bíblica


> “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”

Provérbios 14:12


> “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

Mateus 7:21


> “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”

2 Coríntios 13:5


> “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor.”

Atos 3:19


> “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.”

2 Coríntios 7:10


> “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”

João 3:3


> “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

João 17:17


> “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”

Romanos 8:13


> “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”

Hebreus 12:14


> “Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus.”

Romanos 2:5


> “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”

Apocalipse 20:15


> “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

Apocalipse 20:12


> “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.”

Hebreus 3:15


Esses versículos foram cuidadosamente escolhidos para que a mensagem da história de Maria não seja apenas ilustrativa, mas firme na Palavra de Deus, em cada aspecto do que foi revelado


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sexta-feira, 4 de julho de 2025

O Teu Destino Eterno está na Bíblia — É o que diz Jesus

  


TÍTULO: 🕊️

O Teu Destino Eterno está na Bíblia — É o que diz Jesus


📖 Versículo-chave:

"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a mim para terdes vida."

(João 5:39-40)


🔰 Introdução:


Se você pudesse — e conseguisse — refletir com honestidade sobre o que Jesus diz, entenderia claramente qual será o seu destino eterno após a morte. A verdade é simples para aqueles cujo entendimento não está cegado (2 Coríntios 4:4): a vida eterna está em seguir a Bíblia, pois seguir a Bíblia é seguir a Cristo.


Porém, Jesus nos leva a compreender que há dois tipos de pessoas que não terão a vida eterna:

1. Aqueles que não examinam as Escrituras, e por isso não terão a vida eterna.


2. Aqueles que examinam, mas não querem vir a Jesus para ter vida — ou seja, não chegam até Cristo.


Sobre essas duas condições — e sobre o que realmente significa ter a vida eterna — é que vamos refletir neste estudo.


📍 PONTOS


📌 1. A sua vida eterna está na Bíblia — ou seja, em Jesus


A revelação de Jesus é a Bíblia. A Escritura é a única fonte verdadeira que mostra quem é Deus. É por meio dela que conhecemos o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. É pela Bíblia que sabemos que Deus criou o mundo, que abriu o Mar Vermelho, que falou com os profetas, que enviou o Seu Filho Jesus, e que Jesus é o Filho de Deus.


Todas as informações confiáveis e verdadeiras que qualquer ser humano pode ter sobre Deus vêm unicamente da Bíblia. Qualquer outra ideia sobre Deus que não esteja baseada na Escritura é falsa. Isso não é uma opinião — é uma realidade lógica e espiritual, pois foi o próprio Deus quem escolheu usar a escrita como meio de preservar a Sua verdade. E esse é um princípio que, quando somos honestos, reconhecemos também na vida prática: a escrita é o meio mais seguro de registrar e preservar a verdade.


Logo, ignorar a Bíblia é rejeitar o próprio Deus. Quem não examina a Escritura não encontrará a vida eterna. Isso não é uma possibilidade — é uma certeza, porque foi o próprio Jesus quem afirmou que a vida eterna está na Palavra de Deus, e que aqueles que não ouvirem a Deus (isto é, não examinarem e obedecerem às Escrituras) irão para a condenação eterna.


Jesus falou com clareza sobre o inferno — um lugar real, terrível, preparado para os que rejeitam a verdade. Por isso, é urgente entender: o seu destino eterno depende da sua relação com a Bíblia, porque é nela que Jesus se revela.


📖 Textos de apoio:


 "Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra."

(2 Timóteo 3:16-17)


>"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo."

(2 Pedro 1:20-21)


⚠️ Conclusão do ponto 1:


Portanto, aquele que acredita que pode ter a vida eterna sem examinar as Escrituras está, na prática, chamando Jesus de mentiroso. E o seu destino será terrível, conforme o próprio Jesus acaba de nos ensinar. Rejeitar a Palavra é rejeitar o próprio Deus — e não haverá escapatória no dia do juízo.


📌 2. Aquele que examina as Escrituras, mas não terá a vida eterna


Este ponto trata de cristãos — sim, daqueles que examinam a Bíblia. E, em razão disso, se reúnem como igreja, oram, têm fé e acreditam que estão no caminho correto.


"Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte."

(Provérbios 14:12)


"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."

(Mateus 7:22-23)


Aqueles religiosos a quem Jesus se referia no texto rejeitavam a Sua Palavra. Eles não aceitavam o ensino de Cristo. Da mesma forma, hoje, os cristãos que rejeitam o verdadeiro ensino de Jesus se enquadram no mesmo erro. O verdadeiro evangelho que Jesus trazia destruía os conceitos errados que aquelas pessoas possuíam sobre sua própria espiritualidade. Eram pessoas muito religiosas, com um alto conceito de si mesmas, acreditando que sua condição espiritual era correta por serem antigos na fé, por examinarem as Escrituras, por levarem uma vida que consideravam espiritual, comprometida, cheia de entrega. Porém, quando Jesus lhes apresentou uma verdade contrária àquilo que haviam construído e crido durante toda a vida, não puderam aceitar. Eles desconsideraram aquilo que Jesus dizia, porque não estavam dispostos a abandonar o que haviam estabelecido em si mesmos como verdade.

Quando uma pessoa constrói sua vida inteira em cima de uma crença, aquilo se torna parte dela. Ela molda seu pensamento, suas decisões, sua identidade e sua esperança em cima daquela fé. Se alguém disser a ela que tudo aquilo está errado, que sua vida toda foi construída sobre um engano, isso é visto como uma ofensa, uma agressão, uma afronta pessoal. É como matar sua história, sua fé, sua vida.


Pense em alguém que viveu 70, 80, 90 anos acreditando numa religião ou denominação, ou  ensino biblico errado, entregando sua devoção, praticando com sinceridade, e no fim da vida ouve que tudo estava errado. Isso é inaceitável para o coração orgulhoso. A reação é imediata: rejeição. Foi assim com os religiosos dos dias de Jesus. Eles eram fiéis à sua tradição, tinham zelo, mas rejeitaram a verdade quando ela os confrontou.


Por isso, não há possibilidade de uma pessoa receber a verdade de Cristo enquanto ela não morrer completamente para si mesma. Todo orgulho precisa ser eliminado. Todo desejo de estar certo, de ser honrado, de preservar sua imagem, precisa morrer. Só quem for humilde ao extremo, ao ponto de reconhecer que viveu enganado, poderá se libertar. E é por isso que só poucos serão salvos — porque só poucos aceitam esse tipo de humilhação interior.


O erro é diabólico, é terrível, mata a alma e leva ao inferno. Jesus é a verdade absoluta. E quem não se apegar à verdade como alguém que se agarra a uma boia para não morrer afogado, vai perecer. A verdade não pode ser uma opção, tem que ser tudo. Tem que ser buscada, amada e abraçada com todas as forças da alma.


Quem não amar a verdade acima de tudo será enganado. Amar a verdade é amar a Deus. E Deus se revela pela Bíblia. A Bíblia mostra quem é Jesus, o que Ele disse, o que Ele exige. Por isso, apegar-se à verdade é apegar-se a Jesus. Apegar-se a Jesus é apegar-se à Bíblia. Quem não fizer isso com total entrega, não será salvo.


📌3. Só a Verdade salva


Ninguém pode ser salvo se não buscar a verdade. Jesus é a verdade. Ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." Portanto, ninguém pode ter uma vida cristã verdadeira, ninguém pode ser salvo, ninguém pode ser liberto do inferno, se não buscar e amar a verdade.

📖 João 17:17

“Santifica-os na verdade; **a tua palavra é a verdade.”


Não há nenhuma opção de salvação fora de Cristo, e Cristo é a verdade. E essa verdade é revelada exclusivamente pela Bíblia. É impossível alguém dizer que está em Cristo e ao mesmo tempo viver no engano. Porque quem está no engano, não está na verdade. E quem não está na verdade, não está em Cristo.


Não existe um evangelho que aceite o erro. Porque seguir a Cristo é se comprometer com a verdade. E andar na verdade exige morte. É impossível andar na verdade sem morrer para si mesmo.


Por isso, aqueles que querem viver na verdade têm que se humilhar e matar o seu ego, o seu orgulho, a sua própria pessoa, sua reputação, seu passado, sua vontade. Só assim poderão viver. Porque quem não morrer, não viverá.

A verdade é dura. Ela vai ferir o teu ego, vai quebrar o teu orgulho, vai destruir a tua reputação. Ela vai te dizer que você não é nada, que você é mau, e vai te levar ao arrependimento verdadeiro. A verdade vai acabar com a fantasia que você criou sobre si mesmo. Ela vai te mostrar que você precisa mudar, que sua vida precisa morrer, e que você precisa nascer de novo.


A verdade vai destruir completamente toda a possibilidade do diabo te exaltar. Você vai entender que a exaltação própria é a arma que o diabo usa para te condenar. Enquanto você quiser preservar sua honra, sua imagem e sua razão, estará nas mãos do inimigo. Só a verdade liberta — e a verdade te quebrará primeiro, para depois te salvar.

A palavra de Deus é dura. Foi assim com Jesus. Quando Ele falou a verdade, muitos disseram: “Duro é esse discurso; quem o pode ouvir?” (João 6:60). E muitos O abandonaram. Então Jesus perguntou aos discípulos se também queriam ir embora. E Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (João 6:68).


Só vai aceitar essa palavra dura aquele que estiver disposto a abrir mão de tudo, porque ela é o único caminho para a salvação. Assim como Pedro, só quem reconhece que fora da verdade não há vida, permanecerá com Cristo.


É preciso refletir honestamente sobre a palavra de Jesus. Mas a tendência natural do ser humano é evitar essa reflexão sincera, porque ela confronta sua vontade, seu conforto, seu prazer. O homem prefere preservar a si mesmo, evitar o sofrimento, a perda material, fugir da humilhação, da dor, da luta e do esforço que viver na verdade exige.


Por isso, só serão salvos aqueles que forem realmente honestos, que amarem a verdade, que entenderem que a verdade é sua única salvação, e que o engano leva ao inferno. Fora disso, não há esperança.

A verdade exige renúncia total. Jesus disse: 

Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim.” (Mateus 10:37-38).


Os verdadeiros servos de Deus sempre pagaram o preço por amarem a verdade. Em Hebreus 11 está escrito que alguns foram torturados, outros apedrejados, provados, cerrados ao meio, mortos ao fio da espada, todos por se manterem fiéis à fé (Hebreus 11:35-38).


Estevão foi apedrejado até a morte por falar a verdade diante dos líderes religiosos (Atos 7:54-60). Isso mostra que seguir a Cristo e amar a verdade significa estar disposto a perder tudo — até a própria vida. Sem essa disposição, ninguém será digno Dele.


Se esses exemplos bíblicos não forem suficientes para transformar sua maneira de viver, triste será o seu fim. Ai de você que se apega a uma religião, a uma denominação evangélica, ao seu status de “pessoa de Deus”, de “pessoa boa”. Ai de você que prefere os seus interesses materiais, suas relações afetivas fora da Palavra de Deus, seus prazeres, a exaltação do seu ego.


O que te aguarda não é salvação — é o inferno. Porque quem não estiver na verdade estará na mentira. E todo aquele que rejeita a verdade, rejeita Cristo.

A grande verdade é que Jesus Cristo morreu na cruz para te livrar do inferno, pagando o preço pelos teus pecados — pecado que você precisa abandonar definitivamente.


A Bíblia diz que “aquele que está em Cristo é nova criatura” (2 Coríntios 5:17) e que “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Isso significa que quem está em Cristo é liberto do pecado.


Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Se Jesus ainda não tirou o pecado da sua vida, é porque você ainda não foi liberto, e ainda está em condenação.


Não existe salvação no pecado. A salvação está em Cristo — e Cristo tira o pecado.


📌 Conclusão e Apelo


Você pode continuar vivendo a sua vida do jeito que está, como se essa palavra não tivesse nenhum efeito sobre você. Pode continuar rejeitando a verdade, mantendo suas convicções, sua rotina, sua religião, seu pecado.


Mas sua vida vai acabar um dia. E ninguém sabe quando será. E quando esse dia chegar, você se lamentará profundamente por não ter colocado a verdade acima de tudo.


Deus é a fonte de toda a verdade. Ele é a verdade. Jesus é a verdade (João 14:6). Quem rejeita a verdade, rejeita a Cristo. E nada tem mais valor do que Jesus, que é a vida eterna.


Por isso, lute contra o pecado, contra o seu próprio eu. Viva exclusivamente para Cristo. Coloque em prática a Palavra de Deus, porque viver a Palavra é viver a vida verdadeira.


Como disse o apóstolo Paulo:

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim." (Gálatas 2:20)


Morra para si mesmo. Deixe Jesus dominar completamente a sua vida. Assuma hoje o compromisso de fidelidade total a Deus.


E então receba o Espírito da Verdade — o Espírito Santo.

"Ora, nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem." (Atos 5:32)

"Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina..." (João 7:17)

"Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade." (João 16:13)


Tome esta decisão hoje. Agora. Antes que seja tarde demais.


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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Amam ao seu próprio deus, e odeiam o Deus da Bíblia


Título:

Amam ao seu próprio deus, e odeiam o Deus da Bíblia


Versículo-chave:


“... porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. Por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira...”

— 2 Tessalonicenses 2:10-11


Introdução:


O mundo já não é mais como Deus o criou. Aquilo que no princípio foi chamado de “muito bom” (Gênesis 1:31), agora está mergulhado em maldade. E a própria Bíblia, que é a revelação de Deus, afirma isso com clareza. Vivemos dias maus.


Mas o instrumento mais sutil e eficaz que o mal utiliza para dominar as pessoas é o engano. É por meio do engano que o diabo leva os homens a chamarem o mal de bem, e o bem de mal. O engano cega, confunde, e transforma o coração humano em fábrica de iniquidade, enquanto a consciência é enganada a ponto de pensar que está servindo a Deus.


A Bíblia revela que o diabo é o pai da mentira e o enganador. Foi por meio da mentira que ele corrompeu Eva no Éden, e é por meio da mentira que ele continua corrompendo o mundo. Como veremos nos textos que esta mensagem apresentará, o engano é a principal arma do inferno contra a verdade.


Portanto, é imprescindível que esta mensagem seja refletida com seriedade, para que o Deus verdadeiro — o Deus da Bíblia — se manifeste em sua vida e destrua todo engano, trazendo luz, arrependimento e salvação


✨ PONTOS


1. A Estratégia da Criação da Imagem de Deus


Desde o princípio, o mal atua com a intenção de distorcer a revelação de Deus. Ainda no Antigo Testamento, vemos que uma das primeiras manifestações da idolatria foi a criação de uma imagem de Deus — não o Deus verdadeiro, mas uma representação falsa, feita conforme a imaginação humana. O episódio do bezerro de ouro, por exemplo, demonstra como o povo, mesmo tendo visto os sinais de Deus, rapidamente se desviou para adorar uma imagem construída com as próprias mãos, dizendo: “Este é o teu deus, ó Israel” (Êxodo 32:4).


O ser humano foi criado para adorar. Dentro dele há a consciência de que existe um Criador, e de que esse Criador deve ter supremacia sobre todas as coisas — inclusive sobre sua própria vida. No entanto, para não se submeter a essa verdade, muitos preferem criar um “deus” que acomode sua realidade. A criação de uma imagem de Deus tem como principal objetivo satisfazer a consciência: ao invés de se curvar ao Deus verdadeiro, o homem inventa uma versão de deus que aprove seus caminhos, conforta sua culpa e não exige mudança.


O que o diabo utiliza para isso é o orgulho do homem. O homem natural é movido por seus próprios desejos, busca sua vontade, sua glória, sua liberdade e autonomia. Por isso, rejeita o senhorio do Deus verdadeiro e molda um deus que preserve sua forma de viver. Esse "deus" criado é um reflexo do próprio ego humano, e não o Deus que se revelou nas Escrituras. Assim, a idolatria torna-se ainda mais perigosa, pois está travestida de religião, mas continua sendo rebelião contra Deus.


Além disso, o diabo cega o entendimento daqueles que não querem ver. A verdade de Deus não é escondida — ela é rejeitada. A capacidade de enxergar a verdade está diretamente ligada ao desejo sincero de conhecê-la. Quem não quer a verdade, fecha os olhos para ela. Quem não ama a verdade, será entregue ao engano. Por isso, muitos só enxergam aquilo que querem enxergar, e rejeitam tudo o que confronta seus prazeres, convicções ou estilos de vida.


A Bíblia declara: “...virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Timóteo 4:3). Ou seja, buscarão ensinamentos que agradem, que façam cócegas nos ouvidos, e não que os conduzam ao arrependimento.


Essa é a estratégia do diabo: oferecer um deus confortável, moldado ao desejo humano, sustentado por mentiras e servido por uma consciência cauterizada. Mas esse deus é falso — e quem o segue, caminha para a perdição.


2. O Homem é Enganado Quando Não se Submete Completamente à Vontade de Deus


O engano é resultado direto da recusa do homem em se sujeitar ao governo de Deus. Deus se revela pela verdade, e essa verdade exige submissão, obediência e renúncia. Porém, muitos ouvem a verdade, mas não a recebem, porque não querem abrir mão do controle de suas vidas.


A Bíblia afirma:


 “... com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.”

— 2 Tessalonicenses 2:10


Ou seja, essas pessoas tiveram contato com a verdade, mas não a amaram, porque amar a verdade implica abrir mão da própria vontade e reconhecer a soberania de Deus sobre tudo. O homem orgulhoso rejeita essa verdade, pois ela confronta seu ego, sua liberdade, seus desejos e sua glória. Ele deseja continuar vivendo conforme sua própria justiça, e por isso rejeita a verdade que o salvaria.


Esse orgulho é a porta escancarada para o engano. Quando o homem não aceita a verdade de Deus, ele se torna vulnerável à mentira. E assim, crê no engano como se fosse verdade, convencido de que está certo, mesmo estando completamente fora da vontade de Deus.


É por isso que muitos viverão toda uma vida dentro da religião, acreditando que estão servindo a Deus, mas no fim se decepcionarão eternamente. Como declarou o próprio Senhor Jesus:


Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?... E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”

— Mateus 7:22-23


Eles tinham a aparência da fé, mas não tinham a submissão verdadeira ao senhorio de Cristo. Ouviam o nome de Deus, falavam o nome de Deus, mas não reconheciam Deus como Senhor absoluto sobre suas vidas.


Enquanto o ser humano não se submeter integralmente, totalmente a Deus — reconhecendo quem Deus realmente é —, ele continuará sendo enganado. Criará seu próprio deus, viverá iludido e, se morrer assim, morrerá enganado e perecerá eternamente.


3. A Oposição ao Verdadeiro Evangelho


Há uma distinção clara entre os que seguem o Deus da Bíblia com fidelidade e os que permanecem no engano por não se submeterem totalmente à vontade de Deus. E como luz e trevas não se misturam, essa diferença naturalmente gera conflito.


Aqueles que estão no engano defendem o engano. Aqueles que estão na luz defendem a verdade da Bíblia. É uma guerra espiritual. E nesta guerra, os que estão nas trevas tentam ofuscar a luz.


O diabo, usando as pessoas, quer sustentar a mentira de que ninguém pode ser fiel a Deus. Por isso, as acusações se levantam.


Algumas vezes, apontam falhas reais, mas vindas de pessoas que se dizem cristãs, mas não pertencem à verdade. Outras vezes, se aproveitam das fraquezas daqueles que estão em processo de santificação, que ainda estão aprendendo e, à medida que recebem a verdade, vão abandonando aquilo que é do mundo.


E há também os que vivem em fidelidade, mas são injustamente acusados, perseguidos e atacados, simplesmente porque representam a luz e a verdade que o mundo não suporta.


Assim foi com os cristãos fiéis ao longo da história — e assim foi com o próprio Senhor Jesus. Chamaram-no de endemoninhado, blasfemo, transgressor. Combateram-no não por pecado, mas porque a sua vida era luz em meio às trevas. E quem está na luz, será tratado da mesma forma.


Versículos que demonstram essa perseguição aos cristãos:


João 15:18-20 – "Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim... Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós..."


2 Timóteo 3:12 – "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições."


Mateus 5:11-12 – "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa."


Atos 5:41 – "E eles se retiraram do conselho, regozijando-se de terem sido considerados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus."


1 Pedro 4:14 – "Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito de glória e de Deus."


4. O Verdadeiro Evangelho e o Falso Evangelho


Há dois evangelhos sendo pregados: um verdadeiro e um falso. E essa distinção não está nos rótulos ou nas aparências, mas no conteúdo, no fruto e no espírito que o sustenta.


O verdadeiro evangelho é o evangelho que liberta o homem do pecado, não apenas do castigo do pecado, mas do domínio do pecado. No verdadeiro evangelho, o sangue de Jesus lava completamente e a pessoa morre para o pecado. Como está escrito:


Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele estamos mortos?”

— Romanos 6:2


No verdadeiro evangelho, aquele que continua pecando está sob a ira de Deus, e não sob o amor de Deus. Deus não ama os pecadores que permanecem no pecado, mas a ira de Deus está sobre eles e será derramada. Como está escrito:


A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.”

— Romanos 1:18


📖 “Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”

— João 3:36


No verdadeiro evangelho, a pessoa morre para si mesma, para sua própria glória, para sua vontade, para sua exaltação. Não busca ser vista, reconhecida, exaltada, nem ter espaço para vanglória. Ela vive exclusivamente para Deus. Como o apóstolo Paulo declarou:


 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...”

— Gálatas 2:20


Nesse evangelho autêntico, há arrependimento verdadeiro. E o arrependimento se manifesta no batismo nas águas, como sinal público da fé e da conversão. Ninguém pode ser salvo sem arrependimento. O batismo é a confissão visível de que o velho homem morreu e que o novo homem agora vive para Deus.


O verdadeiro evangelho é a porta estreita. Ele traz renúncia, sofrimento, perseguição, confronta o pecado, exige santidade, e prepara para a glória futura. Carrega em si o peso da cruz, o abandono do mundo e a entrega total.


Já o falso evangelho é o oposto. Nele, o pecado permanece, e a pessoa pede perdão, mas continua vivendo na mesma prática. É um ciclo sem libertação. É um evangelho onde ainda existe espaço para exaltação pessoal, onde a glória não é toda para Deus. A pessoa não morreu para sua vontade, continua decidindo por si mesma, vivendo por si mesma e exaltando a si mesma.


O falso evangelho é voltado para o homem: suas vontades, seus desejos, seus sentimentos. É um evangelho que diz que Deus ama o pecador, mesmo que ele continue no pecado. Não fala sobre o inferno, não confronta o diabo, não exige abandono do pecado. É uma mensagem de conforto para quem não quer mudar, uma falsa paz para os que estão no caminho da morte.


Esse é o grande engano dos nossos dias: um evangelho fabricado para agradar o homem e não para agradar a Deus.


Conclusão e Apelo


Diante de tudo o que foi apresentado, qual evangelho você vai escolher?


Há apenas dois caminhos: um leva à vida eterna com Deus; o outro conduz ao sofrimento insuportável do inferno.


No verdadeiro evangelho, você precisa morrer para o pecado, se arrepender de verdade, se humilhar diante de Deus e descer às águas do batismo, como sinal de uma vida que se rende completamente ao Senhor.


No falso evangelho, você continua vivendo no pecado, apenas se desculpando, alegando que é da natureza humana, e justificando-se com argumentos que o engano oferece, sem arrependimento, sem mudança.


No verdadeiro evangelho, você vive buscando a santificação, sendo transformado diariamente pela Palavra, renunciando a si mesmo e carregando sua cruz.


No falso, você permanece no orgulho, busca sua própria exaltação, defende seus desejos e ainda quer o nome de Deus sobre sua vida, sem ter Deus no governo dela.


No verdadeiro evangelho, você será odiado pelo mundo, viverá oposto ao sistema, rejeitado pelos que amam as trevas.


No falso, você estará em paz com o mundo — e em guerra com Deus.


Decida-se hoje. Não adie. Amanhã pode ser tarde demais.


Não permita que o engano — sustentado pelo seu próprio apego à sua vontade, ao seu orgulho e à sua glória — seja o veneno que te condenará eternamente.


Coloque Deus acima de tudo.


Viva exclusivamente para conhecer e fazer a vontade dEle.


Arrependa-se, creia no verdadeiro evangelho, e seja salvo.



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 


"Dica: Alguns celulares têm a opção ‘Áudio’, pelos três pontinhos no topo da tela, que permite ouvir e acompanhar a leitura do conteúdo do blog."








Aquilo que ocupa seu tempo é o deus da sua vida


Aquilo que ocupa seu tempo é o deus da sua vida 🕰️


📖 Versículo-chave:

Mateus 6:21 – “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”


📜 Introdução:

Cada pessoa tem um tempo determinado nesta vida. O tempo de um não é o mesmo tempo do outro. E o que você faz com o seu tempo está te direcionando: ou para a salvação, ou para a condenação.


A forma como você utiliza o seu tempo revela quem é, de fato, o deus da sua vida. Se Deus ocupa o primeiro lugar, isso será evidente nas suas escolhas diárias, nas suas prioridades e no modo como você vive.


Por isso, é essencial que você pare e reflita: o que Deus está te mostrando agora? Como você tem usado o tempo que Ele te deu?


🔷 PONTOS


📌 1º Ponto: Negar a prioridade a Deus é negar quem Deus é

Negar a Deus o primeiro lugar em nossa vida é negar a própria essência de quem Ele é. Deus não aceita ser colocado em segundo plano. Ele é Senhor, Criador, Rei Soberano. Quando não O tratamos conforme Sua grandeza, estamos rejeitando Sua glória, Seu trono e Sua autoridade.
Negar a Deus o primeiro lugar na vida é negar a Sua identidade. É rejeitar Sua glória, Sua autoridade e Sua essência. Deus não aceita ser tratado como algo secundário, porque Ele é o Senhor. O que damos a Ele — ou o que negamos — revela quem Ele é para nós.

Dizer que Deus é Rei, mas não dar a Ele o trono da nossa vida, é uma contradição. É confessar com a boca, mas negar com os atos. Isso é falsidade, é engano. Honrar a Deus apenas com palavras, mas viver como se Ele não governasse, é mentir com a própria existência.

O verdadeiro reconhecimento de Deus se dá na prática: no tempo, nas escolhas, nas prioridades. Não existe divisão entre "meu tempo" e "o tempo de Deus". Todo o tempo é de Deus. E é Ele quem nos dá sabedoria para consagrar esse tempo em cada detalhe da vida.

Se vivemos para nós mesmos, o fundamento da nossa vida está corrompido. Mas se Deus é o fundamento, então tudo — absolutamente tudo — deve ser feito para a Sua glória.

📖 Versículos para este ponto:

1 Coríntios 10:31 – “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.”

Isaías 29:13 – “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.”

Mateus 15:8 – “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”

Romanos 11:36 – “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!”


Negar quem Deus é, na prática, é subtrair aquilo que pertence somente a Ele. Quando usamos o tempo da nossa vida sem o direcionamento exclusivo para a glória de Deus, estamos, com nossas ações, retirando dEle aquilo que Lhe é devido: toda a honra, toda a glória e todo o nosso tempo.

E tudo o que fazemos que não seja inteiramente para Deus, deixa de ser para Ele — mesmo que aos nossos olhos pareça algo bom. Deus não divide Sua glória, nem aceita ser servido parcialmente. Ou é tudo para Ele, ou Ele está sendo negado.

Quando vivemos como se o tempo fosse nosso, como se nossas escolhas fossem nossas, como se nossa vida nos pertencesse, estamos negando uma verdade fundamental: nada é nosso. Tudo vem dEle, tudo pertence a Ele, e tudo deve voltar para Ele.

Não se trata apenas de "dedicar uma parte a Deus". Trata-se de reconhecer que tudo já é dEle, e que a nossa vida só tem sentido quando vivida inteiramente para Sua glória. Qualquer desvio disso é roubar o que é de Deus. E tomar o que é de Deus é, essencialmente, negar o próprio Deus.

“Você não pode andar com Deus, ser de Deus, se você subtrai aquilo que pertence a Ele.”



📌 2º Ponto: A consagração só é verdadeira quando é total


Para algo ser de Deus, é necessário que primeiro seja consagrado a Ele. E ser consagrado a Deus significa ser separado, dedicado e usado exclusivamente para os propósitos de Deus.

Assim como Ana entregou Samuel ao Senhor, colocando-o inteiramente a serviço dEle (1 Samuel 1:28), assim também cada um de nós deve entregar totalmente a própria vida a Deus. Essa entrega não é simbólica ou parcial — é real, prática e completa.

Nascemos separados de Deus, em pecado, sem consagração alguma. Mas, por meio do sacrifício de Jesus, recebemos o chamado à santidade. E santidade é consagração. Ser santo é ser de Deus. E ser de Deus é ser totalmente dEle, não dividido.

Mas essa consagração exige morte: a morte do “eu”. Enquanto alguém busca sua própria vontade, sua própria glória, seus próprios projetos, não pode dizer que pertence a Deus. Não há consagração verdadeira enquanto ainda vivemos para nós mesmos.

Deus não aceita metades. Ele não aceita ser servido com sobras ou fragmentos. Ou a vida é totalmente consagrada a Ele — como um sacrifício vivo — ou não é consagração alguma. Essa é uma decisão radical, definitiva e prática: ou você é separado para Deus, ou você ainda está separado de Deus.

📖 Versículos para este ponto:

Romanos 12:1 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

1 Samuel 1:28 – “Por isso também ao Senhor eu o entreguei; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue.”

Lucas 9:23 – “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.”

Gálatas 2:20 – “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”

Levítico 20:26 – “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus.”



📌 Ponto: O inimigo usa pequenas concessões para tirar o que é de Deus


O diabo não precisa que a pessoa negue a Deus abertamente. Basta que ela retenha para si aquilo que pertence ao Senhor. Ele age com sutileza, fazendo com que o homem pense que guardar "um pouco" para si não tem problema — um tempo, uma glória, uma decisão. Mas qualquer coisa que não é dada a Deus, é uma afronta contra Deus.

Deus só aceita o que é consagrado a Ele. E consagrado significa totalmente separado para Ele. Não existe consagração parcial. Qualquer fração que você retém, você a usurpa. E ao usurpar, você nega a verdade de quem Deus é.

O Senhor é claro:

Porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.” (Apocalipse 3:16)

“O que é santo, santifique-se ainda; e o que é sujo, suje-se ainda.” (Apocalipse 22:11)


Não há meio-termo. Ou você vive totalmente para Deus, ou você está rejeitando a santidade de Deus.

O exemplo de Geazi, servo do profeta Eliseu, mostra isso com clareza. Deus usou Eliseu para curar Naamã, e o profeta recusou qualquer pagamento — porque a glória era de Deus. Mas Geazi correu atrás de Naamã e, por interesse próprio, tomou parte para si do que não lhe era devido (2 Reis 5:20-27). O resultado foi claro: ele ficou leproso, porque reteve o que deveria ser totalmente para Deus.

A consagração não aceita brechas. Quando você não entrega tudo, você já negou Deus. Porque negar a exclusividade de Deus é negar Sua identidade. É como dizer com os lábios que Ele é Senhor, mas negar-Lhe o total poder em sua vida.



📖 Versículos de fundamento:

Gálatas 2:20 – “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.”

Romanos 14:7-8 – “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos.”

1 Coríntios 6:19-20 – “Acaso não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo... e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço.”

2 Reis 5:20-27 – (história de Geazi)

Mateus 6:24 – “Ninguém pode servir a dois senhores...”

Apocalipse 3:16 – “Porque és morno... vomitar-te-ei da minha boca.”

Apocalipse 22:11 – “O que é santo, santifique-se ainda...”


4. 📌 Evidência prática da não consagração a Deus


A reflexão sobre a nossa prática diária revela se realmente somos consagrados a Deus. Consagração significa vida cheia de Deus, inteiramente dedicada a Ele, sem reservas.

Onde está o nosso prazer?
Está em orar, em estudar a Bíblia, em adorar, em servir e pregar a palavra? Ou está em outras coisas?

É verdade que o estudo da palavra e a vida espiritual exigem esforço e disciplina. Mas esforço não significa ausência de prazer. Pense numa academia, por exemplo.
Ir à academia ou fazer uma caminhada exige suor, cansaço, disciplina, esforço constante — porém, as pessoas o fazem com prazer porque buscam um objetivo, sabem que o esforço trará resultado. Há alegria nesse esforço.

Assim também deveria ser o nosso empenho espiritual: esforço com prazer, pois sabemos que é para Deus e para a vida eterna.

Mas a prática revela algo diferente.

No culto, que é um exemplo visível, o foco está no homem, não em Deus.
As músicas falam muito mais sobre o que Deus pode fazer pelo homem, as bênçãos que ele pode receber, como Deus é bom para ele — do que exaltar a Deus por quem Ele é.
As mensagens, muitas vezes, são centradas na experiência humana, no que o pregador pensa e sente, não na Palavra de Deus.

Pessoas se incomodam quando o estudo ou a pregação é mais longo, exigente ou profundo.
Isso revela que o tempo dado a Deus é visto como “sobra”, não prioridade. Esse pensamento é contrário ao princípio da consagração total.

Negar uma vida totalmente dedicada a Deus é negar o direito de Deus. E negar esse direito é usurpar dEle aquilo que somente a Ele pertence.

Para se entregar totalmente a Deus, é preciso morrer.
Enquanto a pessoa ainda vive para si mesma, ela busca seus próprios interesses, administra o tempo segundo sua vontade, e divide a sua vida com Deus.
Mas Deus não divide Sua glória com ninguém. A consagração a Ele só acontece quando há morte completa do “eu”. Foi por isso que Paulo declarou:

Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:20)


E é por isso que Jesus afirmou:

Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” (João 3:3)



Para nascer, é preciso morrer.
Se você não morrer para sua vontade, você não poderá viver para Deus. Como também está escrito:

E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:15)


Ser santo significa ser consagrado — e consagração é total, não parcial.
Ser perfeito é viver continuamente nesse propósito de exclusividade para Deus.

Sede santos, porque Eu sou santo.” (1 Pedro 1:16)

“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:48)



Santidade e perfeição são exigências de totalidade.
Fora disso, não há comunhão com Deus.

Conclusão e Apelo

“Aquilo que ocupa seu tempo é o deus da sua vida.”

Deus só entrará na sua vida para dirigí-la completamente.
Ele não aceita divisão, nem compartilha o trono com ninguém.

Ou você morre agora para si — ou morrerá eternamente.
Não existe meio-termo.

Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.”
(Mateus 16:25)



Receber Jesus é negar-se a si mesmo.
É renunciar à própria vontade, aos próprios planos, aos próprios desejos.

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.”
(Lucas 9:23)



Essa decisão é definitiva.
Ela determina o rumo da sua eternidade.

Negar-se a morrer é insistir em viver uma vida que não é sua.
E viver uma vida que não é para Deus é usurpar aquilo que pertence exclusivamente a Ele.

Dê toda a sua vida, todo o seu tempo para Deus — antes que o tempo de Deus termine para você, e você não possa mais fazê-lo.

Hoje é o dia de morrer… para viver de verdade.
Decida.

Se você morrer para si, nada lhe impedirá de seguir o caminho da salvação.
A vida que você tem para si te levará à morte.
Mas a vida que Deus tem para você é a melhor, é maravilhosa — e te levará à vitória completa, que é a salvação.
ACREDITE EM DEUS!



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terça-feira, 1 de julho de 2025

A Bíblia diz: Os maus não entendem o juízo

 


Título:

A Bíblia diz: Os maus não entendem o juízo


📖 Versículo-chave:


Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.”

(Provérbios 28.5)



✍️ Introdução 


Você realmente entende o juízo?


Não importa qual seja a sua resposta, a Bíblia afirma que os maus não entendem o juízo. E esse juízo não é qualquer julgamento — é o juízo eterno, que define o seu destino final: salvação ou condenação.


O que está diante de você agora não é apenas mais uma mensagem. É uma palavra que pode te tirar da ignorância, do engano e da condenação.


Mas saiba: essa mensagem é difícil de ouvir.

Não por causa das palavras em si, mas porque forças espirituais do mal agem para que você permaneça ignorante a respeito do juízo eterno.

Elas querem te impedir de entender, para que você não se arrependa do mal e pereça.


Portanto, reflita no que Deus está lhe falando.

Entenda o juízo e afaste-se do mal.

Para que, conforme o versículo bíblico, você não esteja entre os que são maus e não entendem, mas sim entre os que buscam ao Senhor — e, por isso, entendem tudo.


🎯 PONTOS


📘 Primeiro ponto Entender o juízo é compreender a mensagem do julgamento eterno e da necessidade de abandonar o pecado


O texto de Provérbios 28:5 diz:

 “Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.”


A palavra “juízo” aqui refere-se, de forma central e principal, ao julgamento de Deus sobre os homens. É o juízo eterno, que determina o destino final de cada alma, conforme a verdade revelada por Deus. Ou seja, entender o juízo é entender a mensagem da salvação — saber que todos os homens estão debaixo de condenação por causa do pecado, e que somente pela fé obediente ao evangelho é possível escapar da perdição.


Aqueles que não compreendem isso, segundo a Bíblia, são chamados de maus. E não são maus apenas porque fazem o mal, mas porque rejeitam a verdade, desprezam o juízo, e vivem como se Deus não fosse julgar o mundo com justiça.


Entender o juízo é compreender que o pecado separa o homem de Deus, e que foi por causa do pecado que Jesus Cristo morreu na cruz. O pecado leva à morte eterna, e por isso foi necessário o grande sacrifício.

Quem entende o juízo reconhece que é obrigado a morrer para o pecado — abandoná-lo definitivamente, pois só assim se entende a gravidade do pecado e a santidade de Deus.


Continuar vivendo onde o pecado permanece é negar o sacrifício de Cristo, é viver em oposição ao evangelho, é não glorificar a Deus.

Mais ainda: é um absurdo espiritual, uma irracionalidade, porque o pecado é o mal absoluto.


Aqueles que vivem no pecado não podem entender o juízo. Estão cegos, como diz a Escritura:


O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho...” (2 Coríntios 4:4)


Só quando o homem abandona o pecado, com um compromisso verdadeiro de fidelidade a Deus, é que ele recebe o Espírito Santo e passa a entender o juízo — e todas as coisas.


Jesus disse:


 “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina...” (João 7:17)


E está escrito:


Ora, nós somos testemunhas destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (Atos 5:32)


A partir do momento em que a pessoa obedece a Deus, se arrepende, abandona o pecado e se consagra, o Espírito Santo passa a habitar nela, e ela começa a entender tudo — porque passou a andar na luz da verdade.


Por isso, quem não prega o juízo, não entende o juízo.

E quem não entende o juízo, é mau.

Essa é a palavra da Bíblia — e é essa a verdade que o mundo precisa ouvir.



📘 Segundo pontoO juízo determina o destino eterno: céu ou inferno


Está escrito:

Os homens maus não entendem o juízo...” (Provérbios 28:5)


O juízo é o momento em que Deus executará a sentença eterna sobre cada ser humano, conforme a verdade que já foi revelada em Sua Palavra.

O juízo não é uma audiência para decidir o que será feito com cada pessoa.

A decisão já está tomada com base naquilo que a própria pessoa fez com a verdade que recebeu.


Jesus declarou:


Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado...” (João 3:18)


E também:

 “A palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” (João 12:48)


Ou seja, é a própria Palavra de Deus que julga, e quem a rejeita, se condena a si mesmo.

O juízo será, portanto, a revelação e aplicação pública da sentença já estabelecida, conforme a verdade eterna de Deus.


➡️ E é exatamente isso que está escrito também em João 3:36:

Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”


Ou seja, Deus está dizendo claramente: quem não obedece ao Filho — que é a Sua Palavra revelada na Bíblia — está sob a ira divina. E se você:


Não se arrependeu dos seus pecados,

Não foi batizado nas águas como ordenou Jesus,

Não se reúne como igreja,

Não ora,

Não lê a Bíblia,

Não prega a mensagem de salvação,

Não se posiciona contra o pecado,

Ainda mantém o orgulho,

Ainda fala palavrão, sexo fora do casamento, vive uma união em adultério

Não está santificando sua vida,

Ainda vive sua própria vontade...

Não obedece tudo que Jesus ensina 

Então você ainda não morreu para o pecado, e Cristo ainda não vive em você e voce não pode dizer: 

 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gálatas 2:20)


Portanto, esta Palavra que você rejeita irá condenar você.


Está escrito:


E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna.” (Mateus 25:46)


E também:


 “Os que tiverem feito o bem irão para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” (João 5:29)


Se você continua praticando o mal — ou seja, vivendo no pecado —, não importa se você reconhece ou não.

Não importa se você diz que o pecado não é pecado.

O que está escrito na Bíblia é o que prevalece.

E Cristo, o Justo Juiz, condenará aqueles que rejeitam a verdade.


🕊️ O céu é o destino dos que nasceram pecadores, mas creram na verdade, abandonaram o pecado e se identificaram com Cristo, morrendo com Ele para o mundo e vivendo uma nova vida de santidade.

O céu é estar eternamente com Deus, onde não haverá dor, choro, tristeza ou morte, e onde tudo está consumado na glória do Senhor.


E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima. E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...” (Apocalipse 21:4)


O céu é a vitória consumada, a comunhão perfeita, e a recompensa dos fiéis.


🔥 Já o inferno é o destino dos que rejeitam a verdade, que não abandonam o pecado, e que continuam vivendo para si, no orgulho e na rebeldia contra Deus.

Eles são maus — porque não entendem o juízo, e não se submetem a Deus.


O inferno é o oposto do céu: é a separação eterna da presença de Deus, e por isso, a ausência de toda e qualquer bênção.

É sofrimento eterno, tormento, morte espiritual, e desespero sem fim.


E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.” (Mateus 25:46)


Deus, no entanto, não deseja que ninguém pereça. Sua vontade é que todos se arrependam e sejam salvos:


>“Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:4)


Mas o homem, por sua rebeldia, orgulho e insensatez, prefere seguir seus próprios caminhos, desprezando a verdade.


Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, soberbos...” (2 Timóteo 3:1-2)


Eles vivem para si, e não para Deus.

E por isso não entendem o juízo — e por consequência, estão no caminho da condenação eterna.

Terceiro ponto – Os que buscam a Deus entendem tudo

Mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.” (Provérbios 28:5)


A Bíblia declara com clareza:

 “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13)


Mas para que alguém entenda o juízo e todas as demais verdades de Deus, é necessário entender o que significa verdadeiramente buscar a Deus.


Muitos afirmam buscar a Deus, mas continuam cegos espiritualmente, sem entendimento, vivendo no pecado, e resistindo à verdade, porque buscam a Deus da forma errada, com motivações corrompidas e falsas intenções.


Jesus repreendeu severamente aqueles que o buscavam por motivos carnais:


Na verdade, na verdade vos digo que me buscais... não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos fartastes.” (João 6:26)


Essas pessoas não buscavam a Deus por amor, nem para obedecer a Sua vontade — mas por interesse material.

Assim também acontece hoje. Muitos buscam a Deus apenas para receber bênçãos, para alcançar cura, prosperidade, sucesso financeiro ou vitória nos seus projetos pessoais. Essa não é a busca verdadeira.


Outros buscam a Deus por status religioso.

Querem aparentar santidade, participar de rituais, exercer cargos e ministérios, ter uma posição, mas não vivem em fidelidade e obediência à Palavra de Deus.

Assim faziam os fariseus, que Jesus denunciou com palavras duras:


Este povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15:8)


Eles pareciam justos diante dos homens, mas eram cheios de hipocrisia e pecado por dentro. (cf. Mateus 23:27-28)


🛑 Buscar a Deus não é buscar bênçãos.

Buscar a Deus não é buscar status religioso.

Buscar a Deus não é buscar sentir-se bem.

Buscar a Deus é:


Colocar Deus acima de tudo – acima da própria vida, família, vontades e projetos.

Morrer para si mesmo – negar-se, renunciar a si e viver exclusivamente para Deus.

Obedecer a Deus em tudo – com temor, fidelidade, humildade e submissão.

Desejar conhecer e praticar a vontade de Deus – com sinceridade de coração.

Amar a Deus sobre todas as coisas – e amar a Sua Palavra, a Sua justiça e a Sua santidade.


 “Quem quiser fazer a vontade de Deus, há de conhecer a doutrina.” (João 7:17)

Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isto é o dever de todo homem.” (Eclesiastes 12:13)


O verdadeiro buscador de Deus não vive para si. Ele vive para glorificar a Deus.

Ele abandona o pecado, renuncia ao mundo e se consagra com sinceridade.

Somente os que assim buscam verdadeiramente a Deus é que têm seus olhos abertos para entender tudo:


Entendem o juízo eterno,

Entendem a santidade de Deus,

Entendem a gravidade do pecado,

Entendem a necessidade da cruz,

Entendem o chamado à fidelidade,

E entendem o caminho da salvação e da vida eterna.

Entendem a Palavra de Deus e não vivem em heresias.


Por isso está escrito:

 “Mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.” (Provérbios 28:5)



📘 ConclusãoEntender o juízo é abandonar o mal e ser fiel a Jesus


Está escrito:


“Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.” (Provérbios 28:5)


A própria Bíblia declara: quem não entende o juízo, pratica o mal.


Ou seja, quem não entende o sacrifício de Jesus, o valor do sangue derramado, o chamado à santidade, permanece no pecado, segue sua própria vontade e continua enganado — porque não compreendeu o juízo eterno de Deus.


Mas quem entende o juízo, abandona o mal.

Quem entende o juízo, não vive mais no pecado.

Quem entende o juízo, é fiel a Jesus, custe o que custar.


Esse é o verdadeiro discípulo.

Esse é o que entendeu que seguir a Cristo é morrer para si mesmo, negar a carne, renunciar ao mundo e viver uma vida de luta, esforço, guerra espiritual e santificação.


Porque a porta é estreita, e o caminho é apertado. Mas esse é o caminho que leva à salvação.


Jesus não chamou ninguém para uma vida fácil. Ele disse:


 “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24)


Por isso, agora você precisa tomar sua cruz e seguir a Cristo com fidelidade.

Porque a verdade que liberta exige que você esteja disposto a colocar a verdade acima de tudo — colocar Deus acima de tudo.


📖 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)


👉 Se você entendeu o juízo, então abandone o pecado.

👉 Seja fiel a Jesus mesmo que custe perseguição, rejeição, dor ou sofrimento.

👉 Não se envergonhe da verdade. Abrace-a. Viva por ela. E morra por ela, se for preciso.


🛑 Mas se você rejeitar esse chamado, você estará rejeitando o próprio sacrifício de Cristo, e estará entre os que permanecem no mal — porque não entenderam o juízo.


O chamado é claro. A escolha é sua.



Obs: Digite no Google: estudando a Bíblia com pastor Rogerio. Acompanhe diariamente as mensagens de Deus. Compartilhe para que mais pessoas venham também ouvir a Deus. 


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